• Nenhum resultado encontrado

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Níveis de pressão sonora

As medidas dos níveis de pressão sonora nas escolas foram realizadas no interior das salas de aula em duas situações: com as salas ocupadas e desocupadas. Procurou-se não intervir na rotina de cada escola para que os resultados fossem os mais confiáveis possíveis. Para não interferir na rotina diária das escolas e realizar as medidas com maior grau de confiabilidade foi necessário em primeiro lugar esclarecer para professores e alunos os motivos pelos quais estava-se realizando tal estudo e qual a sua importância para a comunidade escolar. A partir do momento que professores e estudantes se habituaram à presença do aparelho, iniciou-se a coleta de dados.

A pesquisa focou três séries: 3a e 6a séries do Ensino Fundamental e 2a série do Ensino Médio. A faixa etária correspondente a cada um desses segmentos é, nove, doze e dezesseis anos de idade. Assim, a pesquisa incluiu alunos com idades diferenciadas, formando um grupo diverso.

Ao todo foram avaliadas dez escolas, sendo quatro pertencentes à rede de ensino privada e seis pertencentes à Secretaria de Educação do Distrito Federal (Mapa – Apêndice C). A Escola 1, localizada na parte central da RA VIII – Núcleo Bandeirante, é uma escola particular que trabalha com todos os segmentos de ensino, ou seja, da Educação Infantil ao Ensino Médio. É uma escola de médio porte, que abriga aproximadamente 1200 alunos que convivem diariamente com ruídos advindos do tráfego urbano (aéreo e terrestre).

Já a Escola 2, localizada na RA III – Taguatinga, pertence à rede privada de ensino, trabalha com todos os segmentos de ensino, porém é de grande porte, visto

que abriga aproximadamente 2500 alunos. É uma escola que convive diariamente com ruídos provenientes do tráfego aéreo e terrestre e ainda com o trânsito de alunos nos seus pátios internos. No caso da Escola 3, tem-se uma situação bem diferenciada, uma vez que esta se localiza dentro de um Shopping, na RA III, o que reduz consideravelmente a influência do tráfego urbano. É uma escola pequena, com aproximadamente 250 alunos que freqüentam os níveis de Ensino Fundamental e Médio.

As Escolas 4 e 5, pertencem à Secretaria de Educação, trabalham exclusivamente com alunos do nível médio e estão localizadas em grandes áreas do Núcleo Bandeirante e Brasília – RA I, respectivamente. São escolas de grande porte, em média 1500 alunos, que pouco sofrem os efeitos do ruído urbano, uma vez que a distância média entre as salas de aula e as pistas de rolamento supera 60m.

Quanto às Escolas 6, 7, 8 e 9, são todas da rede pública. As Escolas 6 e 7 trabalham com o EF (5a a 8a séries), enquanto que as Escolas 8 e 9 trabalham com as séries iniciais (1a a 4a séries). Excetuando-se a Escola 6, todas as outras possuem em média 400 alunos. No que se refere à localização, as Escolas 6 e 9 estão situadas na RA VIII, enquanto que as Escolas 7 e 8 situam-se em Brasília, região previamente planejada e portanto livre do trânsito de veículos automotores.

Para completar a pesquisa, utilizou-se a Escola 10, situada em frente a uma avenida movimentada da cidade de Taguatinga, com o intuito de verificar as regras de flexibilização do uso e ocupação do solo urbano. É uma escola de médio porte, que trabalha com todos os segmentos de ensino (da Educação Infantil ao Ensino Médio) e possui aproximadamente 500 alunos.

A descrição das escolas visa mostrar que os níveis de ruído em salas de aula durante o período de aula são maiores para aquelas situadas em áreas onde o

tráfego urbano – aéreo e/ou terrestre – é mais intenso. Sendo assim, a tabela 2 expressa os NPS em salas de aula da 2a série do EM durante todo o período de aula, excetuando-se o horário do intervalo.

