"Considerem-se campos contínuos e arbitrários de tensões
(al.i
:
a.ii) e deformações (c.l j:
cj.i) e um campo conta'nuo at'bl-tr;rio de deslocamentos (u.), definidos em todos os pontos do dg.
m:Ínio V ocupado pelo corpo. Considet"e-se também um campo vetar.!
al arbitrário de tensões (a{) definido na fronteira E. Seja W3
a função densidade de energia de deformação, não necessariamente
quadrãtica, mas continua e de primeiras derivadas conta'nuas, das componentes de deformação. Então se
a ) c{ j 0.5 (uj ,j + uj ,i ) em V
-:k ' 'q' " "
a! = a! . n . em E
c ) u.í : Ü.Í em E2
d) al : ;j em EI
o funcional (2.7.4) é estacionário e.t'eciprocameBte, se o funn cional(2.7.4) for estacionário, as condições a), b). c) e d) dS. vem verifica r-se"
2.8 Apl ilação do teQrgplq qç çrçs .ca;gl211
Considere caso simples da treliça h'iperestãtlca. forma da por ril barras prlsmãticas, com uma das extremidades articulada em 0 e a outra apoiada fixamente, sol lc'atada pe'los esforços ex-
ternos PI e Pa, apl'içados em 0, como mostra a figura 2.5. -Tra».
ta de obter as equações de compatibilidade e equill'brio pela
apl ilação do teorema de três campos.
IK-' I'D=' t'N'Í I'P'i-. t'PÕ'r IFo21 }Fo 22 IFo21 IFe2n-l l Fo 2n
2 . 32
A barra de ordem i tem comprimento L:, área de seção trans-
versal S:, módulo de elasticidade E: e faz com a horizontal um
ângulo a. .
Serão consideradas v;lidas as hipóteses da resistência dos ma teria i s .
Considere-se uma função linear arbitrar'ía de deslocamentos
Para a barra de ordem i seja u, e uo as componentes de desloca-
mentos do ponto 0 e uoj e uoj as componentes de deslocamentos do ponto A.i, referidas ao s ístema 0xlx2' Z . -:
u2
x l
u zi+ -fl-- ( u2- B' 2 1 )
uo 2i
B 6 li
Fig. 2.6 - Deslocamentos na barra de ordem {
A
Desta forma, de acordo com a figura 216. .q deslocamento longitudinal, us., de um ponto da seção de abcissa s.i. feri dado
PO r : '
u s .i
'=
s .
l
( u l ulli)} cos aj + ( 2 . 8.1 )
+ {
u;j' -T:--
(u2- ug{)}
sen 'l'j
( 2 . 8 . 2 )
"';, ". - .'' '.; .. . -b..=J.it...- ;'" '.
a s . L.i ' L.i '
ul ' u 2 ' u?i são val odes a rbi trãri os
Para a barra de ordem i, seja a:, uma função constante a!
bítriría, a tensão normal num ponto do plano da seção transver-
sal e c:, uma outra função constante arbitrária, a deformação
longitudinal de um ponto qualquer.
A energia de deformação da estrutura, de acot'do com (2.3.5)
será dada por:
n
u : { :l u .
n
i EI 0 . 5 E i c{ S{ Li ( 2 . 8 . 3 ) Pode-se então escrever' a expressão do funcional F
n i EI 0. 5 Ei c { S.i L.i
. l:!. ., ..z-4
PI ul P2 u2 + l 2 . 8.4 ) ' l l n u 2 ' u ã{) cos a{ + ( ,) sen a.Í} S.i L.i
L
l L j
n
.l EI a.i c.i S.i L.l
n
u?j ' r;j ugj )
onde F?.i e F;.i são as componentes de força nos pontos A.i, refez.i
das ao sistema 0x.xo.
