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Nesse encontro, houve a participação de 20 (vinte) professores, momento cujo objetivo foi apresentar a proposta da formação continuada e despertar o olhar sensível frente à inclusão, quando foi desenvolvida a pauta que englobava os seguintes pontos: Dinâmica de acolhida: de toda cor; Apresentação da proposta: justificativa, objetivos,

75 metodologia; Sugestões de temáticas: apresentação dos dados para a organização das temáticas dos encontros; Árvore da inclusão: relatos de experiência numa perspectiva inclusiva; Vivência: o que sinto de olhos fechados?; Avaliação: o que esperar da formação?.

Nossa proposição para esse encontro dialoga com os estudos de Ibiapina (2008, p. 38), quando apresenta as seguintes ideias:

[...] considero que o ciclo colaborativo da pesquisa em educação inicia com a sensibilização dos colaboradores, que parte do estudo sistemático sobre os princípios da pesquisa colaborativa. O pesquisador deve apresentar uma síntese a respeito do que está considerando que seja um processo colaborativo, ouvindo o que pensam e sabem os partícipes a respeito da atitude de colaborar na pesquisa e na educação. Nesse momento negocia-se com os pares as atribuições do mediador (pesquisador) e dos colaboradores (professores).

Sob essa perspectiva, o primeiro encontro esteve pautado na sensibilização dos professores diante da pesquisa, da educação e da Educação Física na perspectiva inclusiva. Assim, viabilizou-se o diálogo sobre a proposta a ser desenvolvida e os princípios colaborativos que são essenciais para este estudo e a construção de saberes.

Nessa direção, dando início ao processo formativo, desenvolvemos uma dinâmica de acolhida, a dinâmica das cores, em que cada docente recebeu um papel com uma das quatro cores (rosa, verde, azul e laranja) para colocar na testa e explorarmos diferentes formas de se movimentar pelo espaço, em diferentes planos (baixo, médio, alto), apoios (um, dois, três, quatro apoios). Em seguida, houve uma formação de grupos de acordo com o comando, observando como estava a formação e distribuição das cores em cada grupo.

Percebemos que colocar o corpo em movimento despertou na maioria dos professores a criação de movimentos tímidos, enrijecidos, mais técnicos. Apenas aos poucos, os docentes foram sentindo-se à vontade para ampliar as possibilidades durante as variações, permitindo a este corpo a criação de movimentos mais amplos e diversos (DIÁRIO DE CAMPO, 2019).

Com relação ao papel exposto na testa de cada um e a formação dos grupos a cada comando, os professores perceberam que de início o critério utilizado na primeira organização dos grupos foi a afinidade. Os grupos foram estruturados a partir da relação já estabelecida socialmente em outros meios, no entanto, essas formações foram sendo desconstruídas ao longo da dinâmica, com o agrupamento de diferentes grupos, passando

76 a utilizar como critério a aproximação espacial dos que estavam mais próximos, experimentando a diversidade de grupos e de cores (DIÁRIO DE CAMPO, 2019).

Ao final, perguntamos qual a compreensão que tiveram com relação à proposta da dinâmica, cujas respostas destacadas foram:

Aceitar as diferenças (CABO DE GUERRA).

Experimentar diferentes formas de se movimentar e a comunicação também, explorar outras formas de comunicar (AMARELINHA).

Partindo da premissa que todos nós somos professores de Educação Física, que tem a ver com o conhecer o nosso corpo, então você propôs a gente perceber nossos movimentos e também nos comunicar com o nosso corpo (TELEFONE SEM FIO).

Com base nos fragmentos citados, podemos estabelecer a relação com a intenção da proposta, em que buscamos a reflexão a respeito da diversidade e a não linearidade do movimento, pois cada um foi criando a partir da cultura de movimento individual, das diferentes possibilidades de comunicação e diálogo consigo e com o outro.