TABELA 2

Níveis de pressão sonora durante o período de aula - 2a série do EM

NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – dB (A)

Lmín L90 Leq L10 Lmáx

1.ESCOLA 1 51,5 66,1 82,9 85,0 114,6

ESCOLA 2 58,5 67,1 79,6 83,1 99,8

ESCOLA 3 47,0 58,7 75,2 78,3 99,7

ESCOLA 4 43,9 64,8 79,0 80,7 118,0

NOTA: Segundo a NBR 10.151, todos os valores medidos do NPS devem ser aproximados ao valor inteiro mais próximo. Por melhor representar a precisão do aparelho, optou-se por trabalhar com uma casa decimal.

Observando as medidas durante o período de aula, constata-se que os níveis de ruído são altos, apesar das normas técnicas não especificarem limites para o NPS em salas de aula com a presença dos estudantes e professor. Conforme resultados mostrados, a Escola 1 apresentou o maior nível de pressão sonora equivalente Leq = 82,9 dB (A).

A norma NBR 10.152 estabelece como nível de conforto para salas de aula, níveis entre 40 e 50 dB (A), como já especificado no item 2.2. Esta pesquisa assume que estes valores são para situações em que a escola se encontra em recesso escolar. Logo, para o período de aula, adotou-se como referência o nível de ruído estabelecido em sala de aula, com a presença dos estudantes, levando-se em conta, basicamente, a intensidade da voz dos professores. De acordo com a metodologia utilizada, os níveis de ruído não devem ser superiores a 68 dB (A).

Em primeira análise, constata-se que todos os resultados encontrados estão acima daquele adotado como referência. Verifica-se que a Escola 1 apresenta o maior nível de pressão sonora equivalente Leq = 82,9 dB (A), com picos de energia de até 114,6 dB (A). Já a Escola 3 apresenta o menor valor para o Leq = 75,2 dB (A), valor praticamente igual para os períodos antes e depois do intervalo.

Uma análise mais detalhada revela grande variação entre os Lmín e Lmáx e também entre L90 e L10, indicando picos de ruído acentuados, o que causa repentina perda de concentração dos usuários desses ambientes. A Escola 4 apresenta um Leq = 79,0 dB (A), e uma variação de 74,1 dB (A) entre o nível de pressão sonora máximo e mínimo, diferença que acarreta constantes interrupções no andamento das aulas. Em geral, os alunos conversam demasiadamente, o que acaba desencadeando o chamado Efeito Lombard. Assim sem perceber, professores e alunos passam a se comunicar num tom de voz gritado, o que de maneira alguma é aconselhável. Perde-se a percepção do limite aceitável de ruído, trazendo danos à saúde e ao processo ensino-aprendizagem.

Normalmente, o prejuízo maior se dá no fim da manhã, o que pode ser explicado pelo fato dos estudantes estarem mais agitados, pelo aumento de temperatura em relação ao início da manhã e pelo cansaço natural. As duas últimas aulas são em geral as mais desgastantes. Não é raro observar alunos inquietos, sem concentração e, ainda por cima, viajando em seus pensamentos (CURY, 2003). Freqüentemente os professores precisam gritar para obter o mínimo de atenção.

Segundo o autor, os jovens estão sofrendo de um mal designado por Síndrome do Pensamento Acelerado24 (SPA), o que os impele a buscar constantemente novos estímulos. Com isso eles se agitam na cadeira, têm conversas paralelas, não se concentram, mexem com os colegas etc. Esses comportamentos são tentativas de aliviar a ansiedade gerada pela SPA.

Se uma escola, além dos ruídos gerados no interior das salas, for afetada por ruídos externos, como os provindos do tráfego de veículos e aeronaves, seu ambiente físico será comprometido e o comportamento disperso dos estudantes potencializado.

Os resultados expressos na tabela 2 revelam que escolas “contaminadas” pelo tráfego urbano – aéreo e/ou terrestre – apresentam níveis de pressão sonora mais elevados durante o período de aulas. Nas Escolas 1 e 2, estudantes e professores convivem diariamente com os ruídos advindos do tráfego urbano. No caso da Escola 1, a “contaminação” se dá pelo fato da distância entre algumas salas de aula e a avenida não ultrapassar 8,0m. Além disso, a Escola se localiza numa das rotas aéreas que leva ao Aeroporto Internacional de Brasília. Segundo De Marco (1982, p. 52), dentro da categoria – ruídos exteriores – “os aviões são os que produzem os ruídos mais intensos na nossa civilização”.

