• Nenhum resultado encontrado

Relatório de Gerenciamento de Riscos Pilar III 4T16

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Relatório de Gerenciamento de Riscos Pilar III 4T16"

Copied!
83
0
0

Texto

(1)

1

2

Relatório de Gerenciamento de Riscos – Pilar III

4T16

(2)
(3)

Sumário

O Banco do Brasil ... 10

1. Introdução ... 11

1.1. Objetivo ... 11

1.2. Principais Indicadores Regulatórios ... 12

2. Gerenciamento de Riscos e de Capital ... 13

2.1. Governança Interna para Riscos e Capital ... 13

2.2. Definições Estratégicas ... 18

2.2.1. Riscos Relevantes ... 18

2.2.2. Apetite e Tolerância a Riscos ... 19

2.2.3. Políticas de Gerenciamento de Riscos e de Capital ... 20

2.3. Processos de Comunicação e Informação ... 21

2.4. Objetivos do Gerenciamento de Riscos ... 22

2.5. Processos de Gestão dos Riscos ... 22

3. Conglomerado Prudencial ... 24

3.1. Balanços Patrimoniais ... 25

3.2. Composição do Conglomerado Prudencial ... 28

3.3. Composição do Consolidado Divulgado... 30

4. Capital ... 31

4.1. Detalhamento do Patrimônio de Referência (PR) ... 31

4.2. Patrimônio de Referência Mínimo Requerido (PRMR) ... 35

4.3. Índices de Adequação de Capital ... 37

4.4. Avaliação de Suficiência e Adequação do PR ... 38

4.5. Razão de Alavancagem ... 39

5. Participações Societárias ... 40

5.1. Avaliação das Entidades Ligadas ao Banco do Brasil (ELBB) ... 42

6. Gestão de Riscos ... 42

6.1. Risco de Crédito ... 42

6.1.1. Política Específica de Crédito ... 42

6.1.2. Política e Mecanismos de Mitigação do Risco de Crédito ... 43

6.1.3. Processos e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Crédito ... 43

6.1.4. Mensuração do Risco de Crédito ... 44

6.1.5. Instrumentos Mitigadores ... 45

6.1.6. Exposição ao Risco de Crédito ... 47

6.1.7. Exposição ao Risco de Crédito da Contraparte ... 57

6.1.8. Aquisição, Venda ou Transferência de Ativos Financeiros ... 60

6.1.9. Operações com Títulos e Valores Mobiliários Oriundos de Processos de Securitização ... 61

6.2. Risco de Mercado ... 62

6.2.1. Política Específica de Risco de Mercado ... 62

6.2.2. Processos e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Mercado ... 62

6.2.3. Políticas de Hedge ... 63

(4)

6.2.4. Derivativos ... 63

6.2.5. Carteira de Negociação ... 66

6.2.6. Carteira de Não Negociação... 67

6.2.7. Mensuração do Risco de Mercado ... 68

6.3. Risco de Liquidez ... 70

6.3.1. Política Específica do Risco de Liquidez ... 70

6.3.2. Processos e Estratégias para o Gerenciamento do Risco de Liquidez ... 70

6.3.3. Sistemas de Mensuração do Risco de Liquidez ... 73

6.3.4. Apuração do Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) ... 74

6.4. Risco Operacional ... 77

6.4.1. Política Específica do Risco Operacional ... 77

6.4.2. Processos e Estratégias para o Gerenciamento do Risco Operacional ... 78

6.4.3. Avaliação do Risco Operacional ... 79

6.4.4. Mensuração do Risco Operacional ... 79

6.4.5. Mitigação do Risco Operacional ... 79

6.4.6. Controle do Risco Operacional ... 79

6.5. Risco Socioambiental ... 80

6.5.1. Política Específica de Responsabilidade Socioambiental ... 80

6.5.2. Estratégias para o Gerenciamento do Risco Socioambiental ... 80

6.6. Outros Riscos ... 80

6.6.1. Risco de Estratégia ... 81

6.6.2. Risco de Reputação ... 81

6.6.3. Risco de EFPPS ... 82

6.6.4. Risco Legal ... 82

7. Programa de Testes de Estresse ... 82

(5)

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Balanço Patrimonial Consolidado Divulgado x Balanço Patrimonial Conglomerado Prudencial. ... 25

Tabela 2 - Composição do Conglomerado Prudencial ... 28

Tabela 3 - Composição do Consolidado Divulgado ... 30

Tabela 4 - Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida ... 32

Tabela 5 - Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida autorizados a compor o Patrimônio de Referência ... 32

Tabela 6 - Total de Dívidas Subordinadas ... 33

Tabela 7 - Detalhamento do Patrimônio de Referência ... 35

Tabela 8 - Ajustes Prudenciais ... 35

Tabela 9 - Requerimentos mínimos de capital em relação ao RWA ... 36

Tabela 10 - Patrimônio de Referência Mínimo Requerido ... 37

Tabela 11 - Índice de Basileia e margem de compatbilização do PR ... 38

Tabela 12 - Modelo Comum de Divulgação de Informações sobre a Razão de Alavancagem ... 40

Tabela 13 - Resumo Comparativo entre Demonstrações Financeiras Publicadas e Razão de Alavancagem ... 40

Tabela 14 - Participações Societárias - Carteira de Não Negociação ... 41

Tabela 15 - Cobertura de Garantias ... 45

Tabela 16 - Valor Mitigado da Exposição Ponderada pelo Respectivo Fator de Risco ... 46

Tabela 17 - Concentração dos Dez e dos Cem Maiores Clientes em Relação ao Total de Operações com Característica de Concessão de Crédito ... 47

Tabela 18 - Exposição Média ao Risco de Crédito ... 48

Tabela 19 - Exposição ao Risco de Crédito PJ por Regiões Geográficas ... 49

Tabela 20 - Exposição ao Risco de Crédito PF por Regiões Geográficas ... 50

Tabela 21 - Exposição ao Risco de Crédito por Setor Econômico ... 51

Tabela 22 - Exposição ao Risco de Crédito por Setor Econômico e Carteiras - 4T16 ... 51

Tabela 23 - Exposição ao Risco de Crédito por Setor Econômico e Carteiras - 3T16 ... 52

Tabela 24 - Exposição ao Risco de Crédito por Setor Econômico e Carteiras - 2T16 ... 52

