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CAPÍTULO 5 Avaliação da Proposta

5.3. Execução do Estudo de Caso

5.3.2. Segundo Estudo de Caso

A Organização B foi recentemente avaliada no nível C do MPS. O estudo de caso contou com a participação de um único membro do Grupo de Processos. Sua caracterização encontra-se descrita na Tabela 5.6.

0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 0,70 0,80 0,90 1,00 ìn d ic e d e S im il a ri d a d e Peso

Análise de Sensibilidade do Critério Custo de Execução

Processo Atual Processo Alterado

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Tabela 5.6 - Caracterização do membro do Grupo de Processos da Organização B Participante B-1

Formação Mestrado

Certificações Não possui

Nível de Experiência Alto

Experiência 6 anos

Envolvimento no Grupo de

Processos Líder

Papel na execução do processo

a ser melhorado Análise e apoio à implementação e verificação da melhoria

Na primeira etapa do estudo de caso, o participante analisou o repositório de oportunidades de melhorias da organização e selecionou duas melhorias consideradas prioritárias. As duas melhorias estão relacionadas ao processo de Verificação, que se encontra embutido no processo padrão de Desenvolvimento de Software da organização. São elas:

• Adoção de testes automáticos em todos os tipos de projeto.

Justificativa da melhoria: Esta foi uma melhoria registrada na avaliação formal do nível C do MPS. Os avaliadores consideraram pertinente estender os testes automáticos aos demais tipos de projeto. Atualmente, este tipo de testes é adotado apenas nos projetos Web.

• Elaboração de um conjunto de testes de unidade padrão para cada tipo de projeto.

Justificativa da melhoria: Atualmente, um único conjunto de testes de unidade padrão é adotado para todos os tipos de projeto (Web, BI e não-Web). Devido às peculiaridades inerentes a cada tipo de projeto, a organização está sentindo a necessidade de elaborar um conjunto de testes de unidade específico para cada tipo de projeto.

Seguindo o planejamento do estudo, o participante definiu as alternativas de processo a serem avaliadas. Como havia dúvidas se as ações deveriam ser implementadas simultaneamente ou não, foram definidas três alternativas de processo:

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2. Processo com “Elaboração de um conjunto de testes de unidade padrão para cada tipo de projeto”;

3. Processo com “Adoção de testes automáticos em todos os tipos de projeto” e “Elaboração de um conjunto de testes de unidade padrão para cada tipo de projeto” simultaneamente.

Com base em sua experiência, o participante considerou o processo contendo apenas a melhoria “Elaboração de um conjunto de testes de unidade padrão para cada tipo de projeto” como sendo o mais adequado para a Organização B. A justificativa para tal escolha foi registrada no formulário pré-execução da proposta (Apêndice D) e pode ser vista na Tabela 5.7.

Seguindo o planejamento do estudo, na segunda etapa, o participante conheceu o processo da proposta e recebeu o treinamento para utilização do mecanismo de apoio à tomada de decisão. Em seguida, preencheu a aba Estruturação da planilha com as alternativas de processo, os critérios que serviriam para comparar as alternativas, o desempenho do processo atual em cada um dos critérios e os desempenhos aspirados (objetivos) pela organização em todos os critérios. A Figura 5.9 ilustra a aba Estruturação preenchida.

Tabela 5.7 - Aspectos considerados pelo participante da Organização B na escolha do processo mais apropriado

Participante Aspectos Considerados

Participante B-1 • Possível redução de defeitos • Aumento da cobertura dos testes

• Maior precisão dos testes pelo desenvolvedor

• Melhor relação custo x benefício no desenvolvimento das melhorias.

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Figura 5.9 - Fase de Estruturação (Organização B)

Embora o participante tenha mencionado que levou em consideração “Melhor relação custo x benefício no desenvolvimento das melhorias” na escolha do processo mais apropriado, ao definir os critérios de comparação, foi observado que não seriam considerados critérios cujo desempenho do processo atual seria melhor do que o desempenho das demais alternativas. Após a intervenção da pesquisadora, critérios relacionados a custos, cronograma e produtividade foram acrescentados ao modelo.

Neste estudo de caso, o participante também sentiu dificuldades em definir a orientação dos critérios.

O desempenho atual do processo e os objetivos da organização foram extraídos do último relatório de medição da organização, exceto para os critérios “Custo de treinamento do processo” e “Custo de aquisição de ferramentas”, para os quais foi adotada uma escala [0-1]. As escalas utilizadas estão descritas na Tabela 5.8.

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Tabela 5.8 - Escala adotada para os critérios da Organização B

Critério Escala

Detecção de Defeitos [0 -1] (1 - 100% dos defeitos detectados. 0 - 0% dos defeitos detectados)

Cobertura dos testes [0 -1] (1 - 100% de cobertura. 0 - 0% de cobertura)

Custo de manutenção do processo Numérica Custo de treinamento do processo [0 -1] Custo de aquisição de ferramenta(s) [0 -1]

Retrabalho [0 -1] (1 - 100% de retrabalho. 0 - 0%

de retrabalho)

Produtividade Numérica (FPA/HH)

Satisfação do Cliente 1 - Ruim

2 - Regular 3 - Bom 4 - Ótimo

Cronograma Numérica (precisão)

Tendo definidas as alternativas e os critérios, o participante pôde preencher a aba de avaliação, na qual os pesos relativos dos critérios e os desempenhos esperados para cada alternativa de processo foram determinados (Figura 5.10).

Avaliando os gráficos de Análise de Sensibilidade dos pesos dos critérios, o participante observou que o critério “Detecção de Defeitos” era o mais crítico para o modelo de decisão gerado (Figura 5.11). No entanto, optou-se por manter o peso inicialmente atribuído, visto que o ponto onde as preferências eram alteradas (peso = 0,3) não estava muito próximo do valor atribuído ao peso deste critério (peso = 0,15).

Devido à participação de apenas um membro do Grupo de Processos, não houve a necessidade de consolidar os resultados individuais.

Neste estudo, o mecanismo de apoio recomendou, com base no modelo de decisão gerado pelo Participante B-1, que a organização não altere seu processo padrão de desenvolvimento. A alternativa de processo escolhida pelo participante no início do estudo foi considerada a segunda melhor opção de processo para a Organização B.

Embora trazendo um resultado divergente da sua opinião inicial, o participante concordou que as oportunidades de melhoria avaliadas requeriam uma melhor preparação da organização antes de serem implementadas.

Como a decisão tomada foi a de manter o processo padrão atual, não houve a necessidade de avaliar os projetos em execução.

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Figura 5.11 - Análise de Sensibilidade do critério " Detecção de Defeitos " (Participante - B1)

Este estudo de caso foi concluído com o preenchimento do formulário pós- execução. As respostas desse formulário podem ser vistas no Apêndice D.