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CAPÍTULO 4 - RUBY ON RAILS – O FRAMEWORK

4.6 Scripts do Ruby on Rails

 test/: Segundo Juqueira (2007, p. 98), Sempre que “[...] os scripts de geração são utilizados, arquivos de teste de modelo são criados e colocados neste diretório automaticamente”. Este diretório engloba “uma suíte completa de testes integrados” eles incluem testes unitários, de performance, funcionais, integração dentre outros (AKITA, 2006, p. 39).

 tmp/: Esse diretório mantém “[...] arquivos temporários como cache, sessions e locks” (AKITA, 2006, p. 39).

 vendor/: Segundo Akita (2006, p. 39), nesse diretório “[...] são instalados plugins e engines” para estender as funcionalidades do Rails.

4.6 Scripts do Ruby on Rails

Para facilitar o desenvolvimento das aplicações, o Ruby on Rails disponibiliza uma série de scripts (que ficam no diretório script/) para auxiliar na geração automática de código e aumentar a velocidade do desenvolvimento (JUNQUEIRA, 2007, p. 102). Alguns deles são detalhados abaixo.

 console: Diz Junqueira (2007, p. 102) que este comando “[...] disponibiliza um console para a interação com o ambiente da aplicação Rails, no qual é possível interagir com o modelo do domínio”, testando métodos, inspecionando modelos e manipulando informações do banco de dados.  destroy: Destrói arquivos autogerados pelo comando script/generate

(THOMAS & HANSSON, 2005, p. 227).

 generate: Dito como o gerador de código. Ele pode criar controllers, models, scaffolds, mailers e Web Services. Com ele também é possível efetuar o download de geradores adicionais (THOMAS & HANSSON, 2005, p. 227).

Capítulo 4 Ruby on Rails – O Framework

 server: Esse script roda um servidor Web que já está embutido em uma aplicação Rails, geralmente é utilizado quando a aplicação está sendo desenvolvida (THOMAS & HANSSON, 2005, p. 227).

4.7 Vantagens e desvantagens

Além das vantagens apresentadas até agora pode-se ainda citar segundo Thomas & Hansson (2005):

 Rapidez e simplicidade no desenvolvimento de aplicações Web utilizando padrões de software atuais.

 No Rails as complicações arquiteturais com bando de dados são esquecidas, pois ele resolverá todos os problemas de persistência.

 Rails possui suporte a várias tecnologias Web, como por exemplo, a facilidade de trabalhar com e-mails, Web Services e Ajax.

 Possui uma funcionalidade chamada “Migrations” que é responsável pela atualização ou rollbacks22 de banco de dados, facilitando assim o controle entre versões.

 Possui uma funcionalidade chamada RJS – Ruby Javascript, que nada mais é que escrever Javascript e Ajax dentro das aplicações Rails utilizando a linguagem Ruby.

Apesar das grandes vantagens o Rails como qualquer outro software possui algumas desvantagens que segundo Baguley (2007) são:

 Para fazer um pequeno software no Rails é muito simples, mas para desenvolver grandes aplicações é necessário dominar o framework conhecendo a fundo as suas facetas, ou seja, é necessário dedicar tempo no estudo do framework.

 O Rails ainda não é difundido como outras tecnologias como TOMCAT, ASP.Net, etc. Isso em alguns casos dificultará o acesso a bibliotecas, grupos de discussão, fóruns.

22 Rollback faz com que as mudanças nos dados existentes sejão descartadas. Mais detalhes em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/SQL>

 Por não ser ainda tão difundido o Rails ainda não se integra a todos os Servidores Web existentes, isso pode ser uma dificuldade em grandes empresas.

 As ferramentas que se integram ao Rails ainda são novas prejudicando o desenvolvimento mais eficiente de programadores já acostumados com IDE’s prontas com recursos como code-completion (complemento automático do código escrito).

4.8 Instalação

Existem diversas formas de se instalar o Rails, mas, após a instalação do Ruby (Seção 3.5) ficará disponível para o usuário um aplicativo de gerenciamento de pacotes denominado “gems”. Através desse gerenciador é possível proceder a instalação do Rails digitando no prompt de comando a seguinte expressão:

> gem install rails –include-dependencies

Após a execução do comando, o instalador acessará o site Ruby Forge23 e efetuará a instalação de todo módulo Rails e suas dependências. Após o termino do procedimento o Rails já estará instalado e pronto para o uso (TATE & HIBBS, 2006, p. 03).

Verifica-se então a enorme facilidade de se instalar o framework a partir do gerenciador de pacotes gems que já vem instalado por padrão na instalação da linguagem Ruby (Seção 3.5).

Capítulo 4 Ruby on Rails – O Framework

4.9 Aspectos práticos

Segundo Junqueira (2007), uma aplicação Rails pode ser criada seguindo quatro passos básicos ilustrados na Figura 4.4.

Figura 4.4 – Passos para a criação de Aplicações Web com Ruby on Rails

Fonte: JUNQUEIRA, 2007

Seguindo os passos apresentados na Figura 4.4, e utilizando-a como roteiro para criação de uma aplicação Web com Ruby on Rails, deve-se considerar que:

 Criação do banco de dados: “Esta etapa consiste em criar o banco de dados da aplicação”. Nessa etapa considera-se que o usuário saiba manipular o seu banco de dados preferido e que o mesmo tenha permissão para efetuar os procedimentos de criação do banco de dados.

 Criação da estrutura padrão: Após a instalação do framework, “o comando rails pode ser utilizado para criar uma aplicação”. A utilização deste comando é bastante simples, resumindo-se a apenas digitar “rails <nome_da_aplicação>” para que seja gerada a estrutura de diretórios padrão (Seção 4.5) baseado no nome da aplicação.

 Configuração do banco de dados: Depois de efetuado os dois primeiros passos para a criação de uma aplicação em Ruby on Rails, deve-se configurar o banco de dados que a aplicação vai utilizar, através do arquivo “config/database.yml” onde é possível definir os parâmetros de acesso ao banco de dados. Criação do banco de dados Criação da estrutura padrão Configuração do banco de dados Criação de scaffolding

 Criação de scaffolding: “É sugerida a utilização de scaffolding24 para agilizar a criação de aplicações”. Para tanto basta utilizar o comando “ruby script/generate scaffold <nome_da_tabela>”. Dessa forma, após a execução do comando supracidato, o desenvolvedor já desfrutará das operações básicas (inserção, deleção, edição, visualização) para sua tabela (JUNQUEIRA, 2007, p. 102-103).

Após seguir os passos citados na Figura 4.4 e descritos no parágrafo anterior, pode-se executar o comando “ruby script/server” para a inicialização do servidor HTTP (por padrão o servidor WebRick é iniciado) que vem embutido nas aplicações Rails. Assim será possível acessar a aplicação através de um browser.

4.9 Discussão

Nesse capítulo percebe-se a enorme capacidade do Rails produzir aplicações com alto nível de produtividade, tornando assim o processo de desenvolvimento um ato ágil.

Pode-se observar também que o framework Rails é bem organizado utilizando vários scripts de geração e manipulação de código, e uma estrutura de pastas para acomodar todo o projeto que está sendo utilizado, isto facilita a manutenção e torna o projeto mais portável visto que toda estrutura pode ser copiada para qualquer computador e utilizada sem nenhum empecilho.

O Ruby on Rails mostra-se um framework completo, autogerando as três camadas do MVC de forma explícita e possibilitando também que o desenvolvedor possa manipular tais camadas, facilitando dessa forma a integração com outras tecnologias que venham a ajudar na criação de aplicações RIA.

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