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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA CAIO WENDEL DE ARAÚJO GONÇALVES

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CAIO WENDEL DE ARAÚJO GONÇALVES

ANÁLISE DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA DA UFERSA – CAMPUS CARAÚBAS/RN

CARAÚBAS – RN 2018

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CAIO WENDEL DE ARAÚJO GONÇALVES

ANÁLISE DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA DA UFERSA – CAMPUS CARAÚBAS/RN

Monografia apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), como exigência final para obtenção do título de Bacharel em Ciência e Tecnologia.

Orientadora: Profª. Dra. Rejane Ramos Dantas – UFERSA.

Co-orientadora: Profª Dra. Guymmann Clay da Silva – UFERSA.

Caraúbas – RN

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© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as leis que regulamentam a

Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n° 9.610/1998. O conteúdo desta obra tomar-se-á de domínio público após a data de defesa e homologação da sua respectiva

ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a) sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s) foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo (USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas

da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação (SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.

G635a Gonçalves, Caio Wendel de Araújo.

Análise da prevenção de acidentes de trabalho no laboratório de química da UFERSA - Campus Caraúbas/RN / Caio Wendel de Araújo Gonçalves. - 2018.

59 f. : il.

Orientadora: Rejane Ramos Dantas.

Coorientadora: Guymmann Clay da Silva.

Monografia (graduação) - Universidade Federal Rural do Semi-árido, Curso de Ciência e

Tecnologia, 2018.

1. Riscos de acidentes. 2. Segurança do Trabalho. 3. Normas Regulamentadoras . I. Ramos Dantas, Rejane, orient. II. Silva, Guymmann Clay da, co-orient. III. Título.

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A Deus Pai e Maria Mãe pelas bênçãos derramadas durante essa minha caminhada.

Aos meu pais, pela paciência, dedicação, para me dar um futuro melhor.

A grande orientadora Dra. Rejane Ramos Dantas, que além dessa função exercida durante esse trabalho, foi como uma mãe, ajudando da melhor forma possível, e possuindo uma grande paciência.

Aos meus amigos que estiveram presente nessa minha trajetória, no qual for árdua, com acertos e erros.

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AGRADECIMENTOS

A Deus e Maria por estarem presente todos dos dias, a todo instante, derramando suas graças, bênçãos durante essa caminhada.

Aos meus pais, irmã e sobrinha, que durante esse tempo, me ajudaram, cada um, como pode, para me ver uma pessoa mais madura, e com um futuro bem direcionado.

A grande mulher, chamada Rejane Ramos, que me ajudou de uma forma inexplicável, pois ela teve a paciência de uma mãe para auxiliar muito durante essa etapa final.

Aos meus amigos, que durante esse percurso por onde caminhei, tive minhas falhas, mas eles estavam lá para ajudar como podiam.

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“Segurança é um ato de conscientização.

Prevenção é a base da motivação.”

Rafael lobo

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RESUMO

O laboratório de química é um ambiente laboral muito utilizado dentro das universidades, no qual possui um arcabouço de equipamentos, agentes químicos, materiais de vários tipos, que são utilizados, manuseados constantemente. Nesse contexto pode-se dizer que os laboratórios são um ambiente propício para ocorrência dos acidentes de trabalho, no quais podem ocorrer de várias formas, como por exemplo, através de curto-circuito, intoxicações e incêndios. Assim, o estudo da prevenção de acidentes de trabalho nesse tipo de local é de grande importância, devido aos riscos vivenciados pelos profissionais que ali trabalham. Para ampliar os estudos dessa natureza, foi realizada uma análise no ambiente laboral do Laboratório de Química da UFERSA - Campus Caraúbas, observando sua adequação quanto ao cumprimento das normas exigidas pela instituição e a legislação especifica para esse ambiente de trabalho, além de normas complementares que são aplicadas para prevenção de acidentes. Durante o estudo, foi analisado tanto o comportamento dos profissionais que utilizam diariamente o laboratório, como a aplicação das normas, e assim foi observado conformidade em boa parte, porém em outros pontos não ocorreu o que se desejava. Tais falhas podem ser citadas na questão do vencimento de alguns Equipamentos de Proteção Individual, má conservação de alguns equipamentos, local inapropriado para guardar reagentes químicos. Nesse sentido verifica-se parâmetros que precisa ser corrigidos para o bem estar de todos.

Palavras-chave: Riscos de acidentes. Segurança do Trabalho. Normas Regulamentadoras.

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ABSTRACT

The chemistry laboratory is a widely used working environment inside universities, in which it has a framework of equipment, chemical agents, materials of various types, which are used, handled constantly. In this context, it can be said that laboratories are an environment conducive to the occurrence of occupational accidents, in which they can occur in various forms, such as short-circuits, intoxications and fires. Thus, the study of the prevention of work accidents in this type of place is of great importance, due to the risks experienced by the professionals who work there. In order to expand the studies of this nature, an analysis was performed in the laboratory environment of the UFERSA - Campus Caraúbas Chemistry Laboratory, observing its adequacy regarding the compliance with the norms required by the institution and the specific legislation for this work environment, besides complementary norms that are applied to prevent accidents. During the study, both the behavior of the professionals who used the laboratory daily and the application of the standards were analyzed, and compliance was observed to a great extent, but at other points, what was desired was not observed. Such failures can be cited in the question of the expiration of some Individual protection equipment, poor conservation of some equipment, an inappropriate place to store chemical reagents. In this sense there are parameters that need to be corrected for the well-being of all.

