• Nenhum resultado encontrado

Mercado Nacional

O primeiro trimestre de 2003 foi marcado pela significativa melhora das expectativas em relação à economia brasileira, gerada pela avaliação positiva dos agentes econômicos sobre as políticas adotadas pelo novo governo. Apesar das expectativas de inflação para 2003 continuarem acima da meta estabelecida, o que levou o Comitê de Política Monetária (COPOM) a aumentar os juros básicos de 25% para 26,5% no período, houve significativa redução de volatilidade dos principais fatores de risco.

A tabela a seguir apresenta uma análise das posições de risco provenientes das operações comerciais e daquelas ligadas à administração de risco das mesmas (Gap Estrutural) no Brasil, calculadas a partir de modelos proprietários. O declínio do VaR em todos os mercados é efeito da redução das volatilidades ocorrida no período.

R$ Milhões

31-mar-03 31-dez-02

Risco Pré 4,9 10,6

Risco TR 27,7 46,7

Risco da Carteira Cambial 55,1 63,1

Efeito de Diversificação (44,0) (59,5)

VaR Global 43,7 61,0

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança. VaR (*) do Gap Estrutural

A Mesa Carteira Própria, ilustrada a seguir, opera com a finalidade de buscar as melhores alternativas entre as diversas oportunidades de negócio apresentadas nos mercados interno e externo, além de administrar os riscos de operações estruturadas oferecidas a clientes. Apesar de se encontrar mais suscetível às condições de mercado, a carteira é mais líquida e sua gestão mais dinâmica. Como demonstrado no quadro, o Valor em Risco das carteiras de trading do banco são muito pequenos, representando parcela inexpressiva do capital do banco.

Além da redução das volatilidades mencionada anteriormente, a menor exposição da Mesa Moeda Estrangeira aliada a uma boa gestão do portfolio doméstico contribuíram para a queda do VaR em comparação ao trimestre anterior.

VaR (*) Médio da Mesa Carteira Própria

R$ Milhões

1º Trim./03 4º Trim./02

Mesa Moeda Nacional 0,1 -

Mesa Moeda Estrangeira 1,0 2,7

Mesa Renda Variável 1,3 0,6

Mesa Opções 2,3 3,4

Mesa Mercados Internacionais 0,9 1,4

Efeito de Diversificação (2,1) (1,4)

VaR Global 3,5 6,8

VaR Global Máximo 6,2 12,9

VaR Global Mínimo 2,1 3,4

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança.

Mercado Internacional

O cenário global durante o Primeiro Trimestre evidencia uma lenta recuperação da economia mundial. O FMI prevê um crescimento real da demanda doméstica de 2,6% em 2003, muito aquém do padrão histórico dos EUA. Além disso, espera-se um crescimento de 2,7% no Reino Unido, 1,1% na zona do euro e 0,6% no Japão. A guerra no Iraque ajudou a exacerbar o clima de pessimismo no mercado financeiro internacional, reforçando as perspectivas negativas acerca da economia americana e um clima de ansiedade sobre a economia mundial.

Porém, apesar deste panorama internacional, a melhora do cenário interno resultou na redução de cerca de 400 basis

points na percepção do risco Brasil. As baixas taxas de

juros praticadas no mercado internacional fizeram com que os investidores redirecionassem seus investimentos para os ativos brasileiros de maior rentabilidade. Observou-se melhora no fluxo de recursos para o Brasil com a retomada das captações no exterior, ainda que de prazos curtos. O risco global Overseas, composto das agências de Grand Cayman, New York e Itaú Bank, apresentou uma ligeira queda, estando em conformidade com a melhora do cenário de risco brasileiro. O Itaú manteve uma política conservadora em face das incertezas do mercado internacional.

VaR (*) do Overseas

US$ Milhões

31-mar-03 31-dez-02

Fator de Risco Soberano 5,9 7,1

Fator de Risco Libor 0,4 0,4

Efeito de Diversificação (0,3) (0,3)

VaR Global 5,9 7,2

VaR Global Máximo 10,9 9,6

VaR Global Mínimo 4,0 5,3

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança.

O Banco Itaú Europa apresentou uma queda no fator de Risco Soberano. A composição de sua carteira demonstra que a instituição intensificou a política conservadora que já vinha sendo adotada ao longo de 2002, restringindo a exposição da instituição ao fator de risco soberano.

VaR (*) do Banco Itaú Europa

US$ Milhões

31-mar-03 31-dez-02

Fator de Risco Euribor 0,1 0,1

Fator de Risco Libor 0,1 0,1

Fator de Risco Soberano 0,2 0,5

Efeito de Diversificação (0,1) (0,1)

VaR Global 0,2 0,6

VaR Global Máximo 0,9 0,6

VaR Global Mínimo 0,1 0,2

A economia argentina apresentou, neste Primeiro Trimestre, uma melhora no cenário local, com reflexos positivos nas expectativas de crescimento para esse ano. Considerando esta situação mais favorável no mercado argentino houve pequeno aumento da exposição do banco em Pesos, justificando a elevação desse fator de risco. Contudo, a composição de sua carteira demonstra que o Itaú continua com uma política conservadora, não gerando oscilação no VaR Global máximo e mínimo.

