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SCREENING FARMACOLÓGICO DA DROGA VEGETAL RIZOMAS DE ‘NÓ-DE-CACHORRO’

(Vernonia cognata Less. – Asteraceae)

Pinto MS1, Alpiovezza AR1, Gonçalves ID1, Marcucci MC1, Marques LC1

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Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN

A droga vegetal rizomas de Vernonia cognata Less. (Asteraceae) é amplamente comercializada no Brasil como um adulterante das raízes de Heteropterys aphrodisiaca O. Mach. (Malpighiaceae), sem estudos que a caracterizem farmacognosticamente. Para este experimento, após avaliação farmacobotânica e testes farmacognósticos e biológicos, preparou-se extrato hidroalcoólico a 20% (p/v) com etanol 50% (v/v), seguido de concentração e liofilização. Foram utilizados 35 camundongos suíços machos, jovens (2 meses), pesando entre 20-30 g, oriundos do biotério da Unicamp. Os animais foram aclimatados no LAFE Uniban, pesados e receberam água (controle) ou o liofilizado por via oral (100 e 5000 mg/Kg) e via i.p. (1, 100, 500, 2000 mg/Kg), sendo observados durante 4 horas e até 14 dias depois, utilizando-se como roteiro básico o protocolo estabelecido por Carlini (Rev. Bras. Biol. v.32, n.2, p.65-274, 1972). A identificação de exemplares floridos coletados na região oeste da cidade de São Paulo foi feita pelo especialista Dr. Benoit Loeuille (USP-SP). No screening, não foi verificada nenhuma alteração dos parâmetros especificados no protocolo (ataxia, ptose, salivação dentre outros), não ocorreu mortalidade em nenhum dos grupos e doses avaliados nem ocorreram diferenças significantes no peso dos animais (tempos 0, 7 e 14 dias) ou no peso dos órgãos. Conclui-se ser o extrato hidroalcoólico 50% dos rizomas de V. cognata como de baixa toxicidade, tanto via oral quanto i.p., e não indutor de comportamentos indicativos de efeitos farmacológicos agudos. Estimam-se as DL50 como superior a 2.000 mg/Kg (i.p.) e superior a 5.000 mg/Kg (oral).

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06.09

ATIVIDADES ANTIOXIDANTE E ANTITUMORAL DE Diclidanthera laurifolia Mart. Stoppa C1, Vendramini J1, Nunes C2, Ribeiro MCM1, Diniz S1

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Universidade Bandeirante Anhanguera, UNIBAN, 2FMUSP.

Introdução: Diclidanthera laurifolia é uma planta popularmente conhecida por “João-da- Costa” ou “jaboticaba-de-cipó”, membro da família Polygalaceae, de uso terapêutico tradicional em condições ginecológicas, cujas atividades biológicas são pouco conhecidas ou evidenciadas. O objetivo do presente trabalho foi o de determinar a atividade antioxidante e antitumoral de um extrato hidroetanólico de amostras de caules da referida planta adquirida de fornecedor da cidade de São Paulo. Material e métodos: Foi obtido um extrato hidroetanólico (50:50) a 0,5% do qual foi feita a análise de atividade antioxidante pela cinética espectrofotométrica de descoloração do radical DPPH em 517nm. Para a realização do experimento de citotoxicidade as células da linhagem tumoral de melanoma murino “B16F10” foram cultivadas em placas de 96 poços com RPMI completo, composto por RPMI- 1640, enriquecido com glutamina 2 mM, tamponado com bicarbonato de sódio 24 mM, HEPES 20 mM, 10% de soro fetal bovino (SFB) e antibióticos (10000 U/mL de penicilina e 10000 mg/mL de estreptomicina) e Garamycin 30 mg/mL (Schering-Plough) na concentração de 1,0 x104/poço e tratadas com diversas concentrações do extrato hidroalcóolico de João da Costa (a partir da solução estoque de 10 mg/mL), ou com somente o veículo alcoólico a 50%, por 24 h. Os controles não foram tratados com o extrato. Após esse período, a proliferação foi avaliada pelo método do “MTT” (3-(4,5-dimethylthiazol-2-yl)-2,5- diphenyltetrazolium bromide, Sigma-Aldrich), que utiliza tetrazolium bio-reduzido pelas células gerando um produto colorido chamado de formazona. Nos poços contendo as células tratadas ou não com o extrato, foram adicionados 50µL de solução de MTT (5mg/mL) e incubados por 4h. Após esse período, o sobrenadante foi retirado e as células foram lisadas com 200µL DMSO (dimetilsulfóxido, Aldrich). A absorbância foi medida a 540 nm em espectrofotômetro, e a medida da formazona formada correlaciona diretamente com o número de células viáveis na cultura. Resultados e discussão: A atividade antioxidante expressa em CE50 (dose que elimina 50% dos radicais livres) foi de 71,24 µg/mL. Com

respeito à atividade antitumoral, o cálculo da medida de IC50, que é a concentração inibitória

do composto onde é observada uma inibição de 50% da viabilidade celular comparada com 100% de viabilidade dos poços controle (sem o tratamento), ou seja, é a concentração do composto onde se tem um efeito tóxico para 50% das células adicionadas nos poços com o extrato etanólico a 0,5%. Os resultados demonstraram uma capacidade antitumoral do extrato hidroalcoólico de João da Costa com um valor de IC50 = 1421,68 µg/mL. Conclusão: Os resultados da atividade antioxidante sinalizam para as possíveis ações anti-inflamatória e cicatrizante da planta. O IC50 em células demonstra a capacidade antitumoral do extrato de

