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Capitulo III – Respostas Sociais

1. Segurança Social

De acordo com a Segurança Social7, existem apoios financeiros que visam ajudar as famílias a suportar alguns custos associados à doença do seu/sua filho/a. Seguidamente apresentar-se- ão alguns desses subsídios.

 Bonificação do abono de família para crianças e jovens com deficiência;

“A bonificação por deficiência é um acréscimo ao abono de família para crianças e jovens que é atribuído quando por motivo de perda ou anomalia congénita ou adquirida, de estrutura ou função psicológica, intelectual, fisiológica ou anatómica, a criança ou jovem necessite de

apoio pedagógico ou terapêutico.”8 De acordo com a mesma fonte, este subsídio é

acumulável com outro, nomeadamente, o abono de famílias para crianças e jovens; abono de família pré-natal; subsídio por assistência de terceira pessoa; subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial; rendimento social de inserção; pensão de sobrevivência e, por fim, pensão de orfandade. Contudo não é acumulável com o subsídio mensal vitalício nem pensão social de invalidez. A tabela seguinte ilustra o montante atribuído devido a deficiência.

4 Não são referidos os concelhos, uma vez que foi garantido o anonimato das escolas com unidade de

ensino estruturado, dos professores de educação especial e, ainda, dos próprios pais. Como em cada um dos concelhos só existe uma unidade de ensino estruturado, facilmente qualquer uma delas seria identificada.

5 Disponível em: http://www.cartasocial.pt/ [Consult. 11 Nov. 2014].

6 Apesar de não haver informação disponível na carta social relativamente a respostas sociais a crianças

e jovens com deficiência no concelho da Covilhã, sabe-se que existe a APPACDM – Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental.

7 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/deficiencia [Consult. 11 Nov. 2014].

8 Segurança social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/bonificacao-do-abono-de-familia-para-

Tabela 1: Segurança social – Montantes da Bonificação do abono de família para crianças e jovens com deficiência. [Consult. 9 Mar. 2015. Disponível em: http://www4.seg-social.pt/bonificacao-do- abono-de-familia-para-criancas-e-jovens-com-deficiencia

De acordo com a tabela 1, é possível verificar que o montante é atribuído com base na bonificação (a bonificação por deficiência e a bonificação por deficiência para famílias monoparentais) e com base no grupo etário, sendo que existem três grupos (até 14 anos, dos 14 aos 18 anos e dos 18 aos 24 anos). O valor mínimo que uma família pode receber é de cerca de 59,38€, ou seja se a criança tiver no máximo 14 anos e se a família não for monoparental. Caso o jovem tenha entre 18 a 24 anos e família seja monoparental, então o subsídio será de 139,15€, que por sua vez é o valor máximo deste subsídio. Para requerer este subsídio basta preencher o requerimento9 e entregá-lo, juntamente com o requerimento do abono de família para crianças e jovens, na Segurança Social.

 Subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial;

“É uma prestação mensal em dinheiro que se destina a compensar as famílias com crianças e jovens com deficiência, dos encargos resultantes de medidas específicas de educação especial que impliquem necessariamente a frequência de estabelecimentos adequados ou o apoio

educativo específico fora do estabelecimento.”10 Segundo a mesma fonte, este subsídio é

acumulável com o Abono de família para crianças e jovens; bonificação por deficiência e, ainda, coma pensão de sobrevivência ou de orfandade. Porém, não é acumulável com subsídio para assistência de terceira pessoa; subsidio mensal vitalício e pensão social de invalidez. No que respeita ao montante, este varia de acordo com a mensalidade do estabelecimento, o rendimento do agregado familiar, o número de pessoas do agregado familiar e as despesas com a habitação. Segundo a Segurança Social, no caso de frequência de estabelecimento de educação especial “O valor do subsídio é igual ao montante da mensalidade estabelecida

para os estabelecimentos de educação especial fixada pelos Ministros da Educação e da

Solidariedade e da Segurança Social deduzido o valor da comparticipação familiar.”11 Por sua

vez, no caso de apoio individual por professor especializado “O valor do subsídio é igual à

9 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5034_DGSS [Consult. 9 Mar.