Após a dinâmica, apresentamos a proposta de formação continuada de acordo com os questionários respondidos a respeito da necessidade dos docentes. A proposta objetiva seguir a temática da formação (a partir da demanda dos professores, estruturamos as temáticas dos seis encontros e apresentamos aos docentes a proposta estruturada), estabelecendo a participação de todos na discussão sobre como a proposta estava sistematizada e sobre a organização das datas. De tal modo, foi viável que eles se percebessem como atores do processo, tendo em vista na pesquisa-ação emancipatória as decisões e negociações serem escolhidas pelo coletivo, uma vez que os professores assumem a posição de sujeitos ativos e agentes do processo (IBIAPINA, 2008).

À vista disso, através do diálogo e das sugestões dos professores participantes, a maioria optou pela realização da formação continuada ser desenvolvida nas quartas-feiras durante o turno matutino, sendo esses encontros ministrados mensalmente. Apesar de não ser uma data que viabilizava a participação de todos os interessados, devido aos dias distintos de trabalho dos professores no município, esse foi o dia que abarcava um número maior de participantes.

No decorrer do encontro, abrimos o espaço para cada professor expor um pouco de suas experiências, sendo elas na perspectiva inclusiva, podendo ser relacionada a sua prática pedagógica ou vivenciada no espaço escolar, na universidade. Então, divididos em grupos, cada um relatou a experiência de forma escrita, como também socializou com

77 os demais componentes do grupo. Durante o diálogo, cada grupo escolheu uma experiência para compartilhar com todos os docentes. Destacamos um dos discursos dos professores, com o seguinte relato:

A minha experiência foi com um aluno que não tem laudo, ele tem uma hiperatividade maior, só que ele tem até uma concentração que dá para captar. Ele participava de todas as aulas, sendo que a participação dele era meio que excluída da turma, os alunos meio que excluíam ele. A experiência que tive com a turma foi com slackline, então o que me arrependi foi de ter feito só no final do ano, porque se eu tivesse feito no início do ano teria tido a experiência que eu tive, que foi a ajuda de toda a turma para com ele, porque quando ele viu e conheceu a atividade, só dava ele, alguém fazia e ele dizia ‘sai que agora sou eu de novo’, ‘vem me ajudar aqui’ e todo mundo ajudou a ele, foi assim prazeroso demais ver todo mundo ajudar na sua participação (BATATA QUENTE).

Durante a conversa, montamos a árvore da inclusão, sendo o ponto de partida para nossa formação, composta de sentidos e significados, pois buscamos, através das experiências positivas de inclusão, despertar o interesse de todos os professores em desenvolver mais práticas na perspectiva inclusiva. Ademais, a partir dos relatos, pudemos perceber o quanto essas experiências fizeram a diferença para os alunos e professores envolvidos no processo. Destacamos a seguir a árvore finalizada, composta por diversas experiências inclusivas.

Figura 1 – Árvore da inclusão: relatos de experiência em uma perspectiva inclusiva

Fonte: Pesquisadora, 2019.

Essa atividade possibilitou motivar os professores a desafiar-se e a refletir sobre sua realidade, fazendo com que trabalhassem também sobre o olhar da sociedade diante

78 da pessoa com deficiência, que enxerga primeiro os defeitos e a incapacidade. Logo, a partir do momento que priorizamos as ações inclusivas, tivemos a intenção de que novas experiências fossem construídas nesse espaço formativo e transpostas para o espaço escolar de cada professor, mudando assim os paradigmas existentes, ressignificando e tornando-o possível para todo e qualquer aluno.

Concluído o momento de construção da árvore da inclusão e socialização das experiências, desenvolvemos a vivência “O que sinto de olhos fechados?”, em que, em duplas (um com os olhos vendados e o outro guiando), exploramos o caminhar ocupando espaços vazios. Cada dupla inicialmente escolheu sua maneira de guiar/ser guiado, estabelecendo a melhor forma de deslocar pelo espaço e ao comando eles tiveram que estabelecer diferentes formas de comunicação para andar mais rápido, mais lento, guiar apenas pelo toque nas costas (direita/esquerda/parar/continuar caminhando), pela voz sem o toque e, por fim, fizemos uma corrida, uma dupla de cada vez.

