• Nenhum resultado encontrado

1.  A dramaturgia retórica: vem da antiguidade até ao Renascimento, do período grego até à época de Shakespeare ao tempo de Isabel I Nessa 

4.6  Roteiro do espetáculo 

Como  vimos  anteriormente,  o  roteiro  teatral  é  o  texto  onde  acontece  todo  o  desenrolar da história: 

 

A especificidade do roteiro no que respeita a outros tipos de escrita é a  referência  diferenciada  a  códigos  distintos  que  no  produto  final  comunicam  a  mensagem  de  maneira  simultânea  e  alternada.  Nesse  aspecto ele tem pontos em comum com a escrita dramática, que também  combina códigos, uma vez que não alcança sua plena funcionalidade até  ter sido representado (COMPARATO, 2009). 

 

O  espetáculo  traz  uma  mensagem  atualizadíssima  sobre  a  preservação  da  natureza  dentro  de  uma  situação  atual  do  mundo  moderno.  Trata‐se  de  uma  história  infantil;  no  entanto,  a  relevância  de  seu  tema  conquista,  encanta,  emociona  e  ensina  jovens e adultos, sobretudo os amantes do teatro.  

A  seguir,  o  roteiro  da  peça  musical  “Na  Floresta”,  divido  em  cenas,  com  as  rubricas  destacadas  em  itálico.  Os  trechos  destacados  em vermelho  indicam  onde  o  grupo ou alguns personagens cantam juntos. 

 

Na Floresta 

De Allison Ambrosio, adaptado por Marcio Godoy   

Abertura  solo:  (canta com cortina fechada) Quem poderá achar que por acaso, a natureza em 

sua beleza, de repente surgiu? Quem poderá dizer que não existe Deus? Só mesmo aquele que  não quer e assim se iludiu. Quem é que faz o sol nascer assim, tão lindo e quente, quem é que faz  a flor se abrir, tão pura e atraente, quem faz o mar bailar ao vento, tão serenamente? Só pode ser  alguém  especial.  Quem  é  que  faz  a  chuva  cair  fina  sobre  agente,  quem  é  que  faz  os  animais  correrem  livremente?  Quem  tem  sabedoria,  não  vai  pensar  diferente:  É  Deus!  Só  Deus!  Quem  poderá dizer que Deus nunca existiu? Só mesmo aquele que não quer e assim se iludiu! 

 

  76  (as  cortinas  se  abrem,  no  palco  a  repórter  e  todos  os  bichos  aguardam  a  chegada  do  rei  Leão.  Todos estão alvoroçados esperando e a repórter começa a entrevistar alguns animais.) 

 

Abelha Repórter: Estamos aqui ao vivo da avenida principal da nossa floresta onde uma grande 

multidão  aguarda  a  chegada  do  rei  leão.  Ele  passara  por  aqui  dentro  de  instantes.  Os  animais  estão ansiosos! Vamos ouvir tigre:  Passarinhos: Pois é dona repórter agente está aqui esperando o nosso rei leão que deve passar  já já. Eu trouxe toda a minha família!  Abelha Repórter: E você Dona Preguiça?  Preguiça: (se espreguiça e boceja) Eu sai de casa o ano passado... e cheguei hoje. Ainda bem que  cheguei a tempo de ver o nosso rei.  Abelha Repórter: Muito bem! E já esta chegando o rei leão e sua comitiva! Os hipopótamos vem  na frente tocando os clarins!  (dois bichos vem na frente e anunciam o rei leão)  Bichos Todos: Sua majestade o rei leão! Vamos aplaudir! Palmas para o rei que ele merece!!  Leão:   Nós somos os leões, somos os reis da floresta! Nós somos os bons isso é o que ninguém 

contesta.  Toquem  os  clarins  que  o  leão  chegou,  toquem  os  clarins  que  o  rei  chegou!  Nós  já  nascemos leis os outros animais nos respeitam, ahhh se eles não respeitam agente enfia a mão!!  Nós somos fortes, bons de briga, gostamos e somos loucos por intriga (rugido)!!! E na próxima  eleição não deixem de votar no leão, não votem no cão porque ele é um vira lata! Agora toquem  os  clarins  outra  vez  porque  o  leão  vai  embora  (rugido  e  tocam  os  clarins)  Nós  somos  os  leões  somos os reis da floresta, nós somos os reis da floresta!!! (rugido).  (Blecaute, aos poucos as luzes vão acendendo, com ruídos de grilos e outros sons de natureza. Ana  entra vestida de escoteira meio perdida e bem deslumbrada.)    CENA 2:   (Macaco no topo da arvore do lado esquerdo do palco, e podemos ter mais alguns animais em cena.  Ana entra meio perdida e ao mesmo tempo deslumbrada.)    Ana:  Nossa como é linda a natureza! As matas, os rios, as montanhas... tudo tão cheio de beleza!  E os animais que moram nela? Tão lindos, coloridos, engraçados...  Macaco: (entra pulando e assustando Ana) Obrigado!!!  Ana: Quem disse isso?  Macacos: Sou EU !!!! 