US$ Milhões

31-mar-03 31-dez-02

Fator de Risco Libor 0,1 -

Fator de Risco Peso 0,3 0,1

Efeito de Diversificação (0,1) (0,0)

VaR Global 0,3 0,1

VaR Global Máximo 0,4 0,5

VaR Global Mínimo 0,1 0,1

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança. VaR (*) do Banco Itaú Buen Ayre

Itaú-BBA

Por se tratar de um banco voltado para as operações de grandes corporações, o Itaú-BBA apresenta uma gestão de riscos de mercado similar à verificada na Mesa Carteira Própria do Banco Itaú, onde as condições de mercado norteiam a definição das estratégias de trading e conseqüentemente o perfil do portfolio do banco.

VaR (*) do Itaú-BBA

R$ Milhões

31-mar-03 31-dez-02

Fator de Risco Pré 6,6 4,5

Fator de Risco Cupom Cambial 3,8 12,3

Fator de Risco Variação Cambial 7,7 12,5

Fator de Risco Renda Variável 2,9 2,4

Fator de Risco Soberano 9,2 9,5

Efeito de Diversificação -6,5 -11,2

VaR Global 23,7 30

VaR Global Máximo 34,2 36,2

VaR Global Mínimo 11,8 5,4

(*) VaR refere-se à perda máxima potencial de 1 dia, com 99% de confiança.

A menor volatilidade observada no período aliada à gestão de riscos ativa do portfolio da Instituição proporcionaram uma redução do Valor em Risco das posições assumidas. Ressaltamos novamente que o VaR Global do Itaú-BBA também representa parcela inexpressiva do PL da Instituição.

Back Testing

A eficiência do modelo de Value at Risk é comprovada por técnicas de back-testing, onde são comparados perdas e ganhos reais diários com a percentagem de casos em que o resultado ficou fora dos limites de perda máxima potencial pré-estabelecidos. O número de violações dos limites

estabelecidos de VaR deve ser compatível, dentro de uma margem de segurança pré-estabelecida, com a hipótese de intervalos de confiança de 99%.

Para ilustrar a confiabilidade das medidas de risco geradas pelos modelos usados pelo Itaú, apresentamos os gráficos de back-testing das posições estruturais dos mercados prefixado, dólar, TR e total para o período de abril/02 a março/03. Pré Retorno 40 35 30 25 20 15 10 5 40 10 20 30 Nível de Risco R$ Milhões TR Retorno 150 125 100 75 50 25 25 50 75 100 125 150 Nível de Risco R$ Milhões Dólar Retorno 250 200 150 100 50 0 150 50 100 150 200 250 Nível de Risco R$ Milhões Total Retorno 300 250 200 150 100 50 0 100 150 200 250 300 50 Nível de Risco R$ Milhões

1. Em conexão com nossa revisão limitada das Informações Trimestrais do Banco Itaú Holding Financeira S.A. e empresas controladas (consolidado) em 31 de março de 2003, cujo relatório foi emitido, sem ressalvas, datado de 02 de maio de 2003, procedemos à revisão das informações suplementares incluídas no Relatório da Análise Gerencial da Operação Consolidada do Banco Itaú Holding Financeira S.A. e empresas controladas.

2. Nossos trabalhos foram efetuados de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil, em conjunto com o Conselho Federal de Contabilidade, com o objetivo de revisarmos as informações contábeis contidas nas informações suplementares do Relatório da Análise Gerencial da Operação Consolidada do Banco Itaú Holding Financeira S.A. e empresas controladas, e consistiram, principalmente, em: (a) indagação e discussão com os administradores responsáveis pelas áreas contábil, financeira e operacional do Banco quanto aos principais critérios adotados na elaboração das informações contábeis contidas nas informações suplementares e (b) revisão das informações relevantes e dos eventos subseqüentes que tenham, ou possam vir a ter, efeitos relevantes sobre a posição financeira e as operações do Banco e empresas controladas. As informações suplementares incluídas no Relatório da Análise Gerencial da Operação Consolidada são apresentadas para possibilitar uma análise adicional, sem contudo fazerem parte das Informações trimestrais.

3. Baseados em nossa revisão, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser procedida nas informações suplementares acima referidas, para que elas estejam apresentadas adequadamente, em todos os aspectos relevantes, em relação às Informações trimestrais tomadas em conjunto.

4. Anteriormente, procedemos às revisões das informações suplementares incluídas nos Relatórios da Análise Gerencial da Operação Consolidada em 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de 2002 do Banco Itaú S.A. e empresas controladas (consolidado) e emitimos nossos relatórios, sem ressalvas, com datas de 29 de abril, 02 de agosto, 01 de novembro de 2002 e 07 de março de 2003, respectivamente. Essas informações suplementares de 2002 estão sendo apresentadas de forma comparativa com as relativas a 31 de março de 2003 do Banco Itaú Holding Financeira S.A., que passou a controlar integralmente o Banco Itaú S.A. e suas controladas, conforme descrito na Nota 1.

02 de maio de 2003.

Ao Conselho de Administração e aos Acionistas

Documentos relacionados