• Nenhum resultado encontrado

4.1. Avaliação da Capacidade Física

O primeiro teste de esforço, realizado antes do período de treinamento físico (10ª semana), demonstrou não haver diferenças na capacidade física entre os respectivos pares estudados (FOS: 1,71±0,38; FOT: 1,70±0,15; FOHS: 2,73±0,08; FOHT: 2,79±0,08 km/h). No entanto, essa diferença pode ser observada quando comparamos os grupos SHR com o Wistar. Já o teste de esforço realizado após 4 semanas de treinamento físico evidenciou maior velocidade alcançada pelos animais treinados em relação aos seus pares sedentários e em relação aos valores dos testes iniciais, caracterizando uma melhora na capacidade física (FOT: 2,18±0,23 km/h vs. 1,63±0,37 km/h no FOS; FOHT: 3,03±0,07 km/h vs. 2,67±0,08 km/h no FOHS). O mesmo foi observado ao término das 8 semanas de treinamento físico (FOT: 2,05±0,23 km/h vs. 1,55±0,21 km/h no FOS; FOHT: 3,03±0,03 km/h vs. 2,30±0,12 km/h no FOHS) (Tabela 1 e Figura 11).

Tabela 1: Velocidade máxima alcançada no teste de esforço inicial, intermediário (4ª semana de treinamento) e final (8ª semana de treinamento) nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose)

Teste de esforço Grupos Inicial (Km/h) Intermediário (Km/h) Final (Km/h) FOS 1,71±0,38 1,63±0,37 1,55±0,21 FOT 1,70±0,15 2,18±0,23* 2,05±0,23* FOHS 2,73±0,08* 2,67±0,08* 2,30±0,12* FOHT 2,79±0,08*# 3,03±0,07*#¥ 3,03±0,03*#¥

Dados representam média ± erro padrão. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS

Figura 11: Velocidade máxima alcançada no teste de esforço inicial, intermediário (4ª semana) e final (8ª semana) nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS; € p<0,05 vs. inicial no mesmo grupo.

4.2. Avaliação do Peso Corporal

A seguir são apresentados os resultados dos 4 grupos estudados com relação ao peso corporal. O desmame foi considerado o início do protocolo. Não houve diferença no corporal entre os grupos no início do protocolo (66±1,4 g). A partir da ooforectomia os animais foram pesados até as avaliações hemodinâmicas. No dia da ooforectomia (10ª semana), os grupos com hipertensão apresentaram uma redução dos valores de peso corporal quando comparados com os seus respectivos pares estudados (Figura 12 e Tabela 2).

Figura 12: Peso corporal dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) ao longo das últimas 10 semanas de protocolo.

Os grupos de animais SHR apresentaram menor ganho de peso corporal em relação aos grupos de animais Wistar ao final do protocolo. Vale salientar que o treinamento físico foi eficaz em reduzir o peso corporal em seus respectivos pares sedentários (Tabela 2).

Tabela 2: Peso corporal dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) na 10ª semana (dia da ooforectomia) e no final do protocolo.

Dados representam média ± erro padrão.* p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

4.3. Avaliação do Tecido Adiposo

A Figura 13 apresenta os valores de tecido adiposo dos 4 grupos estudados ao final do protocolo. Pode-se observar que o treinamento físico reduziu o tecido adiposo no grupo FOT (5,00±0,60g) em comparação ao grupo FOS (9,93±0,70g). Interessantemente, os grupos hipertensos (FOHS: 5,25±0.39 e FOHT: 4,32±0,54g).apresentaram menor quantidade de tecido adiposo quando comparado ao grupo FOS.

Peso corporal Grupos 10ª semana (gramas) Final (gramas) FOS 246±8,9 365±10,9 FOT 248±4,9 329±15,7* FOHS 192±11,3* 257±9,6* FOHT 191±8,9*# 245±10,8*#¥

Figura 13: Tecido adiposo dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS.

4.4. Avaliações Metabólicas

Na Tabela 3 são apresentados os resultados de glicemia, triglicerídeos e de KITT no início (10ª semana) e no final do protocolo. Ao final do protocolo os grupos FOS e FOHS apresentaram maiores valores de glicemia quando comparado aos grupos FOT e FOHT e aos seus valores iniciais, todavia não foram observadas diferenças na avaliação inicial. Assim, pode-se afirmar que o treinamento físico reduziu esses valores em ambos os grupos treinados (Figura 14).

Tabela 3: Valores sanguíneos de glicose (GLIC), triglicerídeos (TG) e constante de decaimento da glicemia (KITT) dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) no início (10ª semana) e no final do protocolo.

