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OBLITERAR = destruir, eliminar,

desaparacer A avaliação moral teve como consequênciaobliterargravemente o juízo.

PALAVRA SIGNIFICADO EXEMPLO NUMA FRASE

DEMOVER = provocar renúncia Quando algo nos desagrada, não há quem consiga, nosdemoverdeste sentimento.

IRRISÃO = zombaria Nossa alma incapaz e pequenina/Mais complacências queirrisãomerece. (Mário Quintana)

RESFESTELAR = satisfazer-se Por enquanto, vou merefestelarna boa notícia.

PRÓCERES = chefes, influentes Assasssinaram o prócereda máfia italiana.

FARISAÍSMO = hipocrisia Ofarisaísmoé tão nocivo quanto o populismo para o Brasil.

INVECTIVA = insulto Só se recorre às invectivas quando faltam as provas.

LOQUAZ = falador O silêncio em certas circunstâncias das nossas vidas é a voz mais alta eloquaz.

IRRUPÇÃO = entrada súbita,

repentina A irrupçãodas mídias sociais como instrumeno de campanha revolucionou as eleições.

ESCRUTÍNIO = exame minucioso O futuro ministro passou pelo escrutíniodo Senado.

ÉGIDE = proteção Mantém-se sob a égidede seus pais o mimado jogador de futebol.

IDIOSSINCRASIA = característica

peculiar A Pátria não é capanga de idiossincrasiaspessoais.

PLATITUDE = trivialidades,

obviedades Para muitos, existe aquelaplatitude de que “os políticos são todos uns corruptos” .

INSIGNE = notório, ilustre O autor é oinsigneprofessor desta Universidade.

INCÓLUME = intacto Passamos incólumespela maior crise econômica da história.

PÉRFIDO = cruel Estávamos cercados por umpérfido grupo de vândalos.

Língua Portuguesa para TCU Prof. José Maria

Aula 10

Principais Figuras de Linguagem Metáfora

Considerada a mãe das figuras, a metáfora consiste numa comparação no nível ideológico ou subjetivo.É criada entre termos que se apresentam distantes em termos de significado uma relação de semelhança.

Um teste para reconhecer a metáfora é enxergar a o implícito “como se fosse”.

Exemplos:

Lá fora, a noite é um pulmão ofegante (= ... a noite é (como se fosse) um pulmão ofegante) Amor é fogo que arde sem se ver (= Amor é (como se fosse) fogo que arde...)

SISUDO = sério O seu semblante sisudoafasta muitas pessoas.

TACITURNO = triste, que falam

pouco Os faladores não nos devem assustar, eles revelam-se:

os taciturnos incomodam-nos pelo seu silêncio.

PUSILÂNIME = covarde Era um homem corajoso diante dos perigos epusilânimediante dos aborrecimentos.

PREMENTE = angustiante,

urgente A votação de uma reforma é uma questão premente.

TEMPERANÇA = moderação Agiu com temperança, mesmo sob forte pressão.

RECRUDESCER = intensificar Devido ao recrudescimentodo conflito, adotamos uma postura de meros observadores.

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Observação:

Amor é fogo que arde sem se ver.

Como a comparação está subentendida, temos uma metáfora.

Amor é como um fogo que arde sem se ver.

Como a comparação é explicitada pelo conector “como”, temos uma símile ou comparação.

Metonímia

A metonímia ocorre quando uma palavra é empregada no lugar de outra. Trata-se, portanto, de uma substituição, que pode se dar de várias formas:

Exemplos:

- O autor pela obra:

Li Machado de Assis

Machado de Assis está no lugar de uma de suas obras (Dom Casmurro, por exemplo).

- O continente pelo conteúdo:

Tomei duas taças.

 taça está no lugar da bebida – vinho ou champanhe - A parte pelo todo:

Ele tem duzentas cabeças de gado.

 cabeça está no lugar do “gado todo”

- A causa pela consequência:

Este trabalho lhe custou alguns cabelos brancos.

cabelos brancos está no lugar de preocupação

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Hipérbole

Transmite-se com a hipérbole a ideia do exagero, de forma a enfatizar os sentimentos e as reações expressadas no texto.

