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Saídas Resíduo do processo de revestimento cerâmico

Os aspectos do desempenho ambiental e econômico da fase de execução de revestimento está representada na Figura 4.13.

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Figura 4.13 – Aspectos de desempenho ambiental na fase de execução de revestimento cerâmico

4.3.4.1- Resultados das perdas dos processos construtivos de revestimentos cerâmicos de paredes e piso (Empresa C) e aplicação de ações.

A área de piso a ser revestida foi de 16,17 m², para área molhada, e 45,47 m², para área seca. As entradas e saídas para execução deste quantitativo são apresentadas na Tabela 4.5.

Tabela 4.5 – Execução de piso cerâmico na área molhada (Área de 16,17 m²)

Matéria Prima Quant. Água (L) Resíduos Sólidos Quant. Efluente Líquido

16 caixas de Cerâmica

31,1x31,2x1 M² 17,13

Argamassa (20kg) 7

Água por saco de argamassa

5,800l 40,6 Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Argamassa (20kg) Água Argamassa (20kg) Mistura e aplicação da

Argamassa Restos de argamassa 3,5

Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Caliça de cerâmica M² 0,96

Argamassa (20kg) Embalagem papelão 7

Processo Produtivo

Entradas Fluxograma do Saídas

Processo Tranporte e esocagem Tranporte interno Assentamento do piso Aspectos de Desempenho Ambiental na Fase de Execução de  Revestimento  Consumo de  recursos  Cargas ambientais na fase  de execução  Resíduos  sólidos  Consumo de água Consumo de energia Consumo de  matéria‐prima 

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O valor da perda de 0,96 m² de piso cerâmico é de 5,96% para execução da área pretendida. Este valor é considerado baixo, pois o valor médio que se considera para perda de revestimento de piso cerâmico é de 10%. Este cálculo é adotado para o levantamento de materiais de revestimentos cerâmicos. Segundo os resultados de Pinto (1989) as perdas encontradas pelo pesquisador deste estudo foi de 7,5%, ou seja, o valor encontrado no estudo de caso foi abaixo.

Para o caso da área seca, os valores apresentados na Tabela 4.6, podem mostrar que a perda foi de 6,18 %. Também pode ser considerado um valor abaixo da média das perdas utilizadas por empresas construtoras.

Tabela 4.6 – Execução de piso cerâmico na área seca (Área de 45,47 m².)

Matéria Prima Quant. Água (L) Resíduos Sólidos Quant. Efluente Líquido

31 caixas de Cerâmica

31,1x31,2x1 M² 48,28

Argamassa (20kg) 11

Água por saco de argamassa

5,800l 63,8 Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Argamassa (20kg) Água Argamassa (20kg) Mistura e aplicação da

Argamassa Restos de argamassa 8 Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Caliça de cerâmica M² 2,81

Argamassa (20kg) Embalagem papelão 11

Processo Produtivo Entradas Fluxograma do Processo Saídas Tranporte e esocagem Tranporte interno Assentamento do piso

Na Tabela 4.7 são apresentados os resultados de perdas do revestimento de parede de banheiro com azulejo de seção 29,80 x 39,90 cm, para executar uma área de 11,75 m². Pode ser observado que o percentual de perda foi de 0,17%.

Os dados de revestimento de piso de área seca e área molhada e azulejo de parede mostraram-se inferiores aos índices aceitáveis pelas construtoras.

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Tabela 4.7 – Execução de Azulejo nas paredes (Área de 11,75 m².)

Matéria Prima Quant. Água (L) Resíduos Sólidos Quant. Efluente Líquido

8 Caixas de azulejo 11,77

Argamassa (20kg) 3

Água por saco de argamassa

5,800l 17,4 Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Argamassa (20kg) Água Argamassa (20kg) Mistura e aplicação da

Argamassa Restos de argamassa 2

Cerâmica caixa 31,1x31,2 cm³ Caliça de cerâmica M² 0,021

Argamassa (20kg) Embalagem papelão 3

Tranporte e esocagem Tranporte interno Assentamento do piso Processo Produtivo Entradas Fluxograma do Processo Saídas

O grande impacto ambiental encontrado foi em relação à argamassa misturada e às embalagens de papelão das argamassas, pois estes dois produtos eram considerados resíduos e lançados nas caçambas de entulho sem o cuidado de segregação.

As embalagens de papelão podem e devem ser vendidas para empresas de reciclagem de papel e o valor recebido por estas embalagens devem ser revertidas em benefício dos funcionários.