É interessante observar que as quantidades independentes sy. je'itas a var'cações no func'tonal F são: as tensões norma'is a.is
as deformações long'itud'ina'is c.i9 os deslocamentos lona'itud'lna'is
u. e a s força s F:i'l l
çzç/llal\aGiU ic \A:jvl\A \A f/ 1111\lly yllulrHV HV 'n'-v-w
n
6F :
i1l
E{ ci SI Lj '5c{ - PI 6ul - P2 õu2 +(2.8.5)' .EI 6aj {(-!t-:--l!.!.t-) cos 'i + (-'ll'Z-.=-!Zi-) sen aj} sj Lj
L i ' L j ' ' '
{( 6ul - '5uoj) cos a{ +(6u2 - 6u2{) sen aj Sj Lj - i:l aj 6cj S.i Lj n ul'l ' 6 r;j u;{ ) - j 1l n al F L L \ L 0 0 ( F 6u 1 1 1 {
-g,
o uÕF : .Í;l (c.j E.i - ai) S.i L.i 6c.i +
n
+
l;l{{(-
n ( 2 . 8 . 6 ) . .. . 1 . \ ç l '''' 'j' ' 'i' 'l '{ n+ ( IEI a.i Sj cos aj - PI) 6ul +
n
+ ( .ÍEI a.i Sj sen aj - P2) 6u2
j:l (aj Sj cos al + F?j
iêl (al Sj sen ai + F j
6F
[
Í «?,
,!.
«g.À estacionarização do funcional F correspondem as equações
de campo e fronteira do problema elástico. Logo, considerando
se que as variações 6c.i, 6a{, 6ul' 6u2' 6ul-Í9 6u2iP
são arbitrárias e mutuamente independentes, vem:
''?: . '-;,
a. : E . c ,.t.E
( 2 .8 .7 )''; .l ' (-!z..=-:Zl-) ;'" 'l
ni EI a.i S.i cos aj : PI
n
i EI a.i S.i sen aj = P 2 aj :lS{ cos a{ + F?{
a{ S{ sen aj + F;i
-?,
u;{ : 0
ou, observando as duas Ultimas equações de(2.8.7), vem
aj = E.i c.i ( 2 . 8. 8)
Ç
2 . 3 6 n i1l 'i S{ cos 'j P] P2 n j1l '{ S{ se" -j a. S . cos a. l l l '-?: ai
sl
sen aj :-rgj
Obtendo-se u. e uo das equações de(2.8.8) pode-se determi nar as tensões normais a;, as deformações lona ítud mais ci, os deslocamentos longitudinais u. e as forças F?. e F::, o que re
solve completamente o problema: +
\
2 . 9 Teoremas varjacjona ís derivados
Foram apresentados atê aqui do'is teoremas de um campos o da energ ía..potencial total e o da energia potencial complementar to tal e um teorema de três campos» também chamado de teorema gene-
ralizado da energia potencial total.
A partir do teorema de três campos pode-se obter vários ou- tros teoremas variacionais, {ncluTdos os teoremas de um lírico campos introduzindo equações conven'lentes na expressão do func'ig na 1 ( 2 . 7 . 4 ) .
Introduzindo as equações subsidiárias
ci j 0. 5 (U.i ,j + uj , em V ( 2 . 9 . 1 )
o funcional do teorema de três campos
F =
) -
.":h.p'"'l.i.".'"
l,,;.«..,.
( 2 . 9 . 3 )' lv 'lj {0'5(ul.j + uj,j) - cij} dv ' IÍtZ al(ül
ul ) dEreduz-se ao funcional T do teorema da mínima energia potencial
to tal
T =
=
lv
W3 (cij)
dV X.i u.l d V 1 1 al u . d E( 2 . 9.4 )
com as cond.ições subsidiárias
(2.9.1) e(2.9.2)
Considere-se agora a introdução da equação
a! . n . = a! em E ( 2 . 9 . 5 )
no funcional F do teorema de três campos, que se reduz a
rl
'
lvW3(clj)
dV-lvij
uj dV-ltl
a{
u{ dE+(Z.9.6) =}
+ lv
alj {0'5 (u{.j+
uj.{l c . .} d V +l J '+ ItZ
jj nj(ü{ -
uj)
dEDesta forma o número de quantidades independentes sujeitas a variações no funcional FI passa a ser 15 (aij' c.ij. u.l)
2.38
r)bserva-se que o teorema varjacíonal pode ser obtido pela esta- cionarizaçio de FI apresentando variações arbitrárias e mutuameD.
te independentes dos campos de tensões (6ai{), de deformações
(ócq{) e de deslocamentos(6u:).