Exemplos:

Chorei rios de lágrimas.

Nem que uma pessoa chore a vida toda ininterruptamente, será possível encher um rio com lágrimas rsrs.

“Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar, eu posso até morrer de fome se você não me amar”

(Cazuza)

 Não é muito exagero dizer que não mais vai respirar se a amada o abandonar? Rsrs.

Eufemismo

É a utilização de uma linguagem mais amena com a intenção de abrandar uma palavra ou expressão que possam chocar o seu interlocutor.

Exemplos:

É possível que haja redução na oferta dos postos de trabalho.

redução na oferta dos postos de trabalho = desemprego, demissão O nobre deputado faltou com a verdade.

faltou com a verdade = mentiu Você não foi bem na prova.

não foi bem = foi mal

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Ironia

É um enunciado que diz algo com a intenção de significar justamente o contrário daquilo que está sendo dito.

Para tanto torna-se fundamental o contexto.

Exemplos:

Muito competente! Fez o projeto daquela ponte que liga nada a lugar nenhum.

Acho que não podemos levar a sério “Muito competente”!

Marcela amou-me durante quinze dias e onze contos de réis.

Acho que não podemos levar a sério “amou-me”!

Antítese e Paradoxo

Antítese e paradoxo são figuras de linguagem caracterizadas por declarações que trazem consigo ideias opostas.

Mas qual a diferença?

Simples. As oposições presentes na antítese são conciliáveis, ou seja, elas podem coexistir (existirem juntas). Já as oposições presentes no paradoxo são inconciliáveis, ou seja, NÃO podem coexistir!

Vejamos o exemplo da bela música do Skank: Te ver Te ver e não te querer

É improvável, é impossível Te ter e ter que esquecer É insuportável

É dor incrível...

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Vejamos:

"Te ver" e "...não te querer" são ideias opostas. Mas que coexistem, ou melhor, têm que coexistir (como é difícil esquecer a pessoa de que se gosta, não é mesmo?)

Da mesma forma "Te ter" e "... ter que esquecer" são ideias opostas que coexistem, para azar do eu-lírico.

Temos, portanto, dois exemplos de ANTÍTESES.

Agora, observe o próximo trecho:

É como mergulhar no rio E não se molhar

É como não morrer de frio No gelo polar

Como alguém pode "... mergulhar no rio" e "... não se molhar"?

Como alguém pode "... não morrer de frio" estando "... no gelo polar"?

Trata-se de oposições completamente inconciliáveis, que não coexistem. São, portanto, PARADOXOS!

O mais famoso paradoxo, com toda certeza, é o trecho abaixo, de Luís Vaz de Camões:

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;

É um contentamento descontente;

É dor que desatina sem doer;

Em destaque temos oposições completamente inconciliáveis. Contentamento descontente!? Só pode ser um paradoxo!

Prosopopeia ou Personificação

É a atribuição de características ou ações humanas a seres inanimados ou irracionais.

Exemplos:

As plantas me espiam do jardim.

A TV ordena o que é bom ou ruim.

Preciso conversar mais com as flores do meu jardim.

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Elipse

É a omissão de um termo sintático da oração que pode ser facilmente identificado pelo contexto.

Exemplos:

Quanta maldade na Terra! (verbo haver omitido)

Na charge acima, a primeira fala subentendeu o verbo “curar”, que consiste na interpretação mais razoável.

Os autores da tira produziram, no entanto, o efeito de humor ao subentender, na segunda fala, um verbo menos provável para situações como essa: “provocar”, “gerar”, “produzir”. A elipse, nesse caso, serviu para expressar um efeito cômico.

Zeugma

É um caso particular de elipse, que ocorre quando um termo omitido já havia sido citado no texto.

Exemplos:

FedEx. Poupa tempo, dinheiro e algo igualmente precioso: sua paciência.

No anúncio acima, houve a omissão do verbo já citado “poupar” antecedendo “dinheiro” e “algo igualmente precioso”.

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FIM

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