No caso da Escola 2, a influência é devida ao tráfego aéreo e terrestre e ao intenso trânsito de alunos nos pátios internos. São intervalos diferenciados que acabam interferindo no andamento das aulas de outros segmentos de ensino.

24

Segundo Cury (2003), a televisão mostra mais de sessenta personagens por hora com as mais diferentes características de personalidade. Policiais irreverentes, bandidos destemidos, pessoas divertidas. Essas imagens são registradas na memória e competem com a imagem de pais e professores. A conseqüência do excesso de estímulos da TV é contribuir para a Síndrome do Pensamento Acelerado, SPA, ou seja, aumento crônico da velocidade dos pensamentos. Ocorre diminuição da concentração e aumento da ansiedade.

No que se refere à Escola 3, escola isenta de ruídos ambientais, verifica-se um nível de pressão sonora equivalente menor, Leq = 75,2 dB (A). Quanto à Escola 4, o valor encontrado, Leq = 79 dB (A), deveu-se principalmente à agitação dos alunos durante o período de aulas.

Os prejuízos desencadeados por excesso de ruído afetam estudantes de qualquer faixa etária. Entretanto, os mais jovens são os mais prejudicados, uma vez que ainda estão em processo de aquisição de vocabulário. Se o ambiente em que estudam estiver submetido a altos níveis de pressão sonora, seu desempenho escolar será, possivelmente, comprometido. A tabela 3 mostra os NPS medidos em salas de aula da 6a série do EF, para estudantes com faixa etária de doze anos.

TABELA 3

Níveis de pressão sonora durante o período de aula – 6a série do EF NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – dB (A)

Lmín L90 Leq L10 Lmáx

ESCOLA 1 46,6 64,4 82,7 86,5 106,8

ESCOLA 2 52,4 64,9 79,5 81,5 115,5

ESCOLA 6 45,5 58,3 73,9 76,3 109,1

Verifica-se por meio dos resultados que os níveis de pressão sonora são muito próximos aos níveis encontrados para as salas de aula da 2a Série do EM, ou seja, acima do valor adotado como referência – 68 dB (A).

Mais uma vez a Escola 1 apresenta o maior nível de pressão sonora equivalente Leq = 82,7 dB (A). Este resultado apenas confirma o já esperado. A escola se encontra “prensada” entre duas avenidas movimentas, com tráfego aéreo e terrestre intenso em sua vizinhança. O ruído externo contamina o ambiente

interno, os alunos ficam mais agitados, perdem facilmente a concentração, conversam mais e mais alto e os professores sem perceber acabam aumentando seu tom de voz. A situação é problemática, visto que a poluição sonora não deixa rastros visíveis e seus efeitos são desencadeados em longo prazo.

Quanto a Escola 6, escola pertencente à SEDF, constata-se um nível de pressão sonora equivalente mais baixo, Leq = 73,9 dB (A). Este resultado está relacionado, provavelmente, com a localização da escola, que praticamente não tem suas dependências “contaminadas” pelo ruído advindo do tráfego urbano. Embora isto seja um fato positivo, a diferença entre os LmíneLmáx e também entre L90 e L10, indicam mais uma vez picos de ruído acentuados, o que causa significativo incômodo para os usuários desses ambientes.

A proposta deste estudo não visa absolutamente comparar escolas, sejam particulares ou da rede oficial de ensino. Apesar disso, as tabelas 2 e 3 indicam uma forte tendência: os ruídos advindos do tráfego urbano aumentam consideravelmente os NPS no interior da edificação, aumentando conseqüentemente os níveis de ruído durante as aulas. As escolas 1 e 6 possuem salas com praticamente o mesmo número de alunos, 40 em média, e no entanto apresentam duas realidades bem diferenciadas. Os resultados mostram que a diferença para o nível de pressão sonora equivalente é de aproximadamente 9 dB. Analisando as Escolas 1 e 2, que também possuem basicamente o mesmo número de alunos por sala, constata-se que a diferença é menor, 3 dB, aproximadamente.