Seja. portanto, a primeira variação de FI
8FI
.Jb.
V 6 € . . d V ( 2 . 9 . 7 ) C V (ajj,j + Xj) '5uj dV + lv o' 5 (" j ,j c.ij} 6aij dV +It.
(ajj nj-
ãj) 6u{ dE+ IZ.
6aij nj(Üi u.i ) d E L L obtida de acordo com a técnica util ízada atê agora0
teoremavariacional
apresenta tão da seguinte forma"Em presença de(2.9.7), se se tiver
';= ( 2 . 9 . 8) a , , . + X , = 0 em V '{ j 0.5 (u{,j + uj,{) em V ajj nj : aj em EI u.Í : u.i em E 2
L
o funcional FI ê estacionário. De forma inversa, se o funcional FI for estacionário., ocorrem as expressões(2.9.8)".
E interessante observar que as condições de estacionaridade de FI são as equações de campo e condições de fronteira do pro-
bl ema el ãs tic o.
Outro teorema variacional que pode ser obtido ê o devido a Reissner, com o estabelecimento do func'tonal Fn, obt'ído pela 'in-
trodução da função densidade da energia complementar de deforma-
çãop W3 (a.ij)+ em lugar da função dens'idade da energ'ia de defor-
mação, W3(cij), no funcional FI' Assim com a equação:
W3 ( c.i j') cjj W3 (alj) e" V ( 2 . 9 . 9 )
no func{ ona.l FI 8 obtêm-se
rR : ' lv w3 ('lj) dv - lv ij "{ v + ( 2 . 9 . 1 0 )
' J.
O. 5 (u.i,j + uj ,i ) d V +it
2 nj (ü{ u.Í ) d E [l u . d EDesta forma o numero de quantidades independentes suje itas a variações no funcional FR passam a ser nove (a.i j e u.i). 0 teorg.
ma varjacional pode ser obtido pela estacionar'ização do funcio-
nal FR apresentando variações arbjtrãrias e mutuamente indepen
dentes dos campos de tensões(6a.il) e de deslocamentos(6u.).
L L
2 .40
+
6FR V aa:: 0.5(uj,j+uj,i)}õaljdV-(2.9.11)
lv(ij
+
aij,j) 6ui dV+ ItZ
6a j nj(alu.) dE +
''' 1;
'1h.j
"j- ai) '",
«'obtida de acordo com a técnica utilizada atê agora.
0 teorema variaclonal apresenta então da seguinte forma "Em presença de(2.9.11), se se t'iver
aw, aa; .i + (U.i ,j + u j ,{ em V ( 2 . 9 .1 2 )
'jj ,j ' x{
em V 'jj' nj : ãi 'm ZI uj : üi em E2o funcional F. ê estacionário. De forma inversa, se o funcional F. for estacionário ocorrem as expressões(2.9.12)".
0 teorema de Reissner, por permitir variações l ivres dos campos de tensões e de deslocamentos, apresenta um teorÊ ma de dois campos. E interessante observar que o teorema de nn PF.AH +n{ n npimo'ipQ t.pnrpma de dois campos, apresentado em
Rei s s n l u hll
L
Outro funcional pode ser obtido. integrando se por partes,
no funcional FR) a parcela que contém ul .i. Assim, observando- s e que
V aij 0'5(u{,j + uj,l) dV ' lv aij ui,j dV ( 2 . 9 . 1 3 )
lv (ajj uj),j dV a, . l J 9 J . u . d Vl
J;
nj uÍ d E ' lv ajj ,j u{ dV vem. "; ''..' '« - l.
X.i ) u.i d V + ( 2 . 9 .1 4 )+ ,EI(a.lj nj - Õ.i) u.í dZ + IZ ajj nj Üi dE
Novas restrições estabelecidas através das equações
ajj ,j + Xj : 0 em V ( 2 . 9 . 1 5 )
nj : aj em EI ( 2 . 9 .1 6 )
levam ao funcional
V w+ (alj) dV + IZ, ajj nj ÕI dE ( 2 . 9 .1 7 )
B
L L
2 .4 2
Desta forma o numero de quantidades independentes sujeitas a variações no funcional T+passam a ser seis(ajj), envolvendo
variações livres de um Único campo..