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06.10

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIPROLIFERATINA IN VITRO DE AMOSTRAS DE Piper

umbellatum L. DE DIFERENTES PROCEDÊNCIAS

Iwamoto LH1, Andrade PH2, Ruiz ALTG3, Carvalho JE3, Foglio MA1, Rodrigues RAF1

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UNICAMP/CPQBA - Departamento de Fitoquimica, 2PUC-CAMPINAS - Farmácia,

3

UNICAMP/CPQBA - Departamento de Farmacologia e Toxicologia

Piper umbellatum L. (Piperacea) conhecida como pariparoba, é usado pela medicina popular

como antioxidante, anti-malárico e anti-inflamatório. A atividade antiproliferativa in vitro do extrato bruto diclorometano (EBD) foi avaliada com o objetivo de verificar diferentes procedências. Folhas de P. umbellatum foram coletadas no campo experimental do CPQBA/UNICAMP (exsicata 127123) Paulínia-SP, Ubatuba-SP (UBA) e Monte Sião-MG (MG) e extraídas frescas por maceração com diclorometano. Verificou-se a atividade antiproliferativa in vitro em um painel com 7 linhagens tumorais humanas por um período de exposição de 48h e avaliou-se pelo método da Sulforrodamina B. As amostras foram testadas nas concentrações de 0,25; 2,5, 25 e 250 µg/mL e a concentração necessária para inibição total de crescimento celular (TGI) foi calculada através do software ORIGIN 8.0. A média dos valores de TGI foram obtidas: 9,63; 14,0 e 52,5 µg/mL, respectivamente para as amostras CPQBA, UBA e MG. Além disso, o perfil cromatográfico por cromatografia gasosa com detector de massas (CG/EM) constatou diferenças entre as amostras estudadas. No extrato de MG que apresentou atividade inferior, foram identificados: nerolidol-2 (11,2min) com concentração 10 vezes maior do que as demais amostras e gama-amorfeno (10,5min) cerca de 3 vezes menor. O composto majoritário (4-nerolidicatecol -29,4min) não houve concordância com a biblioteca NIST. Contudo, através da relação m/z (314) e dados da literatura foi possível corroborar sua presença. Através dos valores de TGI obtidos pode-se concluir que a atividade antiproliferativa in vitro da amostra CPQBA foi mais promissora em relação às demais.

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07.01

AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA ORAL DE Passiflora edulis Sims (Passifloraceae) EM CAMUNDONGOS

Beraldo J1, Soares CHW2, Kato ETM3, Silva JLV1

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Universidade Nove de Julho - Saúde, 2Universidade Nove de Julho - Farmácia- Bioquímica/Saúde, 3Universidade de São Paulo - Faculdade de Ciências Farmacêuticas

Introdução: Passiflora edulis (Passifloraceae) é conhecida como "maracujá-azedo", sendo usada na medicina popular como ansiolítico, sedativo, diurético. Decidiu-se avaliar a toxicidade aguda oral do extrato etanólico liofilizado obtido das folhas e caules de P. edulis (Pe-EtOH) em camundongos. Material e métodos: a metodologia foi desenvolvida segundo a Res. 90 (ANVISA, 2004) e aprovada pelo Comitê de Ética no Uso de Animal da UNINOVE (AN 0003/11). Camundongos machos Swiss (15–25g) foram divididos em 2 grupos (n=5): Pe-EtOH (2g/kg, v.o.) e veículo (1 mL/kg de água +TWEN-20 0.1%, v.o.). Os animais foram monitorados por 14 dias, em seguida foram eutanasiados em câmera de CO2, seguido de

dissecação, retirada e pesagem de órgãos vitais (pulmões, coração, rins e fígado). A análise estatística foi verificada pelo ANOVA de uma via seguido do pós-teste de Dunnett ou teste “t” de Student (p<0,05). Resultados e Discussão: o Pe-EtOH (2g/kg, v.o.) induziu apenas 01 morte após 72hs. Os animais tratados (n=5) com o Pe-EtOH tiveram a locomoção reduzida (p<0,05) aos 30 e 60 min. depois do tratamento (espaços=5,2±1,4 e 11,8±7,3, respectivamente) quando comparados ao grupo controle (espaços=47,8±4,4 e 34,4±3,1, respectivamente) sendo revertido aos 90 min. Após a eutanásia, houve redução significativa no peso do coração e pulmões dos animais tratados (P=0,7±0,07 e 0,8±0,06 mg/g, n=4, respectivamente) quando comparados ao controle (P=0,9±0,09 e 1,9±0,08 mg/g, n=5, respectivamente). Conclusão: o extrato das folhas e caule de P. edulis na dose oral de 2g/kg não é potencialmente tóxico, apresentando efeito sedativo corroborando o seu uso popular.

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07.02

AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE AGUDA DO EXTRATO HIDROETANÓLICO DA MAMA CADELA