Tabela 25 - Exposição ao Risco de Crédito PF e PJ por Prazo a Decorrer das Operações - 4T16 ... 53

Tabela 26 - Exposição ao Risco de Crédito PF e PJ por Prazo a Decorrer das Operações - 3T16 ... 53

Tabela 27 - Exposição ao Risco de Crédito PF e PJ por Prazo a Decorrer das Operações - 2T16 ... 53

Tabela 28 - Montante das Operações em Atraso por Regiões Geográficas ... 54

Tabela 29 - Montante de Operações em Atraso, Segregado por Setor Econômico - 4T16 ... 55

Tabela 30 - Montante de Operações em Atraso, Segregado por Setor Econômico - 3T16 ... 55

Tabela 31 - Montante de Operações em Atraso, Segregado por Setor Econômico - 2T16 ... 56

Tabela 32 - Operações Baixadas para Prejuízo por Setor Econômico ... 56

Tabela 33 - Total de PCLD no Trimestre e Variações ... 57

Tabela 34 - Exposição ao Risco de Crédito por FPR ... 57

Tabela 35 - Valor Nocional de Contratos a Serem Liquidados em Sistemas de Liquidação de Câmaras de Compensação e de Liquidação, nos quais a Câmara atue como Contraparte Central ... 59

Tabela 36 - Valor Nocional dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte sem Atuação de Câmaras de Compensação como Contraparte Central ... 59

Tabela 37 - Valor Positivo Bruto dos Contratos Sujeitos ao Risco de Crédito da Contraparte ... 59

Tabela 38 - Valor das Garantias que Atendam Cumulativamente os Requisitos do art.9º, inciso VII, da Circular Bacen nº 3.678/13 ... 60

Tabela 39 - Valor das Garantias que Atendam Cumulativamente os Requisitos do art.9º, inciso V e VIII, da Circular Bacen nº 3.678/13 ... 60

(6)

Tabela 40 - Operações em Perdas Cedidas com Transferência Substancial dos Riscos e Benefícios ... 60

Tabela 41 - Valor de Operações Cedidas com Coobrigação Registradas em Contas de Compensação ... 61

Tabela 42 - Saldo das Exposições Adquiridas COM Retenção dos Riscos e Benefícios pelo Cedente ... 61

Tabela 43 - Saldo das Exposições Adquiridas SEM Retenção dos Riscos e Benefícios pelo Cedente ... 61

Tabela 44 - Valor das Exposições Decorrentes da Aquisição de FIDC e CRI ... 62

Tabela 45 - Instrumentos Financeiros Derivativos no País e Exterior, por Fator de Risco de Mercado, Com e Sem Contraparte Central - 4T16 ... 64

Tabela 46 - Instrumentos Financeiros Derivativos no País e Exterior, por Fator de Risco de Mercado, Com e Sem Contraparte Central - 3T16 ... 64

Tabela 47 - Instrumentos Financeiros Derivativos no País e Exterior, por Fator de Risco de Mercado, Com e Sem Contraparte Central - 2T16 ... 65

Tabela 48 - Instrumentos Financeiros Derivativos no País e Exterior, por Fator de Risco de Mercado, Com e Sem Contraparte Central - 1T16 ... 65

Tabela 49 - Instrumentos Financeiros Derivativos no País e Exterior, por Fator de Risco de Mercado, Com e Sem Contraparte Central - 4T15 ... 66

Tabela 50 - Carteira de Negociação por Fator de Risco de Mercado Relevante, Segmentado entre Posições Compradas e Vendidas ... 67

Tabela 51 - Impacto no Resultado ou na Avaliação do Valor da Instituição em Decorrência de Choques nas Taxas de Juros, Segmentado por Fator de Risco - Metodologia Economic Value of Equity. ... 68

Tabela 52 - Cronograma de Implementação do LCR ... 75

Tabela 53 - Informações sobre o Indicador Liquidez de Curto Prazo (LCR) ... 76

Tabela 54 - Histórico do Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) ... 77

Tabela 55 - Acompanhamento das Perdas Operacionais por Categoria de Eventos de Perda ... 80

(7)

Índice de Figuras

Figura 1 - Indicadores de Capital Regulatório ... 12

Figura 2 - Estrutura de governança corporativa ... 13

Figura 3 - Estrutura Organizacional envolvida no gerenciamento de riscos e de capital ... 14

Figura 4 - Estrutura de Gerenciamento dos Riscos ... 17

Figura 5 - Hierarquia de limites e alçadas ... 20

Figura 6 - Fases do processo de gerenciamento do risco ... 22

Figura 7 - Processo de gestão de riscos ... 23

Figura 8 - Estrutura de gerenciamento do risco de crédito ... 44

Figura 9 - Reserva de Liquidez - Moeda Nacional ... 71

Figura 10 - Reserva de Liquidez - Moeda Estrangeira ... 72

Figura 11 - Indicador DRL ... 73

Índice de Quadros Quadro 1 - Principais Finalidades dos Comitês envolvidos no gerenciamento de riscos e de capital ... 15

Quadro 2 - Principais Finalidades dos Fóruns envolvidos no gerenciamento de riscos e de capital ... 16

Quadro 3 - Conceito dos Riscos do Conjunto Corporativo de Riscos Relevantes do Conglomerado Prudencial Banco do Brasil ... 19

Quadro 4 - Critérios e parâmetros para classificação dos estados de capital ... 39

(8)

Glossário de Siglas ACP Adicional de Capital Principal

Audit Auditoria Interna Bacen Banco Central do Brasil CA Conselho de Administração CD Conselho Diretor

CF Conselho Fiscal Coaud Comitê de Auditoria Coger Diretoria Contadoria

CEGC Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital CERC Comitê Executivo de Risco de Crédito

CERML Comitê Executivo de Risco de Mercado e de Liquidez

CERO Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional CSGAP Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez CSRG Comitê Superior de Risco Global

Dicoi Diretoria de Controles Internos Dicre Diretorias de Crédito Difin Diretoria Finanças

Dined Diretoria de Negócios Digitais

Dirao Diretoria Reestruturação de Ativos Operacionais Dirco Diretoria de Controladoria

Direo Diretoria Estratégia e Organização Diris Diretoria de Gestão de Riscos Disin Diretoria Segurança Institucional

DRL Indicador de Disponibilidade de Recursos Livres ECBB Estratégia Corporativa Banco do Brasil