Observando que T+ = e-se enunciar o seguinte teg.
rema va nacional
"Entre todas as soluções equilibradas, a que além de equíl.l brada for compatível, torna máximo o funcional T , desde que se verifiquem as hipóteses de elasticidade, estabilidade material e
linearidade geomê trica'.
É interessante a sequência dos teoremas variacionais, par' tindo do teorema das deformações virtuais, estabelecendo os teo- remas da energ'ia potenc'ial total ml'n'ima, de.três camposs de Reissner e o relativo ao funcional T"= - T .
Essa transformação de T em T' ê conhecida como transforma- ção de Friedrich. A solução do problema elástico caracterizada por um mTnímo do funcional T, também o ê por um máximo do funcig.
.Sej.a o funcional energia potencial complementar total
+ na l T
-' ' J.
«: ai j ) dV - = a . õ . d E : ' . ' ( 2 .9 .1 8)sujeito ãs cond'íções subsidiárias
L alj ,j + X{ em V ( 2 . 9.1 9) e alj nj : aj em EI (2 .9.20)
Então, de acordo com a técnica dos multiplicadores de Lagrange, pode-se estabelecer um novo funcional
lv W3 ('jj) dV - IEp '{ j '
( 2 . 9 . 21 )
+ IV (ajj,j + ii) ui dV + Itl(ai - ajj nj) uj dE
e observando-se que
+
W3 (alj) ) :: ajj cjj ' W3 (cij) em V a iJ,j V = ( 2 . 9 . 2 2 ) u ! d V l ( 2 . 9 . 2 3 ) V (alj u{),j dV
r.
u ! . d V l 9 JJ,
u ! n . d E l J o . 5 ( u : ,j + u.l ,{ ) dV a . . n . : a. em E l J J l ( 2 . 9 . 2 4 ) a expres sao +de F pode ser transformada em
+
F
v W3 ('jj) dV + lv !{ uj dV ( 2 . 9 . 2 5 )
1. '.l {'.; nl,j ''' ";,''
c.ij } dV +L
2 . 4 4
Comparando-se(2.9.25) com(2.9.3) e observando-se que a substituição de aj, ajj e u.i por aj' a.ij e u.i não afeta senão a
notação, vem:
+
F ( 2 . 9 . 2 6 )
Considerando-se(2.9.26), observa-se que de forma totalmen- te análoga poder-se partir do teorema das forças v'írtuais e estabelecer entre outros os teoremas variacionais da energia po- tencial complementar total, de Reissner, de três campos e o relê tive a um func tonal T = -T
A expressão (2.9.26) permite ainda observar que mesmo sendo
os teoremas de um campos teoremas de mínimo, o func'tonal F ê m:m-
imo para as condições do teorema da energia potencial total,
mas mãx.imo para as condições do teorema da energia potencial coy.
plementar total. 0 teorema geral não podem portanto, ser ma'is
que um teorema de estacionaridade.
Um..resumo interessante do que foi exposto ê apresentado em
< E: 0 h- l E 'Q 0 'u'u 0
CAP. 3 - MODELO CONTíNuo GENÉRICO.
EXTREMOS DA ENERGIA DE DEFORMAÇÃO
3.1 - 1ptrodução
Estabeleceu teriormente um modelo tridimensional que
permite determinar a solução exala do problema el;stjco. Hã cer tos tipos de estrutura, ente'etanto. cujo comportamento permite simpl ificações notáveis na sua análise. Essas simpl ificações ob têm-se pela introdução de campos de grandezas generalizadas, re gidas por equações de tratamento ma ís fácil que as gerais, e ain
da distribui'das continuamente em um doma'nio. que conforme o t'ipo
da estrutura temi uma, duas ou três dimensões lisa.