(entra  tocando  um  pandeiro,  juntamente  com  macaco  2,  no  meio  da  musica  entram  as  crianças  pela plateia jogando lixo pelo chão até entrarem na floresta e continuam sujando.)  

Chamam  logo  de  macaco  quem  faz  coisa  atrapalhada,  mas  macaco  é  o  artista  mais  esperto  da  parada,  é  trapezista,  equilibrista,  não  se  assusta  com  nada,  mas  se  conta  na  floresta  que  é  o 

  77  “Bicho Homem’’ que faz macacada! Ele joga lixo no riacho e come peixe envenenado, taca fogo na  floresta,  me  deixando  chamuscado,  não  dá  pão  para  os  filhotes  e  nem  quer  a  choradeira.  Inventou uma tal bomba que destrói a Terra inteira: `` Eta, que bicho homem para dar bandeira!!  Ana: Ai que vergonha seu macaco... nem sei o que te dizer, mas...sabe...o homem esta destruindo  tudo...  Coruja: (entra como uma fiscal do IBAMA, nervosa e interrompendo Ana, com ela entra mais dois  bichos assistentes) Grou! Quem foi o porco que passou por aqui jogando lixo no chão? Quer dizer,  nem o bicho porco faria isso... Foi você né!!! (acusa Ana e a garota se defende.)  Música Coruja: (cantada pelos assistentes) Dona coruja esta com tudo e não esta prosa, diz que é  mais sabida, mais atenta e caprichosa, que tem filhotes lindos, isto diz bem vaidosa, mas fica uma  fera se a chamarem de horrorosa. Coruja: Grou! Grou! Grou! Eu não consigo descansar durante a  noite.  Alguém  precisa  agir  se  algo  acontece  de  repente,  mas  por  que  será  que  eu  não  consigo  mais dormir: Ou estou com insônia, ou estou com dor de dente? Olho sempre atenta para trás e  para  frente,  observo  tudo  com  meus  olhos  penetrantes,  não  gosto  que  falem  que  eu  tenho  um  par de lentes, nem que meus trinados são um tanto horripilantes: Grou! Grou! Grou!  Coruja: parabéns menina Ana por cuidar e preservar a natureza! Você ganhara uma medalha de  honra!  Ana: Puxa que linda! Mais uma para minha coleção!!  Plantão: (Repórter animal entra ao vivo no palco para entrevistar Ana e perguntar sobre a nova  medalha que ganhou)   Abelha  Repórter: estamos aqui na floresta e vamos entrevistar Ana que acaba de ganhar uma  medalha de honra... Então menina Ana como está se sentindo?  Ana: (Ana anda deslumbrada e feliz com a medalha) Nossa nem sei o que dizer...  Abelha Repórter: É isso aí! (interrompendo Ana) falou pouco, mas falou bonito! Voltamos para  os estúdios. 

(Ana  anda  toda  feliz  de  um  lado  para  o  outro  com  a  medalha,  exibindo  o  troféu  para  os  bichos  inclusive para as tartarugas)    CENA 3:   (tartarugas em cena, observam Ana mostrar a medalha e quando a menina mostra para elas...)   Tartaruga: Mas minha filha, isto não é nada perto do que vai ter!  Ana: O que? (não entendendo o que a tartaruga estava lhe falando)  Tartaruga: (bem lenta e calma) Venha cá... (começa a cantar) Sou a tartaruga, ando devagar, é  essa carcaça que eu tenho que arrastar. (bichos que estiverem em cena cantam) Dona tartaruga 

anda devagar é essa carcaça que tem que arrastar. Se  você  quiser  me  acompanhar,  vá  devagar, 

passo  a  passo...  não  tente  correr,  nem  se  aborreça,  esse  é  o  jeito  que  eu  faço,  não  perca  o  compasso...  Sou  a  tartaruga,  ando  devagar,  é  essa  carcaça  que  eu  tenho  que  arrastar. Dona 

  78  terá sempre o mesmo espaço? Vou devagarzinho, vendo flores no caminho, passo a passo... não  tem embaraço.   

Ana: Parabéns tartaruga! Que voz linda e especial!!  Tartaruga: Obrigada minha menina, você é tão cordial!!!  

(  Ienas  entram  rindo  e  fazendo  uma  grande  bagunça,  enquanto  isso  no  fundo  os  meninos  maus  entram  e  atiram  pedras  com  estilingues  nos  passarinhos,  porem  erram  e  acertam  no  casco  da  tartaruga)  

Tartaruga : Aiii ! Que foi isso? Me acertaram uma pedra!  Ana: Olhem! Foram aqueles meninos!! 

Tartaruga : Eita, vamos fugir! (ameaçam sair em velocidade, e saem bem lerdas) 

Documentos relacionados