2015]

10 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-frequencia-de-

estabelecimento-de-educacao-especial [Consult. 9 Mar. 2015].

11 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-frequencia-de-estabelecimento-de-educacao-

diferença entre a mensalidade paga ao professor e a comparticipação familiar, mas não pode

ser superior ao valor máximo da mensalidade correspondente à modalidade de externato.”12

A mesma fonte refere que o valor da comparticipação familiar é calculado com base na poupança do agregado familiar, mediante a aplicação de uma tabela aprovada pela portaria dos Ministérios das Finanças e da Administração Pública e da Solidariedade e da Segurança Social. O cálculo é efetuado através da seguinte fórmula: onde, de acordo com a Segurança Social, P representa poupança, R o valor das receitas ilíquidas anuais, D o valor das despesas fixas anuais, calculadas nos termos da tabela aprovada por portaria, que seguidamente é apresentada. H representa o valor das despesas anuais relativas à renda de habitação principal ou equivalente e o n diz respeito ao número de elementos do agregado familiar.

Tabela 2: Despesas anuais fixas, sem valor relativo à habitação (euros) segundo o número de elementos do agregado familiar. (Portaria 1315/2009 de 21 de Outubro)

De acordo com o artigo 2º da Portaria nº1388/2009 de 12 de Novembro, do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e da Educação, “1 — Os valores máximos das mensalidades

a praticar pelos estabelecimentos de ensino especial com fins lucrativos, habitualmente designados por colégios, tutelados pelo Ministério da Educação são, de acordo com a modalidade de intervenção, os seguintes:

a) Externato — € 293,45; b) Semi -internato — € 376,24; c) Internato — € 712,12.

2 — As mensalidades referidas no número anterior são praticadas relativamente a alunos com

idade inferior a 6 e superior a 18 anos.”13 Segundo o artigo 3º da mesma Portaria, na

modalidade de semi-internato, as famílias que asseguram a alimentação e o transporte podem

12 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-frequencia-de-

estabelecimento-de-educacao-especial [Consult. 9 Mar. 2015].

solicitar que ao valor da mensalidade sejam deduzidos 76,39€ respetivos à alimentação e 51,12€ respetivos ao transporte. Este último valor pode ser deduzido também à mensalidade das famílias que asseguram o transporte dos alunos que frequentam o externato. Contudo, pelos transportes que os colégios de educação especial assegurem, e segundo o artigo 4º, podem ser cobrados às famílias 32, 44€, caso não ultrapasse os 5km; 39,94€, se o transporte for entre 5-10km; 51,71€ se entre 10-15km; e por fim, 63,69 caso o transporte faça mais que 15km.

Segundo a Portaria 1315/2009 de 21 de Outubro, é calculada no artigo 2º a determinação da comparticipação das famílias, apresentando-se na seguinte tabela:

Tabela 3: Comparticipação em percentagem de acordo com a poupança familiar mensal. (Portaria 1315/2009 de 21 de Outubro)

Como se pode verificar na tabela 3, quanto maior o valor da poupança familiar mensal maior a comparticipação, sendo que no caso do internato e semi-internato pode chegar aos 100%, enquanto que no caso do externato é apenas de 50%. Portanto, caso a poupança familiar seja superior a 63,21€ e o familiar frequentar internato, o subsídio será 712,12€. Caso frequente o semi-internato e a poupança familiar seja a máxima tabelada, o subsídio será 376,24€. Por fim, caso a criança ou jovem frequente o externato e a poupança familiar seja superior a 63,21€, o subsídio será equivalente a 146,73€.

No caso de na família existirem vários deficientes, é aplicado ao valor médio das comparticipações calculadas por cada deficiente pela fórmula anterior, uma percentagem que se apresenta na tabela 4.

Tabela 4: Segurança Social – Cálculo da comparticipação familiar no caso de vários deficientes. [Consult. 9 Mar. 2015]. Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por- frequencia-de-estabelecimento-de-educacao-especial

Por exemplo, se o número de deficientes for dois, cada um deles recebe o valor médio da comparticipação calculada de acordo com a fórmula anterior multiplicado por 1,5. Caso o número de deficientes seja três ao valor médio da comparticipação será multiplicado por 1,65 e se for quatro por 1,75.