Após a experiência, invertemos as posições, para que ambos vivenciassem o ser guia e o ser guiado. Por meio dessa experiência, evidenciamos que:

Foi perceptível a insegurança de alguns professores, tanto de quem estava vendado como também de quem estava guiando. Um guia, por exemplo, preocupado em guiar da melhor forma para não colidir nos outros integrantes, ele segurava o colega nos dois braços. Através dessa cena, a leitura que fizemos do que visualizamos foi de uma forma de superproteção, sem possibilitar a construção da autonomia para locomover pelo espaço. No momento do toque inicial, uma dupla estabeleceu o contato como se um fizesse parte do outro para locomover-se e quando houve a mudança de comando utilizando apenas a voz, os passos de quem estava vendado ficaram mais lentos, enquanto outros integrantes colocaram a mão para frente, evitando que esbarrasse em alguém ou como se estivesse perdido no espaço entre tantas vozes (DIÁRIO DE CAMPO, 2019).

Com relação à corrida, foi um momento bem interessante que possibilitou a visualização de várias situações, por exemplo: um integrante da dupla que iniciou a corrida e deixou o colega vendado para trás, percebendo só depois que ele não tinha saído, o que o fez voltar; a maioria das duplas optou pela corrida mais lenta (trotando); com diferentes formas de correr, entre elas a de mãos dadas, segurando no ombro e sendo conduzido pela voz (DIÁRIO DE CAMPO, 2019).

Para ilustrar essas situações, podemos destacar uma dupla formada pela pesquisadora e um docente. No momento em que o docente estava vendado, perguntamos como ele preferiria a corrida, sendo rápida ou lenta, e o combinado foi que ele iniciaria e logo tentaríamos acompanhar o ritmo iniciado, buscando o diálogo e a participação

79 efetiva do colega, o que levou à percepção, reflexão e discussão por parte do grupo (DIÁRIO DE CAMPO, 2019).

Figura 2 – Vivência: O que sinto de olhos fechados?

Fonte: Pesquisadora, 2019.

Figura 3 – Vivência: Corrida com os olhos vendados

Fonte: Pesquisadora, 2019.

Ao final da vivência, perguntamos quais as sensações sentidas durante o momento vendado/guia, com a necessidade de explorar outras formas de comunicação com o outro. Foram indicadas as mais variadas sensações, como nervosismo, medo, insegurança, necessidade de desenvolver a atenção e confiança no outro. Diante do discurso dos docentes, destacamos algumas colocações que sobressaíram.

Eu achei que no início fiquei com medo de o tempo todo bater em alguém, fiquei muito travada ainda, mas a medida com que foi acontecendo eu fui sentindo confiança na forma que ele ia direcionando, eu percebi que ele sempre

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direcionava de uma forma muito tranquila e dava pra confiar, ai eu fui acelerando os passos, fui andando de forma mais relaxada [...] (AMARELINHA).

Não é dificuldade só pra quem não ver, mas pra quem estar guiando (ESTÁTUA).

Dentre vários sentimentos que eu senti, eu senti dois sentimentos que me chamaram muita atenção, da dependência da pessoa em relação ao outro e da autonomia, da busca pela autonomia, foi o que me chamou mais atenção, eu estar dependendo do outro e ao mesmo tempo buscar independência, autonomia pra poder realizar as atividades que eram propostas. [...] então assim, levando isso para o espaço de sala de aula, eu fiquei no sentimento: como é que essas crianças que estão lá na escola, que a gente pode fazer muito por eles, como é que eles estão se sentindo? Muitos deles sendo jogados de escanteio, a parte das atividades, sem desenvolver essa autonomia e eu achei muito importante (BAMBOLÊ).

Dessa maneira, percebemos que a vivência proporcionou as mais variadas sensações, como também a reflexão sobre as experiências no chão da escola e sobre os alunos com deficiência visual ou qualquer uma das demais deficiências. Foi possível refletir ainda sobre qual educação de fato eles estão tendo e qual sentido de estar naquele espaço escolar, pois, dependendo do cenário, talvez não esteja fazendo sentido.

