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121 alunos das academias. “A maioria das pessoas ainda veem
uma academia como local para erguer peso e correr na es- teira, mas somos bem mais do que isso”, explica Janete Cris- tianus, 43 anos. Proprietária há 13 anos da Academia Della, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, a educadora física conta que a exigência do público vem aumentando nos últimos anos. “Ao mesmo tempo, as pessoas querem foco em perda de peso, em alívio do estresse, aulas guiadas, e isso exige muita criatividade.”
Para atender o seu público, a Della oferece aulas com
personal trainer, equipamentos novos, profissionais “todos
formados”, aulas de dança, e há cinco anos aula de Muay Thai, arte marcial tailandesa que garante alívio do estres- se, flexibilidade, músculos mais definidos e bastante queima calórica. “Nós temos que sempre buscar aquilo que está na moda, o que as academias de fora estão oferecendo. Nossos alunos precisam sentir que aqui eles encontrarão o que há de mais moderno no universo fitness, e isso não é fácil. Exige muito planejamento”, afirma Janete.
Para conseguir agradar aos mais de 700 alunos ativos na academia, a equipe técnica se reúne mensalmente para discutir e avaliar as aulas. “Não podemos achar que está bom nunca”, ressalta Janete, afirmando já ter novidades em mente para o próximo semestre. “Ainda estamos em fase de pesquisas, mas teremos aulas novas em breve.”
ADMINISTRANDO O NEGÓCIO
O sonho de ser dono do próprio negócio é o motivador para o início de muitas academias. Para a Academia Equilí- brio Wellness de Montenegro, no Vale do Caí, não foi dife- rente. Trabalhando como professora no local, a educadora física Fabíola Leser Daudt, 34, recebeu em 2010 a proposta que tanto queria: a de comprar a Equilíbrio. Ela e mais uma professora abriram uma sociedade e juntas administraram o negócio até 2013, quando a Fabíola assumiu sozinha o em- preendimento. “Era um sonho que virou realidade, e eu ain- da não cheguei onde quero”, afirma confiante a agora em- presária, que não deixou de ser professora.
Uma das primeira modalidades que a jovem dona de academia criou, ainda com a sócia, foi um grupo de corri- da. “Naquele ano ainda não era a febre que é hoje, o que mostra que tivemos uma decisão acertada”, orgulha-se. O
grupo de corridas Well Runner’s conta com 50 alunos e é um dos líderes do circuito de corrida do Sesc-RS. “É claro que nem todos os praticantes participam das competições, mas conseguimos formar uma unidade forte, na qual as pessoas veem na corrida algo bom e saudável”, destaca.
A educadora física encara o seu negócio com a seriedade que ele merece. “Não somos qualquer academia e para isso precisamos estar sempre crescendo”, afirma. Sem experiência em administração de empresas, Fabíola buscou ajuda de uma consultoria e hoje tem na sua equipe profissional seus guias para novas ações. “Todas as novas aulas, modalidade e horários discutimos em encontros regulares. Nossos alunos também são superparticipativos e estão sempre sugerindo novidades.”
Dessas sugestões surgiram aulas como body combat, boby
balance, power jump, TRX, zumba e sh’bam (pronuncia-se xi-
bam), por exemplo. Para 2015, Fabíola projeta ampliar o es- paço de 700 m² onde a academia está instalada. “A intenção é oferecer mais conforto para os nossos alunos e também ampliar nossas aulas”, conclui.
OPEN ACADEMIA
Assim como em outros setores, as academias também precisam de divulgação, de ações e campanhas que ajudem na divulgação no negócio. Não é fácil e o orçamento às vezes é curto. Muitos donos acreditam que somente a qualidade dos profissionais e do local é o suficiente para que o negócio seja divulgado. Alberto Dantas, 52, e a esposa, Rose Dantas, não
Academias vão muito além de um local para erguer peso e correr na esteira
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veem assim. Sócios da Academia Cooperativa do Corpo, de Gravataí, eles buscaram auxílio de uma consultoria para ajudar no negócio, que, como Dan- tas conta, “começou num ginásio de escola”.“Desde a época em que eu dava aula de ginásti- ca para a comunidade depois das atividades físicas na escola (Dantas era professor de educação física na rede municipal) que meu trabalho é reconheci- do pela qualidade. Depois que abrimos a academia precisamos apresentar isso para as pessoas. Para que elas viessem se exercitar nesse espaço era preciso saber que aqui tem qualidade, equipamentos ótimos, professores treinados e modalidades tradicionais e da moda”, explica.
Dentro das ações de divulgação da academia, uma das mais bem-sucedidas é o Open House. Nesta data, que nes- te ano deve ocorrer no final de junho, a academia abre as portas para a comunidade para um dia inteiro de atividades gratuitas. “Nossa intenção é receber as pessoas para um dia de saúde. Fazemos aulas coletivas de dança, musculação, gi- nástica. É muito divertido e uma maneira muito bacana de fazer as pessoas conhecerem a academia. Sempre colhemos bons frutos”, afirma.
FOCO NO SEGMENTADO
Quando a educadora física Cristina Jucá recebeu a pro- posta para comprar a academia onde trabalhava no bairro Três Figueiras, na capital, ela não pensou duas vezes. “Era
isso que eu queria!” Há três anos ela é proprietária de uma das três unidades da franquia norte-americana Curves – A
Academia da Mulher em Porto Alegre. “Por eu trabalhar no
local e gostar, sabia que era o negócio que eu gostaria de chamar de meu. Muitas academias tratam as mulheres como objetos, aqui nós tratamos nossas alunas como mulheres que têm suas peculiaridades, limitações e vontades”, afirma.
Com um método próprio de ginástica feito num circuito de apenas 30 minutos e com equipamentos exclusivos para respeitar a anatomia do corpo feminino, a Curves atende exclusivamente mulheres, assim como o quadro de profis- sionais, composto só por mulheres. “É muito legal, porque conseguimos atender aquelas mulheres que não gostam de malhar em espaços com homens, com espelhos e que demo- rem. Aqui na Curves conseguimos atender esse público que muitas vezes não se exercitava porque não se sentia bem em academias tradicionais”, explica.
Por ser uma franquia, a Curves conta com toda a parte de divulgação do marketing nacional na rede. Mas também tem como estratégia estar presente, apoiando ações que tra- te da saúde da mulher. “Nós participamos de eventos sobre o alerta ao câncer de mama, caminhadas pelo bairro, esta- mos presentes em atividades que tenham a temática mu- lher, afinal a Curves é feita para elas.” Atualmente, a acade- mia conta com 260 frequentadoras, com idades que variam de 20 a 70 anos.