4. DIAGNÓSTICO
4.7. Síntese do diagnóstico e diretrizes
apresentadas nos mapas e esquemas, foi elaborado um mapa sintetizando a leitura da área. Nele foram expressos os principais aspectos que influenciam nas decisões projetuais, bem como propostas para o entorno.
Concluiu-se que a localização do terreno entre as principais avenidas do centro de Florianópolis facilitam o acesso a área por moradores de todos os bairros da cidade. Os equipamentos IFSC, Asilo Irmão Joaquim e Colégio Bom Jesus trazem diferentes públicos alvo, desde crianças até idosos. As diferentes classes sociais, divididas pela Av. Mauro Ramos também contribuem para a diversidade do público. DIRETRIZ MACRO
• Conectar a área, através do passeio central da Av. Hercílio Luz, a um parque na Baía Sul, retomando a conexão com o mar (figura 38).
DIRETRIZES PARA O ENTORNO
• Implementar tráfego compartilhado na Rua Herman Blumenau; priorizando o pedestre e o ciclista;
• Propor usos gastronômicos como bares e restaurantes no conjunto de edificações históricas da Rua Herman Blumenau, trazendo vitalidade ao local no período noturno;
• Criação de pocket parks com feiras e espaços de convivência nos terrenos ocupados
atualmente com estacionamento, trazendo Figura 38 – Conexão com a proposta do parque na Baía Sul | Fonte: elaboração do autor, 2018.
N
Eixo da Av. Hercílio Luz conectado ao parque Terreno movimento durante o dia e a noite;
• Revitalizar a Praça Olívio Amorim, tornando a um lugar convidativo a população.
DIRETRIZES PARA O PROJETO
• Oferecer atividades culturais diversas à população;
• Retirar a via interna, priorizando o pedestre com o aumento do passeio;
• Propor espaços abertos para apresentações e convivência na borda da Av. Hercílio Luz, aproveitando o movimento de pedestres para maior integração;
• Considerar os principais fluxos de pedestre para o posicionamento de acessos;
• Posicionar o setor de serviço e estacionamento na borda da Rua Emílio Blum, por ser a menos movimentada.
Figura 39 – Mapa síntese e de propostas | Fonte: elaboração do autor, 2018.
5
PROPOSTA ARQUITETÔNICA
O capítulo apresenta a proposta arquitetônica de Centro Cultural, através de esquemas, plantas, cortes e vistas.
5.1.
A PROPOSTA
A proposta tem como objetivo principal a implantação de um Centro Cultural no terreno da antiga rodoviária de Florianópolis, O partido arquitetônico foi desenvolvido a partir do embasamento teórico e das análises e conclusões elaboradas no diagnóstico.
Como apontado no último tópico do capítulo anterior, foram propostas melhorias no entorno da área de intervenção, como a revitalização da Praça Olívio Amorim, a criação de uma via gastronômica na Rua Hermann Blumenau, a criação de pocket parks e a conexão do passeio central da Avenida Hercílio Luz com um parque no aterro da Baía Sul. Estas intervenções contribuem para a requalificação da área, proporcionando benefícios em uma escala além da proposta do Centro Cultural.
As análises sobre a área apontaram a falta de espaços públicos de qualidade, bem como a escassez de equipamentos que promovam a prática cultural. Portanto, a principal premissa do projeto é que o espaço seja não só um local para a realização de atividades culturais, mas também um lugar onde os indivíduos possam utilizar para lazer e convivência, buscando a integração da sociedade. Estas características o atribuem um caráter de equipamento público, que pode ser utilizado por todos.
As atividades oferecidas pelo Centro Cultural proporcionam a aproximação do indivíduo com a arte e seus meios de expressão, contribuindo para o seu desenvolvimento pessoal e intelectual. Durante as aulas, oficinas, eventos e apresentações, diferentes perfis de indivíduos devem passar pelo espaço, sejam eles provenientes do entorno ou de outras localidades, permitindo a integração entre diversas pessoas com gostos e vivências diferentes, enriquecendo ainda mais a experiência.
Além dos espaços internos, onde é necessário um maior controle de acesso, a proposta dispõe de um amplo espaço aberto e coberto, sendo este o principal ponto do projeto, onde ocorrerão eventos, aulas e oficinas ao ar livre, podendo ser observadas por todos que circulam pela área.
A edificação segue o conceito de permeabilidade, por meio do uso de pilotis no térreo e vidro nas fachadas (com controle de incidência solar quando necessário), que permitem a visualização das atividades que estão acontecendo no interior do edifício pelos indivíduos que estiverem nas ruas adjacentes ao terreno.