Convém destacarmos que, enquanto professores, podemos fazer muito pelos alunos, fazer com que estar no espaço escolar tenha sentido e significado. Considerando a perspectiva inclusiva e buscando a construção da autonomia desses alunos em nossas aulas de Educação Física,

[...] tal inclusão depende do abandono do histórico tecnicismo que permeia nossas aulas, dos ranços deixados pelas velhas tendências da Educação Física e a assunção do desejo de ver nossos alunos participando ativamente das aulas com espontaneidade e prazer, em busca de sua auto-construção e participação efetiva, crítica e criativa, no meio em que vivem (BOATO, 2010, p. 132).

É pensando neste caminho que iremos trilhar com a proposta de formação continuada, de modo que os professores despertem o olhar sensível e o sentir-se disponível para os desafios que percebidos no chão da escola, com propostas de intervenção para todo e qualquer educando.

Para tanto, a partir da proposta desenvolvida durante o encontro, destacamos que os paradigmas construídos pela sociedade transcorrem ainda nos dias atuais, por mais que a perspectiva inclusiva faça parte das discussões em busca de uma educação e sociedade para todos. Isto posto em razão de alguns professores enxergarem a pessoa com deficiência de forma estigmatizada, sem buscar compreender como ocorre a convivência

81 social das pessoas com deficiência, desacreditando as potencialidades desses indivíduos e as suas possibilidades de convivência em sociedade como qualquer outro sujeito, semelhante ao que destaca a seguinte colocação:

Eu acho que o mais legal assim é com relação a você conseguir adquirir conhecimentos e poder entender como uma pessoa com deficiência convive na sociedade, então isso ai é o mais interessante pra mim, já que eu estou no final de carreira, quase me aposentando, o legal é eu entender, saber como eles vivem diante dessas dificuldades, se nós aprendermos isso vai ficar melhor para haver um entendimento entre mim e as pessoas que tem essas deficiências, como um todo e também o conhecimento por si só não precisa ninguém traduzir, eles nos levam a procurar cada vez mais melhorar o nosso convívio (ESCONDE-ESCONDE).

Corroborando com as ideias de Oliveira (2009, p. 70),

[...] o centralismo nas dificuldades específicas reduz o olhar para as limitações determinadas pela natureza da deficiência, deixando-se em plano secundário outras condições sociais e pedagógicas a que podem ser fatores comuns de dificuldades pedagógicas nas diversas deficiências.

Com isso, identificamos a necessidade de superar a visão reducionista a respeito das pessoas com deficiência, considerando a diversidade envolvida na escola e na sociedade, sendo necessário refletir sobre a prática docente. Desse modo, viabilizando prever estratégias de ensino para que o processo pedagógico das aulas de Educação Física possa ser constituído por princípios de inclusão, o que exige dos professores a saída da sua zona de conforto. Diante disso, o professor participante aponta:

[...] pra mim é extremamente desafiador essa questão de incluir, acredito que para a maioria, mas eu tenho que desmistificar isso dentro de mim, é um processo pessoal até, como profissional de me sentir capaz todo tempo de trazer essas pessoas, porque o sentimento por elas, a empatia, tudo isso eu tenho, mas as vezes eu me sinto incapaz de trazer essas possibilidades, eu acho que esse convívio com a equipe, com todo mundo vai me trazer, nos trazer grandes resultados (BANDEIRINHA).

À vista disso, constatamos a presença de impasses que dificultam a ação das práticas pedagógicas numa perspectiva inclusiva. No entanto, a disponibilidade e o interesse para garantir soluções através das trocas de experiências durante os encontros formativos abre espaço para a mudança e ressignificação do olhar e práticas pedagógicas.

Em diálogo com Nóvoa (1992), percebemos que, através da formação continuada, é possível estabelecer a troca de experiências e a partilha de saberes, possibilitando ao professor o olhar reflexivo e crítico frente à prática pedagógica. Isso contribui com a

82 construção e reconstrução da identidade pessoal e profissional, de forma constante. Além disso, podemos enfatizar as narrativas de mais dois professores, com as seguintes colocações que se destacam.