Keywords: Accident risks. Workplace safety. Regulatory Standards.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01: Luva para proteção contra agentes abrasivos e escoriantes...29

Figura 02: Respirador purificador de ar...29

Figura 03: Luva de segurança tricotada em fio térmico...30

Figura 04: Óculos para proteção de olhos e face...30

Figura 05: Vestimenta tipo avental (vista em dois ângulos)...31

Figura 06: Luva para procedimentos não-cirúrgicos...31

Figura 07: Luva para proteção contra agentes mecânicos e químicos...32

Figura 08: Respirador purificador de ar...32

Figura 09: Calçado tipo sapato...33

Figura 10: Acidente em um laboratório de Química após o manuseio de um reagente ...38

Figura 11: Local onde ficam armazenadas as FISPQ’s...39

Figura 12: Técnico preparando solução com agentes químicos devidamente equipado ...40

Figura 13: Técnico preparando solução com agentes químicos, devidamente equipado utilizando a capela...41

Figura 14: Chuveiro e lava olhos...43

Figura 15: Extintores de incêndio localizados na parte de fora do laboratório...44

Figura 16: Grades consideradas de proteção para janelas...44

Figura 17: Identificação e organização correta de agentes químicos...45

Figura 18: Identificação e organização de agentes químicos inflamáveis...46

Figura 19: Vidrarias identificadas e armazenadas...47

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LISTA DE TABELA

Tabela 1 – Limites de tolerância...42

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

Art. Artigo

CA Certificado de Aprovação CO2 Dióxido de carbono

CLT Consolidação das Leis do Trabalho EPC Equipamento de Proteção Coletiva EPC’s Equipamentos de Proteção Coletivas EPI Equipamentos de Proteção Individual EPI’s Equipamentos de Proteção Individuais

FISPQ Ficha de Informações dos Produtos Químicas MT Ministério do Trabalho

Número

NR Norma Regulamentadora NR’s Normas Regulamentadoras PVC Policlorito de vinila

RN Rio Grande do Norte

UFERSA Universidade Federal Rural do Semi-Árido

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13

2. OBJETIVOS ... 15

2.1 OBJETIVO GERAL ... 15

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ... 15

3. REFERENCIAL TEÓRICO ... 16

3.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO ... 17

3.1.1 AGENTES QUÍMICOS ... 18

3.2 PREVENÇÃO ... 19

3.2.1.1 Normas de segurança em laboratórios químicos ... 19

3.2.1.2 Ficha de Informações dos Produtos Químicos (FISPQ’s) ... 23

3.2.1.3 Sinalização de Segurança ... 23

3.2.1.4 Organização do ambiente ... 24

3.2.1.5 Cumprimento das normas de segurança adotadas ... 24

3.2.1.6 Utilização de placas ou mantas aquecedoras ... 24

3.2.1.7 Utilização de muflas (Forno) ... 25

3.2.1.8 Chuveiro e lava-olhos ... 25

3.2.1.9 Uso de capelas ... 26

3.2.1.10 Uso de materiais de vidro ... 26

3.2.1.11 Combate a incêndio... 27

3.2.2 Normas Regulamentadoras ... 28

3.2.2.1 Equipamento de Proteção Individual (EPI) –NR 6 ... 29

3.3.2.2 Atividades e Operações Insalubres – NR 15 ... 35

3.3 ACIDENTES DE TRABALHO ... 36

3.3.1 Acidentes de Trabalho em laboratórios ... 37

4. METODOLOGIA ... 40

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 41

5.1 FICHA DE INFORMAÇÕES DOS PRODUTOS QUÍMICOS - FISPQ ... 41

5.2 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (NR 6) ... 42

5.2 ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES (NR 15) ... 43

5.3 ORGANIZAÇÃO E GERENCIAMENTOS DOS EQUIP. E MATERIAIS ... 44

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 51

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 52

ANEXO A – FISPQ’S ... 55

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1. INTRODUÇÃO

Com o desenvolvimento constante da tecnologia, a preocupação com a prevenção da saúde do trabalhador vem aumentando. Assim, a Segurança do Trabalho, que corresponde às ciências na qual tem como objetivo estudar, observar e aplicar as melhores formas de prevenção contra os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, além de promover a saúde nas empresas para proteger seus funcionários no ambiente laboral.

Nas empresas e em laboratórios químicos existem inúmeras situações que podem ocorrer acidentes de vários níveis. Tanto leves, no qual ocasiona apenas sustos ou lesões pequenas, e fortes que podem ocasionar até a morte do trabalhador.

Assim, é de suma importância a prevenção, para eliminar tais acidentes em que muitos casos seriam fáceis de serem evitados. Para tanto, deve-se notar como é importante a prevenção na Segurança do Trabalho, pois estão sujeitos a vários tipos de acidentes e isso leva a prejuízo social e econômico, muitas vezes irreparáveis dentro do contexto regional ou até a nível nacional.

A prevenção deve começar pela conscientização, repassando todas as informações sobre os riscos de uma forma adequada para os funcionários de todos os setores, podendo utilizar também o visual, mapas de riscos, etc. Assim, ficarão cientes das devidas medidas necessárias para o bem estar de todos. Não se pode esquecer nesse contexto a utilização dos Equipamentos Coletivos - EPC’s, e os Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s. Muitos destes, utilizados em laboratórios químicos, porém em alguns casos são repassados para os empregados sem um devido treinamento de sua utilização nas situações variadas, ou seja, se não forem usados de forma adequada não terão utilidade. Pois, os trabalhadores ficarão expostos e poderão se acidentar.

Para se adotar uma melhor prevenção, conta-se ainda com o mecanismo da Norma Regulamentadora - NR 15, a qual ressalta as operações e agentes insalubres que estejam acima dos limites de tolerância. Dessa forma, normatizam-se os limites de tolerância aos ruídos, exposição aos agentes químicos, radiação térmica, vibrações, frio, umidade, entre outros.

Quando se fala de laboratórios químicos, a prevenção deve ser redobrada, pois, são inúmeros os acidentes que podem ocorrer, tanto por inalação, contato na pele ou ingestão. Assim, devido a tantos riscos, os equipamentos de segurança são

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importantíssimos, porém não se deve confiar apenas neles. Além disso, deve-se ter uma atenção constante dentro desse espaço de trabalho para manusear as substâncias químicas e os equipamentos.

Este trabalho tem como objetivo apresentar e aplicar os conceitos adequados para o entendimento da importância da Segurança do Trabalho, em especifico nos laboratórios químicos com as devidas prevenções, já que neles existem uma variedade de riscos para os pesquisadores e seus auxiliares.

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2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Estudar a prevenção dos acidentes de trabalho referente aos trabalhadores no laboratório de Química da UFERSA – Caraúbas, com o intuito de promover a integridade física dos mesmos no espaço laboral.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Analisar o comportamento dos trabalhadores;

Verificar a utilização dos EPI’s e EPC’s;

 Observar as normas de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA, e da adequação das Normas Regulamentadoras, NR 6 e NR 15.

