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4.1 Parâmetros ambientais que variam com a altura da construção

4.1.1 Resultados para o Prédio 1

Com relação as diferenças dos dados mensurados entre o rés do chão e os pavimentos superiores, a Figura 4.1 exibe os resultados encontrados para o Prédio 1, para as variáveis temperatura do bulbo seco, temperatura do bulbo úmido e temperatura do globo. Ressalta-se que estas foram registradas em graus celsius para cada momento da coleta de dados.

Figura 4.1 – Diferenças entre as temperaturas do bulbo seco, bulbo úmido e do globo do Prédio 1, conforme a variação em altura

A respeito da Figura 4.1, constata-se que todas as temperaturas sofrem variação com altura, porém essa não é linear e nem há um padrão absoluto. As temperaturas do bulbo seco e do globo foram as mais afetadas com a mudança de altura, principalmente quando se compara a variação dos pisos, ou seja, quanto mais alto for o pavimento, maior é a diferença obtida entre as temperaturas. Tal fato está em sintonia com a premissa de que quanto maior for a mudança de altura, maior será a variação dos parâmetros ambientais. Porém, constata-se que a temperatura do bulbo úmido não possui uma variação da mesma intensidade da encontrada nas outras temperaturas, contudo quanto maior o pavimento maior a diferença. Em sintonia a isso, deve-se elucidar que os valores entre as diferenças do rés-do-chão e do vigésimo andar são bem próximos dos valores das diferenças do rés-do-chão e do trigésimo andar. Isso mostra que a partir do vigésimo andar a variação da temperatura do bulbo úmido sobe com menor intensidade. Estes resultados vão ao encontro das diferenças verificadas entre as umidades, que podem ser observadas a na Figura 4.2.

Figura 4.2 – Diferenças entre as umidades no Prédio 1 do rés-do-chão para os diferentes andares

Mediante a Figura 4.2 constata-se que a umidade cresce até ao vigésimo andar, contudo, a umidadde deste último está no mesma oordem de grandeza da do trigésimo andar, as quais se entrelaçam em alguns momentos no decorrer do tempo de recolha. Contudo, na maioria dos casos, a umidade do trigésimo andar possui uma maior diferença que a umidade do vigésimo andar. Sob uma ótica generalista, constata-se que a diferença da umidade entre o décimo andar e o rés do chão é menor que a diferença entre o vigésimo andar e o rés do chão, além do trigésimo andar e rés do chão. Porém, não se pode denotar com precisão a que nível irá variar a umidade entre o vigésimo andar e o trigésimo andar. Sendo assim, pode-se constatar que a partir do vigésimo andar, a diferença entre as umidades tende a diminuir quando comparado com as diferenças oriundas do trigésimo andar.

0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 09:01:08 09:10:08 09:19:08 09:28:08 09:37:08 09:46:08 09:55:08 10:04:08 10:13:08 10:22:08 10:31:08 10:40:08 10:49:08 10:58:08 11:07:08 11:16:08 11:25:08 13:04:08 13:13:08 13:22:08 13:31:08 13:40:08 13:49:08 13:58:08 14:07:08 14:16:08 14:25:08 14:34:08 14:43:08 14:52:08 15:01:08 15:10:08 15:19:08 15:28:08 15:37:08 15:46:08 15:55:08

Ademais, pode-se realizar os estudos estatísticos mais elaborados com o intuito de obter mais informações sobre os dados. Inicialmente, fez-se o gráfico comparativo das diferenças de temperatura do bulbo seco mediante as diferenças encontradas entre os pavimentos, cujos resultados são apresentados na Figura 4.3.

Figura 4.3 – Diferenças entre as temperaturas do bulbo seco, conforme a variação dos pavimentos no Prédio 1

Os histogramas mostrados na Figura 4.3, ratificam a ideia de que a diferença da temperatura do bulbo seco entre os pavimentos tende a aumentar conforme aumenta-se o pavimento, ou seja, conforme aumenta-se a altura. Isso pode ser constatado por intermédio do crescimento das médias de cada histograma, conforme tem-se um pavimento crescente, isto é, um pavimento superior. Paralelamente a isso, os boxplot confirmam esse fato, ao mostrarem um crescimento de acordo com a elevação de um pavimento para outro. Dando continuidade ao estudo, a Figura 4.4 exibe os resultados para a temperatura do globo.

De acordo com as informações obtidas na Figura 8, pode-se constatar que as diferenças entre a temperatura do globo possuem características semelhantes às encontradas na temperatura do bulbo seco. Sendo assim, apura-se que há um acréscimo na diferença da temperatura do globo conforme direciona-se para os pavimentos que possuem maior altura. Deve-se ressaltar que as médias encontradas confirmam essa premissa, embora o décimo pavimento (0,13) possua um desvio-padrão bem inferior que o vigésimo (0,37) e trigésimo (0,29) pavimento, o que pode ser explicado pelas poucas amplitudes dos dados coletados no décimo pavimento. Os boxplots, por sua vez, creditam tais ocorrências tendo em vista que estão em crescimento conforme aumenta- se a altura, isto é, aumenta-se o pavimento. Em seguida, a Figura 4.5 exibe os resultados para a temperatura do bulbo úmido.

Figura 4.5 – Diferenças entre as temperaturas do bulbo úmido, conforme a variação dos pavimentos no Prédio 1

Os histogramas evidenciados na Figura 4.5 apresentam o crescimento das diferenças das temperaturas do bulbo úmido de acordo com o aumento dos pavimentos no Prédio 1. Por outro lado, observa-se que as diferenças entre o vigésimo e trigésimo pavimentos são pequenas, quando comparadas ao décimo e vigésimo pavimentos. Atenta-se a isso quando se compara a média do décimo pavimento (0,33) com as do vigésimo (1,42) e trigésimo (1,81) pavimento. Ademais, o mesmo ocorre com o boxplot do décimo andar que se encontra em um nível inferior em relação aos outros dois boxplots. Por fim, destaca-se que no boxplot do vigésimo andar existem alguns outliers mediante a alguns dados que representaram uma diferença maior que a comum para esse pavimento. Seguidamente, tem-se a Figura 4.6 que esboça os dados obtidos pela diferença das umidades entre os pavimentos.

A Figura 4.6 representa o comportamento das diferenças das umidades a partir da variação positiva dos pavimentos, na quais destaca-se uma grande proximidade das médias dos dados do vigésimo (12,42) e trigésimo (13,56) pavimento, em contraste com o décimo (6,37) pavimento. Diante disso, constata-se que a diferença não é tão crescente quando comparada com as outras variáveis de temperaturas abordadas. Isso mostra que no tocante a umidade no Prédio 1, não se

pode inferir que há um crescimento em potencial nas diferenças da umidade com a variação da altura, embora verifica-se um crescimento constante. Os boxplot retratam isso pois de imediato verifica-se o boxplot do vigésimo e trigésimo pavimentos estão em um nível semelhante, enquanto do décimo pavimento está em um nível distinto. Além disso, o boxplot do vigésimo pavimento apresenta uma série de outliers devido a alguns dados que não se apresentavam em grande frequência, assim como ocorreu com o boxplot da diferença das temperaturas do bulbo úmido do mesmo pavimento. Finalizado os resultados para o Prédio 1, pode-se dar início a narrativa que ilustra os resultados obtidos no Prédio 2.

Figura 4.6 – Diferenças entre as umidades, de acordo com a variação dos pavimentos no Prédio 1