ELBB Entidades Ligadas ao Banco do Brasil EMLI Exigência Máxima de Liquidez Intradia Fampe Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas FGI Fundo Garantidor para Investimento

FGO Fundo de Garantia de Operações FPR Fator de Ponderação de Risco

Funproger Fundo de Aval para Geração de Emprego e Renda HIBP Horizonte temporal mínimo de adequação do IBP HICNI Horizonte temporal mínimo de adequação do ICNI HICP Horizonte temporal mínimo de adequação do ICP IB Índice de Basileia

IBA Índice de Basileia Amplo (IB apurado considerando a necessidade de capital para riscos de Pilar I e Pilar II) IBP Índice de Basileia mínimo prudencial (IB mínimo definido gerencialmente)

IBR Índice de Basileia mínimo regulatório

Icaap Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital ICNI Índice de Capital Nível I

ICP Índice de Capital Principal

Icred90 Índice de créditos inadimplidos a partir de 90 dias IDS Instrumento de Dívida Subordinada

IHCD Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida

Iprov Índice de provisionamento (saldo de PCLD sobre o saldo da carteira) LCR Liquidez de Curto Prazo

MCC Medidas de Contingência de Capital MCL Medidas de Contingência de Liquidez

MP Margem Prudencial em reais equivalente à diferença entre o IBP e o IBR PCC Plano de Contingência de Capital

PR Patrimônio de Referência

PRE Patrimônio de Referência Exigido (nomenclatura alterada para PRMR a partir das alterações trazidas pela Resolução CMN nº 4.193/13)

PRMR Patrimônio de Referência Mínimo Requerido para cobertura dos riscos de Pilar I

PRMRA Patrimônio de Referência Mínimo Requerido Ampliado (corresponde à soma do capital requerido para os riscos do Pilar I e Pilar II)

RL Reserva de Liquidez

RSPL Retorno sobre Patrimônio Líquido

RWA Risk-Weighted Assets (Ativos Ponderados pelo Risco)

RWAACS Ativos ponderados pelo risco para exposições de risco de mercado de ações

(9)

RWACAM Ativos ponderados pelo risco para exposições de risco de mercado de câmbio

RWACIRB Ativos ponderados pelo risco para risco de crédito apurado pela abordagem baseada em modelos internos RWACOM Ativos ponderados pelo risco para exposições de risco de mercado de commodities

RWACPAD Ativos ponderados pelo risco para risco de crédito apurado pela abordagem padronizada RWAJUR Ativos ponderados pelo risco para exposições de risco de mercado de taxa de juros RWAMINT Ativos ponderados pelo risco para risco de mercado apurado por modelos internos RWAMPAD Ativos ponderados pelo risco para risco de mercado apurado pela abordagem padronizada RWAOPAD Ativos ponderados pelo risco para risco operacional apurado pela abordagem padronizada Vicri Vice-Presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos

(10)

O Banco do Brasil

O Banco do Brasil (BB) detém a maior rede de atendimento no País e no exterior entre as instituições financeiras brasileiras. Presente em quase todos os municípios brasileiros, disponibiliza mais de 57 mil pontos de atendimento no território nacional.

Com mais de 200 anos de atuação, o BB é uma empresa de economia mista controlada pela União e listada no Novo Mercado da BM&FBovespa, segmento que reúne as companhias com as melhores práticas de governança corporativa.

Como um dos principais agentes do desenvolvimento econômico e social do País e executor de políticas públicas, o BB apoia o agronegócio, a infraestrutura, as micro e pequenas empresas e o comércio exterior, atuando de forma responsável para promover a inclusão social por meio da geração de trabalho e renda.

Nossa crença, "um mundo bom para todos exige espírito público em cada um de nós", baseia-se na busca constante da conciliação das necessidades e dos interesses do Banco e de todos os seus públicos de relacionamento. Neste sentido, consideramos as dimensões individual e coletiva, seja atuando como banco de mercado, seja na realização de negócios sociais ou como protagonista do desenvolvimento do País.

Missão: “Banco de mercado com espírito público. Ser um banco competitivo e

rentável, atuando com espírito público em cada uma de suas ações junto a toda a

sociedade.”

(11)

1. Introdução

A gestão de riscos e a gestão de capital constituem-se em instrumentos fundamentais para a sustentabilidade do sistema bancário. Os métodos de identificação, avaliação, controle, mitigação e monitoramento dos riscos salvaguardam as instituições financeiras em momentos adversos e proporcionam suporte para a geração de resultados positivos e recorrentes ao longo do tempo. O Banco do Brasil (BB) considera fundamental o gerenciamento de riscos e de capital para o processo de tomada de decisão, que contribui para a otimização da relação risco versus retorno em suas operações.

As mudanças no ambiente financeiro mundial, tais como a integração entre os mercados, o surgimento de novas transações e produtos, o aumento da sofisticação tecnológica e as novas regulamentações tornaram as atividades financeiras e seus riscos cada vez mais complexos.

A participação brasileira no Comitê de Basileia para a Supervisão Bancária (CBSB) estimula a implementação tempestiva de normas prudenciais internacionais no arcabouço regulatório brasileiro.

Adicionalmente, as lições originadas de desastres financeiros reforçam a importância da gestão de riscos e da gestão de capital na indústria bancária.

Esses fatores influenciam os órgãos reguladores e as instituições financeiras para que invistam na gestão dos riscos, visando o fortalecimento de sua saúde financeira.

Alinhado a essa perspectiva, o BB investe no aperfeiçoamento contínuo dos processos e das práticas de gestão de riscos e de gestão de capital, em consonância com os referenciais internacionais de mercado, de regulação e de supervisão.

O BB busca manter-se continuamente alinhado às boas práticas de gestão de riscos com abrangência multidimensional, cujas especificidades estão descritas neste relatório.

1.1. Objetivo

O presente relatório tem por objetivo a divulgação de informações referentes à gestão de riscos, à mensuração do montante dos ativos ponderados pelo risco (RWA) e do Patrimônio de Referência (PR), em conformidade com a Circular Bacen nº 3.678 de 31.10.2013, e está alinhado às diretrizes do Pilar III de Basileia II. Este relatório inclui informações sobre estruturas, processos e políticas de gestão de riscos e de gestão de capital do Banco do Brasil (BB).

