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Reuniões de escola e reuniões do núcleo de estágio

Capítulo 2. A Prática de Ensino Supervisionada

2.4. Reuniões de escola e reuniões do núcleo de estágio

De outubro de 2018 a junho de 2019, participei em todos os Conselhos de Turma do 12.ºH, turma da professora orientadora. Isto permitiu que acompanhasse o decorrer das reuniões e me inteirasse dos tramites referentes aos conselhos de turma.

63 Nas reuniões iniciais, conheci os docentes do respetivo Conselho de Turma, bem como alguns encarregados de educação.

De facto, foi interessante verificar que, tratando-se de uma turma do Ensino Secundário, estavam presentes um maior número de professores, resultado de um maior número de disciplinas, existindo, consequentemente, uma maior divergência de opiniões. Foi deveras essencial conhecer e ouvir as reflexões de cada docente acerca das atitudes, comportamento e desempenho dos discentes.

Na primeira reunião do 12.ºH, em novembro, com os Encarregados de Educação, assisti à reunião ao lado da diretora de turma e minha orientadora, a professora Helena Bernardo. O facto de estar presente nessa reunião permitiu que contactasse com os Encarregados de Educação cujos educandos já tinham sido meus alunos em algumas aulas observadas e lecionadas, o que facilitou a contextualização da reunião. Fiquei responsável pela elaboração da ata da respetiva reunião. Nesse sentido, posteriormente, noutro encontro com a professora orientadora, entreguei a ata por mim redigida, não tendo sido necessário proceder a nenhuma alteração, situação esta do agrado da professora orientadora e do meu. No que diz respeito à turma do 12.ºH, saliento que esta revelava ser pouco conversadora, mas também pouco comunicativa, com alguns alunos com dificuldades, mas também com cinco alunas bastante participativas e empenhadas. Concluindo, o comportamento da turma era bom e o aproveitamento satisfatório, porque heterogéneo. (cf. Anexo 88).

2.4.2. Reuniões do núcleo de estágio

Desde o início do ano letivo, tiveram lugar várias reuniões semanais referentes ao estágio de Português realizado. O principal objetivo destas reuniões, em que participava a professora orientadora Helena Bernardo e eu, era delinear as etapas e objetivos fundamentais na preparação do meu percurso na escola.

No seguimento da primeira reunião de apresentação, já mencionada anteriormente, em setembro, ocorreu uma reunião de preparação para a lecionação das aulas assistidas. Nessa reunião, mostrei à professora orientadora a planificação da sequência didática realizada sobre a poesia trovadoresca, assim como todos os materiais que pertenciam à mesma sequência. A professora procedeu a uma análise das planificações e materiais apresentados, realizando diversos comentários interessantes e construtivos. Em conjunto

64 com a professora orientadora, as planificações eram revistas e modificadas de acordo com os comentários efetuados.

Essas reuniões permitiam que refletisse sobre os conselhos e sugestões realizados ao meu trabalho. As mesmas foram sem dúvidas pertinentes e fundamentais no auxílio e na preparação das aulas. Apesar das primeiras reuniões serem mais formais, as seguintes ocorreram num clima mais descontraído. As mesmas passaram a ocorrer semanalmente à quinta-feira (único dia em que ambas nos encontrávamos disponíveis) e muitas vezes ao sábado de manhã. As reuniões aconteciam por norma antes e após as aulas assistidas e foram essenciais para que a professora orientadora assinalasse os aspetos em que a lecionação realizada por mim pudesse melhorar, tal como os meus pontos mais fortes. Após as primeiras aulas lecionadas em outubro, a professora orientadora demonstrou estar muito satisfeita com o meu desempenho, porém, aconselhou-me que falasse mais pausadamente, que circulasse mais pela sala de aula e que tentasse tratar os alunos pelo nome. Indicações que tive evidentemente em consideração nas aulas lecionadas posteriormente. Nas reuniões seguintes, a professora assinalou a minha evolução positiva e a minha progressão ao longo do ano letivo.

Sempre apresentei uma postura ativa na realização e avaliação dos trabalhos realizados pelos alunos, tanto dentro como fora da sala de aula, adotando uma postura crítica sobre os mesmos e tentando propor estratégias e atividades diferentes que pudessem contribuir para a melhoria das avaliações dos alunos. A professora orientadora referiu várias vezes que o facto de também lecionar o 9.º e 10.º anos de português, em simultâneo, noutro estabelecimento de ensino, tal permitia uma partilha no processo e método de avaliação. Talvez por isso, tentei estar sempre atenta às dificuldades dos alunos, ajudando- os no seu processo de ensino-aprendizagem, retirando e esclarecendo todas as dúvidas colocadas com bastante rigor. Permitindo que me enterrasse da forma como se realizavam as planificações anuais do 9.º e dos 10.º anos, participei na elaboração das planificações anuais e trimestrais colaborando com as respetivas professoras. No que concerne às planificações e materiais realizados, foram de extrema importância todas as aulas observadas, cujos registos efetuados permitiam que discutisse com a professora titular, no sentido de elaborar materiais adequados, especificamente para os discentes com mais dificuldades. No que diz respeito ao uso do manual da turma durante as aulas lecionadas por mim, é importante referir que em virtude da escola ser obrigatória, só poucos alunos usufruem de materiais gratuitos. Nesse sentido, a professora orientadora sempre referiu

65 acreditar que era importante a máxima rentabilização do estudo e das aprendizagens pelo manual. Todavia, concebi diversos e numerosos materiais seguindo sempre as sugestões e orientações da professora orientadora para a realização dos materiais e execução das sequências didáticas. Estive sempre disposta a cada uma das solicitações das professoras titulares para dar o meu apoio e contributo dentro da sala, a fim de acompanhar os alunos com dificuldades, de forma atenta e responsável.