• Nenhum resultado encontrado

©istock.com/rilueda

45

Maio 2015

121 alunos das academias. “A maioria das pessoas ainda veem

uma academia como local para erguer peso e correr na es- teira, mas somos bem mais do que isso”, explica Janete Cris- tianus, 43 anos. Proprietária há 13 anos da Academia Della, em São Leopoldo, no Vale do Sinos, a educadora física conta que a exigência do público vem aumentando nos últimos anos. “Ao mesmo tempo, as pessoas querem foco em perda de peso, em alívio do estresse, aulas guiadas, e isso exige muita criatividade.”

Para atender o seu público, a Della oferece aulas com

personal trainer, equipamentos novos, profissionais “todos

formados”, aulas de dança, e há cinco anos aula de Muay Thai, arte marcial tailandesa que garante alívio do estres- se, flexibilidade, músculos mais definidos e bastante queima calórica. “Nós temos que sempre buscar aquilo que está na moda, o que as academias de fora estão oferecendo. Nossos alunos precisam sentir que aqui eles encontrarão o que há de mais moderno no universo fitness, e isso não é fácil. Exige muito planejamento”, afirma Janete.

Para conseguir agradar aos mais de 700 alunos ativos na academia, a equipe técnica se reúne mensalmente para discutir e avaliar as aulas. “Não podemos achar que está bom nunca”, ressalta Janete, afirmando já ter novidades em mente para o próximo semestre. “Ainda estamos em fase de pesquisas, mas teremos aulas novas em breve.”

ADMINISTRANDO O NEGÓCIO

O sonho de ser dono do próprio negócio é o motivador para o início de muitas academias. Para a Academia Equilí- brio Wellness de Montenegro, no Vale do Caí, não foi dife- rente. Trabalhando como professora no local, a educadora física Fabíola Leser Daudt, 34, recebeu em 2010 a proposta que tanto queria: a de comprar a Equilíbrio. Ela e mais uma professora abriram uma sociedade e juntas administraram o negócio até 2013, quando a Fabíola assumiu sozinha o em- preendimento. “Era um sonho que virou realidade, e eu ain- da não cheguei onde quero”, afirma confiante a agora em- presária, que não deixou de ser professora.

Uma das primeira modalidades que a jovem dona de academia criou, ainda com a sócia, foi um grupo de corri- da. “Naquele ano ainda não era a febre que é hoje, o que mostra que tivemos uma decisão acertada”, orgulha-se. O

grupo de corridas Well Runner’s conta com 50 alunos e é um dos líderes do circuito de corrida do Sesc-RS. “É claro que nem todos os praticantes participam das competições, mas conseguimos formar uma unidade forte, na qual as pessoas veem na corrida algo bom e saudável”, destaca.

A educadora física encara o seu negócio com a seriedade que ele merece. “Não somos qualquer academia e para isso precisamos estar sempre crescendo”, afirma. Sem experiência em administração de empresas, Fabíola buscou ajuda de uma consultoria e hoje tem na sua equipe profissional seus guias para novas ações. “Todas as novas aulas, modalidade e horários discutimos em encontros regulares. Nossos alunos também são superparticipativos e estão sempre sugerindo novidades.”

Dessas sugestões surgiram aulas como body combat, boby

balance, power jump, TRX, zumba e sh’bam (pronuncia-se xi-

bam), por exemplo. Para 2015, Fabíola projeta ampliar o es- paço de 700 m² onde a academia está instalada. “A intenção é oferecer mais conforto para os nossos alunos e também ampliar nossas aulas”, conclui.

OPEN ACADEMIA

Assim como em outros setores, as academias também precisam de divulgação, de ações e campanhas que ajudem na divulgação no negócio. Não é fácil e o orçamento às vezes é curto. Muitos donos acreditam que somente a qualidade dos profissionais e do local é o suficiente para que o negócio seja divulgado. Alberto Dantas, 52, e a esposa, Rose Dantas, não

Academias vão muito além de um local para erguer peso e correr na esteira

d

ivulgação/Academia

d

’e

46

Maio 2015 121

ni

cho

Academias

ni

cho

veem assim. Sócios da Academia Cooperativa do Corpo, de Gravataí, eles buscaram auxílio de uma consultoria para ajudar no negócio, que, como Dan- tas conta, “começou num ginásio de escola”.

“Desde a época em que eu dava aula de ginásti- ca para a comunidade depois das atividades físicas na escola (Dantas era professor de educação física na rede municipal) que meu trabalho é reconheci- do pela qualidade. Depois que abrimos a academia precisamos apresentar isso para as pessoas. Para que elas viessem se exercitar nesse espaço era preciso saber que aqui tem qualidade, equipamentos ótimos, professores treinados e modalidades tradicionais e da moda”, explica.

Dentro das ações de divulgação da academia, uma das mais bem-sucedidas é o Open House. Nesta data, que nes- te ano deve ocorrer no final de junho, a academia abre as portas para a comunidade para um dia inteiro de atividades gratuitas. “Nossa intenção é receber as pessoas para um dia de saúde. Fazemos aulas coletivas de dança, musculação, gi- nástica. É muito divertido e uma maneira muito bacana de fazer as pessoas conhecerem a academia. Sempre colhemos bons frutos”, afirma.

FOCO NO SEGMENTADO

Quando a educadora física Cristina Jucá recebeu a pro- posta para comprar a academia onde trabalhava no bairro Três Figueiras, na capital, ela não pensou duas vezes. “Era

isso que eu queria!” Há três anos ela é proprietária de uma das três unidades da franquia norte-americana Curves – A

Academia da Mulher em Porto Alegre. “Por eu trabalhar no

local e gostar, sabia que era o negócio que eu gostaria de chamar de meu. Muitas academias tratam as mulheres como objetos, aqui nós tratamos nossas alunas como mulheres que têm suas peculiaridades, limitações e vontades”, afirma.

Com um método próprio de ginástica feito num circuito de apenas 30 minutos e com equipamentos exclusivos para respeitar a anatomia do corpo feminino, a Curves atende exclusivamente mulheres, assim como o quadro de profis- sionais, composto só por mulheres. “É muito legal, porque conseguimos atender aquelas mulheres que não gostam de malhar em espaços com homens, com espelhos e que demo- rem. Aqui na Curves conseguimos atender esse público que muitas vezes não se exercitava porque não se sentia bem em academias tradicionais”, explica.

Por ser uma franquia, a Curves conta com toda a parte de divulgação do marketing nacional na rede. Mas também tem como estratégia estar presente, apoiando ações que tra- te da saúde da mulher. “Nós participamos de eventos sobre o alerta ao câncer de mama, caminhadas pelo bairro, esta- mos presentes em atividades que tenham a temática mu- lher, afinal a Curves é feita para elas.” Atualmente, a acade- mia conta com 260 frequentadoras, com idades que variam de 20 a 70 anos.

Documentos relacionados