As informações constantes deste relatório, exceto quando indicado o contrário,

consideram o escopo de consolidação do Conglomerado Prudencial, nos termos do

Plano Contábil das Instituições Financeiras (Cosif), que abrange as instituições

financeiras, as administradoras de consórcio, as instituições de pagamento, as

sociedades que realizam aquisição de operações ou assumam direta ou indiretamente

risco de crédito e os fundos de investimento nos quais o conglomerado retenha

substancialmente riscos e benefícios.

(12)

1.2. Principais Indicadores Regulatórios

A seguir, são apresentados, os principais indicadores de riscos e de capital do Conglomerado Prudencial BB, considerando a posição dos últimos 3 trimestres:

Figura 1 - Indicadores de Capital Regulatório

(13)

2. Gerenciamento de Riscos e de Capital 2.1. Governança Interna para Riscos e Capital

Na estrutura de governança corporativa do Banco do Brasil (BB), estão presentes:

a) o Conselho de Administração (CA), assessorado pelo Comitê de Auditoria (Coaud), pelo Comitê de Remuneração (Corem) e pela Auditoria Interna (Audit);

b) a Diretoria Executiva (Direx), composta pelo Conselho Diretor (CD) e pelos Diretores Estatutários; e

c) o Conselho Fiscal (CF).

Figura 2 - Estrutura de governança corporativa

As decisões, em qualquer nível da Empresa, são tomadas de forma colegiada, ressalvadas as situações em que a estrutura organizacional mínima não o permita.

Com o propósito de envolver todos os executivos na definição de estratégias e na apreciação de propostas para os diferentes negócios do BB, a Administração utiliza comitês de nível estratégico, que garantem agilidade, qualidade e segurança à tomada de decisão.

As decisões são comunicadas às áreas intervenientes por meio de documentos que

expressam objetivamente o posicionamento tomado pela Administração, garantindo a

sua aplicação em todos os níveis do Banco.

(14)

O modelo de governança para gerenciamento de riscos e de capital adotado pelo BB envolve estrutura de Comitês Superiores e Executivos, com composição de diversas áreas do Banco, tendo participação do Presidente, dos Vice-Presidentes e de Executivos chave do Banco, conforme o caso, contemplando os seguintes aspectos:

a) segregação de funções: negócio x risco;

b) estrutura específica de gestão de riscos;

c) processo de gestão definido;

d) decisões em diversos níveis hierárquicos;

e) normas claras e estrutura de alçadas; e f) referência às melhores práticas de gestão.

A figura seguinte representa a estrutura de governança definida para gestão de riscos e de capital do Banco:

Figura 3 - Estrutura Organizacional envolvida no gerenciamento de riscos e de capital

Os Comitês envolvidos na gestão de riscos e de capital do BB, bem como suas

principais finalidades estão descritas no quadro a seguir.

(15)

Quadro 1 - Principais Finalidades dos Comitês envolvidos no gerenciamento de riscos e de capital

Comitês Estratégicos Principais Finalidades

Comitê Superior de Risco Global (CSRG)

 estabelecer estratégia para gestão de riscos;

 definir limites globais de exposição a riscos;

 estabelecer estratégia para o gerenciamento de capital;

 decidir sobre medidas constantes do plano de contingência de capital.

Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CSGAP)

 estabelecer a estratégia para gestão de ativos e passivos e liquidez;

 definir diretrizes para atuação da tesouraria, observados os limites globais definidos pelo CSRG e para gestão da liquidez do Conglomerado;

 aprovar as medidas de correção de descasamentos e demais medidas corretivas relacionadas à gestão de Funding e Exigibilidades.

Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital (CEGC)

 aprovar modelos, metodologias, critérios e parâmetros para gerenciamento de capital;

 definir os cenários a serem utilizados no processo de gerenciamento de capital;

 analisar e propor ao CSRG a estratégia para o gerenciamento de capital e a adoção de medidas constantes do plano de contingência de capital;

 avaliar o resultado dos testes de estresse de capital;

 acompanhar o plano de capital e as medidas de contingência de capital e o Icaap.

Comitês Executivos de:

 Riscos de Mercado e de Liquidez (CERML)

 Risco de Crédito (CERC)

 Controles Internos e de Risco Operacional (CERO)

 aprovar:

 modelos, metodologias, critérios e parâmetros para gestão dos riscos;

 limites específicos de exposição a riscos;

 os planos de contingência referentes à gestão dos riscos;

 ações e instrumentos mitigadores, quando for o caso;

 analisar e propor ao CSRG:

 limites globais de exposição a riscos;

 estratégia para a gestão dos riscos;

 reserva mínima e os limites globais, no caso do risco de liquidez;

 Acompanhar:

 recomendações e orientações deliberadas pelo Comitê;

 medidas implementadas para mitigação dos riscos;

 evolução da exposição aos riscos.

Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CEGAP)

 aprovar diretrizes para :

 gestão do funding e exigibilidades;

 hierarquização dos produtos de captação;

 analisar e propor ao CSGAP medidas de correção de descasamentos e outras medidas corretivas relacionadas à Gestão de Financeira de Funding e Exigibilidades.

(16)

Quadro 2 - Principais Finalidades dos Fóruns envolvidos no gerenciamento de riscos e de capital

Fóruns Principais Finalidades

Fórum de Capital

 assessorar o Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital (CEGC) com análises técnicas sobre temas relativos ao processo de gerenciamento de capital, ao Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap) e ao Plano de Capital;

 analisar:

 o comportamento da exigência de capital com base no regime de consolidação estabelecido pelo Banco Central do Brasil (Bacen);

 impactos decorrentes de alterações na legislação concernentes ao cálculo dos indicadores de adequação de capital: Índice de Capital Principal (ICP), Índice de Capital NívelI (ICNI), e Índice de Basileia (IB);

 as projeções dos indicadores de capital à luz dos limites de apetite e tolerância a riscos;

 os testes de estresse aplicados aos indicadores de capital; e

 os impactos sobre o capital decorrentes de decisões estratégicas com potencial de afetá-lo de forma significativa.

Fórum de Cenários

 analisar os cenários corporativos e sua integração com a estratégia, o orçamento e os riscos relevantes incorridos pelo Conglomerado;

 promover a unicidade e a sinergia na aplicação dos cenários macroeconômicos, inclusive em relação aos testes de estresse;

 assessorar o Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital (CEGC) nas deliberações que demandam análise das premissas e variáveis constantes dos cenários macroeconômicos.

