• Nenhum resultado encontrado

6. Gestão de Riscos

6.4. Risco Operacional

As funções e atividades relacionadas à gestão do risco operacional são centralizadas

na Unidade de Risco Operacional (URO), cabendo à Diris a mensuração dos valores

de alocação de capital para cobertura dos riscos.

O responsável perante o Bacen pelo gerenciamento do risco operacional no Banco é

o Diretor de Gestão de Riscos.

6.4.1. Política Específica do Risco Operacional

A Política Específica de Risco Operacional, cuja revisão é aprovada anualmente pelo

CA, contém orientações às áreas do Banco que visam garantir a efetividade do modelo

de gestão do risco operacional. Espera-se que as empresas Controladas, Coligadas

e Participações definam seus direcionamentos a partir dessas orientações,

considerando as necessidades específicas e os aspectos legais e regulamentares a

que estão sujeitas.

O Banco também dispõe de outras políticas que compõem a relação de políticas

associadas ao gerenciamento do risco operacional, tais como as Políticas Específicas

de:

a) Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento ao

Terrorismo e à Corrupção;

b) Gestão da Continuidade de Negócios;

c) Relacionamento do Banco com Fornecedores;

d) Risco Legal; e

e) Segurança da Informação.

6.4.2. Processos e Estratégias para o Gerenciamento do Risco Operacional

O Banco do Brasil realiza a gestão do risco operacional segregando as funções de

gestão de riscos e de negócios e adotando boas práticas em gestão de riscos,

respeitadas as normas e diretrizes de supervisão e de regulação bancária.

Objetivando estabelecer linguagem única e comum para toda a organização, o Banco

utiliza-se do Dicionário de Eventos de Risco Operacional. A utilização deste

instrumento, além de contribuir para o aculturamento do risco dentro da organização,

permite entendimento claro e fácil dos riscos relacionados aos seus processos e

atividades, classificando-os adequadamente.

Com o objetivo de reduzir as perdas operacionais, foi aprovado pelo Conselho de

Administração (CA) e incorporado na atual Estratégica Corporativa do Banco e no

Plano Diretor, indicadores e metas, com o objetivo de impulsionar ações tempestivas

nas principais causas das perdas operacionais.

A gestão estratégica ocorre no CSRG, composto pelo Presidente e Vice-Presidentes,

e tem a finalidade de estabelecer as diretrizes, bem como definir limites globais de

exposição a riscos.

O Banco define o Limite Global de Perdas Operacionais, fundamentado no montante

máximo de perdas definido para o período de um ano. O referido limite está alinhado

com a estratégia de redução das perdas operacionais e com os valores estabelecidos

no orçamento da Instituição.

O BB utiliza Limites Específicos de Perdas Operacionais por gestores de produtos,

serviços e canais, visando o maior envolvimento das diversas áreas na mitigação do

risco operacional.

Visando conferir agilidade ao processo de gestão, os assuntos relacionados ao risco

operacional são deliberados no Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco

Operacional (CERO).

O consumo do Limite Global e dos Limites Específicos é reportado mensalmente ao

CSRG e ao CERO, e trimestralmente ao CA. São detalhados, ainda, o comportamento

das perdas operacionais, as ações de mitigação e o diagnóstico das principais perdas

incorridas.

O Banco conta com o Fórum de Gestão Integrada dos Riscos Operacional e Legal

subordinado ao CERO, com o objetivo de contribuir com a redução das perdas

operacionais por meio da identificação, avaliação e proposição de ações mitigadoras.

6.4.3. Avaliação do Risco Operacional

A avaliação consiste em quantificar a exposição do Banco aos riscos operacionais,

com o objetivo de avaliar seu impacto nos negócios e analisar a probabilidade de

ocorrência e severidade dos riscos potenciais identificados.

A Metodologia de Avaliação de Riscos Operacionais adotada pelo Banco, considera

o impacto e vulnerabilidade para avaliação dos riscos potenciais, aprimorando o atual

Sistema de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco, mantendo o alinhamento

às melhores práticas adotadas no mercado e amparada nos principais padrões

internacionais.

6.4.4. Mensuração do Risco Operacional

O Banco utiliza modelo baseado na Abordagem Padronizada Alternativa (ASA) para

cálculo do capital para risco operacional.

O valor da parcela de capital para risco operacional representa o consumo do

Patrimônio de Referência (PR) para cobertura de risco operacional. O monitoramento

dessa métrica é realizado nos colegiados estratégicos, CSRG e CERO.

Quanto à gestão da provisão para demandas contingentes, o Banco adota

metodologia baseada em técnicas estatísticas, o que garante maior estabilidade e

acurácia na estimativa de desembolso para cobertura de perdas com demandas

judiciais. Referida metodologia possui acompanhamento contínuo do CSRG, que é o

órgão de governança responsável por aprovar as metodologias, critérios e parâmetros

para realização do cálculo das provisões para demandas contingentes.

6.4.5. Mitigação do Risco Operacional

Com o objetivo de prevenir, corrigir ou inibir fragilidades ou deficiências que possam

gerar riscos, a URO emite Recomendação Técnica de Risco Operacional, para que

as áreas gestoras de processos, produtos e serviços implementem ações corretivas

visando a mitigação do risco operacional identificado.

As ações corretivas são registradas em ferramenta corporativa que possibilita o

acompanhamento, avaliação e reporte das medidas implementadas.

A URO atua, também, na análise de incidentes de segurança envolvendo transações

de clientes em canais de atendimento, com monitoramento contínuo, buscando inibir

investidas e recuperar valores.

6.4.6. Controle do Risco Operacional

O Banco acompanha o comportamento dos riscos, limites, indicadores e eventos de

perda operacional, de forma a garantir que os valores permaneçam dentro dos níveis

máximos admitidos.

A tabela a seguir apresenta o acompanhamento das perdas operacionais do Banco,

realizada por categorias de eventos de risco, em termos percentuais. Ressalta-se que

o Banco considera as constituições/reversões de provisões, notadamente para

passivos contingentes, no total apurado de perdas operacionais para as categorias

Práticas Trabalhistas e Condições do Ambiente de Trabalho, Práticas Inadequadas

relativas aos Negócios, Produtos e Clientes e Falhas na Execução e Gerenciamento

de Processos.

Tabela 55 - Acompanhamento das Perdas Operacionais por Categoria de Eventos de Perda

4T16 3T16 2T16 1T16 4T15

Práticas Trab. e Condições Ambiente Trabalho 29,53% 29,64% 63,90% 44,13% 61,61%

Práticas Inadeq. relativas Neg, Prd e Clientes 51,35% 51,60% 20,71% 33,45% (0,92%)

Fraudes e Roubos Externos 14,56% 15,69% 16,57% 14,79% 25,66%

Falhas Execução Gerenciamento Processos 4,22% 2,10% 0,87% 6,68% 10,83%

Fraudes e Roubos Internos 0,26% 0,85% 0,12% 0,67% 2,07%

Danos a Ativos Físicos e Lesões a Pessoas 0,05% 0,12% 0,01% 0,20% 0,32%

Falhas de Sistemas e Tecnologia 0,02% 0,01% 0,00% 0,08% 0,44%

Interrupção das Atividades 0,00% 0,00% (2,17%) 0,00% 0,00%

Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%

Documentos relacionados