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Síntese das conclusões de todas as avaliações do programa que foram disponibilizadas no ano financeiro

anterior, com indicação do nome e do período de referência dos relatórios de avaliação utilizados

O Plano de Avaliação do COMPETE2020 (PA COMPETE 2020) foi aprovado, pelo Comité de

Acompanhamento, em novembro de 2015 e reúne o conjunto de exercícios de avaliação previstos para o

período 2014-2020, com vista a melhorar a operacionalização e avaliar a eficácia, eficiência e impacto do

Programa. Foi elaborado a partir do Plano Global de Avaliação do Portugal 2020 (PGA PT2020), que

constitui o referencial de orientação e planeamento das avaliações do Portugal 2020 e cuja primeira versão

foi aprovada em agosto de 2015, em linha com as disposições do Regulamento Comunitário.

Sendo o PGA e os Planos de Avaliação dos PO documentos vivos, que se adaptam ao ritmo de

implementação dos Programas e a necessidades emergentes, estes são sujeitos a uma revisão anual

submetida à apreciação e aprovação da Comissão Ministerial de Coordenação do Portugal 2020 e aos

Comités de Acompanhamento dos Programas Operacionais, respetivamente. Nesse âmbito, foram

introduzidas, no final de 2017, algumas alterações ao Plano Global de Avaliação, que vieram a ser

refletidas no Plano de Avaliação do COMPETE 2020, já em 2018, na sequência da aprovação, por

consulta escrita, do Comité de Acompanhamento em fevereiro de 2018.

As alterações efetuadas ao PA do COMPETE 2020 e que mantêm os pressupostos de cobertura

programática que emanam do Regulamento (UE) n.º 1303/2013, de 17 de dezembro), resumem-se

essencialmente a:

• Avaliação n.º 7. Avaliação do contributo dos FEEI para os objetivos do PO por eixo prioritário

(avaliação Intercalar): foi adiada para 2020, para que possa considerar os resultados de avaliações

entretanto realizadas e melhor avaliar (com mais informação) as tipologias que só mais recentemente

foram operacionalizadas, permitindo extrair conclusões e recomendações que poderão ser úteis para a

programação do ciclo pós 2020. O Caderno de Encargos incluirá questões de avaliação relativas a

objetivos específicos que tenham sido previstos avaliar nas avaliações que se propõe eliminar na presente

revisão do Plano (avaliação 30).

• Avaliação n.º 25. Avaliação do contributo do Portugal 2020 para a internacionalização: avançou um

semestre para ajustar ao ritmo registado pela implementação (para o 2º semestre de 2018).

• Avaliação n.º 34. Avaliação do contributo do Portugal 2020 para o aumento da qualificação e

empregabilidade dos adultos: avançou para 2019, para ajustar ao ritmo registado pela execução.

• Avaliação n.º 30. Avaliação das políticas públicas de estímulo ao empreendedorismo: foi eliminada, por

integração nas avaliações intercalares dos PO através de questões de avaliação comuns aos PO abrangidos

por esta avaliação. No PO CI, a análise envolve os instrumentos financeiros e o SIAC –

Empreendedorismo.

O PGA do Portugal 2020, na versão aprovada por deliberação da CIC em 21 de dezembro de 2017, prevê

assim a realização de 45 avaliações, incluindo avaliações temáticas, de Programa, territoriais e globais,

das quais 19 fazem parte do PA COMPETE 2020.

O processo de revisão dos planos de avaliação é articulado, de acordo com o modelo de governação do

Portugal 2020, no seio da Rede de Monitorização e Avaliação (RM&A), participada pelas Autoridades de

Gestão dos Programas Operacionais, pela Comissão de Coordenação Nacional para o FEADER, pela

Comissão de Coordenação do FEAMP e pela Agência para o Desenvolvimento e Coesão, que a coordena.

Em 2017 a RM&A reuniu em três ocasiões. No que à avaliação diz respeito, a agenda dessas reuniões foi

preenchida pela discussão do ponto de situação da implementação dos Planos de Avaliação, quer no que

respeita às avaliações lançadas até ao momento, centrando a discussão nos pontos críticos e dificuldades

sentidas pelas entidades responsáveis pelas avaliações e/ou pelas próprias equipas de avaliação, quer no

que respeitava às avaliações a lançar a curto prazo, ajustando calendários e âmbitos, sempre que

necessário. Recorde-se que a prevalência nos Planos de avaliações temáticas, que abrangem diferentes

Programas onde as mesmas prioridades são prosseguidas, impõe este trabalho de articulação.