Sem a pretensão de comparar instituições, a pesquisa objetiva revelar que a poluição sonora está “contaminando” o ambiente escolar, prejudicando alunos e professores. Desta forma, faz-se necessário que, não somente a comunidade escolar, mas outros segmentos, como administradores, urbanistas, engenheiros,

ambientalistas entre outros, passem a considerar os efeitos negativos desta modalidade de poluição a fim de combatê-los. Não só crianças, mas jovens e adultos estão expostos a um tipo de poluição que não deixa sinais visíveis, entretanto prejudiciais. A tabela 4 expressa os resultados dos níveis de pressão sonora medidos em salas de aula onde se desenvolvem atividades de crianças com faixa etária de nove anos de idade. É possível verificar mais uma vez que os níveis de ruído estão além daquele adotado como referência.

TABELA 4

Níveis de pressão sonora durante o período de aula – 3a série do EF

3NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – dB (A)

Lmín L90 Leq L10 Lmáx

ESCOLA 1 52,8 63,8 78,1 81,6 98,1

ESCOLA 2 42,3 60,8 77,3 81,3 102,8

ESCOLA 8 45,8 58,2 69,2 72,7 91,4

ESCOLA 9 47,2 58,5 75,7 79,1 96,3

Com exceção da Escola 8, que apresenta Leq = 69,2 dB (A), todas as outras estão localizadas em regiões onde o tráfego aéreo e/ou terrestre é intenso. São salas de aula que possuem em média 30 alunos, que são freqüentemente expostos ao ruído urbano. Neste tipo de ambiente as crianças perdem a concentração facilmente, prejudicando o processo de aquisição de linguagem e escrita. Segundo a literatura pesquisada, mudança de comportamento, desinteresse, estresse, nervosismo e aumento do tom de voz são reações identificadas. Logo, as Escolas 1,2 e 9 precisam reduzir os NPS durante as aulas em pelo menos 7 dB (A).

Escolas como as Escolas 5, 7 e 8, localizadas em regiões concebidas sob planejamento prévio – Brasília, são escolas a princípio privilegiadas, uma vez que

estão localizadas em regiões devidamente arborizadas, livres de intenso tráfego urbano e conseqüentemente isentas de ruídos nocivos à saúde e ao bom desempenho escolar.

A fim de verificar a influência do ruído – tráfego urbano – nas dependências das escolas e analisar seus efeitos potenciais, foram efetuadas medidas no recesso escolar, período no qual as principais fontes de “barulho” neste tipo de ambiente, professores e alunos, são subtraídas.

A tabela 5 expressa os resultados do ruído de fundo no recesso escolar e também com as escolas desenvolvendo suas atividades normais.

TABELA 5

Ruído de fundo das salas de aula mais próximas à rua ou avenida

NÍVEL DE PRESSÃO SONORA – dB (A) RECESSO ESCOLAR ATIVIDADE NORMAL ESCOLA 1 67,3 71,1 ESCOLA 2 52,5 60,4 ESCOLA 3 48,6 62,2 ESCOLA 4 51,5 68,9 ESCOLA 5 46,7 54,9 ESCOLA 6 41,9 58,1 ESCOLA 7 48,3 54,9 ESCOLA 8 44,2 --- ESCOLA 9 51,5 54,8 ESCOLA 10 65,5 68,2

Figura 3 – Ruído de fundo das salas de aula mais próximas à rua ou avenida

Comparando os resultados obtidos para o ruído de fundo no recesso escolar, verifica-se que das dez escolas pesquisadas, metade apresenta valores acima daqueles recomendados pelas normas, ou seja, superiores a 50 dB (A). Isto significa que a região escolhida para a localização da escola sofre os efeitos do ruído proveniente do tráfego urbano.

