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SAZONALIDADE / VARIÁVEIS “DUMMY"

AS "FAMÍLIAS" DE VARIÁVEIS INDEPENDENTES

4.4.6 SAZONALIDADE / VARIÁVEIS “DUMMY"

A sazonalidade das séries foi mencionada diversas vezes. A série da Propensão ao Financiamento apresenta comportamento sazonal ao longo do ano, conforme pode ser verificado no Gráfico 8. Neste Gráfico mantivemos os dados de Propensão nos últimos 8 anos embora estejamos trabalhando com 5 anos apenas; isto objetiva reforçar a existência da sazonalidade, não influindo no desenvolvimento posterior do trabalho.

Gráfico 8 – Sazonalidade da Propensão ao longo dos anos (período 1997 – 2004)

Fonte: CREDICARD S.A. Dados ajustados pelo autor

Propensão ao Financiamento - séries anuais

25% 30% 35% 40% 45% 50%

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

meses Propensão 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Observamos que os maiores picos ocorrerem em torno dos meses de Março de cada ano, pouco após os maiores vales que ocorrem nos meses de Dezembro e Janeiro. A redução do Financiamento nos finais de ano se deve ao recebimento do 13º salário, que é utilizado em grande parte para a quitação de empréstimos e dívidas pessoais. Por outro lado, o primeiro trimestre concentra as maiores despesas da maioria da população – não somente os pagamentos das despesas do final do ano anterior, como também a incidência de diversos impostos (IPTU, IPVA), uma

grande concentração de férias e ainda despesas com escolas e materiais escolares (REHDER, 2005), advindo daí um novo aumento da Propensão a Financiar.

Analisaremos portanto duas variáveis “Dummy”:

• Efeito 13o Salário (Novembro = Dezembro = 1; resto do ano = 0) (DUMMY_13)

• Efeito Início do Ano (Fevereiro = Março = Abril = 1; resto do ano = 0) (DUMMY_CARN)

As duas variáveis “dummy” terão o seguinte comportamento: o Efeito 13º Salário reduz a Propensão ao Financiamento, e a variável referente ao início do ano tem correlação positiva com ela.

4.5 RESUMO: VARIÁVEIS INDEPENDENTES PROVÁVEIS NO MODELO

Sumarizando o Capítulo 4, entre as 41 variáveis independentes originais, acreditamos que as selecionadas a seguir tenham maiores possibilidades de utilização no Modelo de regressão da Propensão ao Financiamento:

Grupo Indicadores Internos da Empresa:

• Volume de Transações por Conta Ativa

• Participação do Portfolio Internacional

Grupo Emprego e Renda

• Emprego Formal – Índice Geral

Grupo de Indicadores Econômicos

• M1 (Papel Moeda em Poder do Público)

• Taxa de Câmbio

Grupo Produção e Consumo

• Utilização da Capacidade Instalada na Indústria

Grupo Indicadores Diversos

• Operações de Crédito Totais do Sistema Financeiro - a Pessoas Físicas

Grupo Sazonalidade

• Efeito 13º Salário

5. O MODELO

5.1 AS VARIÁVEIS ELIMINADAS

As 41 variáveis selecionadas no Capítulo 4 foram submetidas a diversas análises através do software MINITAB. Foram analisadas todas as suas correlações (indo além do que fizemos no capítulo anterior, quando somente eram cruzadas as variáveis independentes dentro de uma única família); e estabelecidos os melhores grupos de variáveis através do procedimento “Stepwise”, descrito no Capítulo 3. Por limitações do software, somente podiam ser incluídas 31 variáveis dentro de uma mesma análise; assim, foi feita uma triagem eliminando aquelas que apresentavam alta correlação e redundância com outras variáveis independentes, sendo mantidas as de maior correlação com a Propensão ao Financiamento. Foram eliminadas:

1) Volume de Transações 2) Quantidade de Contas Ativas

Motivo: Por serem valores nominais de uma Empresa prestes às vésperas de ser

dividida ao meio entre seus dois acionistas (CITIBANK e ITAÚ). Os indicadores internos de atividades de associados serão melhor representados através do indicador Volume de Transações por Contas Ativas, que por ser um “ratio”, não será afetado pela cisão.

3) Participação na Base do Portfolio Emergente 4) Participação na Base do Portfolio Local

5) Participação na Base do Portfolio Premium (inc lui cartões Gold, Diners e Corporate)

Motivo: Uma vez que a soma das participações dos quatro Portfolios totaliza 100%,

optamos por incluir somente um deles. O que apresentou maior correlação com a Propensão, conforme visto no capitulo anterior, foi a Participação na Base do Portfolio Emergente, foi esta a variável independente mantida.