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3. REFERENCIAL TEÓRICO

O laboratório é um lugar no qual são realizadas tarefas específicas numa determinada área de conhecimento. Sendo assim, difere de outros locais por ser necessário adotar procedimentos especiais nas atividades que lá se realizam e, por esta razão, é um local de risco. Os riscos oferecidos por um laboratório químico são devidos a vários fatores, entre os quais podem ser citados: a absorção cumulativa, pelo organismo de pequenas quantidades de substâncias presentes na atmosfera laboratorial (seja por inalação, absorção cutânea ou ingestão), a contaminação em grande escala por acidentes com produtos químicos (explosões, projeção de ácidos, etc.) (KRÜGER, 2018) e a má utilização de materiais de vidro, equipamentos elétricos e outros.

O profissional que exerce funções nestes locais, seja de qualquer natureza, deve tomar consciência de que a atividade ali exercida deve ser precedida das orientações necessárias para diminuir ao máximo a possibilidade de acidentes. Tais orientações são adquiridas, geralmente, através de treinamentos e cursos oferecidos, em sua maioria, pela própria instituição onde trabalha. Em muitos casos, os cursos superiores fornecem grande parte das informações necessárias para o desempenho seguro destas funções.

Quando os profissionais estão num ambiente como os laboratórios de química, não se pode descuidar. Existem vários fatores nos quais podem ocorrer acidentes se não tiver a atenção redobrada. Por isso, ao se encontrar nesse ambiente laboral, onde contêm vários agentes químicos, o uso dos EPI’s e EPC’s são importantíssimos.

Assim, pode-se dizer que os acidentes ocorrem pelos atos inseguros ou causas inseguras. De acordo com Oliveira (2014), ato inseguro seria a forma como as pessoas se expõem aos devidos riscos, estando conscientemente ou inconscientemente, como por exemplo, alimentar-se no laboratório, brincadeiras, fumar, não usarem EPI’s, realizar as atividade rápidas demais, etc. Já as causas inseguras corresponde à segurança do trabalhador dentro do ambiente laboral, ou seja, esse local deve estar apropriado para a realização de suas atividades. Quando se trata de laboratórios, esses devem estar limpos, com boa iluminação, com instalações elétricas adequadas, entre outras. Enfim, o local deve ter condições apropriadas para a realização das atividades laborais.

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3.1 A SEGURANÇA DO TRABALHO

A Segurança do Trabalho pode ser entendida como um conjunto de medidas adotadas, visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas envolvidas (PEIXOTO, 2011). Nesse contexto já se tem uma base da importância que as empresas, fábricas, laboratórios químicos, entre outros locais de trabalho devem conter medidas de segurança, nas quais irão se beneficiar todos os que se encontram nos ambientes de trabalho, ou seja, tanto economicamente falando, como socialmente, pois o bem estar de todos é um dever da sociedade e das empresas. Em outras palavras, percebe-se que a importância da Segurança do Trabalho, além de prevenir os acidentes, melhora a relação dos trabalhadores entre si e entre seus superiores, proporcionando um ambiente laboral mais confortável para todos, e também o rendimento será satisfatório em todos os setores.

Ao se aplicar a segurança dentro do ambiente de trabalho, deve-se destacar quem são os responsáveis. Para tanto, na Consolidação das Leis do Trabalho – CLT o Art. 155 incumbe que o órgão de âmbito nacional deve estabelecer e cumprir as normas no intuito de assegurar a proteção ao trabalhador. Enquanto que o Art. 156 compete, especialmente, às Delegacias Regionais do Trabalho nos limites de sua jurisdição, que devem fiscalizar as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho. Já o Art. 157, determina que as empresas tenham por obrigação o cumprimento das Normas de Segurança e Medicina do Trabalho em: promover as instruções necessárias contra os acidentes; adotar as medidas cabíveis para proteção, além de ajudar na fiscalização pela autoridade competente. No Art. 158, cabe aos empregados procurar se informar das instruções que os empregadores repassam, além de ajudar a empresa na aplicação dos procedimentos necessários contra os acidentes.

Diante do exposto, observa-se que, a Segurança do Trabalho age com o objetivo maior da prevenção contra os incidentes e acidentes, como também das doenças ocupacionais. Outro fato é a preocupação da utilização correta dos equipamentos de proteção individual e coletiva, que sem eles os trabalhadores tornam-se vulneráveis aos infortúnios e inconvenientes acidentes de trabalho.

Já os riscos profissionais de acordo com Cavalcante (2010) seria os decorrentes por condições precárias no qual se encontra no ambiente laboral ou os processos variados pertinentes as profissões. Nesse campo, pode-se falar sobre os

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riscos com os agentes químicos, e segundo a mesma autora eles são definidos como sendo agentes químicos que possuí uma capacidade de provocar doenças profissionais por conta dos agentes que irá impactar a saúde do trabalhador. Assim, pode-se expor que os riscos são iminentes dentro de uma laboratório de química de várias formas, no qual relacionando com os agentes químicos existe uma variedade deles que se encontra no estado sólido, líquido ou gasoso.

3.1.1 AGENTES QUÍMICOS

Segundo Mendes (2007), os agentes químicos seriam:

Qualquer elemento ou composto químico, só ou em misturas, quer se apresente no seu estado natural quer seja produzido, utilizado ou libertado, inclusivamente libertado como resíduo, por uma actividade laboral, quer seja ou não produzido intencionalmente ou comercializado.

Desse modo, pode-se abordar o quanto eles podem ser prejudiciais à saúde do trabalhador. Vale ressaltar que, as evoluções deles trouxeram benefícios industriais, econômicos, contudo surgiram também os pontos negativos. Ao se utilizar em lavouras por exemplos, auxilia contra as pragas que devoram as plantações. Porém, deixam muitos resíduos, prejudicando assim, o ambiente onde está sendo aplicado, como também os alimentos que serão consumidos, ocasionando um prejuízo na saúde de todos.

Os danos são mesurados com base na forma de como foi o contato das substâncias, ou seja, o tempo de exposição, a intensidade e concentração. Porém deve-se lembrar que algumas substâncias são muito tóxicas, e um simples contato poderá ocorrer graves danos para saúde.

Nesse sentido a prevenção deve ser constante, e não se pode deixar passar despercebidos esses riscos e a forma como será conduzido cada agente químico.