5.2.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
O programa foi desenvolvido para atender as necessidades do Centro Cultural. No setor de aulas e oficinas, estão posicionados os espaços onde ocorrerão as atividades de dança, teatro, artesanato e pintura, no primeiro pavimento do edifício. Estas atividades foram escolhidas por estimularem o senso coletivo e a integração durante as aulas.No subsolo, está o setor de apresentações e exposições, que compreende o auditório e os salões de exposições. Este setor também abrange o depósito de material cenográfico e o camarim.
Espaços de eventos, lazer e convivência estão dispostos em todos os pavimentos, sendo o principal deles no térreo, abaixo da cobertura.
Com o objetivo de manter a vitalidade na rua, usos gastronômicos e comerciais foram implantados no térreo: café, bar (ocupado por um estabelecimento de mesmo uso existente na edificação implantada no terreno atualmente) e um sebo.
O setor administrativo possui uma sala de reunião e uma copa para os funcionários. Quanto aosserviços, sanitários foram dispostos em todos os pavimentos, bem como um depósito e um DML.
Espaços multiuso para dança/teatro Ateliês de artesanato Ateliê de pintura Auditório Salões de Exposições Foyer
Depósito de material cenográfico Camarim Sanitários Depósito DML Sebo Café Bar Cozinha Depósitos
Espaço de eventos, lazer e convivência Espaços de lazer e convivência
AULAS E OFICINAS
APRESENTAÇÕES E
EXPOSIÇÕES
COMÉRCIO E
USO GASTRONÔMICO
SERVIÇOS
EVENTOS E LAZER
Administração Sala de reunião CopaADMINISTRAÇÃO
412m² 122m² 97m² 281m² 225m² 112m² 22m² 9m² 1132m² 190m² 31m² 48m² 42m² 10m² 10m² 26m² 26m² 8m² 111m² 7m² 4m²SETOR
AMBIENTE
ÁREA
5.3.
ORGANOGRAMA
Figura 41 – Organograma | Fonte: elaboração do autor, 2018.
O espaço aberto de eventos, é o principal ponto do projeto, dando acesso ao bar, ao café, ao sebo e ao hall.
A partir do hall, o indivíduo tem acesso a uma circulação que liga ao setor administrativo e de serviços. A principal circulação vertical liga o térreo ao subsolo e ao pavimento superior, onde ocorrem as aulas e oficinas.
O acesso ao subsolo é feito pela circulação vertical, chegando a um foyer que da acesso ao auditório e aos salões de exposição. Uma circulação vertical de serviço também conecta este pavimento com o térreo, no setor de serviços, dando acesso ao espaço de caracterização e cenografia.
5.4.
ZONEAMENTO
As atividades foram zoneadas no térreo de acordo com a hierarquia das vias em relação ao movimento de pedestres. As esquinas da Av. Hercílio luz foram valorizadas com usos gastronômicos e comercial. Já a esquina da Av. Mauro Ramos com a Rua Emílio Blum foi destacada com o hall do edifício. A cobertura que da lugar a eventos e lazer tem seu acesso principal pela Av. Hercílio
Luz, podendo ser acessada também pela Av. Mauro Ramos através de pilotis. Na Rua Emílio Blum foi posicionado o setor de serviços, administração e sanitários, bem como o estacionamento, por ser a via com menor movimento.
Travessias elevadas foram posicionadas para priorizar o fluxo de pedestre nos principais pontos de acesso do projeto Figura 42 –Zoneamento esquemático de implantação | Fonte: elaboração do autor, 2018. Ciclovia Travessia elevada Estacionamento Carga e descarga Principais fluxos de pedestres
N
40 Hall Eventos, lazer e conv. Uso gastronômico Uso comercial Serviços Administração5.5.
VOLUMETRIA E ESTRUTURA
Seguindo traços retos, o edifício possui uma volumetria em “L”. Enquanto no primeiro pavimento esta forma é bem evidente, no térreo ela é desconstruída, criando recortes que se configuram em espaços livres.Em contraste as linhas retas da edificação, uma cobertura em forma de arco se sobressai do bloco, cobrindo o espaço central entre o volume em “L”.
O material utilizado na estrutura do edifício foi o concreto armado nos pilares, vigas e lajes. As paredes são de alvenaria convencional ou de vidro com esquadria de alumínio.
Já a estrutura da cobertura é de aço, trazendo maior leveza ao conjunto.
Figura 44 – Distribuição das atividades | Fonte: elaboração do autor, 2018.
5.6.
IMPLANTAÇÃO
O projeto foi implantado de maneira que priorize os pedestres. Travessias elevadas estão dispostas nas esquinas, priorizando os fluxos de transeuntes. A ciclovia existente na Avenida Hercílio Luz recebeu continuidade no eixo central da Avenida Mauro Ramos, facilitando o acesso ao terreno para os ciclistas, bem com a conexão entre outros pontos do centro da cidade.