Dentre as instituições pesquisadas, a mais “contaminada” pelo ruído urbano é a Escola 1, cujo nível de pressão sonora equivalente está bem além do estabelecido pela norma, Leq = 67,3 dB (A). Este NPS é decorrente do intenso tráfego urbano nas imediações desta instituição. Para se ter uma idéia, durante a medida do ruído de fundo (1 hora) foi possível anotar a passagem de 18aviões, com picos de energia superiores a 100 dB (A). ✁✄✂✆☎✝✟✞✠✝✄✡☞☛✄✂✍✌✎✝✄✞ ✏ ✑✒✏ ✓ ✏ ✔ ✏ ✕✖✏ ✗ ✏ ✘✄✏ ✙ ✏ ✚ ✏ ✑ ✓ ✔ ✕ ✗ ✘ ✙ ✚ ✛ ✑✎✏ ✜✣✢✎✤ ✞✣✥✦ ✢★✧ ✡ ✢✍✩ ✂✆✪ ✢ ✦✄✝✆✦ ✢ ✫✬ ✭ ✮✯ ✰✱ ✲ ✁✄✡ ✤ ✡ ✢✎✢ ✞ ✜✄✢✎✤ ✞✣✥✦✖✳ ✴✶✵✟✪✸✷✟✪✸✝✄✦✄✝✆✡☞✹✺✞✆✳✎✻✼✦✽✥

Analisando a tabela 5 e a figura 3, é possível perceber que além da Escola 1, as Escolas 2, 4, 9 e 10, são escolas que também sofrem com o tráfego urbano. No caso das Escolas 2, 4 e 9, os maiores NPS estão relacionados com o tráfego aéreo e com a presença de carros de propaganda na vizinhança.

Quanto à escola 10, esta se localiza próxima a uma avenida muito movimentada da cidade de Taguatinga. A Avenida SAMDU dá acesso às zonas nortes e sul da cidade, além de servir de passagem para as cidades de Ceilândia e Samambaia. O nível de pressão sonora equivalente Leq = 65,5 dB (A) foi medido numa sala de aula que dista pouco mais de 20m da avenida. São motos, carros de passeio, ônibus, carros de propaganda, caminhões e vans transitando diariamente no sentido norte-sul e sul-norte.

Assim, com o intuito de comprovar os incômodos provenientes do tráfego terrestre, foram realizadas medidas na área externa das Escolas 1 e 10, escolas que apresentaram os maiores níveis de pressão sonora durante o recesso escolar.

No caso da Escola 1, o fluxo de veículos na frente da escola produziu um nível de pressão sonora equivalente Leq = 71,8 dB (A).

De acordo com a NBR 10.151, os níveis de conforto para área estritamente residencial urbana, de hospitais ou de escolas são 50 dB (A) para o período diurno e 45 dB (A) para o período noturno. Comparando o valor especificado pela norma com o resultado obtido para os limites externos do colégio, verifica-se que este está bem acima do estabelecido.

Para complementar o estudo realizado na parte externa da escola, buscou-se determinar o fluxo de veículos durante o período da medição. A tabela 6 expressa o resultado obtido para a contagem de 1 hora.

TABELA 6

Estimativa do fluxo de veículos no turno da manhã – Escola 1

Veículos Moto carro Ônibus caminhão Vans camionete c. de som

Total 18 238 5 8 10 20 2

Esta escola, como citado anteriormente, se localiza na parte central da Região Administrativa RA VIII, que serve, para alguns bairros, de rota para o centro Administrativo e Financeiro de Brasília – RA I, o que aumenta e por vezes congestiona as vias que circundam o colégio. Uma das avenidas, no caso, a que se encontra atrás da escola, além do fluxo normal, admite também passagem de linha de ônibus, que segundo registros admite um fluxo médio de 28 ônibus por hora.

Tomando por base a tabela 6, verifica-se que o tráfego terrestre nas redondezas da escola é intenso. O ruído do trânsito, não só terrestre como aéreo, repercutiu muito no interior das salas de aula. Como resposta ao ruído do tráfego obteve-se uma oscilação entre 45,7 – 102,4 dB (A).

Dentre os veículos que mais contribuem para o aumento do NPS dentro das dependências da escola, pode-se citar os caminhões, ônibus, carros de propaganda e aviões. Infelizmente, não se pode descartar nem mesmos os carros de passeio e as motocicletas, devido à grande proximidade da pista às salas de aula. Nestas salas de aula um caminhão produziu picos de energia superiores a 85 dB (A), enquanto que um carro de propaganda superou 100 dB (A).

Com relação à Escola 10, foi possível verificar um fluxo de veículos ainda mais intenso. A tabela 7 estima o número de veículos num período entre 10 e 11 horas da manhã.

TABELA 7

Documentos relacionados