Fórum PCLD

 identificar incorreções na classificação de risco das operações;

 propor ações proativas que possam evitar variações indevidas na Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) e corrigir inconsistências na classificação de risco das operações;

 identificar origem, evolução e tendência da PCLD e da utilização de provisão (perdas);

 acompanhar indicadores relacionados à inadimplência das carteiras de crédito PF e PJ;

Fórum Risco de Imagem

 promover a integração e o alinhamento das ações relacionadas com a gestão do risco de imagem e análises técnicas sobre a gestão do risco de imagem de forma a subsidiar discussões e as decisões do CERO e do CSRG;

 acompanhar e avaliar as ações de monitoramento do risco de imagem e os trabalhos de atualização e evolução da metodologia do risco de imagem;

 avaliar a efetividade das ações de mitigação do risco de imagem;

Fórum de Gestão Integrada dos Riscos Operacional e Legal

 avaliar os riscos operacionais e legais de maior relevância para o Banco e discutir possíveis medidas de controle;

 identificar jurisprudências e decisões do judiciário que possam ocasionar perdas operacionais e legais para o Banco;

 promover a integração e o alinhamento das ações relacionadas a gestão dos riscos operacionais e legais;

 avaliar os modelos utilizados pelo Banco para identificação dos riscos operacionais e legais e os modelos de Provisão para Demandas Contingentes (PDC), metodologias e resultados de backtesting.

Fórum de Risco de Liquidez

 promover, quando acionado, a avaliação da situação da Liquidez e recomendação ou não de adoção de Medidas Prudenciais de Risco de Liquidez (MPRL).

Fórum Técnico de Avaliação de Modelos de Risco de Crédito,

Cobrança e

Recuperação de Créditos e Estratégias de Cobrança

 analisar as propostas de modelos de risco de crédito, cobrança e recuperação de créditos e/ou de estratégias de cobrança;

 promover a integração e o alinhamento das ações desenvolvidas pelas áreas integrantes do Fórum no que se refere aos aspectos técnicos e aos impactos dos modelos e/ou estratégias de cobrança propostos.

Fórum Técnico de Avaliação de Modelos de Risco Operacional

 analisar:

 as propostas de definição ou alteração dos modelos de risco operacional;

 os resultados dos relatórios de backtesting dos modelos de risco operacional;

O gerenciamento de riscos e de capital do Conglomerado Prudencial Banco do Brasil é realizado com base nas melhores práticas de mercado e segue as normas de supervisão e de regulação bancária.

A estrutura de gerenciamento de riscos envolve as políticas específicas, a Declaração

de Apetite e Tolerância a Riscos, as estratégias, os processos, os procedimentos e as

estruturas de gerenciamento, respeitando as especificidades de cada risco e seguindo

o padrão detalhado na figura a seguir:

(17)

Figura 4 - Estrutura de Gerenciamento dos Riscos

Considerando que a Diretoria de Gestão de Riscos (Diris) é a área do Banco responsável pelo gerenciamento global de riscos e não possui atividades vinculadas à administração de recursos de terceiros ou com a realização de operações sujeitas a risco, o CA indicou o Diretor de Gestão de Riscos como responsável pelo gerenciamento dos riscos perante o Bacen. Vale lembrar que a gestão dos riscos operacional e legal é de responsabilidade da Unidade de Risco Operacional (URO).

Estas estruturas são subordinadas à Vice-Presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos (Vicri).

A gestão do capital do Banco do Brasil consiste em processo contínuo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento do capital necessário para fazer frente aos riscos relevantes da empresa e suportar os requerimentos de capital exigidos pelo regulador, ou aqueles definidos internamente pela Instituição, e considerados no planejamento estratégico e orçamento, com objetivo de otimizar a alocação de capital.

O processo de gerenciamento de capital é realizado com base nas políticas e estratégias da Alta Administração do Banco e permeia diversas áreas, em diferentes níveis de governança da Instituição, compreendendo o Conselho de Administração (CA), o Conselho Diretor (CD), Comitês Estratégicos, Diretorias e o Fórum de Capital.

O BB definiu como integrantes da sua estrutura de gestão de capital as Diretorias de Controladoria (Dirco), de Finanças (Difin), Contadoria (Coger), de Gestão de Riscos (Diris). O Conselho de Administração (CA) do BB indicou o Diretor de Controladoria como responsável pela Gestão de Capital junto ao Bacen.

As áreas definidas na estrutura de gerenciamento de capital respondem em conjunto

ou individualmente pela:

(18)

a) identificação e avaliação dos riscos relevantes;

b) avaliação do capital necessário para suportar os riscos;

c) projeção dos indicadores de risco e de capital;

d) apuração do patrimônio de referência (PR);

e) elaboração do plano de capital e do plano de contingência;

f) avaliação de fontes de capital e recomposição de capital;

g) Processo Interno de Avaliação da Adequação de Capital (Icaap);

h) testes de estresse;

i) reportes gerenciais; e

j) Política Específica de Gerenciamento de Capital.

A estrutura de gerenciamento de capital do BB permite o monitoramento e o controle do capital mantido pela Instituição, a avaliação da necessidade de capital para fazer frente aos riscos a que a Instituição está exposta e o planejamento de metas e de necessidade de capital, considerando os objetivos estratégicos da Instituição. Com isso, o BB adota postura prospectiva, antecipando a necessidade de capital decorrente de possíveis mudanças nas condições de mercado.

A Diretoria de Controles Internos (Dicoi) responde pela validação dos modelos de mensuração dos riscos do Conglomerado Prudencial e pela avaliação e certificação do sistema de controles internos do Banco. A Auditoria Interna (Audit) efetua avaliações periódicas nos processos de gerenciamento dos riscos com a finalidade de verificar se estão de acordo com as orientações estratégicas, as políticas específicas e as normas internas e regulatórias.

2.2. Definições Estratégicas 2.2.1. Riscos Relevantes

O BB possui processo para identificação dos riscos que fazem parte do inventário de riscos e para a definição do conjunto corporativo de riscos relevantes. Este processo tem elevada importância para a gestão de riscos e de capital, bem como para a gestão dos negócios.