Dando cumprimento a outra das funções desta Rede, a capacitação dos seus intervenientes para a

avaliação, foi incluída na reunião de 12 de outubro a apresentação, pela equipa de avaliação, dos trabalhos

de construção da teoria da mudança, no quadro das metodologias de avaliação baseada na teoria, que

estrutura a “Avaliação do contributo dos FEEI para as dinâmicas de transferência e valorização de

conhecimento”.

Na mesma linha de capacitação das entidades responsáveis pela coordenação e gestão dos FEEI e outros

agentes com responsabilidades no desenho e implementação de algumas das políticas públicas apoiadas

pelos Fundos, no âmbito da proposta apresentada pela equipa de avaliação, realizou-se no final de 2017 o

Seminário Inaugural da “Avaliação do Impacto dos FEEI no Desempenho das Empresas”. O evento teve

como principal objetivo divulgar a avaliação em curso, os seus propósitos e a lógica da abordagem

metodológica adotada, suscitando a reflexão e debate sobre as vantagens e limitações dos métodos de

análise contrafactual dos impactos das políticas públicas.

Refira-se que o quadro metodológico relativamente inovador no âmbito da avaliação dos FEEI,

nomeadamente no que respeita a aplicação de métodos de avaliação baseada na teoria ou ao papel de

teoria de mudança no quadro de metodologias contrafactuais, tem constituído terreno fértil de

aprendizagem coletiva, incluindo as entidades responsáveis pela implementação dos Planos de Avaliações

e outras agências públicas, mas também, deve sublinhar-se, das próprias equipas de avaliação, assumindo-

se ao mesmo tempo como umas das principais mais-valias e como um dos principais desafios com que a

avaliação no Portugal 2020 se confrontou ao longo de 2017. O processo de construção e consensualização

entre stakeholders das teorias de mudança das intervenções objeto de estudo, em sede de elaboração dos

relatórios iniciais das avaliações em curso, tem sido disso exemplo.

Neste contexto, no final de 2017, no que respeita ao PA COMPETE 2020, havia 5 avaliações no terreno:

Avaliações de Processo

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Especialização Inteligente (RIS3): Rede, Realizações e Primeiros Resultados – Responsável: AD&C;

Programas envolvidos: PO CI, PO CH, PO Regionais, PDR e PO MAR; Estado de concretização:

Relatório Inicial entregue;

- Avaliação da operacionalização da abordagem territorial do Portugal 2020 no contexto da convergência

e coesão territorial – Responsável: AD&C; Programas envolvidos: PT 2020; Estado de concretização:

aguarda Relatório Inicial

- Avaliação da implementação dos Sistemas de Incentivos do Portugal 2020 – Responsável: AD&C;

Programas envolvidos: PO CI, PO Regionais do continente; Estado de concretização: Relatório Inicial

entregue

Avaliações do Impacto

- Avaliação do contributo dos FEEI para as dinâmicas de transferência e valorização de conhecimento –

Responsável: AD&C; Programas envolvidos (QREN e PT 2020): PO CI, PO CH, PO Regionais e PDR;

Estado de concretização: Relatório Inicial aprovado

- Avaliação do impacto dos FEEI no desempenho das empresas portuguesas – Responsável: AD&C;

Programas envolvidos (QREN): PO CI, PO Regionais do continente; Estado de concretização: Relatório

Inicial aprovado

Em 2017, a AG COMPETE 2020 desempenhou um papel ativo na seleção das equipas de avaliação, pela

participação em júris dos concursos públicos efetuados, na participação nos Grupos de Acompanhamento

e na análise e elaboração de contributos para os Relatórios Iniciais (metodológicos) e na preparação da

informação residente nos Si necessária para estas avaliações (relativa ao COMPETE e à Rede Sistema de

Incentivos).

6.

QUESTÕESQUEAFETAMODESEMPENHODOPROGRAMAEMEDIDAS

ADOTADAS(ARTIGO 50.º, N.º 2, DO REGULAMENTO (UE) N.º 1303/2013)

a) Questões que afetam o desempenho do programa e medidas adotadas

Em 2017, destacam-se como pontos críticos/concretizações:

Condicionalidades ex-ante: a existência de condicionalidades ex-ante condicionou o lançamento e a

execução de alguns instrumentos do COMPETE2020 (e.g. Infraestruturas de Transportes e Administração

Pública (AP)). Em 2017, com a aceitação, pela CE, da condicionalidade 11.1, referente à AP (11.1), em

março de 2017 e da condicionalidade 2.1 relativa à economia digital, em abril de 2017, o PO tem

cumpridas as suas obrigações nesta matéria.