Para tanto, utilizar as ferramentas de prevenção, que será citado adiante, auxilia e muito no combate contra os acidentes e má utilização dos agentes químicos.

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3.2 PREVENÇÃO

A prevenção objetiva-se a eliminar as possíveis causas de acidentes que poderiam ocorrer dentro do ambiente de trabalho, não devendo está ligado apenas aos homens, máquinas, objetos, produtos, etc., mas, ao conjunto nos quais estão interligados.

Para ser bem aplicada, deve ser realizada uma avaliação qualitativa dos possíveis riscos de acidentes e posteriormente, se houver necessidade, quantifica- los. Através destas, o profissional habilitado, ficará ciente dos riscos nos quais o trabalhador poderá está exposto durante a sua atividade laboral. A partir daí, os níveis são mensurados, depois os limites de tolerância serão observados se estão conforme a legislação. De posse desses dados, serão adotadas as medidas preventivas. Como por exemplo, a adoção de EPC’s e EPI’s; manter o local de trabalho limpo (impossibilitando acúmulo de sujeiras que podem provocar os acidentes indevidos);

adotar a sinalização de forma geral em todo ambiente; inspecionar as máquinas; os equipamentos quanto as suas validades e se estão dentro do padrão permitido;

verificar as instalações elétricas, hidráulicas, entre outras. Vale ressaltar que as atividades laborais podem ser insalubres. Para esse fato, temos a NR15 onde ela expõe tal ponto fundamental para as prevenções.

3.2.1 Ferramentas de prevenção

Para garantir que a Segurança do Trabalho seja adotada, prevenindo os acidentes dentro do ambiente laboral, devem ser implantadas e implementadas as ferramentas de prevenção, nas quais devem ser utilizadas de acordo com as normas de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017), com as Normas Regulamentadoras e as necessidades do ambiente laboral.

3.2.1.1 Normas de segurança em laboratórios químicos

A Norma adotada é a de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017). Essas normas são utilizadas com o objetivo de se evitar um acidente, quando se sabe reconhecer as situações que podem desencadeá-lo. Em seguida, é

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necessário conhecer e aplicar uma série de regras básicas de proteção individual e coletiva.

No laboratório, é preciso seguir as seguintes regras:

 Conheça a localização do chuveiro de emergência, do lava-olhos, dos extintores de incêndio, dos registros de gás de cada bancada e das chaves gerais (elétricas). Saiba usar esses dispositivos;

 Quando possível, mantenha as janelas abertas para ventilar o laboratório;

 Verifique se os cilindros de gás sob pressão estão presos com correntes ou cintas;

 Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas;

 Desligue todos os aparelhos;

 É expressamente proibido que os alunos retirem qualquer produto químico (especialmente solventes), vidraria ou equipamentos (micropipetas, eletrodos, balanças, etc.) dos laboratórios didáticos;

 Estes materiais podem ser utilizados somente para a execução de experiências em aulas práticas e os infratores desta norma estarão sujeitos às sanções disciplinares e legais previstas no regimento interno da UFERSA;

 Durante a sua permanência no laboratório use sempre os óculos de proteção, avental e nunca use lentes de contato vapores corrosivos podem ficar presos entre a lente e a córnea e, em caso de algum líquido espirrar no olho, o lava- olhos não é eficiente);

 Não use sandálias ou chinelos. Estes itens não protegem de respingos e de queda de objetos. Use somente sapatos fechados, de preferência de couro;

 Cabelos longos devem estar sempre presos para evitar que peguem fogo ou fiquem presos a equipamentos;

 Não fume, não coma e não beba nada no laboratório. Isto pode contaminar reagentes, comprometer aparelhos e provocar intoxicação;

 Não coloque bolsas, malhas, livros, etc sobre a bancada. Apenas o caderno de anotações, caneta e calculadora;

 Não brinque no laboratório. Esteja sempre atento ao experimento;

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 Não trabalhe sozinho no laboratório. É necessária a presença de outra pessoa para ajudar em caso de emergência. O trabalho experimental no laboratório deve ser executado somente na presença do professor responsável;

 Não receba colegas no laboratório. Atenda-os no corredor;

 Siga rigorosamente as instruções fornecidas pelo professor ou técnico laboratorista;

 Consulte o professor antes de fazer qualquer modificação no andamento do experimento e na quantidade de reagentes a ser utilizada;

 Caso esteja usando um aparelho pela primeira vez, leia sempre o manual antes e consulte o professor;

 Nunca teste um produto químico pelo sabor;

 Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor, porém, caso seja necessário, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco.

No trabalho, para que os acidentes sejam evitados, as regras são:

 Para pipetar, use seringa, pêra de borracha ou pipetador. Nunca aspire líquidos com a boca;

 Evite contato de qualquer substância com a pele;

 Encare todos os produtos químicos como venenos em potencial (enquanto não verificar a sua inocuidade, consultando a literatura especializada);

 Conheça as propriedades físicas, químicas e toxicológicas das substâncias que vai manipular, bem como métodos de descarte dos resíduos gerados;

 Consulte a bibliografia (a FISPQ do agente será encontrada no laboratório, em pasta específica para estes arquivos. É aconselhável realizar a leitura das fichas de segurança antes de expor-se ao produto ou agente;

 Antes de usar qualquer reagente, leia cuidadosamente o rótulo do frasco para ter certeza de que aquele é o reagente desejado;

 Conserve os rótulos dos frascos, pois contêm informações importantes;

 Não aqueça líquidos inflamáveis em chama direta;

 Nunca deixe frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, por exemplo) próximos a uma chama ou expostos ao sol;

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 Não armazene substâncias oxidantes próximas a líquidos voláteis e inflamáveis;

 Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar o ar naquele exato momento;

 Nunca torne a colocar no frasco reagente retirado em excesso e não utilizado.

Ele pode ter sido contaminado;

 Nunca aqueça o tubo de ensaio apontando a sua extremidade aberta para um colega ou para si mesmo;

 Cuidado ao aquecer vidrarias: o vidro quente tem exatamente a mesma aparência do frio;

 Não deixe bicos de Bunsen acesos sem utilização;

 Cuidado com chapas elétricas. Podem estar quentes;

 Dedique atenção especial a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que libere grande quantidade de energia;

 Use luva térmica para retirar material quente da estufa;

 Use luva de pano ou simplesmente um pano para proteger a mão ao inserir um tubo de vidro ou um termômetro numa rolha. Lubrifique o tudo ou o termômetro;

 Use colher de madeira ou plástico para preparar mistura refrigerante (gelo e sal). Madeira e plástico são maus condutores de calor.