Variáveis Grupos GLIC Inicial (mg/dL) GLIC Final (mg/dL) TG Inicial (mg/Dl) TG Final (mg/dL) KITT Inicial (%/min) KITT Final (%/min) FOS 88±2,63 94±2,06 136±9,39 161±12,81 5,30±0,37 3,34±0,16€ FOT 88±1,15 80±3,30*€ 156±8,10 94±7,26*€ 4,93±0,38 4,55±0,22* FOHS 88±1,50 88±1,59 162±8,59 145±6,09 3,97±0,18* 3,82±0,17 FOHT 92±2,87 80±1,54*¥€ 163±14,32 147±6,49# 4,00±0,17* 4,05±0,19 Dados representam média ± erro padrão .* p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS; € p<0,05 vs. inicial no mesmo grupo.

Após 10 semanas de consumo crônico de frutose, os grupos apresentaram valores semelhantes de triglicerídeos independente da presença ou não de hipertensão. Em relação aos níveis sanguíneos de triglicerídeos ao final do estudo, observou-se uma redução no grupo FOT quando comparado aos demais estudados (Figura 15).

Os grupos hipertensos apresentaram resistência à insulina (menor KITT) após 10 semanas de consumo de frutose em relação aos grupos normotensos. Ao final do protocolo, o grupo FOS apresentou menor KITT (constante de decaimento da glicose) no teste de tolerância à insulina quando comparado ao grupo FOT demonstrando a eficácia do treinamento físico. O mesmo pode ser observado com o grupo FOHT, quando comparado com o grupo FOHS ao final do protocolo (Figura 16).

Figura 14: Glicemia nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) ao final do protocolo. * p<0,05 vs. FOS; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 15: Concentrações sanguíneas de triglicerídeos nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) ao final do protocolo. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT.

Figura 16: Constante de decaimento da gliemia (KITT) durante o teste de tolerância à insulina nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose) ao final do protocolo. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT.

4.5. Avaliações Hemodinâmicas

Os parâmetros hemodinâmicos avaliados em repouso são apresentados na Tabela 4. Os valores de pressão arterial diastólica, sistólica e média dos animais hipertensos tratados com frutose (FOHS e FOHT) foram maiores do que dos animais tratado somente com frutose. O treinamento físico não alterou os valores de pressão arterial (Figura 17).

Além disso, os animais do grupo FOHS apresentaram taquicardia de repouso em relação aos demais grupos estudados. Os grupos treinados (FOT e FOHT) apresentaram bradicardia de repouso em relação aos seus respectivos grupos sedentários (Figura 18).

Tabela 4: Parâmetros hemodinâmicos avaliados em repouso dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

Variáveis Grupos PAD (mmHg) PAS (mmHg) PAM (mmHg) FC (bpm) FOS 93±2,4 129±1,7 109±1,9 358±7 FOT 96±1,5 129±2,6 111±1,4 334±6* FOHS 153±2,5* 206±3,8* 179±2,9* 394±11* FOHT 154±1,8*# 210±10,9*# 180±1,6*# 348±6¥

Dados representam média ± erro padrão. PAD: pressão arterial diastólica; PAS: pressão arterial sistólica; PAM: pressão arterial média; FC: freqüência cardíaca. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 17: Pressão Arterial Média nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).* p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 18: Freqüência Cardíaca nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

4.6. Avaliações da Modulação Autonômica da Freqüência Cardíaca

As avaliações da modulação autonômica da freqüência cardíaca no domínio do tempo e da freqüência são apresentadas na Tabela 5.

A hipertensão induziu redução do DP e do RMSSD no grupo FOHS em relação ao grupo FOS, mas não alterou a variância do intervalo de pulso (VAR-IP) (Figura 19). O treinamento físico induziu aumento do RMSSD e da VAR-IP no grupo FOT em relação aos demais grupos estudados, todavia não atenuou a redução do RMSSD e do DP induzido pela hipertensão.

Com relação à banda de baixa freqüência do intervalo de pulso (BF), representativa da modulação simpática, observou-se que os animais que apresentavam hipertensão

associada ao consumo de frutose (FOHS e FOHT) apresentraram uma redução exacerbada desses valores em relação aos grupos normotensos tratados com frutose (FOS e FOT). A banda de alta freqüência do intervalo de pulso (AF), representativa da modulação parassimpática, foi menor nos grupos FOHS e FOHT quando comparados ao grupo FOT. A banda de muito baixa freqüência do intervalo de pulso (MBF) foi menor apenas no grupo FOHT em relação ao grupo FOT. A banda de BF normalizada foi menor nos grupos hipertensos em relação ao grupo normotenso sedentário (FOS) (Figura 20). O treinamento físico reduziu a banda de BF normalizada no grupo FOT quando comparado com o grupo FOS. Não foram observadas diferenças para a banda de AF normalizada (Figura 21).