Tem então um conjunto de modelos para a analise estrutu-
ral. Esses modelos, que nada mais são do que aproximações do mg
dela trldimens tonal, por serem análogos entre si e análogos ao tridimensional permitem constituir um modelo genérico do qual tg dos os outros são gerados li71. Daqui para a frente faz
tarte referência ao modelo genérico.
A aproximação das soluções obtidas pelos modelos conta'nuos
pode ser aval fada pelo erro global cometido. Recorre para i.! se a dois métodos: o da determinação de I'ímites super'ior e infe pior de certas grandezas e o estudo da convergência para a solu-
ção exata de uma sucessão de soluções aproximadas.
0 primeiro método sÕ pode ser utilizado no caso das soou
ções serem compatíveis ou equilibradas. Desenvolve-se o mesmo
pela apl lcação i teoria das estruturas de conceitos de analise
funcional . cujos elementos básicos são enunciados.
0 segundo método ê geral. Apl lca-se também ao caso de vio- lação simultânea das cond'lções de equílibrio e compatibll idade. Ele será apresentado quando se tratar do método dos elementos fi
3 . 2
É interessante observar que a convergencia pode aparecer na
teoria das estruturas em outra situação li71.
É o caso de uma sequência de soluções exatas convergindo pg.
ra uma aprox'amada, como ocorre, por exemplos na teoria das cas
cas quando a solução exata do modelo tridimensional converge pa-
ra a solução exala da teoria das cascas com a espessura tendendo
para zero. 0 tratamento desse assunto encontra nas referênci
a s 1 : ' 1 e l ' ' l .
3. 2 - Modem
o
cont:ínuo aenérjco3 . 2 . 1 Equações de campo e fronteira
0 modelo genérico será caracterizado por três tipos de gra!
dezas generalizadas:as tensões, as deformações e os deslocamen
tos. Formam com essas grandezas os respect'avos vetÕres al9 Ess.as grandezas relacionam-se entre si através das equa-
ções U € j ' m a. + X i m de eq uil T b ri o ( 3 . 2 . 1 ) cj : Djm Um deformações-deslocamentos ( 3 . 2 . 2 ) a{ : al (ej) tensões-deformações ( 3 . 2 . 3 ) definidas e contínuas em um doma'nio D l imitado por uma fronteira F onde as equações de equill'brio tomam a forma
e onde são fixadas as condições de contorno aj
Õm em FI (parte da fronteira onde se fi xam a s tensões )
( 3 . 2 . 5 )
u = u
m m em Fo (parte da fronteira onde se
fixam os desl ocamentos).
( 3 . 2 . 6 )
Nas expressões ac'íma tem X. e P. vetÕres de forçam res- pectivamente, por unidade de volume e por unidade de superfície;
Djm e cm{ operadores diferenciais e Nmi matriz que define a ori
entação da normal em cada ponto da fronteira
Desta forma a analise estrutural , pelo modelo genét'ico, li
cita-se i resolução do sistema de equações(3.2.1) a(3.2.4) ob-
servando ãs condições de contorno(3.2.5) e(3.2.6).
Um campo de tensões diz equil'obrado se observa is equa-
ções(3.2.1). Um campo de deformações diz-se íntegrãvel se ob-
serva ãs equações (3. 2. 2).
Um conjunto de campos verificando(3.2.1),(3.2.3),(3.2.4) e (3.2.5) constitui uma solução equilibrada. Um conjunto de caE
pos verificando(3.2.2),(3.2.3) e(3.2.6) constitu'l uma solução
compatl'vel. Uma solução que seja compat:ível e equilibrada ê a
solução exata correspondente ao modelo genérico.
Qualquer tentativa de resolução do sistema(3.2.1) a (3.2.6)
ser; prejud içada pela sua heterogeneidade. Deve se portanto prg
curar formular o problema, por el imitação. em termos de incógni- tas de mesma natureza. Duas possibilidades básicas se apresentam:
a formulação em tensões e em deslocamentos que conduzem, respec- tivamente. ao processo das tensões e ao processo dos des.locamen-
3 . 4
3.2.2 - Teorema do trabal ho
Seja um campo de tensões aj equilibrado qualquer e um campo de deformações c: {ntegrãvel qualquer.