Contexto legislativo: foram aprovadas e publicadas 2 alterações legislativas ao Regulamento Específico

do Domínio da Competitividade e Internacionalização (RECI): a Portaria n.º 142/2017, de 20 de abril, e a

Portaria n.º 360-A/2017, de 23 de novembro, através das quais foram introduzidas melhorias na

interpretação do conceito de “início dos trabalhos”, simplificações ao nível dos procedimentos,

ajustamentos nos instrumentos de apoio com vista ao seu alinhamento com as políticas públicas adotadas e

a flexibilização de regras que permitam criar melhores condições de acesso às empresas afetadas pelos

incêndios.

Modelo de governação: em janeiro de 2017, na sequência da Resolução do Conselho de Ministros n.º

29/2016, o apoio logístico e administrativo à AG passou a ser assegurado pela Secretaria-Geral do

Ministério da Economia, transição que causou alguns constrangimentos à atividade corrente da AG (e.g.

ao nível de procedimentos de adjudicação).

Foram celebrados aditamentos aos contratos de delegação de competências com a ANI e a AICEP, que

passaram a ser considerados OI respetivamente para os projetos do SIAC – transferência de conhecimento

(PI 1.2). e SIAC – Internacionalização (PI 3.2).

Descrição do Sistema de Gestão e Controlo (DSGC): a DSGC do COMPETE 2020 foi atualizada em

setembro de 2017 e aprovada pela CD a 21/12/2017. Das alterações efetuadas, destacam-se a identificação

de novas competências atribuídas aos OI (IAPMEI, AICEP e ANI) no âmbito do SIAC; a integração de

ligeiras modificações operadas nas estruturas da AG e dos OI; a inclusão de novas Orientações Técnicas

aprovadas e atualização da regulamentação aplicável; a inclusão da deliberação da AD&C de manutenção

da delegação de competências na FCT para efetuar pagamentos aos beneficiários (que anteriormente

assumia a natureza transitória); e a atualização da informação ao nível dos cronogramas de

desenvolvimento dos Si adotados pelo PO. A presente atualização foi remetida à Autoridade de

Certificação e à IGF.

Avaliação do Risco de Fraude: a DSGC prevê um conjunto de ações a desenvolver pela AG, para

prevenir, detetar e corrigir irregularidades e fraudes. No 2.º semestre de 2017 foi realizada a 2.ª avaliação

de risco de fraude, tendo culminado com a aprovação do Relatório de Avaliação a 28/12/2016.

PT

101

PT

2017, mantendo-se em vigor a 3.ª versão reportada a 11/05/2016, aprovada em CD a 7/06/2016.

Prestação Anual de Contas: No PT2020, a CE introduziu um conjunto de alterações em matéria de

gestão financeira com impacto significativo no processo de certificação de despesas (o ciclo anual passou

a corresponder ao exercício contabilístico que se inicia em cada ano a 1 de julho e termina a 30 de junho

do ano seguinte). Para esta nova abordagem, traduzida numa prestação anual de contas, foi determinante o

esforço desenvolvido nos Si, com vista a assegurar a resposta às novas exigências e simultaneamente uma

adequada pista de controlo. Este trabalho não se encontra ainda concluído (prevê-se que o seja em 2018),

independentemente de eventuais melhorias e adaptações necessárias ao bom funcionamento do SGC.

Planos Anuais de Verificações no Local (VL): em julho de 2017, foi aprovada a Fase II do Plano Anual

de Verificações no Local (VL) para o exercício contabilístico 2016/17, que visou garantir que as VL eram

suficientes para suportar a declaração de gestão, tendo em conta que a Fase I do Plano (aprovado em

2016) apenas contemplou 33 operações do SI e de três OI (IAPMEI/TP/AICEP). A Fase II do Plano

adicionou assim 17 operações à Fase I, tendo sido realizadas VL a 50 operações, de diferentes tipologias e

OI. A avaliação foi positiva, tendo sido emitidas recomendações com vista a regularizar as deficiências

formais detetadas junto dos beneficiários. Do total da despesa controlada (25M€) foi apurada uma despesa

irregular de apenas 0,31% (77,7 mil€).