Tabela 5: Variabilidade da freqüência cardíaca dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). Grupos Variáveis FOS FOT FOHS FOHT DP (ms) 7,26±0,56 10,03±0,85 6,80±0,43* 6,29±0,45*# RMSSD (ms) 4,56±0,23 5,64±0,48* 3,70±0,15* 3,45±0,17*# VAR-IP (ms2) 41,35±4,44 77,66±11,21* 55,90±5,85 51,22±6,53# MBF (ms2) 18,27±3,55 25,69±4,71 21,72±3,71 12,52±2,38# BF (ms2) 4,37±1,44 4,66±0,74 1,74±0,25* 1,42±0,21*# AF (ms2) 6,49±0,99 8,51±0,82 4,96±0,54 4,14±0,64# % BF (%) 17,89±2,81 11,31±1,76* 5,93±0,93* 7,78±1,15* % AF(%) 23,93±1,71 23,59±3,51 17,49±2,81 26,16±3,54

Dados representam média±erro padrão. DP: desvio padrão do intervalo de pulso; RMSSD: raiz quadrada da média dos quadrados das diferenças entre os intervalos R-R normais sucessivos; VAR-IP: variância do intervalo de pulso; MBF: banda de muito baixa freqüência; BF: banda de baixa freqüência do intervalo de pulso; AF: banda de alta freqüência do intervalo de pulso; % BF: percentual da banda de baixo freqüência do intervalo de pulso normalizada; % AF: percentual da banda de alta freqüência do intervalo de pulso normalizada. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 19: Variância do intervalo de pulso nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT.

Figura 20: Banda de baixa freqüência do intervalo de pulso normalizada nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS.

Figura 21: Banda de alta freqüência do intervalo de pulso normalizada nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

4.7. Avaliação da Variabilidade da Pressão Arterial

Os parâmetros de variabilidade da pressão arterial sistólica avaliados estão apresentados na Tabela 6.

A hipertensão induziu um aumento na VAR-PAS (FOHS: 74,16±6,63 e FOHT: 49,17±4,86 mmHg2 vs. FOS: 23,13±3,38 e FOT: 23,65±2,09 mmHg2), no entanto o treinamento físico atenuou tal disfunção, já que a VAR-PAS foi menor no grupo FOHT em relação ao grupo FOHS (Figura 22). Quanto ao DP da PAS, observou-se um aumento desses valores nos grupos hipertensos (FOHS e FOHT) quando comparado ao grupo normotenso treinado (FOT).

Na banda de baixa freqüência da pressão arterial sistólica (BF), representativa da modulação simpática vascular, os animais com hipertensão associada (FOHS)

demonstraram um aumento significativo quando comparado aos grupos FOS e FOT. Entretanto, o treinamento físico foi eficaz em reduzir essa variável no grupo FOHT em relação ao FOHS, normalizando-a (Figura 23).

Tabela 6: Variabilidade da pressão arterial sistólica dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

Grupos Variáveis VAR-PAS (mmHg 2 ) BF (mmHg2) FOS 23,13±3,38 9,24±1,19 FOT 23,65±2,09 6,10±0,54 FOHS 74,16±6,63* 15,54±2,35* FOHT 49,17±4,86*#¥ 7,97±1,69¥

Dados representam média±erro padrão.VAR-PAS: variância da pressão arterial sistólica; BF: banda de baixa freqüência da pressão arterial sistólica. * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 22: Variância da pressão arterial sistólica nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 23: Banda de baixa freqüência da pressão arterial sistólica nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

4.8. Avaliação da Sensibilidade Barorreflexa Espontânea

A hipertensão (FOHS: 0,34±0,16 ms/mmHg) provocou uma redução no índice alfa, representativa da sensibilidade barorreflexa espontânea, das ratas ooforectomizadas tratadas com frutose (FOS: 0,73±0,08 ms/mmHg). O treinamento físico induziu aumento na sensibilidade barorreflexa espontânea, representado pelo índice alfa nas ratas ooforectomizadas treinadas tratadas com frutose (FOT: 1,06±0,09 vs FOS: 0,73±0,08 ms/mmHg) e nas ratas ooforectomizadas hipertensas treinadas tratadas com frutose (FOHT: 0,56±0,07 vs. FOHS: 0,34±0,04 ms/mmHg) em relação aos seus respectivos grupos sedentários. Vale destacar que o grupo FOT (1,06±0,09 ms/mmHg) apresentou um aumento do índice α quando comparado ao FOHT (0,56±0,07 ms/mmHg) e ao grupo FOHS (0,34±0,04 ms/mmHg), evidenciando ainda prejuízo dos grupos que apresentavam a hipertensão associada ao tratamento com frutose (Figura 24).

