• Nenhum resultado encontrado

Antes de se passar a discussão dos resultados obtidos, apresentar-se-á por meio do Quadro 8 os principais frutos que caracterizam a ação de intervenção. Após a apresentação, discutiremos a respeito dos mesmos.

Quadro 8 – Resultados da ação de intervenção

Resultados

Satisfatórios Deficientes

Alcance em torno de 90% do número total de ACS.

Pouco tempo para discussão das informações durante a oficina.

Oficina sobre aplicabilidade do sistema. Lentidão do sistema devido ao grande número de acesso durante a capacitação.

Incentivo aos meios eletrônicos de informatização dos dados.

Fonte: Elaborado pela autora (2017).

A oficina sobre aplicabilidade e importância do sistema e-SUS AB∕PEC teve aceitação de todos os participantes, que assistiram atentos aos vídeos e apresentações mostrados em sala, sempre enfatizando a relevância das funções do ACS e expondo informações relevantes para o trabalho dos mesmos.

Para maior credibilidade da intervenção, a oficina foi realizada no laboratório

de informática do Campus Avançado IFRN – instituição de ensino que sempre

acolheu os eventos do município com muita cordialidade. Havia à disposição dos participantes 30 computadores com internet além de uma ampla estrutura de salas, mesas, cadeiras, banheiros e espaços de convivência, o que favoreceu atratividade e conforto aos participantes.

Alguns ACS tiveram o primeiro contato com computador através da capacitação. Alegaram que não sabiam manusear as máquinas e, por isso, foi preciso um cuidado especial com alguns deles, o que levou um tempo consideravelmente longo da capacitação. Além disso, como havia um número

elevado de computadores conectados ao sistema – em torno de 23 máquinas em

cada dia – a plataforma e-SUS apresentou instabilidade e lentidão comprometendo

Diante a falta de tempo, alguns ACS chegaram a sugerir um novo encontro em outro momento para continuar as atividades. No entanto, a disponibilidade dos laboratórios era limitada, tendo de solicitar através de documento oficial uma nova data que não prejudicasse o horário habitual de aula dos alunos.

Para não comprometer as aulas da instituição e ao mesmo tempo promover uma oficina satisfatória, o roteiro da capacitação foi planejado para ocorrer em quatro horas, horário notável suficiente para apresentar o material elaborado. Porém, em decorrência dos atrasos, não houve tempo suficiente para tratar as dúvidas individualmente, ficando os participantes inteirados da disponibilidade da secretaria de saúde em esclarecer dúvidas e questionamentos.

Percebeu-se que a Turma I apresentou um número maior de interrogatórios, considerando-se o fato de ser formada pelos profissionais que revelaram ter mais dificuldades frente aos aparelhos eletrônicos. Por outro lado, a Turma II, mostrou-se mais atenta e posicionada diante dos questionamentos. Apesar disso, ambas manifestaram forte interesse no aprendizado o que evidencia um quadro de funcionários empenhados em suas responsabilidades.

A capacitação teve um alcance altamente satisfatório em relação ao número de participantes. Em geral, 44 ACS estiveram presentes durante o primeiro e o segundo dia de oficina, isto é, cerca de 90% do total de ACS. Atingiu-se, portanto, um número superior à meta estabelecida, que correspondia a 49% dos profissionais.

Por outro lado, com relação ao quantitativo de profissionais que não digitam as produções, a realidade não mudou muito, resultado proveniente da falta de computadores com internet nas unidades de saúde da zona rural o que inviabiliza a digitação das fichas no local de trabalho, fazendo com que alguns ACS levem as fichas para digitarem na própria residência, alegando ser mais tranquilo e confortável.

10 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com base nos resultados obtidos em curto prazo, pode-se constatar que maior parte das metas estabelecidas no projeto de intervenção teve alcance altamente satisfatório. A ação trouxe significativos ganhos para o setor da saúde do município de Parelhas∕RN, dentre eles a possibilidade de reformulação das atividades geradas pelos ACS que depois de capacitados passaram a desempenhar melhor seu papel quando agente e disseminador de informações.