6) Índice de Inflação: IPCA 7) Índice de Inflação: INPC 8) Índice de Inflação: IPC-FIPE 9) Índice de Inflação:IGP-M

Motivo: havíamos selecionado 5 indicadores de inflação para eleger somente um

como representativo. Aquele que reúne maior correlação com a variável dependente com menor defasagem é o IGP-DI, que foi mantido.

10) Variação da Base Monetária (Papel-Moeda emitido)

Motivo: baixa correlação, com defasagem muito longa para ser justificada. Ademais,

a família de Indicadores Econômicos já dispõe de 7 outras variáveis independentes representativas.

11) Consumo de Energia Elétrica no Setor Residencial

Motivo: embora este indicador apresentasse razoável correlação com a Propensão

a Financiar, e fosse sempre um dos primeiros selecionados pelo MINITAB para a definição de um modelo, optamos por eliminá-lo devido ao dramático impacto do “apagão” no segundo trimestre de 2001.

5.2 AS VARIÁVEIS SUBMETIDAS

Tabela 3 – Variáveis Submetidas para Confecção do Modelo

(continua)

# Variável Família Sigla

Defasagem (meses) Unidade 1) Volume de Transações p/ conta ativa Indicadores Internos da Empresa (TRNS_CTATV) 3 (R$)

2) Spread Indicadores Internos da

Empresa (SPREAD) 3 % 3) Distribuição da Base de Clientes (participação percentual do portfolio Internacional) Indicadores Internos da Empresa (INTL) 3 % 4) Folha de Pagamentos - indústria

Emprego & Renda (FOL_PG_IND) 12 %

5) Rendimento médio

real dos assalariados no trabalho principal na RMSP

Emprego & Renda (REND_ASSAL_SP) 12 %

6) Pessoal empregado

na indústria

Emprego & Renda (PESS_EMPR_IND) 3 %

7) Emprego formal -

índice geral

Emprego & Renda (EMPR_FORM_GER) 3 %

8) Emprego formal –

comércio

Emprego & Renda (EMPR_FORM_COM) 3 %

9) M1 - papel moeda em

poder do público

Indicadores Econômicos M1 12 R$ Bi

10) Índice de ações: Ibovespa

Indicadores Econômicos IBVSP 12 variação

% a.m.

11) Taxa de juros: CDI Indicadores Econômicos CDI 12 %

12) Relação resgates / saldos de poupança (velocidade de circulação)

Indicadores Econômicos CIRC_PP 12 ratio

13) Rendimento nominal poupança

Indicadores Econômicos REND_PP 12 %

14) Taxa de câmbio: comercial compra (média)

Indicadores Econômicos TX_US$ 3 R$

15) IGP - DI Indicadores Econômicos IGP_DI 3 %

Tabela 3 (cont.) – Variáveis Submetidas para Confecção do Modelo

# Variável Família Sigla

Defasagem

(meses) Unidade

17) Produção industrial de alimentos

Produção PD_ALIM 3 % (média

2002 = 100) 18) Produção industrial de

bens de consumo

Produção PD_BENS_CNS 3 % (média

2002 = 100) 19) Produção industrial de

bens de consumo duráveis

Produção PD_BC_DUR 3 % (média

2002 = 100) 20) Produção industrial de

bens de consumo não- duráveis

Produção PD_BC_NDUR 3 % (média

2002 = 100) 21) Utilização da capacidade instalada na indústria Produção UT_CP_IND 12 % 22) Vendas nominais no varejo

Produção VDAS_VAR 12 % (média

2003 = 100) 23) Vendas nominais na

indústria (estado de SP)

Produção VDAS_IND 3 % (jan

2003 = 100)

24) Cesta Básica Diversos CESTA_BAS 3 R$

25) Cheques sem fundo – Serasa Diversos SERASA 12 % 26) Operações de crédito totais do sistema financeiro - a pessoas físicas Diversos CRED_PF_TOT 12 R$ Bi 27) Operações de crédito do sistema financeiro (risco normal) a pessoas físicas Diversos CRED_PF_R_NO 3 R$ Bi 28) Índice de confiança do Consumidor (ICC)

Diversos ICC 5 ratio

29) Dummy 13º Sazonalidade DUMMY_13 0 1 ou 0

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