O inventário de riscos e o conjunto corporativo de riscos relevantes do BB são revisados anualmente, considerando os riscos incorridos nos diversos segmentos de negócios explorados pelo BB ou por suas subsidiárias que podem afetar o Patrimônio de Referência (PR) do Conglomerado Prudencial.

A classificação dos riscos relevantes é baseada em critérios quantitativos e qualitativos.

Os riscos relacionados no próximo quadro compõem o conjunto corporativo de riscos

relevantes do Conglomerado Prudencial Banco do Brasil:

(19)

Quadro 3 - Conceito dos Riscos do Conjunto Corporativo de Riscos Relevantes do Conglomerado Prudencial Banco do Brasil

Risco Conceito

Crédito

Possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito decorrente de deteriorações na classificação de risco do tomador, à redução de ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos custos de recuperação.

Concentração de Crédito

É a possibilidade de perdas de crédito decorrentes de exposições significativas a uma contraparte, a um fator de risco ou a grupos de contrapartes relacionadas por meio de características comuns.

Crédito da Contraparte

Possibilidade de não cumprimento, por determinada contraparte, de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam a negociação de ativos financeiros, incluindo aquelas relativas à liquidação de instrumentos financeiros derivativos.

Mercado Possibilidade de ocorrência de perdas financeiras ou econômicas resultantes da flutuação nos valores de mercado de posições detidas pela Instituição.

Taxa de Juros do Banking Book

Decorrente das exposições sujeitas à variação das taxas de juros das operações não classificadas na carteira de negociação.

Liquidez

É a ocorrência de desequilíbrios entre ativos negociáveis e passivos exigíveis – “descasamentos” entre pagamentos e recebimentos – que possam afetar a capacidade de pagamento da Instituição, levando-se em consideração as diferentes moedas e prazos de liquidação de seus direitos e obrigações.

Operacional

Possibilidade de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou eventos externos. Esta definição inclui a possibilidade de perdas decorrentes do risco legal.

Legal

Perda decorrente da inadequação ou deficiência em contratos firmados pela Instituição, bem como a sanções em razão do descumprimento de dispositivos legais e a indenizações por danos a terceiros decorrentes das atividades desenvolvidas pela Instituição.

Socioambiental Possibilidade de perdas decorrentes da exposição a danos socioambientais gerados pelas atividades do Banco do Brasil.

Estratégia Possibilidade de perdas decorrentes de mudanças adversas no ambiente de negócios, ou de utilização de premissas inadequadas na tomada de decisão.

Reputação

Possibilidade de perdas decorrentes da percepção negativa sobre a Instituição por parte de clientes, contrapartes, acionistas, investidores, órgãos governamentais, comunidade ou supervisores que pode afetar adversamente a sustentabilidade do negócio.

EFPPS

Possibilidade de impacto negativo decorrente do descasamento entre passivos atuariais e ativos das entidades fechadas de previdência complementar e de operadoras de planos privados de saúde a funcionários.

Modelo Possibilidade de perdas decorrentes do desenvolvimento ou uso inadequados de modelos, em função da imprecisão ou insuficiência de dados ou à formulação incorreta na sua construção.

Contágio Possibilidade de impacto negativo no capital decorrente de eventos adversos nas participações societárias que não fazem parte do Conglomerado Prudencial

Conformidade

Possibilidade de perdas financeiras ou de reputação resultantes de falha no cumprimento de leis, regulamentos, normas internas, códigos de conduta e diretrizes estabelecidas para o negócio e atividades da organização.

2.2.2. Apetite e Tolerância a Riscos

Os indicadores de apetite e tolerância a riscos do Banco do Brasil e respectivos limites consideram, na sua definição, a exposição aos riscos, as estratégias negociais e as projeções de necessidade de capital que subsidiam o Plano de Capital.

A definição do apetite a risco considera a capacidade para assunção de riscos, a tolerância a riscos e o perfil de risco da Instituição.

A Declaração de Apetite e Tolerância a Riscos abrange os indicadores de adequação

de capital: Índice de Capital Principal (ICP), Índice de Capital Nível I (ICNI) e Índice de

(20)

Basileia (IB), entre outros, e está disponível para acesso por todas as unidades estratégicas.

Figura 5 - Hierarquia de limites e alçadas

2.2.3. Políticas de Gerenciamento de Riscos e de Capital

Políticas são orientações sobre comportamentos que a Empresa deve adotar em determinadas situações definidas previamente. As Políticas Gerais e Específicas fazem parte dos documentos que compõem a Arquitetura de Governança do Banco do Brasil.

As políticas específicas voltadas para o Gerenciamento de Riscos e de Capital, aprovadas pelo CA, visam orientar o desenvolvimento de funções ou comportamentos, por meio de direcionamentos estratégicos que norteiam as ações de Gerenciamento dos Riscos e do Capital.

Essas políticas específicas aplicam-se a todos os negócios que envolvam riscos e capital no Banco e encontram-se disponíveis para consulta de todos os funcionários do Banco e seu conteúdo passa por revisões, no mínimo, anuais.

A Política Específica de Gerenciamento de Capital orienta o gerenciamento de capital do Banco do Brasil, por meio de processo contínuo de planejamento, avaliação, controle e monitoramento do capital para fazer frente aos riscos relevantes.

As Políticas Específicas de Gerenciamento de Riscos e de Capital do Banco do Brasil estão relacionadas abaixo:

a) Política Específica de Gerenciamento de Capital;

b) Política Específica de Crédito;

c) Política Específica de Riscos de Mercado;

d) Política Específica de Risco de Liquidez;

e) Política Específica de Utilização de Instrumentos Financeiros Derivativos;

(21)

f) Políticas Específicas associadas ao Gerenciamento do Risco Operacional do Banco do Brasil:

i. Política Específica de Risco Operacional;

ii. Política Específica de Prevenção e Combate à Lavagem de Dinheiro, ao Financiamento do Terrorismo e à Corrupção;

iii. Política Específica de Gestão da Continuidade de Negócios;

iv. Política Específica de Relacionamento do Banco com Fornecedores;

v. Política Específica de Segurança da Informação;

vi. Política Específica de Risco Legal;

g) Política Específica de Responsabilidade Socioambiental; e

h) Política Específica de Divulgação das Informações de Gestão de Riscos e de Capital.

