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H 5 Gestão de resíduos.

3.2 MÓDULOS INTERACTIVOS DE QUÍMICA NOS CENTROS E MUSEUS DE CIÊNCIA PORTUGUESES

3.2.9 Resumo da situação em Portugal

A investigação realizada junto dos Centros de Ciência nacionais está de acordo com os resultados obtidos no estudo europeu: os Museus analisados {in loco e através dos

seus sites) apresentam um reduzido número de módulos interactivos de Química de

laboratório no cômputo geral das suas exposições. Na nossa amostra de dezasseis instituições analisadas verificamos o seguinte:

■ Dos doze Centros de Ciência do país e dos quatro Museus de Ciência considerados ­ um universo analisado de dezasseis instituições ­ apenas sete têm módulos interactivos e/ou desenvolvem experiências de Química de laboratório nos seus espaços.

■ Os doze módulos interactivos de Química identificados encontram­se em quatro Centros de Ciência.

Estes dados estão representados nos gráficos 5 e 6.

Sim Não

Gráfico 5 ­ Percentagem de Centros e Museus de Ciência Portugueses que possuem módulos interactivos de Química de laboratório

■ Sim ­ Não

Gráfico 6 ­ Percentagem de Centros e Museus de Ciência Portugueses que organizam actividades relacionadas com Química

As principais áreas abordadas nos módulos interactivos de Química de laboratório identificados nesta investigação são: ácido­base, precipitação e electrólise da água. (Gráfico 7) Addo­base Precipitação Electrólise da água Qxidação­redução Separação de misturas Propriedades da água Materiais 3 3 3 % m^mrrvtm^mr^w mum 16,7°/) 16,7% ■ a u Ma*»* -V- 0 , 0 % 5,0% 10,0% 15,0% 2 0 , 0 % 2 5 , 0 % 3 0 , 0 % 3 5 , 0 % Gráfico 7 ­ Distribuição por áreas dos módulos interactivos de Química

Com base no estudo realizado nos Centros e Museus de Ciência portugueses, verificou-se que os módulos de "ácido-base", tendo em conta o maior número de módulos desta área, parecem ser os de mais simples implementação, isto é, os que apresentam uma maior facilidade de transposição de conteúdos programáticos para módulos interactivos. Patentes em dois Centros de Ciência - Exploratório e Visionarium - têm, no entanto, características completamente diferentes. No caso do Exploratório, as soluções constituintes de cada módulo são manuseadas pelos visitantes, enquanto no do Visionarium estes só precisam de carregar num botão que desencadeia o mecanismo e, assim, proceder à leitura feita pelo sensor de pH.

Estes módulos são de percepção simples e de fácil interacção. Esta simplicidade advém do facto de abordarem conteúdos que são explorados nas aulas e, no caso dos módulos do Exploratório, implicarem interacções muito básicas, que fazem parte do dia-a-dia dos visitantes, como por exemplo, borrifar com um esguicho. No entanto, acarretam alguns riscos de segurança, pois, apesar das soluções serem muito diluídas, a ingestão de alguma destas soluções pode ser perigosa. No caso do módulo do Visionarium, o seu modo de funcionamento é mais seguro para o visitante, mas tem um carácter interactivo substancialmente inferior.

Os outros tipos de módulos que se encontram em maior número são os relacionados com a precipitação de soluções e com a electrólise da água.

Os módulos de precipitação encontram-se no Exploratório, e, como todos os módulos de Química deste Centro, têm características únicas e distintivas em relação aos outros Centros: os visitantes têm uma grande interacção com os módulos, podendo realizar uma série de actividades; são muito básicos e apelativos (devido às suas cores), sendo especialmente orientados para um nível etário mais novo (ensino básico); mas encerram alguns riscos de segurança, necessitando do acompanhamento de monitores para acompanhar as interacções.

Em relação aos módulos da electrólise da água, um encontra-se no Pavilhão do Conhecimento e o outro no Visionarium. Este tema é também de fácil transposição museológica: através da passagem de corrente eléctrica, a água dá origem a dois gases, sendo possível visualizar o fenómeno, num curto intervalo de tempo e, além disso, utilizando uma substância que faz parte do nosso quotidiano - a água. Por outro lado, não implica riscos de segurança, pois todo o processo é realizado em estruturas fechadas, não estando ao alcance dos visitantes.

E importante também fazer uma referência aos painéis que acompanham estes módulos, pois desempenham um papel determinante no processo de interacção. No caso do Exploratório, os painéis que acompanham os módulos têm um design simples

e colorido e apresentam a contextualização do fenómeno, nomeadamente estabelecendo ligações a fenómenos que se observam no dia-a-dia, na natureza ou a fenómenos relacionados com aspectos biológicos do ser humano. Existe também um pequeno painel em forma de disco ao lado de cada módulo: num lado é colocado o procedimento a realizar e a explicação do fenómeno encontra-se do outro lado do disco, que tem que ser girado pelo visitante para o poder 1er (uma metodologia utilizada em todos os módulos do Exploratório).

Os módulos do Pavilhão do Conhecimento considerados para este estudo não têm qualquer painel: o procedimento a realizar e a respectiva explicação fazem parte integrante do módulo, que aparecem de uma forma simples (sistematizada) e com cores diferentes para chamar a atenção.

No caso do Visionarium, e seguindo a lógica deste Centro, os módulos são acompanhados de painéis explicativos, de design simples mas apelativo. Após uma breve contextualização do fenómeno/tema abordado no módulo, é lançado o desafio ao visitante para accionar o módulo e ver o que acontece. Por vezes, o desafio é colocado em forma de pergunta, cuja resposta é obtida interagindo com o módulo: é o caso do módulo "pH da água" em que é colocada a pergunta ao visitante sobre a natureza ácida ou básica das soluções expostas. Para verificar ou descobrir a resposta, o visitante tem que accionar o módulo.

3.3 A QUÍMICA NOS CENTROS E MUSEUS DE CIÊNCIA