Figura 24: Índice alfa nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS; # p<0,05 vs. FOT; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

4.9. Avaliações de Estresse Oxidativo

Para as avaliações do perfil oxidativo foram utilizados 7 animais por grupo.

Os parâmetros de estresse oxidativo avaliados estão apresentados nas Figuras 25 e 26. A hipertensão não induziu aumento adicional dos valores de QL no tecido cardíaco nos animais submetidos ao consumo crônico de frutose (FOS: 15432±1010 e FOHS: 14914±2159 cps/mg proteína). O treinamento físico reduziu esses valores (FOT: 9270±1438 cps/mg proteína) somente no grupo que não apresentava a hipertensão associada, demonstrando a eficácia desta abordagem em reduzir o estresse oxidativo. Os valores de QL foram semelhantes entre os grupos FOHS e FOHT (14914±2159 vs 13337±1118 cps/mg proteína).

Para a razão GSH/GSSG o grupo FOHS (2,72±0,14) apresentou uma diminuição dos valores quando comparado ao grupo FOHT (4,00±0,45), evidenciando redução do estresse oxidativo após o treinamento físico. Vale salientar que durante a realização dessas dosagens nos grupos não hipertensos houve problemas com as medidas, o que permitiu a análise de apenas dois animais dos grupos FOS e FOT. Apesar do “n” reduzido, o que não possibilitou a comparação estatística, observou-se que os valores desta relação foram maiores no grupo FOT em comparação ao grupo FOS (FOS: 1,95±1,02 vs FOT: 7,69±2,82, n=2 cada grupo).

Figura 25: Quimiluminescência no tecido cardíaco nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS

Figura 26: Razão da glutationa reduzida pela glutationa oxidada (GSH/GSSG) no tecido cardíaco nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). ¥ p<0,05 vs. FOHS por Teste t Student; a: grupos constituídos de apenas 2 animais em função de problemas durante a realização dessas dosagens (não foram realizadas comparações estatísticas).

Foram observadas correlações negativas entre a QL e o RMSSD (r=-0,63; p<0,05) (Figura 27) e o índice alfa (r=-0,60; p<0,05) (Figura 28).

Figura 27: Correlação negativa obtida entre a QL no tecido cardíaco e o índice alfa nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

Figura 28: Correlação negativa entre a QL no tecido cardíaco e o RMSSD obtida nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

4.10. Análise das Enzimas Antioxidantes

A Tabela 7 apresenta as avaliações de enzimas antioxidantes no tecido cardíaco. Verificou-se que a atividade da enzima catalase foi menor nos grupos sedentários submetido ao consumo de frutose (FOS), em presença ou não de hipertensão. Portanto, o treinamento físico foi eficaz de aumentar esses valores da atividade desta enzima tanto no grupo FOT quanto no grupo FOHT em relação aos seus respectivos grupos sedentários (Figura 30). Já a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e a atividade da enzima glutationa peroxidase (GPx) não apresentaram diferenças significativas entre os grupos estudados (Tabela 7).

Tabela 7: Atividade das enzimas catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPx) no tecido cardíaco dos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose).

Variáveis Grupos CAT SOD GPx FOS 52,39±4,80 12,56±2,09 14,14±1,58 FOT 80,17±8,27* 12,04±0,94 12,68±0,80 FOHS 60,79±4,97 10,53±0,65 15,61±1,29 FOHT 82,35±4,58*¥ 10,72±0,75 14,26±1,34

Dados representam média±erro padrão. * p<0,05 vs. FOS; ¥ p<0,05 vs. FOHS.

Figura 29: Atividade da enzima catalase no tecido cardíaco nos grupos FOS (frutose ooforectomizado sedentário), FOT (frutose ooforectomizado treinado), FOHS (ooforectomizado hipertenso sedentário tratado com frutose) e FOHT (ooforectomizado hipertenso treinado tratado com frutose). * p<0,05 vs. FOS;. ¥ p<0,05 vs. FOHS

Documentos relacionados