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5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 Resultados do Modelo de Painel

Antes da análise, é importante frisar algumas questões de ordem estatística. A primeira delas é que não se fez necessário a utilização do teste de Hausmann para decidir entre os modelos de Efeitos Fixos e Efeitos Aleatórios pois, como no presente caso algumas das variáveis selecionadas (como a distância) são fixas ao longo do tempo, será utilizado o modelo de Efeitos Aleatórios que produz melhores estimadores. Outra questões diz respeito a estacionariedade das séries. O teste de Raiz Unitária poderia ser aplicado às séries individuais de cada país, porém, devido à periodicidade e ao curto espaço de tempo de análise estes testes são pouco robustos e optou-se por não computá-los. Por último, a questão da heterocedasticidade, presente em quase todos os modelos de dados em painel, foi ajustada pela utilização da Estimação Robusta a Erros Heterocedásticos.

Esta seção, portanto, apresenta os resultados das regressões por Efeitos Aleatórios para o conjunto geral e mais amplo de países e a Estimação Robusta a Erros Heterocedástico para os IBDs desagregados nos blocos de destino.

É importante lembrar que esta análise contém dados anuais para o período de 2001 a 2008 e é feita sob o pressuposto de ceteris paribus11

.

Primeiramente, foram realizadas as estimações por Efeitos Aleatórios para todos os países juntos possibilitando uma visão global dos IBDs. Os resultados são apresentados no Quadro 5.1 a seguir:

Quadro 5.1 – Resultado da Regressão por Efeitos Aleatórios dos IBDs globais

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados.

A análise dos IBDs de forma global conta com 279 (algumas observações da amostra foram perdidas pois não apresentavam os dados necessários de todas as variáveis) subdivididas em 4 grupos. De maneira geral, é possível observar que a significância estatística dos principais coeficientes variam de 0% a 2%, com exceção da variável PIBpc que não foi estatisticamente significativa no modelo geral. Considerando as próxys utilizadas, é possível verificar que os IBDs estão positivamente correlacionados aos Regimes Fiscais Privilegiados (RFP), Mercosul (MSUL) e União Européia e negativamente correlacionados com a Distância (DIST) e Grau de Abertura Comercial (GAC).

Esses dados servem como indicativo de que, de modo global, os destinos dos IBDs estão associados a países considerados RFP, pertencentes ao MSUL e EU com menores distâncias geográficas e menor GAC. Isso indica que um país integrado economicamente em blocos, possuidores de vantagens fiscais e menores distâncias são mais propensos a atrais os investimentos diretos dos brasileiros.

11

Todas as análises, a menos que seja explicitado o contrário, é feita sob a condição de que “tudo o mais permaneça constante”(ceteris paribus).

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No entanto, o Quadro 5.1 apresenta um coeficiente bastante interessante que merece uma análise especial: é a variância entre grupos (between variance) que apresentou um valor bastante elevado, próximo a 1, e isto significa que as variações entre os grupos (no caso entre os blocos de destino de IBDs) é bastante grande e os coeficientes que servem para os IBDs de forma global podem não se manter quando são analisados os grupos separadamente. As variações entre os blocos pode ter sub estimado ou sobre estimado os coeficientes do modelo geral.

Assim, é importante desagregar a análise para cada um dos blocos de destino de IBDs e os Quadros de 5.2 a 5.5 mostram as Regressões Robustas a Erros Heterocedásticos para os IBDs em cada bloco de destino onde RG = 1 representa os países pertencentes ao BRICS, RG = 2 são os países da América Latina, RG = 3 com os Países Desenvolvidos e RG = 4 são os Outros Países.

Para a análise dos países pertencentes aos BRICS apresentado no Quadro 5.2 foram tomadas 21 observações úteis. Esse grupo não apresenta nenhum RFP e nenhum país pertencente ao MSUL ou UE, por isso os coeficientes foram omitidos. O coeficiente de determinação de aproximadamente 36%.

Quadro 5.2 – Resultado da Regressão Robustas a Erros Heterocedásticos para os IBDs no BRICS

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados.

Para este grupo de países, é possível observar que o coeficiente do PIBpc não é estatisticamente significativo, indicando nesse caso uma não relação entre estes e os IBDs, por outro lado, o coeficiente de GAC mostrou-se bastante significativo e positivamente correlacionado com os IBDs. Este fato pode justamente estar ligado ao fato de que a China é o grande receptor dos IBDs nos últimos anos e tem passado por um processo de abertura comercial na década, o que atraiu os capitais internacionais e também o brasileiro.