A aplicação dos resíduos de cerâmica, como talisca de reboco, é uma alternativa de reaproveitamento, ou, caso a empresa possua um grande depósito, este deve ser armazenado para aplicação de revestimento de banheiros de canteiros de futuras obras.

4.4 – ETAPA 3 – PROPOSIÇÃO DE AÇÕES DE REDUÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS NO CANTEIRO DE OBRA.

Algumas ações de redução de impactos ambientais foram descritas nas etapas de avaliação da execução (fôrma, aço, concreto e revestimento cerâmico).

A seguir serão apresentadas outras proposta de redução dos impactos para gestão de água, gestão de energia e outras fase de execução de uma edificação. Esta etapa consiste na proposição de ações de gestão ambiental que serão validadas para servir de base de dados para a construção do ECO OBRA.

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Estas ações incluem a redução do consumo de água e energia e a redução de perdas, visando à minimização de impactos ambientais originados durante a fase de execução.

Com a finalidade de validar as propostas de ações de redução de impactos ambientais, o presente trabalho coletou dados antes e depois da aplicação destas ações com o intuito de comparar os resultados e decidir se seria satisfatório ou não a sua implantação em canteiros de obra, sempre buscando o benefício ambiental e econômico para as empresas.

4.4.1 – Ação de redução do consumo de água nos canteiros de obra e durante a fase de execução.

A utilização de água da chuva para uso não potável deveria ser obrigatória, inclusive nos canteiros de obras, pois nele a maior parte do consumo é para fins não potáveis, como limpeza e umidificação de superfícies.

Além da criação de reservatórios para recolher água dos telhados, podem ser feitas valas de contenção das chuvas nas partes mais baixas dos canteiros, o que, além de prevenir o assoreamento e poluição dos terrenos e corpos d’água a jusante, serve como suprimento de água para conter a elevação de poeira nos períodos secos e para a lavagem das rodas dos caminhões, evitando o carregamento de lama para fora do canteiro.

Como ação para redução do impacto ambiental pelo consumo de água nos canteiros de obra, propõe-se um sistema de captação de águas pluviais para o período de grandes precipitações, que ocorrem no Distrito Federal na média de 6 meses, conforme gráficos de precipitações anuais do Instituto Nacional de Metereologia (INMET), apresentado nas Figuras 4.14, 4.15, 4.16 e 4.17.

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Figura 4.14 – Índices Pluviométricos Acumulados no Ano de 2004 (Fonte: INMET)

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Figura 4.16 – Índices Pluviométricos Acumulados no Ano de 2006. (Fonte: INMET)

Figura 4.17– Índices Pluviométricos Acumulados no Ano de 2007. ( Fonte: INMET) Foram levantados os dados pluviométricos de precipitação local, para poder se obter a média que será utilizada no dimensionamento do reservatório de captação. Para o dimensionamento do reservatório foi utilizada a Equação (3.1) do método de RIPLL.

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Os dados utilizados para o dimensionamento do reservatório foram aplicados de acordo com a equação abaixo:

V= P x A x C x ηfator de captação Sendo:

• V = Volume mensal, diário de água de chuva aproveitável • P = precipitação média anual, mensal ou diária

• A = área de coleta

• C = coeficiente de runoff ( 0,90)

• ηfator de captação = eficiência do sistema de captação (0,5 a 0,9)

Baseado no esquema de captação apresentado na Figura 4.18, tem-se, nos barracões, calhas de PVC de Ø 100mm de diâmetro, e direcionamento com tubulações PVC de Ø 100mm de diâmetro enterradas no terreno do canteiro; a água captada é direcionada para um reservatório, onde ficará armazenada até a necessidade de sua utilização.

Figura 4.18 - Esquema de Captação de águas pluviais para barracões de obra

Observa-se que no âmbito da região de estudo, Brasília-DF, quando ocorrer a época de estiagem (precipitações iguais a zero), deverá ser utilizado caminhão pipa para abastecimento da cisterna e esta água será usada somente para produção de argamassas.

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4.4.1.1 - Aplicação da Ação de Redução do Consumo de Água

Qualquer iniciativa no sentido de se fazer o uso eficiente da água reverte-se em benefícios para a edificação ao longo de sua vida útil, tanto na fase de construção quanto na fase de ocupação, na qual ocorre o maior consumo.

O esquema de captação de águas pluviais apresentado na Foto 4.8, foi executado no canteiro de obra (Empresa A) que serviu de estudo piloto e pode ser apresentado na Foto 4.6.

Foto 4.8 – Reservatório de captação de águas pluviais, Empresa A. Fonte: acervo pessoal

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