Para requerer o subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial é necessário preencher o requerimento14 adequado e entregar nas Equipas Locais de Intervenção (ELI) do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI), caso a criança tenha menos de 6 anos. Caso não existe ELI, deverá ser entregue na Segurança Social,

“(…)exceto se se tratar de crianças dos 3 aos 6 anos que frequentem estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública, em que o requerimento é apresentado no respetivo

agrupamento de escola.”15 Caso a criança tenha entre 6 até 18 anos ou idade superior a 18 e

a frequentar ensino regular, deve entregar-se o requerimento nos serviços do Ministério da Educação e Ciência. Por fim, caso seja um jovem com idade compreendida entre 18 e 24 anos o requerimento deverá ser entregue na Segurança Social.

 Subsídio para assistência a filho com deficiência ou doença crónica;

“Prestação em dinheiro atribuída ao pai ou à mãe, para prestar assistência a filho com deficiência ou doença crónica, integrado no agregado familiar, se o outro progenitor trabalhar, não pedir o subsídio pelo mesmo motivo e ou estiver impossibilitado de prestar

assistência.”16 Este subsídio é possível ser acumulado, de acordo com a mesma fonte, com

indeminizações e pensões por doença profissional ou por acidente de trabalho; pensões de invalidez, velhice e sobrevivência; pré-reforma; rendimento social de inserção e, por fim, complemento solidário para idosos. Todavia, não é possível acumular com rendimentos de trabalho; subsídio de desemprego; subsídio de doença; prestações concedidas no âmbito do

14 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5020_DGSS [Consult. 9 Mar.

2015]

15 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-frequencia-de-

estabelecimento-de-educacao-especial [Consult. 9 Mar. 2015}.

16 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-para-assistencia-a-filho-com-

subsistema de solidariedade, com a exceção do rendimento social de inserção e do complemento solidário para idosos; e, por último, prestações emergentes do mesmo facto, desde que respeitantes ao mesmo interesse protegido, ainda que atribuídas por outros regimes de proteção social. No que respeita ao montante a ser atribuído, a Segurança Social diz que este valor corresponde a 65% da Remuneração de Referência definida por “RR =

R/180, em que R é igual ao total das remunerações registadas nos primeiros 6 meses civis imediatamente anteriores ao segundo mês que antecede o início do impedimento para o trabalho, ou RR = R/(30xn), caso não haja registo de remunerações naquele período de 6 meses, por ter havido lugar à totalização de períodos contributivos, em que, R é igual ao total das remunerações registadas desde o início do período de referência até ao dia que antecede o impedimento para o trabalho e n o número de meses a que as mesmas se

reportam.”17 Com base na mesma fonte, no total das remunerações não são levados em conta

o subsídio de férias, Natal, ou outros de natureza semelhante. “São registadas as

remunerações por equivalência à entrada de contribuições, relativamente aos períodos de concessão dos subsídios, sendo estes considerados como de trabalho efetivamente prestado.

 Limite máximo: 838,44 EUR, que corresponde a 2 vezes o valor do indexante dos

apoios sociais (IAS).

 Limite mínimo: O valor diário não pode ser inferior a 11,18 EUR que corresponde a

80% de 1/30 do IAS (IAS = 419,22 EUR).”18

Por fim, e segundo a Segurança Social, o subsídio é pago mensalmente ou de uma vez apenas, de acordo com o período de concessão do subsídio e por transferência bancária ou cheque. É necessário referir que este apoio é apenas atribuído às pessoas que tiraram licença no seu trabalho para acompanharem o(s) filho(s) devido à sua deficiência ou doença crónica por um período até 6 meses, sendo que pode ser prorrogável até 4 anos.