 Ao preparar soluções aquosas diluídas de um ácido, coloque ácido concentrado na água, nunca o contrário;

 Todos os experimentos que envolvem a liberação de gases ou vapores tóxicos devem ser realizados na câmara de exaustão (capela);

 Verifique se as conexões e ligações estão seguras antes de iniciar uma reação química.

Quando se trata da limpeza, devem ser atendidas as seguintes regras:

 Água ou outros produtos derramados no chão podem tornar o piso escorregadio. Providencie imediatamente a limpeza;

 A bancada de trabalho deve ser mantida limpa e seca, evitando, assim, que se entre inadvertidamente em contato com uma substância tóxica ou corrosiva;

 Lave todo o material após o uso;

 Não jogue papéis ou outros sólidos nas pias. Provocam entupimentos;

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 Não jogue solventes ou reagentes nas pias. Eles poluem o ambiente e solventes inflamáveis na tubulação de esgoto podem causar sérias explosões;

 Descarte os solventes em frascos apropriados. Em caso de dúvida, consulte o professor ou técnico laboratorial sobre o método adequado de descarte;

 Não jogue vidro quebrado ou lixo de qualquer espécie na caixa de areia;

 Acondicione o lixo oriundo dos laboratórios e potencialmente perigoso de forma correta, pois tal ação é de responsabilidade do manipulador. Todo usuário é responsável pela técnica que desenvolve e pelo lixo que gera. Ao se retirar do laboratório, deixe todo o equipamento limpo;

 Ao se retirar do laboratório, lave sempre as mãos.

Cada ferramenta tem sua importância, mas devem ser aplicadas em conjunto para uma melhor proteção ao trabalhador. Dentre elas podemos citar: Consultas das Ficha de Informações dos produtos Químicos - FISPQ’s, sinalização de segurança, organização do ambiente, cumprir as normas de segurança adotadas, entre outras (WALDHELM NETO, 2013).

3.2.1.2 Ficha de Informações dos Produtos Químicos (FISPQ’s)

Uma forma muito importante de adotar a prevenção nos laboratórios que contém produto químico é: consultar a FISPQ (Ficha de Informações de Segurança do Produto Químico) as quais foram anexadas, como exemplo. Mas, vale ressaltar que nela contém as informações de segurança para cada reagente químico, tais como:

 Formas de armazenamento;

 Procedimentos para o caso de contato do reagente com a pele, olhos e inalação pelo usuário;

EPI’s recomendados para a manipulação de tal reagente, se o produto químico é corrosivo, inflamável, dentre outras informações.

É uma forma de fazer prevenção dentro de um ambiente como os laboratórios químicos.

3.2.1.3 Sinalização de Segurança

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É uma ferramenta que deve ser usada com inteligência, com isso tem que ter cuidado na hora de sinalizar, ou seja, quando forem colocar as placas que informe perigo, risco, atenção, agentes químicos, entre outras (WALDHELM NETO, 2013).

3.2.1.4 Organização do ambiente

Para uma melhor segurança de todos, não pode haver desorganização no setor que o trabalhador venha a permanecer, principalmente nos laboratórios químicos.

Com isso a importância de ter o local limpo e organizado, certamente o ambiente de trabalho possuirá condições adequadas para realização correta das atividades laborais.

3.2.1.5 Cumprimento das normas de segurança adotadas

As normas previstas em leis e as criadas internamente devem ser cumpridas na íntegra. Com isso, caso haja descumprimentos do empregador, se tratando de um caso do adicional de insalubridade, o empregado pode recorrer à justiça para que elas não sejam descumpridas. Tais normas sendo aplicadas e obedecidas, teremos a Segurança do Trabalho realizada, na maioria dos casos, com bastante sucesso. No caso do ambiente em estudo, as normas que são adotadas para dar proteção ao servidor público, são as de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017).

3.2.1.6 Utilização de placas ou mantas aquecedoras

 Use sempre uma placa aquecedora com área maior que o recipiente a ser aquecido;

 Recipientes de vidro com paredes grossas, tais como: jarras, garrafões e frascos de filtragem, nunca devem ser aquecidos em placas aquecedoras;

 Numa placa ou manta aquecedora toda superfície se aquece. Por isso ela se mantém quente por algum tempo após ser desligada. Tenha cuidado com qualquer placa ou manta aquecedora que tenha sido utilizada recentemente;

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 Em placas ou mantas aquecedoras, verifique bem os cabos e conectores para ver se não estão estragados. A qualquer sinal de que estejam estragados, passe para outra placa ou manta imediatamente. Não utilize aquela placa ou manta até que ela seja reparada. Um fio desencapado ou um conector estragado pode causar choques elétricos muito perigosos.

3.2.1.7 Utilização de muflas (Forno)

 Não evapore líquidos nem queime óleos na mufla;

 Empregue, para calcinação, somente cadinhos ou cápsulas de materiais resistentes altas temperaturas;

 Não abra a porta da mufla de modo súbito, quando estiver aquecida;

 Cuidado ao retirar materiais da mufla em alta temperatura, isto pode causar choque térmico;

 Não coloque a mufla em operação, ou a desligue, quando o pirômetro não estiver indicando a temperatura;

 A temperatura ultrapassar a ajustada;

 Não remova ou introduza cadinhos ou cápsulas sem utilizar: pinças adequadas, protetor facial, luvas de amianto, avental e protetores de braço, se necessário.

3.2.1.8 Chuveiro e lava-olhos

Estes dispositivos estão em áreas de acesso coletivo (corredor). Eles devem ser usados em caso de respingo de reagente sobre o corpo ou o rosto, devem ser examinados periodicamente e seu acesso nunca deve estar bloqueado.