Já o coeficiente DIST mostrou um sinal diferente do que se poderia esperar. Seu valor positivo pode ser explicado, neste caso, pela composição dos países que fazem parte

____ccoccooonnnnss ss ---1-1011000000.0..9.9899889899 9 44744777....995995545444555577 77 ----22.22..1.111111 1 000.0..0.0500550500 0 ----2222000022.22...1111666644344333 ..1..118188686626262266868828222 UUEUUE EE (((o(omoomimmiititttttetteededdd)))) mmmmssussuulull l ((o((oomommimiititttttetteededdd)))) rrfrrfffppp p ((o((oomommimiititttttteteededdd)))) llllnngnngggaaaaccc c 111212.22..3.333333131911999555 5 5555....9999550550004444888899 99 2222..0..000777 7 000.0..0.0050545544 4 --.--...22222222224224844888777799 99 222424.44..8.8888868866363383888 llllnndnndddiiiisstsstt t 44.44..5.558588686766772722211 11 1111....991991118888999999399333 22.22.3..333999 9 000.0..0.0200292299 9 ...5.5553333779779999999888822 22 888.8.6..66363353545544444434333 llllnnnnppippiiibbbbppcppc cc 11.11.0..0030330301001121222111 1 1111....228228818111444499799777 0000...8.888000 0 000.0..4.4344333333 3 ----1111..6..6766777333366 66 333.3.7..77373333383388484424222 llllnninniiibbbbdd dd CCoCCooeoeefef.ff.. . SStSStttdddd.... EEErErrrrrrr.. .. tt tt PPP>P>|>>||t|tt|t| || [[[[99599555%%%% CCoCCooonnnnffff.. .. IIIInnntntetteererrvrvavvaalall]l]]] RRoRRoobobbbuuuusssstt tt HHHHCCCC3333 RRRoRoooooootttt MMMMSSSSEEEE ==== 444.4.0..003033131161666 RR-RR--s-sssqqqquuuuaaraarrreeeedddd ==== 000.0.3..336366161101000 PPPrPrrroooobb bb >>>> FFFF ==== 000.0.0..000000000030333 FFF(F((( 33,33,,, 111177)77))) ==== 1111111.1..0.0010111 L L L Liiiinnnneeeeaaaarrrr rrrreeeeggggrrrreeesesssssssiiioionoonn n NNNuNuuummmmbbbbeeeerr rr ooooff ff oooobbbbss ss ==== 22212111 n n n nooootttteeee:: :: UUUUEEEE oooommimmiitittttttteedeedd d bbbebeececcacauaauususseseee oofoofff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy n n n nootoottteeee:::: mmsmmsssuuuullll oomoommimiiitttttttetedeedd d bbbebeececaccaauauuussseseee ooooffff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy n n n nootoottteeee:::: rrfrrfffpppp oooommimmiiittttttteteeded dd bbbebeececcacauaausuussseee e ooooff ff ccccoooollllllilliiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy - - - ->>>> rrrrgg gg ==== 1111

dos BRICS. Os maiores investimentos estão direcionados justamente ao país mais distante geograficamente dentro do grupo que é a China.

Para a análise dos países pertencentes à América Latina no Quadro 5.3 foram tomadas 84 observações úteis e como nenhum país pertence a UE este coeficiente foi omitido. O coeficiente de determinação deste modelo ultrapassou 65%.

Neste grupo de países, o PIBpc, representando o tamanho do mercado, é bastante significativo e positivamente correlacionado com os IBDs. A variável DIST tem coeficiente negativo, indicando que os custos de transportes e custos culturais influenciam negativamente os IBDs que preferem realizar seus investimentos em locais mais próximos e com menos diferenças culturais.

Quadro 5.3 – Resultado da Regressão Robustas a Erros Heterocedásticos para os IBDs na América Latina

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados.

Aqui, o GAC esta negativamente correlacionado com os IBDs com duas possíveis explicações: i) indica uma possível relação de substituição entre os investimentos diretos e as exportações brasileiras já que a distancia geográfica é pouca e os custos com exportações são relativamente menores ou ii) que barreiras e quotas comerciais reduzem as exportações brasileiras e aumentam os IBDs nos países para reduzir essas externalidades.

Um ponto interessante revelado neste grupo é de que, embora o fato do país pertencer ao MSUL esteja correlacionado positivamente a um maior fluxo de IBDs de forma global, quando se analisa dentro da América Latina ele não é estatisticamente significativo. Já ter um RFP é positivamente correlacionado a maiores IBDs. Assim, pode-se inferir que, no caso da América Latina, ter um regime RFP é mais importante para atrair os IBDs do que fazer parte do MSUL.