2.3. Processos de Comunicação e Informação

Os relatórios de gerenciamento de riscos e de capital proporcionam suporte ao processo de tomada de decisões sobre riscos e capital e são apresentados aos:

a) Comitê Executivo de Risco de Crédito (CERC);

b) Comitê Executivo de Riscos de Mercado e de Liquidez (CERML);

c) Comitê Executivo de Controles Internos e de Risco Operacional (CERO);

d) Comitê Executivo de Gerenciamento de Capital (CEGC);

e) Comitê Executivo de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CEGAP);

f) Comitê Superior de Risco Global (CSRG);

g) Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CSGAP);

h) Conselho Diretor (CD); e

i) Conselho de Administração (CA).

Os relatórios são elaborados periodicamente e possuem informações gerenciais (qualitativas e quantitativas), tais como o acompanhamento da exposição aos riscos, o consumo de limites globais e específicos, ações de mitigação, projeção de indicadores e da necessidade ou não de recomposição do capital, conforme o caso.

Dentre os relatórios internos, pode-se citar:

a) Apresentação da Carteira de Crédito BB x Sistema Financeiro Nacional;

b) Comparativo Carteira de Crédito BB x Principais Concorrentes;

c) Painel de Riscos; e

d) Reporte Gerencial de Adequação de Capital.

As informações destinadas ao público externo são disponibilizadas em local de acesso público e de fácil localização no sítio do Banco na internet. São publicadas informações sobre riscos nos seguintes documentos:

a) Relatório de Análise de Desempenho;

b) Relatório de Gerenciamento de Riscos - Pilar III;

c) Formulário de Referência;

(22)

d) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis; e e) Relatório Anual.

2.4. Objetivos do Gerenciamento de Riscos

O gerenciamento de riscos na Instituição visa identificar, avaliar, controlar, mitigar e monitorar os riscos e contribuir para a manutenção da solidez e da solvência do Banco, garantir o atendimento dos interesses dos acionistas e o cumprimento da estratégia corporativa.

As atividades referentes às fases de gestão estão sintetizadas na figura a seguir:

Figura 6 - Fases do processo de gerenciamento do risco

2.5. Processos de Gestão dos Riscos

O processo de gestão de riscos envolve fluxo contínuo de informações, obedecendo às seguintes fases:

a) Preparação: fase de coleta e análise dos dados e elaboração de propostas;

b) Decisão: as propostas são apreciadas e deliberadas de forma colegiada, nos escalões competentes e comunicadas às áreas intervenientes;

c) Execução: as áreas intervenientes implementam as decisões tomadas; e d) Acompanhamento: verificação sobre o cumprimento das deliberações e reporte

aos Comitês Executivos (Risco de Crédito, Riscos de Mercado e Liquidez e de Controles Internos e Operacional e de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez), ao Comitê Superior de Risco Global (CSRG) e ao Comitê Superior de Gestão de Ativos e Passivos e Liquidez (CSGAP).

Ressalte-se que o BB possui ferramenta corporativa de Controle e Avaliação de Riscos de Produtos, Serviços e Canais de Autoatendimento (Carps), a qual é gerida pela Diretoria Estratégia e Organização (Direo), de uso obrigatório pelas unidades estratégicas e rede externa, com exceção das subsidiárias, quando da criação ou revitalização:

a) de produto ou serviço;

b) de modalidade de produto ou serviço; e c) de canais de autoatendimento.

A utilização da ferramenta objetiva:

a) fornecer informações aos tomadores de decisão, agregando segurança aos

produtos, serviços e canais de autoatendimento a serem lançados no mercado,

mediante participação das áreas intervenientes;

(23)

b) identificar e avaliar os diversos tipos de riscos definidos pelo Banco para a criação e revitalização de produto/serviço/canais de autoatendimento;

c) buscar soluções de controles e conformidade que minimizem os riscos; e d) promover a sinergia entre os gestores e intervenientes de

produtos/serviços/canais de autoatendimento, de forma a propiciar eficiência operacional.

Na aprovação de novos produtos, adota-se, para a ferramenta corporativa Carps, o princípio de que o gestor deve avaliar os riscos e implementar controles, com o auxílio das áreas envolvidas no processo.

Figura 7 - Processo de gestão de riscos

(24)

3. Conglomerado Prudencial

A Resolução CMN n° 4.192 de 01.03.2013, em seu artigo 3º, inciso II, dispõe que, desde 01.01.2015, o cálculo da apuração do Patrimônio de Referência (PR) deve ser realizado em bases consolidadas para instituições integrantes do Conglomerado Prudencial.

Em 31.10.2013, foi publicada a Resolução CMN n° 4.280, que dispõe sobre a elaboração, divulgação e remessa de Demonstrações Contábeis consolidadas do Conglomerado Prudencial, as quais devem incluir dados relativos às entidades discriminadas a seguir, localizadas no País ou no exterior, sobre as quais a Instituição detenha controle direto ou indireto:

a) instituições financeiras;

b) demais instituições autorizadas a funcionar pelo Bacen;

c) administradoras de consórcio;

d) instituições de pagamento;

e) sociedades que realizem aquisição de operações de crédito, inclusive imobiliário, ou de direitos creditórios, a exemplo de sociedades de fomento mercantil, sociedades securitizadoras e sociedades de objeto exclusivo; e f) outras pessoas jurídicas sediadas no País que tenham por objeto social

exclusivo a participação societária nas entidades mencionadas nos itens de “a”

a “e”.

Além das entidades elencadas acima, a Resolução determina que devem ser

consolidados os fundos de investimento nos quais as entidades integrantes do

Conglomerado Prudencial, sob qualquer forma, assumam ou retenham

substancialmente riscos e benefícios e as participações societárias em que haja

controle compartilhado, proporcionalmente à participação detida pela Instituição.

(25)

3.1. Balanços Patrimoniais

A tabela a seguir apresenta a composição do Balanço Patrimonial Prudencial em comparação ao Balanço Patrimonial divulgado nas Demonstrações Contábeis Consolidadas, bem como a referência de seus valores no “Anexo 1 - Composição do Patrimônio de Referência”.

Tabela 1 - Balanço Patrimonial Consolidado Divulgado x Balanço Patrimonial Conglomerado Prudencial.