C on sidere- se a { n teg ral
D 1 1 d D ( 3 . 2 . 7 )
admitindo valida a transformação
10 i Dim Um dD : Ir Um Nmi aÍ dF - IÍ0 Um Emi a{ dD (3.2.8)
e, de acordo com (3.2.1), (3.2.2) e(3.2.4), vem
D 1 1 dD : l Xm u.. dD + l F Pm Um dF ( 3 . 2 . 9 )
que é a expressão do teorema do trabalho para o modelo genérico.
As equações de equ íll'brio e as relações deformações-desloca
mentes determinam a expressão do teorema do trabalho. Com prece
dimento análogo, a expressão do teorema do trabalho mais as equa
ções de equill'brio (ou relações deformações-deslocamentos) deter
minam as relações deformações-deslocamentos(ou equações de equj
l T bri o )
Considere-se agora uma solução equilibrada e uma variação virtual do campo de deslocamentos. Decorre pela aplicação do
teorema do trabal ho
. '. '', -' : J.
:«Irl m 6um dF
( 3 . 2 . 1 0 )
que ê a expressão dos deslocamentos virtuais para o modelo gene
De maneira análoga. considerando-se uma solução compatível
e uma variação virtual do campo de tensões, decorre pela aplica
ção do teorema do tra banho:
D j 'i d D IrZ Um 6Pm dF
( 3 . 2 . 1 1 )
que é a expressão do teorema das forças vjrtuals
3 . 2 Relações tensões-deformações
Sendo a estrutura elástica, estabelecem-se as relações-tens sões-deformações(3.2.3), de forma lírica, através de
a; :
-!!.!Eii..L
(3.Z.IZ)a €
l
onde W ê função exclua'iva das deformações9 def'in'ida em todo o d2 mT nio D
Admite-se no que se segue a estabilidade material, ou seja,
na vizinhança de um dado estado de deformação, se, uma solicita-
ção adicional altera de (Sa o estado de tensão e de 6c o estado
de deformação verifica-se a desigualdade
6a. 6c. > 01 1 ( 3 . 2 .1 3 )
Consequentemente faca estabelecida uma relação bíunTvoca entre
tensões e deformações.
A energia de deformação e a energia complementar de deforma.
ção são dadas, respectivamente, por:
IJ( e dD
u : j
D
t L 3 . 6 e u , lo t{ o l 3 . 2 . 1 5 ) onde + H = a . c . ( 3 . 2 . 1 6 )
ê função exclusiva das tensões, visto que
( 3 . 2 . 1 7 )
a cj
e, com a propri eda d e +
aw:.l?jl : .
aal l
( 3 . 2 . 1 8 )
Obtêm l inearidade nas relações tensões-deformações se a função W for quadrãtica, isto ê, se
W = 0 . 5 € . H . . c .
1 1 J J ( 3 . 2 . 1 9 )
onde Hl] ê uma matriz simétrica não singular
Substitu indo(3.2.19) em(3.2.12) e(3.2.16) obtêm-se, res oectjvamente: as relações lineares tensões-deformações (lei de
Hoo ke)
a.i ( 3 . 2. 20 )
( 3 . 2. 21 )
''i'
"I ''ij 'j e porta n to:U
3.2 .4 - Teoremas varia Sej a o funci anal
Í. « '. - J. :« «« '' - J.. '. ". '- '
+ 10 a'l(Dim um ' cl) dD + ITZ Pm(Üm ' Um) dF
e considere-se a primeira variação de R com variações tes d e a.i, e.l,
6R B ID '': .l dD n ID Xm 6um dD
Iri m 6um dF + 10 6a'i(D.im Um - c'l) dD +
+ 10 'i (Dlm 6um ' 6c.l) dD + Irz 6Pm (Üm - um) dF
Iro Pm 6um dF l l ci onai s l ( 3 . 2 . 2 2 ) ( 3 . 2 . 2 3 ) ( 3 . 2 . 24 ) ndepende! (3 . 2 . 25) u e P de a{ ' m m
L
3 . 8
Admitindo-se
valida a
transformação(3.2.8), obtêm-seÓR '
l.