Para a análise dos Países Desenvolvidos no Quadro 5.4 foram analisadas 148 observações úteis. O coeficiente de determinação deste modelo foi cerca de 30%.

____ccoccooonnnnss ss 111515.55..1.11010700777777711 11 7777....114114464666999900900999 22.22..1.111111 1 000.0..0.0300383388 8 ...8.8887777993993033000555533 33 222929.99...33333363366161111111 UUEUUE EE (((o(omoomimmiititttttetteededdd)))) mmmmssussuuulll l ---1-11.1.0..0090994944343133118188 8 ..8..8882222885885575777777744 44 ----11.11..3.333222 2 000.0..1.1911990900 0 ----2222....774774443333888888988999 ..5..555555555525252255252262666 rrfrrfffppp p ..5..5535331312112242444447447 77 ....22922999111188988999222266 66 1111..8..882822 2 00.00..0.0070737733 3 --.--...00004444998998688666888888 88 111.1.1..11111121232233535585888 llllnngnngggaaaacc cc ---2-2.22..2.227277777177112122288 88 ....6666112112227777444411911999 ----33.33..7.777222 2 000.0..0.0000000000 0 --3--333....444499799777000000400444 ----11.11...000055575727722525535333 llllnndnnddidiiisssstt tt ---3-3.33..5.5575776760660080888555 5 1111....0000442442262666000033 33 ----33.33.4..444333 3 000.0..0.0000010011 1 --5--55.5...666655155111777744844888 ----11.11...555500000040044242222222 llllnnpnnppipiiibbbbppcppcc c 333.3..1.11010900993933377 77 ....4444996996668888555500900999 66.66.2..222666 6 000.0..0.0000000000 0 222.2...1111220220200222111166 66 444.4.0..00099989858855252242444 llllnninniiibbbbdd dd CCoCCooeoeefef.ff.. . SStSStttdddd.... EEErErrrrrrr.. .. tt tt PPP>P>|>>||t|tt|t| || [[[[99599555%%%% CCoCCooonnnnffff.. .. IIIInnntntetteeerrrvrvavvaalall]l]]] RRoRRoobobbbuuuusssstt tt HHHHCCCC3333 RRRoRoooooootttt MMMMSSSSEEEE ==== 1111..3..339399797787888 RR-RR--s-sssqqqquuuuaaraarrreeeedddd ==== 0000..6..665655252242444 PPPrPrrroooobb bb >>>> FFFF ==== 0000..0..000000000000000 FFF(F((( 55,55,,, 777788)88))) ==== 5515511.1..2.2212111 L L L Liiiinnnneeeeaaaarrrr rrrreeeeggggrrrreeeessssssssiiioionoonn n NNNuNuuummmmbbbbeeeerr rr ooooff ff oooobbbbss ss ==== 88848444 n n n nooootttteeee:: :: UUUUEEEE oooommimmiiitttttttteedeedd d bbbebeececcacauaauususseseee oofoofff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy - - - ->>>> rrrrgg gg ==== 2222

Este grupo não apresenta países pertencentes ao MSUL, por isso o coeficiente foi omitido. Para este grupo de países os IBDs estão positivamente correlacionado com o PIBpc, RFP e UE e negativamente correlacionados com a DIST e com o GAC. Esses valores evidenciam que a procura por mercado esta bastante relacionada aos IBDs. Da mesma maneira como ocorreu com os destinos na América Latina, a Distância e o GAC também estão negativamente correlacionados com os IBDs embora em menor grau, principalmente na variável distância.

Quadro 5.4 – Resultado da Regressão Robustas a Erros Heterocedásticos para os IBDs nos Países Desenvolvidos

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados.

Para este grupo de países, o GAC com sinal negativo é muito mais provável devido à barreiras e quotas comerciais que por um lado reduzem as exportações brasileiras para os países e aumentam os IBDs nesses destinos para reduzir essas externalidades.

Para a análise dos Outros Países apresentada no Quadro 5.5 foram consideradas 26 observações úteis. O coeficiente de determinação deste modelo foi de quase 70%.

Quadro 5.5 – Resultado da Regressão Robustas a Erros Heterocedásticos para os IBDs para Outros Países

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados.