As produções, antes digitadas com dificuldades e dúvidas, ganharam um cuidado especial, pois os profissionais foram alertados da importância em informatizar os dados de forma verídica e correta. Isto é, não sendo permitida a informatização de elementos incertos. Dado que o sistema e-SUS∕AB PEC revela o quantitativo dos atendimentos prestados pela saúde do município de acordo com cada área de atuação, possibilitando o acompanhamento e controle desses atendimentos a nível local.

A ação contou com a participação de um número significativo de ACS. Todos empenhados em aprender um pouco mais sobre o trabalho e finalmente esclarecer as principais dúvidas a cerca do sistema.

Indiscutivelmente, o projeto também contribuiu para que muitos profissionais tivessem o primeiro contato com aparelhos eletrônicos e pudessem expressar suas dificuldades e ressentimentos quanto ao cargo que desempenham. A ocasião permitiu conhecer de perto a realidade dos profissionais e ouvir pessoas que trabalham há anos no município. Ocorreu, portanto, uma troca de experiências e informações que tornou o momento mais prazeroso e confortável para os participantes.

Muitos alegaram que a falta de suporte eletrônico (computadores, internet,

tablets) dificulta bastante o trabalho da maioria deles. Ficando as produções

atrasadas por falta de estrutura suficiente para atender as demandas.

Tal limitação prejudicou, em parte, o alcance das metas deste projeto, pois mesmo capacitados, alguns ACS – lotados na zona rural do município – continuaram levando a produção para a secretaria de saúde. Fato justificado devido à falta de computadores com internet nos postos de saúde, permanecendo as fichas sob a responsabilidade dos auxiliares administrativos.

Espera-se que com a investidura em novos aparelhos eletrônicos, os dados sejam informados diretamente pelos ACS com maior rapidez, qualidade e facilidade. Além disso, esse investimento contribui tanto para o desempenho dos profissionais quanto para a efetividade do sistema em todas as unidades de saúde.

Finalmente, destaca-se que é possível o aprofundamento deste trabalho diante da grande massa de profissionais que atuam na área da saúde e utilizam o sistema e-SUS∕AB PEC. E depois, a informatização de dados é tema que se renova frequentemente nos dias atuais. Recomenda-se, portanto, estudos futuros com base neste projeto de intervenção, inclusive em outras localidades e com público alvo diferenciado.

REFERÊNCIAS

ABREU, Aline França de; REZENDE, Denis Alcides. Tecnologia da Informação Aplicada a Sistemas de Informação Empresariais. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BORUCHOVITCH, Evely. Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: considerações para a prática educacional. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 79721999000200008>. Acesso em 08 de set. 2017.

Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. CNES. Disponível em: <http://cnes.datasus.gov.br/>. Acesso em Acesso em 04 de out. 2017.

DUTRA, J. S. Competências: conceitos e instrumentos para a gestão de pessoas na empresa moderna. São Paulo: Atlas, 2008.

FRESNEDA, Paulo Sérgio Vilches. Transformando organizações públicas: a tecnologia da informação como fator propulsor de mudanças. Revista do Serviço Público (RSP). Brasília, ano 49, n. 1, p. 71-91, jan./mar. 1998.

GONZAGA, Sandra. A IMPORTÂNCIA DA PESQUISA CIENTÍFICA. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais. Guarulhos, n. 1, p. 39. 2011.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE. Disponível em:

<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rn/parelhas/panorama>. Acesso em 04 de out. 2017.

JACOMOSSI, Rafael Ricardo; DEMAJOROVIC, Jacques. APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL PARA A INOVAÇÃO AMBIENTAL EM UMA EMPRESA DE ENERGIA ELÉTRICA. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos. São Paulo, p. 92-107, abr./jun. 2017.

MARTINS, Lara Barros. ZERBINI, Thaís. Escala de Estratégias de Aprendizagem: evidências de validade em contexto universitário híbrido. Scielo, Braganza Paulista, v. 19, n. 2, p. 317-328, maio/ago. 2014.