J D '(-1l-!:'l--
a c{ - a{) 6ci l dO + (3.Z.ZÕ)' lo Ó'{ (Oim "m ' ci) dO - 1 0 Xm Irl m 6um dF +
IF (Nmi all
dF (Emi al) 6um dD +
+ IrZ Pm (Üm um) dF Irz Pm 6um dF ou J D 6 cl al ) 6c.i d D + ( 3 . 2 . 2 7 ) + lO l (Djm Um r -
',) '' - 1. m« ' :.. ',
) 6 um dD + f r .Ir(nm{ ai ' Pm) 6um dF + Ir.(Pm ' Pm) 6um dF +
IrZ 6Pm (Üm - Um) dF
A expressão(3.2.27) permite enunciar o seguinte teorema
'Considerem mpos contínuos e arbitrários de tensões
a:, de deformações c: e de deslocamentos u., definidos e cont:í-
nuos no domínio D. Considere-se também um campo arbitrário de tensões Pm' definido na fronte'íra F, e seja W(cj) definida, con
tTnua e de derivadas primeiras continuas em todo o dom:Ín'io. En
( 3. 2.28) e, = D . u em D i lm m a. + X = 0 em D i m ( 3 . 2 . 29) aw(cj ) a c.f a, em D ( 3 . 2 . 30) Pm : Nm.i ai em F ( 3 . 2 . 31 ) Pm : Pm em FI (3.2 .32) Um : Üm em F2 ( 3 . 2 . 3 3 )
o funcional R é estacionário, e reciprocamente, se o funcional R
ê estacíonirio as condições(3.2.28) a(3.2.33) devem se verlfl- c a r ' l ' ' l
Decorre do teorema, acima enunciado, dois outros teoremas:
a) 'entre todas as soluções compat:Íveis a que além de compat:ível
for equil'íbrada estacionar'lza o funcional energia potencial to
ta l
. w('P '' - 1. X« "« dD
(3. 2 .34 )
. Pm Um dF : U + P' , FI
b) 'entre todas as soluções equilibradas a que além de equilibra da for compatl'vel estacionariza o funcional energia potencial
compl ementa r teta l
T+ B JD W+(aj) dD - IFo Pm Üm dF ' U+ + P '.
r.'
3 .1 0
Os funcionais T e T' não são sÕ estacionãrjos, mas mínimos,
para a solução exata, desde que se admita vãl ida a hipótese de
estabilidade material. De fato, analisando ncional T ob
têm-se para a sua primeira variação
ÕT - l. ..:.l.IE.'l-- Ó'i dO
i
6u dDm m ( 3 . 2 . 36 )
Pm 6um dF
ou, de acordo com (3.2.8)
6T
(-Emi aj Xm) 6um dD + ( 3 . 2 . 3 7 )
Ir (Nmi ai - Pm) 6um dF
e pa ra a. s egunda va ri a ção
6aT B ID (-Em{ a.i - Xm) 6'Um dD + ( 3 . 2 . 38 )
Ir (Nmi ai - Õm) 6'um dF (Em.i 6a.i) 6um dD +
. 1.
m«. 6u m dFou, considerando-se(3.2.8), tem-se
expressão sempre positiva, que justifica a afír'matava anterior para o funcional T. Desenvolvimento análogo com o funcional T'
l eva a id êntica co ncl usão.
3. 3 - C oncei to de d{ s tânc i a Aplicação ao modem o genérico
3 . 3 . 1 Elementos básicos da analise funcional
Um conjunto V de elementos x.y, ..., chamados vetores. é um espaço vetorial ou linear sobre um campo de números F. se
a) a quaisquer dois elementos x e y pertencentes a V esta asso-
ciado um terce'lro elemento z, também pertencente a V. chamado
soma daqueles dois e que se {nd'ica por x + yP
b) a qualquer elemento x pertencente a V e a qua'lquer numero y de F esta associado o elemento yx, pertencente a V. chamado pro duto de y por x.