Há recomendações de que os chuveiros e lava olhos devem ser testados num período máximo de sete dias, devendo-se abri-los e deixar a água escoar por pelo menos 1 minuto. Caso seja notado a presença de ferrugem na água, falta d’água, pouca pressão d’água ou dificuldade de abertura de válvula ou qualquer irregularidade, informar imediatamente o setor de segurança do trabalho. Deve-se, também, manter rigorosamente desobstruídos: os chuveiros e lava olhos, extintores de incêndio, acionadores do sistema de detecção e alarme de incêndio, hidrantes,

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caixas de primeiros socorros, saídas de emergência, iluminação de emergência e áreas de circulação (PRADO FILHO, 2014)

De acordo com a NBR 16291: 2014 é estabelecido os requisitos mínimos de desempenho e uso para os lava-olhos e chuveiros no tratamento de emergência dos olhos ou corpo de uma pessoa que tenha sido exposta a materiais perigosos, abrangendo equipamentos como chuveiros de emergência, lava-olhos, lava- olhos/face e chuveiros com lava-olhos. Esta norma também inclui requisitos de desempenho e uso para as “unidades de lavagem de uso pessoal” e “duchas com mangueiras flexíveis”, que são consideradas suplementares aos lava-olhos e chuveiros de emergência (ABNT, 2014).

A manutenção destes equipamentos deverá ser constante, obedecendo a uma periodicidade de limpeza semanal. Devem ser instalados em locais estratégicos para permitir fácil e rápido acesso de qualquer ponto do laboratório (PRADO FILHO, 2014).

3.2.1.9 Uso de capelas

Baptista (1979), relata que nunca deve-se iniciar um serviço sem que o sistema de exaustão esteja operando.

A capela de exaustão é um EPC, equipamento de proteção coletiva, considerado como essencial em todo e qualquer laboratório que exerça atividades envolvendo manipulação de produtos químicos, tóxicos, vapores agressivos, líquidos ou partículas em concentração e quantidades perigosas ou potencialmente prejudiciais para a saúde.

3.2.1.10 Uso de materiais de vidro

 Colocar todo o material de vidro no local que deverá ser previamente indicado na área do laboratório;

 Não jogar caco de vidro em recipiente de lixo, mas sim em um recipiente preparado para isto;

 Usar luvas antitérmicas sempre que manusear peças de vidro que estejam quentes;

 Não utilizar materiais de vidro quando trincados;

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 Usar luvas e óculos de segurança sempre que:

 Atravessar e remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça;

 Remover tampas de vidros emperradas;

 Remover cacos de vidro (usar também em pá de lixo e escova);

 Colocar frascos quentes sobre placas antitérmicas;

 Não usar frascos para amostras sem certificar-se de que são adequados ao serviço executado;

 Não inspecionar o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem antes fazer uma inspeção visual.

3.2.1.11 Combate a incêndio

Um laboratório deve ter extintores de combate a incêndios em locais devidamente sinalizados. As pessoas que trabalham no laboratório devem saber como e quando utilizar um extintor, pois existem diferentes extintores que se adequam a cada classe de incêndio. Por isso, o primeiro passo é saber quais são as classes de incêndio.

Segundo Barsano e Barbosa (2013), existem quatro classes de incêndio:

Classe A: compreende os materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, por exemplo: tecidos, madeira, papel, fibras, etc.

Classe B: compreende os produtos inflamáveis, que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos, por exemplo: óleo, graxas, vernizes, tintas, gasolina, etc.

Classe C: compreende os equipamentos elétricos energizados, por exemplo:

motores, transformadores, quadros de distribuição, fios, etc.

Classe D: compreende os elementos pirofóricos, por exemplo: magnésio, zircônio, titânio.

Depois que já se conhece as classes de incêndios, deve-se verificar qual extintor é mais apropriado para usar em cada tipo de incêndio:

 Extintor com água pressurizada deve ser usado em incêndio Classe A.

 Extintor de espuma deve ser usado em incêndio de Classe A e B.

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 Extintor com gás carbônico deve ser usado, preferencialmente, em incêndio das Classes B e C, embora possa ser usado também em incêndio de Classe A em seu início.

 Extintor pó químico seco é usado em incêndio das Classes B e C.

 Nos incêndios Classe D, será usado o extintor tipo pó químico seco, porém o pó químico será especial para cada material.

Nos rótulos dos extintores, entre outras informações, existem ilustrações que indicam em qual tipo de material ele pode ser usado. Na parte superior do desenho está a classe de incêndio, cada uma possui cor e figura geométrica específica. Cor verde e triângulo para a classe A, cor vermelha e quadrado para a classe B, cor azul e círculo para a classe C e cor amarela e estrela para a classe D.

3.2.2 Normas Regulamentadoras

De acordo com Brasil (2015), as NR’s estão enquadradas dentro da Segurança e Medicina do Trabalho, no qual está na ordem obrigatório das empresas privas e públicas, além dos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como órgãos dos Poderes Legislativos e judiciário, que se encontram protegidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Vale ressaltar que as NR’s auxiliam para um ambiente laboral saudável, com postura decente, e o descumprimento delas, leva a punição devida aos empregadores.

Com o crescimento continuo no Brasil através de muitas obras, na década de 70, foi preciso normatizar melhor os trabalhos, oferecendo condições adequadas para os trabalhadores, assim com a lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, que redefiniu os Art. 154 à 201 da CLT, referente à segurança e medicina do trabalho, e dentre esses, o Art. 200 determina ao Ministério do Trabalho – MT, o papel de estabelecer disposições complementares referente a saúde e medicina do trabalho. Com isso, o MT em 08 de junho de 1978, aprovou a Portaria nº 3.214, que regulamentou 28 NR’s, mas hoje já foram homologadas 36 normas. Dentre elas serão citadas nesse trabalho as NR’s 6 e 15, as quais, são direcionadas para as empresas que são regidas pelo CLT. Apesar de que o ambiente estudado, é um Serviço Público, onde a norma adotada é a de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017).

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3.2.2.1 Equipamento de Proteção Individual (EPI) –NR 6

De acordo com a norma, EPI é definido como todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, com intuito da proteção de sua saúde.

Ampliando esse conceito, ainda se fala em Equipamento Conjugado de Proteção Individual, no qual é composto por vários dispositivos, prevenindo assim de mais riscos passíveis de ocorrer (BRASIL, 2017).