____ccoccooonnnnss ss ---1-10110.00..1.11313233222222 2 11111111....883883323222444433 33 ----00.00..8.888666 6 000.0..3.3933993933 3 ----33333333..5..5552222222266866888 1131133.3...22252585588282292999 UUEUUEE E 333.3..4.4444414411515525252255 5 ..8..8848444111199399333999922 22 4444..0..000999 9 000.0..0.0000000000 0 1111....77777777777711711777 55.55...11101050055858888888 mmmmssussuulull l ((o((oomommimiititttttetteededdd)))) rrrrffpffpp p 333.3..8.881815115585881819119 99 ....44144111111155955999777766 66 9999..2..272277 7 00.00..0.0000000000 0 33.33...000000200222111166966999 44.44...66626292299494474777 llllnngnngggaaaacc cc ---2-2.22..1.114144646766773733388 88 ....4444660660001111555566766777 ----44.44..6.666777 7 000.0..0.0000000000 0 --3--333....000055655666333388188111 ----11.11...222233373707700909959555 llllnndnnddidiiisssstt tt ---.-.4..44040090990900000040444999 9 ....11111111224224444444888811 11 ----33.33.6..666444 4 000.0..0.0000000000 0 --.--..6.666333311211222999933533555 ----..1..111888866676717711616626222 llllnnnnppippiiibbbbppcppcc c 22.22..3.330300606966996966699 99 1111....113113334444555577677666 22.22.0..000333 3 000.0..0.0400444444 4 ...0.0006666441441211222666644 44 444.4.5..55544494989988181121222 llllnninniiibbbbdd dd CCoCCooeoeefef.ff.. . SStSStttdddd.... EEErErrrrrrr.. .. tt tt PPP>P>|>>||t|tt|t| || [[[[99599555%%%% CCoCCooonnnnffff.. .. IIIInnntntetteeerrrvrvavvaalall]l]]] RRoRRoobobbbuuuusssstt tt HHHHCCCC3333 RRRoRoooooootttt MMMMSSSSEEEE ==== 3333..3..336366262212111 RR-RR--s-sssqqqquuuuaaraarrreeeedddd ==== 0000..3..330300404474777 PPPrPrrroooobb bb >>>> FFFF ==== 0000..0..000000000000000 FF(FF((( 5555,, ,, 1111444422)22))) ==== 3343344.4..1.1181888 L L L Liiiinnnneeeeaaaarrrr rrrreeeeggggrrrreeeessssssssiiioionoonn n NNuNNumuummmbbbebeeerrrr oofoofff oooobbbbssss == == 111414484888 n n n nootoottteeee:::: mmsmmsssuuuullll oomoommimiiitttttttetedeedd d bbbebeececaccaauauuussseseee ooooffff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy - - - ->>>> rrrrgg gg ==== 3333 ____ccoccooonnnnsss s 5550500.0.0..0080886869669 99 444411.11...99994404400000009999 1111...1.119199 9 00.00..2.2242464466 6 --3--3337777....113113233222222299 99 11131373377.7..3.303300606616111 UUEUUE EE (((o(omoomimmiititttttetteededdd)))) mmmmssussuulull l ((o((oomommimiititttttetteededdd)))) rrfrrfffppp p 555.5..7.7277224244242252555555 5 22.22...555533339929922255554444 2222...2.222555 5 00.00..0.0030353355 5 ..4..4444444335335558888666699 99 111111.11..0.0000040044949929222 llllnngnngggaaaaccc c ---.-..0.00000080886866666566555555 5 2222....5555116116665555000055 55 ----00.00.0..000000 0 000.0..9.9999997977 7 ----5555....224224442222000022522555 55.55..2.22222242464466969949444 llllnnnnddiddiiisssstt tt ---4-4.44..5.5515118183883733777555 5 3333....2222335335554444999944 44 ----11.11.4..444000 0 000.0..1.1711777777 7 ----11111111..2..2224444666699599555 22.22..2.22121101020022020040444 llllnnpnnpppiiiibbbbppcppcc c --.--..8.8838334346446626222222233 33 ....7777004004424222444400100111 --1--111...1.191199 9 000.0.2..2242449499 9 ----2222..2..2229999999911711777 ..6..662622929999929922525515111 llllnninniiibbbbdd dd CCoCCooeoeefef.ff.. . SStSStttdddd.... EEErErrrrrrr.. .. tt tt PPP>P>|>>||t|tt|t| || [[[[99599555%%%% CCoCCooonnnnffff.. .. IIIInnntntetteererrvrvavvaalall]l]]] RRoRRoobobbbuuuusssstt tt HHHHCCCC3333 RRRoRoooooootttt MMMMSSSSEEEE ==== 111.1.6..661611414454555 RR-RR--s-sssqqqquuuuaaraarrreeeedddd ==== 000.0.6..668688585585888 PPPrPrrroooobb bb >>>> FFFF ==== 000.0.0..000000000030333 FFF(F((( 44,44,,, 222211)11)) ) ==== 88.88..5.5565666 L L L Liiiinnnneeeeaaaarrrr rrrreeeeggggrrrreeesesssssssiiioionoonn n NNNuNuuummmmbbbbeeeerr rr ooooff ff oooobbbbss ss ==== 22262666 n n n nooootttteeee:: :: UUUUEEEE oooommimmiitittttttteedeedd d bbbebeececcacauaauususseseee oofoofff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy n n n nootoottteeee:::: mmsmmsssuuuullll oomoommimiiitttttttetedeedd d bbbebeececaccaauauuussseseee ooooffff ccccoooolllllllliiiinnnneeeeaaraarrriiiittttyyyy - - - ->>>> rrrrgg gg ==== 4444