[...] eu sou de 1989 a minha formação, então naquela época não se via nem falar, talvez assim muito timidamente sobre a educação inclusiva, sobre a educação física escolar inclusiva, então assim, é um momento rico demais e acho que as pessoas que estão presente aqui no encontro vão sair dele com um olhar diferente já no primeiro encontro e eu acho que com o tempo, com os novos encontros, esses horizontes vão se abrir mais ainda para que a gente possa perceber essas possibilidades de trabalhar com a inclusão na escola (BAMBOLÊ).

Acho que o interessante de uma formação nessa estrutura [...] é a construção conjunta do conhecimento e eu achei muito bacana quando você iniciou a fala falando da bagagem que cada um traz, a gente parte do pressuposto de que aqui não existe mais uma perspectiva de tábua rasa e que vai ser construído em cima daquilo, mas cada um já tem experiências na área ou vivências do conhecimento de alguma forma e esse ambiente propicia essa troca, da gente construir junto esse conhecimento (FUTEBOL).

Podemos identificar nesses discursos o entusiasmo pelo desenvolvimento dos encontros formativos, da construção de saber e de possíveis trocas de experiências, uma vez que a proposta colaborativa apresentada tem como possibilidade o aprimoramento do conhecimento, a expansão do diálogo através da coletividade, tornando relevante para a construção de novos caminhos do fazer docente na perspectiva inclusiva. Ademais, acreditamos que a partir do primeiro encontro formativo já conseguimos despertar o olhar sensível para as diferenças e o interesse para participação nos encontros seguintes.

Diante disso, questionamos os participantes sobre o que esperavam da formação continuada. A partir do que expressaram, algumas das falas se sobressaem:

[...] espero na formação ter essa troca, trocar experiências, pensar em possibilidades que até então eu não tinha pensado, a partir das experiências que forem relatadas repensar e ressignificar as próprias ideias que a gente já tem e também ter um pouco mais, não sei se é um pouco mais, mas ressignificar os olhares que a gente já tem preestabelecidos, por mais que a gente já tem uma certa consciência sobre a importância da inclusão, as vezes a gente está tão acostumado com certos hábitos que a gente não para pra refletir sobre esses certos hábitos e as vezes uma colocação de um colega que fala ‘eu pensei dessa forma’, faz a gente repensar nesses costumes, nesses hábitos que a gente já foi construindo (TICA-TICA).

Acho que trocar experiência, porque cada um aqui vive uma realidade diferente, cada um traz uma bagagem diferente e a partir daí quando a gente se senta para compartilhar os nossos momentos na escola, a gente acaba pegando as experiências boas e readaptando aquelas que não deram certo (PETECA).

83 Isto posto, “[...] considerando a autonomia que eles assumem não se pode prescindir de propostas de formação em que sejam ativos e construtores dos conhecimentos e não mais pessoas passivas e receptores de um leque de informações transmitidas por formadores técnicos” (VIEIRA, 2017, p. 89). Sustentando na proposta metodológica estabelecida para o desenvolvimento dessa formação continuada, como prática de pesquisa-ação colaborativa, os docentes apropriam-se de um papel importante nos encontros formativos, com autonomia e participação ativa. Promovendo, então, o conhecimento em constante construção de forma colaborativa, fazendo com que reflitam sobre as práticas pedagógicas de Educação Física em diálogo com a realidade de cada professor, o que permite um maior interesse por parte dos participantes.

Portanto, diante do primeiro encontro formativo com os professores de Educação Física, podemos destacar que o intuito de apresentar a proposta da formação continuada e despertar o olhar sensível frente à inclusão foi alcançado. Nesse momento, identificamos que a temática da inclusão desafia os professores a trilhar caminhos, que podem ser excludentes, mas também buscar novos caminhos e torná-los inclusivos.

Assim, compreendemos que a formação continuada proposta aos professores de Educação Física do município de Ceará-Mirim/RN propiciou elementos para reflexão do processo formativo, considerando sua atuação pedagógica e a construção de possibilidades relacionadas à inclusão de alunos com deficiência.