4T16

R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Divulgado

A T I V O

CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 1.374.850.931 1.368.249.231

Disponibilidades 12.989.564 12.805.771

Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 406.220.773 405.711.672

Aplicações no mercado aberto 372.205.969 371.682.685

Aplicações em depósitos interfinanceiros 34.014.804 34.028.987

Títulos e Valores Mobiliários e Instrumentos Financeiros Derivativos 122.971.067 121.268.682

Carteira Própria 77.125.722 79.210.834

Instrumentos de captação emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo

Bacen (r) 12.151 --

Demais 77.113.571 --

Vinculados a compromissos de recompra 41.078.273 37.290.776

Vinculados à prestação de garantias 3.154.509 3.154.509

Instrumentos financeiros derivativos 1.612.563 1.612.563

Relações Interfinanceiras 68.523.330 68.523.330

Pagamentos e recebimentos a liquidar 3.513 3.513

Créditos vinculados 66.065.753 66.065.753

Depósitos no Banco Central 63.451.094 63.451.094

Tesouro Nacional - recursos do crédito rural 56.868 56.868

SFH - Sistema Financeiro da Habitação 2.557.791 2.557.791

Repasses interfinanceiros 495.306 495.306

Correspondentes 1.958.758 1.958.758

Relações Interdependências 376.530 376.530

Transferências internas de recursos 376.530 376.530

Operações de Crédito 565.126.365 564.923.340

Setor público 48.993.691 74.051.485

Setor privado 550.438.361 525.098.219

Operações de crédito vinculadas à cessão 612.087 612.087

(Provisão para operações de crédito) (34.917.774) (34.838.451)

Operações de Arrendamento Mercantil 263.539 562.823

Setor privado 304.912 604.196

(Provisão para operações de arrendamento mercantil) (41.373) (41.373)

Outros Créditos 197.916.761 193.605.711

Créditos por avais e fianças honrados 494.543 494.543

Carteira de câmbio 17.471.545 17.471.545

Rendas a receber 2.728.357 2.676.128

Negociação e intermediação de valores 1.106.802 1.106.800

Créditos específicos 378.238 378.239

Diversos 178.476.950 174.225.237

Créditos Tributários 45.399.638 --

Decorrentes de prejuízos fiscais e de base negativa de CSLL (g) 961.383 --

Decorrentes de diferenças temporárias 44.438.255 --

Que excedam 10% do Capital Principal (j1) 12.158.074 --

Que excedam 15% do Capital Principal (l) 3.095.541 --

Créditos tributários de diferenças temporárias não deduzidos do PR (t) 4.749.897 --

Créditos tributários de diferenças temporárias oriundos de PCLD 24.434.743 --

Ativos Atuariais relacionados a fundos de pensão de benefício definido (h1) 151.828 --

Demais 132.925.484 --

(Provisão para outros créditos) (2.739.674) (2.746.781)

Outros Valores e Bens 463.002 471.371

Bens não de uso próprio e materiais em estoque 310.609 339.302

(Provisão para desvalorizações) (130.896) (137.564)

Despesas antecipadas 283.289 269.633

(26)

4T16 R$ mil

Referência no Anexo 1

Conglomerado Prudencial

Consolidado Divulgado

PERMANENTE 28.824.636 33.127.744

Investimentos 11.668.886 16.855.006

Participações em coligadas e controladas 11.542.632 16.703.729

No país 11.375.821 16.631.072

Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e1) 556.129 --

Participações 10.819.692 --

Participações em seguridade 4.719.242 --

Que excedam 15% do Capital Principal (k1) 1.862.051 --

Que não são deduzidas do PR (s) 2.857.191 --

Demais Participações 6.100.450 --

Instrumentos de captação emitidos por instituição autorizada a funcionar pelo

Bacen deduzidos do PR (k2) 1.662.293 --

Demais 4.438.157 --

No exterior 166.811 72.657

Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e2) 25.033 --

Demais 141.778 --

Outros investimentos 170.452 170.398

(Imparidade acumulada) (44.198) (19.121)

Imobilizado de Uso 7.668.785 7.557.478

Imóveis de uso 7.716.508 7.722.456

Outras imobilizações de uso 10.374.882 9.953.340

(Depreciação acumulada) (10.422.605) (10.118.318)

Imobilizado de Arrendamento (1) 584.915 --

Bens arrendados 655.044 --

(Depreciação acumulada) (70.129) --

Intangível 8.902.050 8.715.260

Ativos intangíveis 19.975.345 19.602.197

Ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de rentabilidade futura (e3) 4.962.875 --

Demais ativos intangíveis 15.012.470 --

Adquiridos a partir de Outubro de 2013 (f1) 10.121.767 --

Adquiridos antes de Outubro de 2013 (f2) (m1) 4.890.703 --

(Amortização acumulada) (11.073.295) (10.886.937)

Amortização de ágios pagos na aquisição de investimentos com expectativa de

rentabilidade futura (e4) (3.953.569) --

Demais amortizações (7.119.726) --

Amortizações de Ativos Intangíveis adquiridos a partir de Outubro de 2013 (f3) (3.024.500) -- Amortizações de Ativos Intangíveis adquiridos antes de Outubro de 2013 (f4) (m2) (4.095.226) --

TOTAL DO ATIVO 1.403.675.567 1.401.376.974

(1) No consolidado divulgado as operações de arrendamento mercantil estão apresentadas pelo método financeiro, que consiste na re classificação do imobilizado de arrendamento para operações de arrendamento mercantil, deduzidos dos valores residuais recebidos antecipadamente.

Referências

Documentos relacionados

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia

Os dados referentes aos sentimentos dos acadêmicos de enfermagem durante a realização do banho de leito, a preparação destes para a realização, a atribuição

Massa folhada 300 Gramas Manteiga integral sem sal 30 Gramas Leite integral 300 Mililitros Farinha de trigo 15 Gramas Canela em pau 01 Unidade Açúcar refinado 100

A FC tem como principal função a dispensa do medicamento e outros produtos e serviços de saúde, em função do bem-estar e melhoria na qualidade de vida do utente. Deste

A presente investigação teve como objetivo geral o estudo dos fatores de risco e de proteção internos e externos utilizados perante a violência social, nomeadamente o bullying

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

A produção de cabos de ferramentas (enxada, machado, martelo, formão, etc.) e de utensílios de cozinha (facas, conchas, etc.), a partir de plantas do sub-bosque, é considerada

A utilização do estimador de biomassa SisPinus permite a estimativa dos nutrientes exportados para os diferentes regimes de manejo (desbastes e corte final), idades e