As operações acima devem ainda sat'isfazer os seguintes pos
tul ados
a.l ) x + y : y + x
a.2) x + (y + z) : (x + y) + z
a. 3) existe um el emen to 0 tal q ue
chamado elemento zero.
0 elemento 0 ê
a.4) a cada elemento x corresponde um elemento .
x + (-x) : 0
.+
3 . 1 2
b . 1 ) 1 x : x
b.2) a (Bx) : (aB)x
b.3) (a + B) x : ax + Bx
b.4) a(x + y) : ax + ay
l ' l
Os vetores x. y, z,...9 v9 de um espaço vetoria'l V são li
nearmente dependentes se existem niimeros a, B9 y, .... O, tal
que
( 3 . 3 .1 )
ax + By + yz 0v
se verlfiquecoma, B. y,..., O não todos nulos. Sea, B,
y, ..., O forem todos nulos, então os vetores x, y. z, zem nearmente independen tes.
D'iz que um espaço V ê n-dimens tonal se contêm n vetores
linearmente Independentes e qua ísquer n + l vetores são l Inear
mente dependentes. Qualquer conjunto de n vetores l inearmente
independentes. em um espaço n-dimensionar recebe o nome de base Seja el , e2. ... , en uma base de V e
v dj
L
x : EI el + €2 e2 + + I' ' ' n ' np (3 . 3. 2 )
um vetou de V. Os números €1' E2P '''' en são chamados coordena
das de x relat'ivamente ã base e., eo. .... e..
Dado um subconjunto S de V, o conjunto de todas as combina
ções l Ineares dos elementos de S ê um subespaço vetorlal ou l ing
ar de V. Diz completo se o subconluntoScontém uma base de y
Um conjunto de elementos chama-se espaço métrico, se a cada
par de elementos x e y corresponde um número real d(x,y), chama- do distância entre x e y,satisfazendo os postulados:
c.l ) d(x.y) : d(y.x)
c. 2) d(x.y) 0 se e somente se
c.3) d(x,z) ! d(x.y) + d(y.z)
A expressão c.3) designa-se desigualdade triangular
Um espaço vetorial diz-se normalizado se a cada elemento x, oertencente a V esta associado um número real, chamado norma de
x e indicado por l
lxll,
satisfazendo aos postulados d . 1 ) 1 1 x l l : 0d . 2 ) 1 1 x l se e somente se d . 3 ) 1 1 x + y l
ISllxll+
lv l ld. 4 ) l
l.x
ll
- . llxll-
nümero realSe a cada par de vetores x e y, em um espaço vetorial V se bre um campo de números reais R. esta associado um número real
(x,y) , tal que
e.l ) (x,y) ; (y.X)
e.2) (Xx,y) : À (X,y) real
e.3) (xl + x2. y)
(XI ,y) + (x2'y)
e.4)(x,x) à 0 e(x,x)-0 se e somente se
L.
3 . 1 4
IJm espaço vetorial no qual um produto interno esta definido
di z-se um es pa ço d e Hll bert. +
Do postulado e.4) decorre imediatamente
(x - Xy, x - Xy) ? 0 ( 3 . 3 . 3 )
ou
x: (y,y) 2À (x .y) + (x ,x) : 0 ( 3 . 3. 4 )
qualquer que seja o numero real X. Consequentemente o discrim{ cante deve ser negativo ou nulo, ou seja
(x,y):
$
(x.x) (y.y) ( 3 . 3 . 5 )expressão designada por desigualdade de Schwarz
E sempre possa'vel definir norma e distância em um espaço de
Hi l ber t, es ta bel ecend o
x'l l : + / (x ,x ) ( 3 . 3 . 6 )
( 3 . 3. 7 )
d(x,y) : l lx-vl l
Realmente. os postulados d.l), d.2) e d.4) decorrem imedia
tamente de(3.3.6) e o d.3) pode-se verificar com o aux:ÍI to da
desigualdade de Schwarz. Considere-se
llx+vll: : (x + v, x + x) (x,x) + 2(x,y) + (y,y) ( 3 . 3. 8)
+ alguns autores chamam espaço de Hilbert somente ao espaço veta
real, com produto interno definido, de dimensão infinita. Caso