Na esquina da Avenida Mauro Ramos com a Rua Emílio Blum, o indivíduo chega na área sob pilotis e acessa o hall, dando acesso a circulação vertical que leva para o subsolo e para o primeiro pavimento. A partir do hall, uma circulação da acesso ao setor de serviços e administrativo. As demais esquinas foram valorizadas com um bar e um café com mesas na rua, trazendo vitalidade ao local. Junto ao café, na Avenida Mauro Ramos, há um sebo, onde as pessoas podem encontrar produtos como livros e discos, sendo um uso comercial relacionado a cultura.
A Rua Emílio Blum dá acesso aos espaços de serviço. O principal deles se dá em uma escada e um elevador de carga que vão para o subsolo, onde estão o auditório e os salões de exposições. Desta maneira, materiais cenográficos e pessoas que forem se apresentar podem acessar o camarim e o palco sem a necessidade de
passar pela circulação social. Estacionamentos, incluindo espaço para carga e descarga estão dispostos ao longo da via, por possuir transito mais lento e tráfego menos intenso de pedestres.
O espaço central do terreno é o ponto principal do projeto. Protegido por uma cobertura em estrutura de aço, o local será utilizado para apresentações de dança e teatro realizadas por alunos que participam das aulas e oficinas do centro, bem como feiras e demais eventos. O espaço coberto e aberto também pode ser utilizado pela população em geral como um espaço público de lazer e convivência. Seus acessos se dão pela Avenida Hercílio Luz ou pela Avenida Mauro Ramos através do pilotis. Pelo interior do edifício, é possível acessá-lo pelo hall.
IMPLANTAÇÃO
NÍVEL 0.00Figura 45 – Implantação | Fonte: elaboração do autor, 2018.
44
5.7.
PLANTAS
PLANTA DO TÉRREO
NÍVEL 0.00N
Fi gu ra 4 6 – P lant a do Tér reo | Fo nt e: el ab or açã o do a ut or , 2 01 8.O primeiro pavimento é dedicado aos espaços para aulas e oficinas, sendo dispostas cinco salas multiuso para dança e teatro, duas salas para prática de artesanato e um ateliê de pintura. Por serem locais com maior ruído, os espaços de dança e teatro foram posicionados na fachada da Av. Mauro Ramos. Os espaços de artesanato e pintura situam-se paralelos a Rua Emílio Blum, onde existe menor nível sonoro, por necessitarem de concentração.
Além das salas, há um espaço de lazer e convivência, que, junto a circulação, possuem vista para a praça coberta. Para proteção contra a incidência solar, foram colocados brises verticais móveis nas fachadas leste e oeste.
N
PLANTA DO PRIMEIRO PAV.
NÍVEL +4.00 Fi gu ra 4 7 – P lant a do P rimei ro P avimen to | Fo nt e: el ab or açã o do a ut or , 2 01 8. 46
No subsolo foram dispostos os espaços que necessitam de proteção contra insolação. Seu acesso se dá em um foyer, que possui fechamento em vidro e se abre para um espaço externo de convivência. Isto permite a entrada de iluminação natural e ventilação no local, diminuindo a sensação de enclausuramento por estar no subsolo.
O auditório com capacidade para 204 pessoas, conecta-se com um depósito de material cenográfico, onde ficam armazenados itens que são utilizados nas apresentações. Este depósito conecta-
se a uma circulação vertical que dá acesso ao pavimento térreo por uma entrada de serviço, permitindo o transporte dos materiais por uma plataforma elevatória de carga, ao lado da escada.
Três salões de exposição conectados entre si por portas possibilitam a criação de um grande espaço ou a utilização de cada um separadamente. Junto com o auditório, estes locais promovem a apresentação de atividades produzidas no próprio centro cultural, bem como provenientes de outros locais.
N
PLANTA DO SUBSOLO
NÍVEL -4.00 Fi gu ra 4 8 – P lant a do Su bs olo | Fo nt e: el ab or açã o do a ut or , 2 01 8.A cobertura do edifício é feita com telha de aço galvanizado tanto no edifício quanto na estrutura que cobre o espaço central. Onde ela sobrepõe o espaço de convivência no subsolo, foi utilizada telha translúcida, permitindo assim a iluminação do ambiente.
N
PLANTA DE COBERTURA
Fi gu ra 4 9 – P lant a de C ob er tu ra | Fo nt e: el ab or açã o do a ut or , 2 01 8. 48CORTE AA’
CORTE BB’
5.8.