Como bem relatado na norma, os EPI’s são fundamentais para que os trabalhadores possam estar segurados contra alguns acidentes passíveis de ocorrer, dessas forma cabe ao empregador disponibilizar tais equipamentos devidamente com o Certificado de Aprovação – CA, expedido pelo órgão responsável do MT. Assim pode-se citar alguns EPI’s mais usados dentro de uma laboratório químico:

 Avental;

 Luvas descartáveis de nitrila;

 Luva de borracha;

 Luva de látex;

 Máscara Respiradora;

 Óculos de proteção;

 Protetor facial;

 Touca de proteção.

Pode-se observar nas figuras seguintes os EPI’s utilizados dentro do laboratório em estudo. Em cada figura, pode ser observado o número do CA. Na Figura 1, ilustra- se uma luva para proteção contra agentes abrasivos e escoriantes (dois lados).

Figura 01 – Luva para proteção contra agentes abrasivos e escoriantes (CA 26170).

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Fonte: O autor.

Na Figura 02, ilustra-se um respirador purificador de ar, tipo semifacial, com

Figura 02 - Respirador purificador de ar (CA 7072).

Fonte: O autor.

corpo confeccionado em borracha preta, com borda interna. Nas laterais do corpo da peça, estão localizadas duas aberturas, uma de cada lado, nas quais são encaixados dois suportes plásticos pretos com rosca externa, dotados, cada um deles, de um anel

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de material preto macio em sua parte interna e de uma válvula de inalação em sua parte traseira.

Na Figura 03, tem-se uma luva de segurança tricotada em fio térmico, recoberta em látex foam na palma, dedos e parcialmente no dorso.

Figura 03 - Luva de segurança tricotada em fio térmico.

Fonte: O autor.

Os óculos para proteção de olhos e face, constituídos de arco de material plástico preto com um pino central e uma fenda em cada extremidade, utilizados para o encaixe de um visor de policarbonato incolor, com apoio nasal, pode ser observado na Figura 04.

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Figura 04 - Óculos para proteção de olhos e face (CA 9722).

Fonte: O autor.

Na Figura 05, ilustra-se a vestimenta tipo avental confeccionado em PVC com forro de poliéster.

Figura 05 – Vestimenta tipo avental (vista em dois ângulos - CA 10101).

Fonte: O autor.

Ilustra-se na Figura 06, a luva para procedimentos não-cirúrgicos confeccionada à base de látex de borracha natural, com pó, lisa, ambidestra, não estéril (CA 30258).

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Figura 06 - Luva para procedimentos não-cirúrgicos.

Fonte: O autor.

Observa-se na Figura 07, a luva para proteção contra agentes mecânicos e químicos, confeccionado em borra nitrílica, flocada internamente, com acabamento antiderrapante.

Figura 07 - Luva para proteção contra agentes mecânicos e químicos (CA 6544).

Fonte: O autor.

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Na Figura 08, pode ser observado um respirador purificador de ar tipo peça semifacial filtrante para partículas, classe PFF2 S, formato dobrável.

Figura 08 - Respirador purificador de ar (CA 5527).

Fonte: O autor.

Na Figura 09, observa-se um calçado tipo sapato, confeccionado em couro.

Figura 09 - Calçado tipo sapato (CA 33733).

Fonte: O autor.

(36)

3.3.2.2 Atividades e Operações Insalubres – NR 15

Através da lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977, na seção XIII, no Art. 189, a definição das atividades e operações insalubres como sendo, por sua natureza, condições ou métodos no ambiente laboral, que estão acima dos limites de tolerância pertinentes, coloca em risco a integridade e a saúde do trabalhador.

De acordo com os artigos 189 à 194 que consta na CLT, as atividades e operações insalubres serão as, que por sua natureza, condições ou métodos no ambiente laboral, coloca em risco a integridade e a saúde do trabalhador. Assim, serão fixados os limites de tolerância aos agentes agressivos, adoção de equipamentos de proteção e os tempos de exposição.

Conforme a Lei nº 6.514, de 22.12.1977, Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da insalubridade ocorrerá:

I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

II - com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância.

Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou neutralização, na forma deste Artigo.

Para conter a insalubridade dentro do ambiente laboral, serão realizadas as devidas medidas para proteger o ambiente de trabalho observando os limites de tolerâncias nos anexos da NR 15, além da adoção de outras medidas que irão amenizar os danos.

Encontra-se na NR 15, o Anexo 11, onde é definido os agentes químicos que caracterizam a insalubridade, considerando limites de tolerância e inspeção no local de trabalho. Tais limites são anexados no Quadro n° 1 (Tabela de Limites de Tolerância) que são validados apenas por vias respiratórias. Para tanto os subitens do Anexo 11 da mesma NR, ainda aborda que: para os agentes químicos que tenham

"VALOR TETO" assinalado, considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo quadro. E que os limites de tolerância fixados no Quadro n° 1 são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana, inclusive. Mas que, para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito)

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horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT. Assim, os agentes químicos devem ser sempre observados de forma contínua, principalmente quando usados constantemente.

Para a NR15, quando se caracteriza a insalubridade, os trabalhadores têm direito ao adicional de insalubridade de acordo com o agente químico a que eles se expõem. E esse adicional é relacionado ao grau mínimo (10%), médio (20%) e máximo (40%) para as empresas regidas pela CLT. Para o servidor público, de acordo com a norma seguida, para essa situação os percentuais são 5%, 10% e 20%, respectivamente.

3.3 ACIDENTES DE TRABALHO

Conforme dispõe o Art. 19 da Lei nº 8.213/91, diz que:

Acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.

Segundo Freitas (1974), os acidentes pode ter outro motivos além das técnicas impróprias ou inadequadas, entre eles, pode-se informar os pessoais e delimitações que o trabalhador pode trazer na sua vida cotidiana, impactando assim no seu trabalho.

As causas de acidentes em um laboratório de química têm motivos variados. A manipulação de certos materiais sem a observância das normas de segurança é uma das causas que contribui efetivamente para a ocorrência de acidentes (CARVALHO, 2000).

Dentro dos laboratórios químicos os acidentes são expressivos. Visto que a grande quantidade de agentes químicos, equipamentos, objetos, pessoas possibilitam uma variedade de sinistros, caso não ocorra as aplicações corretas das normas previstas em leis, e as que são instituídas pelo ambiente laboral para proteção adequada dos docentes e dos técnicos.