Planos Anuais de Controlo de Reperformance: na sequência dos procedimentos de supervisão das

funções delegadas nos OI, em fevereiro de 2017 foi aprovado o 1.º Plano Anual de Controlo de

Reperformance para o exercício contabilístico 2016/2017. Este abrangeu 15 operações, de diferentes

instrumentos e OI. Do conjunto dos controlos efetuados e concluídos em 2017 (11 operações) resultou

uma avaliação positiva verificando-se a existência de procedimentos que carecem de melhorias e que

deram origem à emissão de recomendações. Do total da despesa controlada (11M€), foi apurada uma

despesa irregular de apenas 0,15% (16 mil€).

Sistema de Informação (Si): apesar da evolução e das melhorias verificadas, resultantes dos esforços

contínuos da AG, AD&C e OI, muitos dos constrangimentos e ineficiências constatadas na

operacionalização do PO residem na falta de capacidade de resposta dos Si, designadamente tendo em

conta o modelo definido para o PT2020 que envolve a interação de vários Si (Balcão 2020, SGO, SIFSE).

Das alterações efetuadas em 2017, salienta-se: a adaptação do Si para responder a alterações incorporadas

a montante (conta corrente do B2020); a criação de serviços para interação SGO-SIFSE; a implementação

do módulo de Prestação Anual de Contas; a implementação do Si dos IF e, ao nível dos formulários, a

adaptação dos mesmos às especificidades dos diferentes AAC. No SGO foi criada uma 1.ª versão do

módulo de Verificações no Local (RTV) e desenvolvidas as listas relativas a Informação Específica e

Indicadores Realização. Em 2017, foi criado um módulo de cálculo de indicadores do FSE (BiSIFSE), que

se encontrava em fase de testes à data do relatório, assumindo os respetivos valores um carácter

provisório.

Novos Concursos/Medidas Específicas: em 2017, destaca-se o lançamento da iniciativa Clube de

Fornecedores, que visa aumentar a participação de PME e outras Entidades do Sistema de I&I no

fornecimento de polos de produção instalados em Portugal e orientados para cadeias de produção

globalizadas, através de redes de clientes e fornecedores. Esta iniciativa decorre em duas fases: a primeira

de seleção das redes (foi selecionada como empresa nuclear, a empresa BOSCH) e a segunda de apoio,

através dos SI, a projetos de investimento das respetivas empresas fornecedoras (alguns dos quais em

cooperação com entidades não empresariais) (AAC lançados já em 2018). No âmbito da Formação

Empresarial (PI 8.5), com vista a fomentar a procura, foi também aberto um AAC para projetos

autónomos de formação.

PT

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PT

b) Queira avaliar se os progressos realizados são suficientes para atingir as metas fixadas, indicando as

medidas corretivas eventualmente tomadas ou previstas, se for caso disso.

Após 4 anos desde o início deste ciclo de programação são visíveis alguns desajustamentos face às metas

fixadas quer em termos de indicadores financeiros quer de indicadores de resultados ou de realização (tal

como se pode constatar pela análise dos quadros de indicadores). Questões como alterações do tipo de

apoios concedidos, que afastaram o incentivo médio por projeto do custo-padrão utilizado para definir as

metas; atrasos no lançamento de alguns instrumentos causados pela necessidade de cumprimento das

condicionalidades ex-ante, pela sua complexidade ou pela criação de condições (designadamente ao nível

dos Si) que permitissem a sua eficaz operacionalização; características de alguns instrumentos que exigem

um tempo de maturação mais longo dos projetos e que por isso não chegam a contribuir para as metas

intermédias ou procuras diferenciadas podem explicar os diferentes graus de realização.

Ao longo de 2017 foram tomadas várias medidas procurando tentar colmatar algumas destas questões:

todas as condicionalidades ex-ante estão cumpridas, a maioria dos instrumentos operacionalizados, foi

efetuado um reenquadramento estratégico dos apoios à Administração Pública de acordo com os desígnios

das políticas públicas nesta área (surgiu o Sistema de Apoio à Transformação Digital da AP que visou

atualizar o Sistema de Apoio à Modernização Administrativa) e inclusive foram lançados AAC

específicos para fomentar a procura em áreas como a Formação Empresarial.

Ainda assim, espera-se que o exercício de reprogramação a realizar em 2018 venha solucionar muitos

destes desvios, tendo em conta que os principais objetivos e linhas orientadoras do PO se mantêm.

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