CORTES
Figura 50 – Corte AA’ | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 51 – Corte BB’ | Fonte:
CORTE CC’
CORTE DD’
Figura 52 – Corte CC’ | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 53 – Corte DD’ | Fonte: elaboração do autor, 2018. 50
VISTA LESTE
VISTA OESTE
5.9.
VISTAS
Figura 54 – Vista Leste | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 55 – Vista Oeste | Fonte: elaboração do autor, 2018.
VISTA NORTE
VISTA SUL
Figura 56 – Vista Norte | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 57 – Vista Sul | Fonte: elaboração do autor, 2018.
5.10.
PERSPECTIVAS
Figura 60 – Acesso pela esquina da Av. Mauro Ramos com a R. Emílio Blum | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 59 – Acesso pela esquina da Av. Mauro Ramos com a Av. Hercílio Luz | Fonte: elaboração do autor, 2018.
Figura 61 –Acesso pelo passeio central da Av. Hercílio Luz | Fonte: elaboração do autor, 2018.
Figura 64 – Acesso ao hall através do pilotis | Fonte: elaboração do autor, 2018.
Figura 63 – Conexão entre a Av. Mauro Ramos com o espaço de eventos através do pilotis | Fonte: elaboração do autor, 2018.
Figura 65 – Espaço de eventos, lazer e convivência sob a cobertura | Fonte: elaboração do autor, 2018.
Figura 68 – Bar com mesas na rua: vitalidade durante o dia e a noite | Fonte: elaboração do autor, 2018. Figura 67 – Café trazendo vitalidade a esquina | Fonte: elaboração do autor, 2018.
6
6.1.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a realização deste trabalho, concluiu-se a falta de equipamentos culturais e espaços públicos de qualidade em Florianópolis. Estes locais são fundamentais para uma cidade com vitalidade urbana, onde os seus moradores se sintam pertencentes àquele local.
A proposta foi desenvolvida para atender as necessidades de um equipamento que ofereça atividades voltadas para a cultura e a arte, estimulando o desenvolvimento pessoal dos indivíduos e a integração entre eles.
A partir da proposta arquitetônica apresentada, será elaborado um anteprojeto durante o Trabalho de Conclusão de Curso II, visando aprimorar o projeto.
7
ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. A indústria cultural – o iluminismo como mistificação das massas. São Paulo, Paz e Terra, 2002.
ALOMÁ, Patrícia. O espaço público, esse protagonista da cidade. Disponível em <www.archdaily.com.br/br/01-162164/o- espaco-publico-esse-protagonista-da- cidade>. Acesso em 12 de setembro de 2018.
ALVEZ, Thiago. A importância da arte na vida do homem. Disponível em <www.recantodasletras.com.br/teorialiterari a/5872388>. Acesso em 22 de setembro de 2018.
Centro Cultural El Tranque. Disponível em <www.archdaily.com/873277/centro-
cultural-el-tranque-bis-arquitectos-ltda>, Acesso em 25 de setembro de 2018.
ELER, Guilherme. O que esta pesquisa revela sobre o acesso à cultura no Brasil. Disponível em <www.nexojornal.com.br/expresso/2018/07 /25/O-que-esta-pesquisa-revela-sobre-o- acesso-%C3%A0-cultura-no-Brasil>. Acesso em 22 de setembro de 2018.
7.1.
REFERÊNCIAS
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GOMIDE, Antônio. Cultura: um instrumento de transformação social. Disponível em <www.dm.com.br/opiniao/2015/08/cultura- um-instrumento-de-transformacao-
social.html>. Acesso em 20 de setembro de 2018.
GRUNOW, Evelise. Luz se prepara para o projeto. Disponível em < www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitet ura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao- paulo-23-05-2012 >. Acesso em 25 de setembro de 2018.
HERTZBERGER, Herman. Lições de Arquitetura. São Paulo, Martins Fontes, 1999; JACOBS, Janes. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo, Nobel, 2008.
PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANÓPOLIS. Plano Diretor de Florianópolis. 2014
RAGOZO, Túlio. Da relação do homem com a arte. Disponível em <tulioragozo.blogspot.com/2012/04/da- relacao-do-homem-com-arte.html>. Acesso em 02 de outubro de 2018;
RODRIGUES, Sônia. A importância da cultura na formação do cidadão. Disponível em <http://www.qdivertido.com.br/verartigo.php ?codigo=57>. Acesso em 02 de outubro de 2018.
ROGERS, Richard; GUMUCHDJIAN, Philip. Cidades Para um Pequeno Planeta. São Paulo, Gg Brasil, 2001.
VEIGA, Eliane Veras da. Florianópolis: Memória Urbana. Florianópolis, Fundação Franklin Cascaes, 2010.