Laboratórios químicos são considerados áreas de alto risco. Não temos estatísticas no Brasil de acidentes em laboratórios, mas nos locais onde temos ministrado treinamentos ao longo dos últimos 15 anos, nos mais variados tipos de

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instalações de empresas privadas, instituições públicas e universidades, no Brasil e no exterior, os relatos das chefias reportam grande número de acidentes de pequena e média gravidade e um menor número de acidentes graves que causaram mutilações e outras lesões permanentes.

Há muitas situações potenciais de acidentes nos laboratórios, pois neles são manipulados agentes químicos corrosivos, inflamáveis, tóxicos.

Segundo Mastroeni (2005), existe uma grande importância para que os laboratórios desenvolvam um plano de gerenciamento e controle de riscos, com o objetivo de minimização dos possíveis sinistros que podem ocorrer.

3.3.1 Acidentes de Trabalho em laboratórios

Segundo Verga (2018), é necessário pensar na segurança do funcionário de um laboratório, devido aos riscos que ele está exposto. Diversas substâncias são tóxicas, inflamáveis, corrosivas e letais. Portanto, é de extrema importância pensar em medidas para diminuir os riscos de acidentes em laboratórios. Dentre os acidentes mais comuns, é possível listar: intoxicações, queimaduras, choques e incêndios. As principais causas são instruções não adequadas e uso incorreto de equipamentos ou materiais de características desconhecidas.

A segurança em laboratório é um dos mais difíceis de ser tratadas, pois a maioria das pessoas tem a tendência em pensar que os acidentes não acontecerão com elas. Acreditam que terão sempre o controle da situação ou que sabem perfeitamente o que fazem, ou ainda dizem: “pode deixar, já fiz isto tantas vezes e nada aconteceu”. Quanto a esta última afirmativa é bom lembrar que a ação que representa um risco de acidente, realizada várias vezes com “sucesso”, isto é, sem a ocorrência de um acidente, não fornece créditos para o futuro. No momento em que um acidente ocorrer, as suas consequências serão imediatamente sentidas - queimaduras, cortes ou mesmo eventos mais graves. Cabe ressaltar que os acidentes não ocorrem eles são causados.

Duas são as causas principais: o ato inseguro e a condição insegura. O ato inseguro é o não cumprimento de normas de segurança durante o trabalho, como, por exemplo, fumar no laboratório (especialmente onde haja material inflamável), levantar peso excessivo, não usar o equipamento de proteção individual (EPI), trabalhar com trajes inadequados, cabelos soltos, sandálias ou ainda brincar ou correr no laboratório.

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A condição insegura é uma deficiência ou irregularidade técnica existente no local de trabalho como, por exemplo, iluminação deficiente, ventilação excessiva ou deficiente, armazenamento incorreto, excesso de ruído, instalação elétrica defeituosa, material de trabalho inadequado, falta de ordem e limpeza.

A preocupação com a segurança no laboratório tem por objetivo minimizar e eliminar o risco de acidente. Para isso é necessário pensar com muito cuidado na prevenção que deve ser feita dentro de um laboratório de Química. Um exemplo que pode ser citado é o manuseio de reagentes pelo profissional.

De acordo com as Normas de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017), os acidentes de trabalho podem ter origem:

 Na falta de informações;

 Na falta de procedimentos escritos (POP - Procedimentos Operacionais Padrão);

 Na falta de divulgação dos procedimentos de proteção;

 Na imprudência;

 Na inexperiência;

 Na negligência do trabalhador;

 Na organização do trabalho (ou na desorganização);

 No estado do material de trabalho;

 Na falta de manutenção preventiva dos equipamentos e

 No ambiente social do trabalho, nas relações humanas.

Regras gerais (UFERSA, 2017):

 Em caso de acidente, procure imediatamente o professor, mesmo que não haja danos pessoais ou materiais;

 Todo acidente, por menor que pareça, e qualquer contato com reagentes químicos ou agentes biológicos deve ser comunicado ao professor e técnico laboratorista;

 Antes de lidar com cada produto químico, saiba o que fazer no caso de contato deste com os olhos, a boca ou a pele. Consulte a Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico - FISPQ;

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 No caso de um acidente deste tipo, avise o professor imediatamente e procure o tratamento específico para cada caso;

 Vidros quebrados devem ser descartados, depois de limpos, em recipientes de lixo de vidros. Nunca jogue vidros quebrados no lixo comum, pois podem causar cortes no pessoal de limpeza;

 Em caso de derramamento de mercúrio, chame imediatamente o professor ou o técnico. Vapores de mercúrio são muito tóxicos, entre outras situações.

Na Figura 10, pode-se observar o que restou de um laboratório, após uma explosão causada pelo motor de uma geladeira que armazenava reagentes químicos.

Tal acidente provocou perdas materiais os quais foram: os equipamentos, vidrarias, armários, mesas, entre outros. Outra perda, foi a integridade física de um estudante que ficou com 20% do corpo queimado, tendo queimaduras de 1º e 2º graus no rosto, braços e orelhas.

Figura 10 - Acidente em um laboratório de Química.

Fonte: https://zonaderisco.blogspot.com.br/2010/11/explosao-em-laboratorio-de-quimica-da.html

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4. METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de natureza qualitativa e baseia-se em uma pesquisa exploratória, desenvolvida através da literatura relacionada à prevenção de acidentes de trabalho em laboratórios químicos.

Esta pesquisa foi desenvolvida no Laboratório de Química da UFERSA Campus Caraúbas, e o estudo procederá da seguinte forma:

 Reconhecimento do local;

 Verificação da conformidade das Normas de Segurança que estabelece a prevenção do trabalhador, no laboratório química

 Observar as substâncias químicas existentes no laboratório e verificar as que estão elencadas na NR 15 – Anexo 11, que poderão provocar acidentes dentro do ambiente de trabalho (laboratório de química);

 Fazer um levantamento dos equipamentos de Segurança do Trabalho existentes no laboratório;

 Levantamento fotográfico.

O estudo foi embasado segundo Normas de Segurança para os Laboratórios Didáticos da UFERSA (2017), além das Normas Regulamentadoras NR 6 e NR 15, e bibliografias referentes à prevenção de acidentes envolvendo substâncias químicas.

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