Relativamente à forma de requerer este subsídio, este deve ser requerido através do serviço da Segurança Social Direta e do preenchimento do formulário19 a apresentar, segundo a Segurança Social, nos serviços de atendimento da própria e nas lojas do cidadão. Juntamente com este formulário, é necessária a declaração médica que indique a necessidade de prestar assistência inadiável e imprescindível ao filho e ainda a declaração médica comprovativa da situação de deficiência ou doença crónica, que é dispensável caso a criança tenho 12 ou mais anos e tenha sido já apresentada uma declaração anteriormente (no caso da doença crónica) e esteja a receber uma prestação por deficiência (no caso da criança ser deficiente).

17 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-para-assistencia-a-filho-com-

deficiencia-ou-doenca-cronica [Consult. 9 Mar. 2015].

18 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-para-assistencia-a-filho-com-

deficiencia-ou-doenca-cronica [Consult. 9 Mar. 2015].

19 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5053_DGSS [Consult. 9 Mar.

 Subsídio para assistência de terceira pessoa;

“É uma prestação mensal em dinheiro que se destina a compensar as famílias com

descendentes, a receber abono de família com bonificação por deficiência ou subsídio mensal vitalício, que estejam em situação de dependência e que necessitem do acompanhamento

permanente de 3.ª pessoa.”20 De acordo com a Segurança Social, este subsídio é acumulável

com o abono de família para crianças e jovens; bonificação por deficiência; subsídio mensal vitalício; rendimento social de inserção e, por fim, pensão de sobrevivência. Contudo, não é acumulável com subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial; pensão social de invalidez e, ainda, pensão social de velhice. No que respeita ao montante, este corresponde a um montante fixo de 88,37€. “O subsídio é pago ao beneficiário e

excecionalmente pode ser pago às seguintes pessoas/entidades: pessoa designada por decisão judicial; representantes legais, em caso de falecimento do beneficiário; pessoa com quem o descendente viva em comunhão de mesa e de habitação; descendente se for maior de idade; entidade que tenha a guarda do descendente; e por fim, dependente se tiver sido ele o

requerente do subsídio.”21

Para requerer este subsídio basta preencher o formulário, sendo diferente dependendo do regime (contributivo22 ou não contributivo23). Após o seu preenchimento, este deve ser entregue (juntamente com os documentos solicitados nesse mesmo formulário) nos serviços da Segurança Social.

 Abono de família para crianças e jovens;

Apesar de não ser um abono para crianças com deficiência, algumas crianças têm direito a usufruir deste abono. Trata-se de uma “prestação em dinheiro atribuída mensalmente, com o

objetivo de compensar os encargos familiares respeitantes ao sustento e educação das

crianças e jovens.”24 À semelhança de outros subsídios e prestações, esta é acumulável, de

acordo com a Segurança Social, com abono de família pré-natal; bolsa de estudo; bonificação por deficiência; pensão de orfandade; pensão de sobrevivência; rendimento social de inserção; subsídio por assistência de terceira pessoa; subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial; e, por último, subsídio de funeral. Porém, segundo a mesma fonte, este abono não é acumulável com pensão social de invalidez; subsídio de desemprego; subsídio mensal vitalício; e, por fim, subsídio social de desemprego. De acordo

20 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-assistencia-de-3-pessoa

[Consult. 9 Mar. 2015].

21 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/subsidio-por-assistencia-de-3-pessoa

[Consult. 9 Mar. 2015].

22 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5036_DGSS [Consult. 9 Mar.

2015]

23 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5037_DGSS [Consult. 9 Mar.

2015]

24 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/abono-de-familia-para-criancas-e-jovens

com a Segurança Social o montante deste abono é calculado tendo em conta a idade da criança ou jovem, da composição do agregado familiar e, por último, o nível de rendimentos de referência do agregado familiar. Na tabela 5 são apresentados os montantes que o abono de família para crianças e jovens pode tomar.