MANTOVANI, Daielly Melina Nassif; VIANA, Adriana Backx Noronha; REIS LUZ, Lucineide Bispo dos; CARVALHO, Luísa Cagica. Estratégias de aprendizagem na

educação a distância entre estudantes brasileiros e portugueses. Revista Ciências Administrativas. Fortaleza, v. 23, n. 2, p. 293-307, maio/ago. 2017.

ODELIUS, Catarina Cecília; SENA, André de Castro. ATUAÇÃO EM GRUPOS DE PESQUISA: COMPETÊNCIAS E PROCESSOS DE APRENDIZAGEM. R. Adm. FACES Journal. Belo Horizonte, v. 8, n. 4, p. 13-31, out./dez. 2009.

PARELHAS. Plano Municipal de Saúde. Período: 2014 – 2017.

PIAGET, Jean. DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM. In: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II. UFRGS – PEAD 2009/1.

Portal da Saúde. Disponível em: http://dab.saude.gov.br/portaldab/esus.php. Acesso em: 05 de jun. 2017.

REZENDE, Denis Alcides. Tecnologia da Informação e Planejamento Estratégico. Rio de Janeiro: Brasport, 2008.

TAIT, Tania Fatima Calvi. Um Modelo de Arquitetura de Sistemas de Informação para o Setor Público: estudo em empresas estatais prestadoras de serviços de informática. Florianópolis, 2000. 263 f. Tese de Doutorado (Engenharia de

Produção). Universidade Federal de Santa Catarina. Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, 2000.

VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

APÊNDICES

APÊNCIDE A – Questionário

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ – CURRAIS NOVOS

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Prezado (a) colaborador (a),

O (a) Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar da pesquisa do Projeto de

Intervenção intitulado “CAPACITAÇÃO TECNOLÓGICA DE AGENTES

COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PARELHAS∕RN: ENTENDENDO MELHOR O SISTEMA E-SUS/AB PEC”, desenvolvido por Nataly Inêz Fernandes dos Santos, discente do Curso de Especialização em Administração Pública da UFRN, sob orientação do Esp. João Paulo de Oliveira Lucena. O objetivo do estudo é promover o desempenho dos Agentes Comunitários de Saúde do município de Parelhas, RN quanto a operação do sistema e-SUS/AB PEC.

Antes de aceitar participar da pesquisa, leia atentamente as explicações que informam sobre o procedimento:

 A realização deste questionário foi devidamente autorizada pela Secretaria Municipal de Saúde de Parelhas e pela coordenação do Curso de Especialização em Administração Pública da UFRN;

 As informações coletadas servirão apenas para o estudo em

desenvolvimento, não sendo utilizadas para outros fins;

 Nenhuma informação pessoal será coletada, como nome, endereço ou

1. INFORMAÇÕES DO (A) ENTREVISTADO (A) 1.1. Idade:

1.2. Escolaridade (caso tenha curso superior, informar a área): 1.3. Tempo de Serviço:

1.4. Estabelecimento de Trabalho:

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1. Fichas utilizadas pelo profissional:

Cadastro Domiciliar e Territorial Visita Domiciliar

Cadastro Individual Atividade Coletiva

Outra:

2.2. Quais fichas o (a) Sr. (a) sente mais dificuldade em preencher? (informar a dificuldade)

Cadastro Domiciliar e Territorial Visita Domiciliar

Cadastro Individual Atividade Coletiva

Outra:

2.3. No seu local de trabalho existe computador com acesso a internet?

Sim Não

2.4. O (a) Sr. (a) tem experiência com uso computador?

Sim Não

2.5. O (a) Sr. (a) digita ou já digitou sua produção no sistema?

Sim Não

2.6. Quem é o atual responsável pela digitação da sua produção?

Secretaria de Saúde Próprio Profissional

Outro:

2.7. Qual sua motivação frente aos aparelhos eletrônicos?

Tenho interesse Não tenho interesse

2.8. O (a) Sr. (a) tem interesse em participar de uma oficina sobre o e-SUS AB/PEC?

Sim, bastante Não muito Não tenho interesse

Documentos relacionados