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Após a preparação da empilhadeira para o recebimento do acessório, instalação do mesmo, mudança do layout e definição dos fluxos no picking, pode-se iniciar os testes para a obtenção dos resultados e o monitoramento da mudança da produtividade nesta operação.

Logo no primeiro momento que o equipamento entrou em funcionamento na operação, percebeu-se um ganho de produtividade grande, mas ainda não era possível mensurá-lo em função das variedades de pedidos e diferença dos processos. Para isso foram simulados 5 tipos de pedidos diferentes, com camadas de produtos diferentes.

Para o monitoramento correto dos tempos, o processo manual passou pela mesma adequação referente ao fluxo de movimentação dos pedidos.

A Tabela 2 mostra os resultados obtidos na montagem do palete com as camadas no Teste 1. Na sequência, a Tabela 3 para o Teste 2, Tabela 4 para o Teste 3, Tabela 5 para o Teste 4 e Tabela 6 para o Teste 5.

Tabela 2 –Teste com tipo de carga 1

Fonte: Empresa X

Tabela 3 –Teste com tipo de carga 2

Fonte: Empresa X

Tabela 4 –Teste com tipo de carga 3

Fonte: Empresa X

Tabela 5 –Teste com tipo de carga 4

Tabela 6 –Teste com tipo de carga 5

Fonte: Empresa X

Com os dados, vê-se primeiramente grande diferença dos tempos do primeiro para o segundo turno, com processo manual ou com o uso do acessório. Essa diferença ocorreu em função das excessivas paradas no processo, já que o primeiro turno da empresa possui um grande fluxo, não podendo concentrar e a atividade com exclusividade.

Tomados os tempos, fez-se uma média deles primeiramente com o selecionador de camadas, demonstrado na Tabela 7.

Tabela 7 –Tomada de tempo usando Selecionador de Camadas Qtde. de caixas Tempo final

120 159 s 100 255 s 120 300 s 100 290 s 60 138 s Σ 500 Σ 1.142 s Fonte: Autor

Assim, chega-se a movimentação de 500 caixas, em um tempo de 1.142 segundos. Dividindo esses valores, tem-se uma média de paletes com 100 caixas, com sua formação a um tempo de 3 minutos mais 52 segundos. Fazendo a média, chegou-se ao valor de 15,51 palete/ hora com 100 caixa, total de 1.551 cases/hora com o uso do Selecionador de Camadas.

Segundo nessa mesma linha de cálculo, fora calculada a produtividade do homem mostrado na Tabela 3.

Tabela 8 –Tomada de tempo processo manual Qtde. de caixas Tempo final

120 665 s 100 517 s 120 926 s 100 435 s 60 343 s Σ 500 Σ 2.886 s Fonte: Autor

Assim, chega-se a movimentação de 500 caixas, em um tempo de 2.886 segundos. Dividindo esses valores, temos uma média de paletes com 100 caixas, com sua formação a um tempo de 7 minutos mais 37 segundos. Fazendo a média, chegou-se valor de 7,87 palete/ hora com 100 caixa, total de 787 cases/hora com o uso do Selecionador de Camadas.

4 CONCLUSÕES

A logística dentro das empresas se tornou um diferencial competitivo. Usando as melhores ferramentas é possível a movimentação dos materiais de maneira mais eficaz com maior segurança. Os benefícios do uso de equipamentos que específico para a operação tem como consequência a segurança, produtividade, redução de custos, etc.

Sabendo que a mão de obra está cada vez mais cara, e a qualidade de vida é uma exigência, os serviços manuais têm sido automatizados ou mecanizados. Os empregadores são qualificados para o trabalho nos equipamentos, resultando no aumento da qualidade do produto final.

O gargalo do picking é algo comum na industria de bebidas. Usa-se como exemplo a Empresa X, cujo o aumento da produção esbarrava na expedição dos produtos, criando uma barreira cada vez maior para o atendimento dos pedidos nos prazos definidos. O problema foi solucionado com a aplicação de um equipamento adequado à operação.

A implementação do acessório de empilhadeira chamado Selecionador de Camadas, junto à algumas mudanças de layout, fluxos, dentro outros, solucionaram o problema do estudo de caso tratado neste trabalho. A produtividade pulou de 7,87 paletes/hora para 15,51 paletes/ hora.

O aumento da produtividade foi de aproximadamente 100%. Considerando apenas uma jornada de trabalho/ dia (8 horas), a produtividade passou de 62,48 paletes/ dia para 126,48 paletes/ dia. Nessa mesma linha, a produtividade mensal deste processo passou de 1.259,2 paletes/ mês para 2.529,6 paletes/ mês, sempre considerando uma média de 100 caixas por palete.

O investimento inicial do acessório ainda é alto, porém amortizado pelo significativo aumento da produtividade. Também pode-se abordar outros aspectos vistos na operação como: singularização da operação, segurança, ergonomia, diminuição de acidentes de trabalho, etc.

O equipamento não obteve a máxima produtividade em função do layout escolhido pela Empresa X (a empilhadeira é obrigada a fazer uma manobra no fim do corredor, separando os paletes de coleta dos de expedição, tomando mais tempo). Com melhorias contínuas nesse processo, na parte da layout, armazenagem e processo, é possível ainda uma maximização desta operação.

Como sugestões para próximos trabalhos, fica o cálculo da hora/ homem e da hora/ máquina com todos os fatores comparativos para definição do tempo de amortização da empilhadeira com o acessório. Também existem outras melhorias e novas soluções de

mecanização e automação. Junto à outros testes dentro da gama de equipamentos voltados à esta operação, já que vive-se em um contexto de solução de problemas logísticos gerando um ganho significativo em produtividade.

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