Tal como acontece com outros subsídios, para o requerer é necessário o preenchimento de um formulário25. Este mesmo pode ser entregue, com base em informações da Segurança Social, na própria, em suporte papel, on-line, através do serviço segurança social direta, ou ainda, no prazo de 6 meses contados a partir do mês seguinte àquele em que ocorreu o facto determinante da sua concessão. Devem ainda entregar-se alguns documentos, como fotocópia do documento de identificação, do cartão de identificação fiscal, do documento emitido pela instituição bancária, comprovativo do número de identificação bancária, se o requerente não for a mãe, o pai ou o próprio jovem, deve ser apresentado documento comprovativo da sua situação relativamente à criança ou jovem e, por fim, fotocópia do documento comprovativo de residência em território nacional, no caso de cidadão estrangeiro.

Tabela 5: Montantes do abono de família para crianças e jovens com e sem majoração. Segurança Social, [Consult. 9 Mar. 2015]. Disponível em: http://www4.seg-social.pt/abono-de-familia-para- criancas-e-jovens

Seguidamente na tabela 6 mostrar-se-á quem tem direito a receber abono de família para crianças e jovens a partir dos 16 anos.

25 Disponível em: http://www4.seg-social.pt/documents/10152/21738/RP_5045_DGSS [Consult. 9 Mar.

Tabela 6: Abono de família para crianças e jovens de acordo com a idade, ano de escolaridade e se é ou não portador de deficiência. Instituto da Segurança Social, I.P (2015:5).

Como se pode observar na tabela 5, o abono de família para crianças e jovens é atribuído tendo em conta o escalão em que a família está inserida e ainda a idade, bem como o número de filhos (tendo em conta que o número de filhos só é considerado se a criança estiver entre os 12 e 36 meses de idade). Para além disto, ainda existe, de acordo com a própria Segurança Social, um montante adicional que é atribuído no mês de Setembro devido a encargos escolares. Porém, este montante adicional só é recebido se a criança ou jovem tiver entre 6 a 16 anos de idade, se a família da criança ou jovem se encontre no primeiro escalão de rendimentos e se a criança ou jovem esteja matriculado num estabelecimento de ensino. Em caso de monoparentalidade “(…) o montante do abono de família das crianças e jovens é

majorado em 20% do valor do subsídio e respetivas majoração e bonificação.”26

 Atendimento para pessoas com necessidades especiais.

“O atendimento para pessoas com necessidades especiais é um serviço especializado, no âmbito das áreas das prestações e da ação social, que disponibiliza postos de atendimento personalizados, em todos os distritos, dirigidos às pessoas com necessidades especiais, aos

seus familiares e a todos aqueles que necessitam de informação sobre deficiência.”27

De acordo com a Segurança Social, o atendimento pode ser solicitado no site da própria Segurança Social, através de marcação prévia, sendo que objetivos enunciados para este

26 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/abono-de-familia-para-criancas-e-jovens

[Consult. 9 Mar. 2015].

27 Segurança Social, Disponível em: http://www4.seg-social.pt/atendimento-para-pessoas-com-

serviço consistem em melhorar o atendimento às pessoas e seus familiares; garantir um atendimento personalizado e qualificado; efetuar o correto encaminhamento dos cidadãos na resolução dos seus problemas; e, por último, prestar o apoio necessário encaminhando os indivíduos para outros organismos da Administração Pública, na área da deficiência e da reabilitação, com competência para a resolução das situações apresentadas, sempre que se justifique.

Segundo a Segurança Social, são ainda financiados pelo instituto produtos de apoio para pessoas com deficiência. Contudo, esses produtos apenas são financiados se forem prescritos pelos centros de saúde e pelos centros especializados. Para aceder a este apoio basta candidatar-se, e para tal é necessário: “Entrega da prescrição médica preenchida de acordo

com o nível de prescrição estabelecido; Entrega de fotocópia legível do bilhete de identidade / Cartão do Cidadão; Entrega de três (3) orçamentos distintos para aquisição da ajuda

técnica, atualizados e datados referentes ao ano do pedido”.28

Assim sendo, é possível afirmar que no âmbito destes apoios, a bonificação do abono de família para crianças e jovens com deficiência, o abono de família para crianças e jovens, o subsidio por assistência a terceira pessoa, o subsídio por frequência de estabelecimento de educação especial podem ser acumulados caso as famílias e as crianças se encontrem nas