Este grupo não apresenta países pertencentes ao MSUL e UE, por isso os coeficientes foram omitidos. Para o grupo dos Outros Países, a única variável estatisticamente significativa foi o RFP da Hungria que é o principal destino dos IBDs nesse grupo.

A Tabela 5.1 a seguir resume os coeficientes da regressão global e por blocos de destino de IBDs e permite uma comparação mais eficiente entre os resultados.

Como os investimentos para o Mundo são, em ultima instancia, um reflexo dos investimentos nos blocos, é possível constatar que, a nível global o PIBpc é sub estimado por causa do BRICS e dos Outros Países, que não são estatisticamente significativos e aumentam a variância dos IBDs totais. No entanto, ao se considerar os países da América Latina e os Países Desenvolvidos (que respondem pela maior parte dos IBDs) o PIBpc tem correlação positiva com os IBDs.

Tabela 5.1 – Resultados das regressões por Efeitos Aleatórios e a Estimação Robusta a Erros Heterocedástico para os IBDs nos blocos hospedeiros

IBDs BRICS Am. Latina Desenvolvidos Outros Mundo lnPIBpc 1.03 3.11* 2.31** -0.83 0.09 lnDist 4.59** -3.58* -0.41* -4.52 -0.65* lnGAC 12.33*** -2.28* -2.15* -0.01 -1.41* RFP ---- 0.53*** 3.81* 5.72** 3.38* MSUL ---- -1.09 ---- ---- 1.79** UE ---- ---- 3.44* ---- 1.66* Constante -100.99*** 15.11** -10.13 50.09 13.28* * p < 0,01 ; ** p < 0,05; *** p<0,10

Fonte: Elaboração própria com base no processamento de dados

Recorda-se aqui que o objetivo principal do trabalho não é quantificar essa relação entre as variáveis, mas sim estabelecer as relações entre elas e as diferenças entre os blocos de destino. No entanto, grosso modo, lembrando que os coeficientes representam as elasticidades nesse modelo, o aumento de 1% no PIBpc desses blocos associam-se a um aumento de IBD maior na América Latina do que nos Países Desenvolvidos sendo estes aumentos respectivamente de 3.1% e 2.3%.

A Distância, usada como proxy para custos de transportes e custos culturais se mostrou estatisticamente significativa para quase todos os blocos de destino, com exceção dos classificados no bloco de Outros Países e isso se reflete nos IBDs mundiais. É interessante notar que as maiores reduções de IBDs associados a essa variável são dos países da América Latina. Sendo um indicio de que quando os investidores decidem investir na America latina, a distância é fator importante, e esses investidores preferem alocar seus recursos o mais próximo possível do país já que nos países “hermanos” os custos de transportes, culturais e de legislação são menores, no entanto, para os destinos mais afastados do Brasil, esse impacto fica cada vez menor.

O Grau de Abertura Comercial, tal como definido no modelo, apresenta características ambíguas quando analisados os blocos separadamente. De forma geral são associados negativamente aos destinos de investimentos. Por um lado a China, como grande receptor de IBDs dos BRICS, passa por recentes processos de Abertura Comercial e os IBDs podem estar relacionados à maior acesso aos mercados chineses e por outro, nos Países Desenvolvidos e da América Latina eles aparentam ter uma relação de substituição com as exportações e/ou servem para driblar as externalidades causadas pelas barreiras e/ou quotas comerciais.

Os países com Regimes Fiscais Privilegiados (RFP), países membros do Mercosul (MSUL) e membros da União Européia (UE) apresentam, em média, uma maior correlação com os IBDs no modelo global. Isso significa dizer que na hora de escolher onde fazer um investimento, os brasileiros preferem aqueles com um RFP e/ou países integrados ao MSUL e UE. No entanto, uma vez que a análise é feita por blocos, é possível perceber, como já mencionado anteriormente que, uma vez que os investidores brasileiros estão decididos a investir na América Latina é mais importante ser um RFP do que pertencer ao MSUL.

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