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SEPULTADO NO TÚMULO DO RICO

No documento Evidências históricas da fé Cristã (páginas 152-162)

Jesus Cristo

61. SEPULTADO NO TÚMULO DO RICO

PROFECIA

"Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte..." (Isaías53:9)

CUMPRIMENTO

"...veio um homem rico de Arimatéia, chamado José... Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus... E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho, e o depositou no seu túmulo novo." (Mateus 27:57-60)

4A. AS PROFECIAS CUMPRIDAS CONFIRMAM JESUS COMO O MESSIAS, O CRISTO, O FILHO DE DEUS

1B. Objeção: Jesus Cumpriu Intencionalmente as Profecias

Resposta: A objeção acima poderá parecer plausível até que percebamos que muitas das profecias concernentes ao Messias estavam totalmente fora do controle humano de Jesus, tais como:

1. Lugar de nascimento (Miquéias 5:2).

2. Época do nascimento (Daniel 9:25; Gênesis 49:10). 3. Modo de nascimento (Isaias 7:14).

4. Traição.

5. Tipo de morte (Salmo 22:16).

6. Reações das pessoas (zombaria, cuspidas, observando, etc). 7. O ser traspassado.

8. Sepultamento.

2B. Objeção: O Cumprimento das Profecias em Jesus Foi Uma Coincidência, Uma Obra do Acaso "Na verdade você poderia ver algumas dessas profecias cumpridas em líderes políticos que foram assassinados, como Kennedy, Martin Luther King, Gamai Abdel Nasser, e muitos outros", contesta o crítico.

Resposta: É verdade; é possível descobrir uma ou duas profecias que se cumpriram em outros homens, mas não todas as 61 profecias! Aliás, se você conseguir descobrir alguma outra pessoa além de Jesus, esteja essa pessoa viva ou morta, que seja capaz de cumprir apenas metade das predi-ções a respeito do Messias, as quais estão descritas no livro Messiah in Both Testaments (O Messias nos Dois Testamentos), de F. J. Meldau, a editora Christian Victory, da cidade de Denver, nos Estados Unidos, está pronta a lhe dar um prêmio de 1.000 dólares. Existem muitas pessoas nas universidades que poderiam ganhar um dinheirinho extra!

H. Harold Hartzler, professor na Faculdade Goshen, e filiado à Sociedade Científica Norte-Americana, escreve o seguinte no prefácio do livro de Stoner: "O manuscrito de Science Speaks (A Ciência Fala) foi cuidadosamente examinado por um comitê de membros da Sociedade Científica Norte-Americana e pelo Conselho Executivo da mesma entidade, e chegou-se à conclusão de que, em geral, o livro é confiável e cuidadoso no trato do material científico apresentado. A análise matemática incluída baseia-se em princípios de probabilidade que são plenamente corretos, e o professor Stoner aplicou esses princípios de um modo apropriado e convincente".

Os cálculos de probabilidade apresentados a seguir foram extraídos do livro de Peter Stoner, Science Speaks (A Ciência Fala) para mostrar que os estudos científicos de probabilidade eliminam a possibilidade de coincidência. Stoner afirma que, ao empregarmos as modernas técnicas de cálculos de probabilidade

em relação a oito profecias 1. N? 10; 2. N?22; 3. N? 27; 4. N9 33 e 44; 5. N? 34; 6. N? 35 e 36; 7. N? 39; 8. N944 e 45 - crucificado), "... calculamos que a chance de algum homem ter vivido até o presente e ter cumprido todas as oito profecias é de 1 em 10! 7." Isso é em cem quatrilhões. A fim de ajudar a compreender o que significa uma chance em IO17, Stoner ilustra da seguinte maneira: Apanhemos IO17" moedas de prata de um dólar e as coloquemos sobre o estado do Texas. Elas serão uma camada de 60 centímetros de espessura cobrindo todo o estado. Agora faça uma marca numa dessas moedas e misture bem com todas as demais moedas que estão sobre o estado. Ponha uma venda nos olhos de um homem e diga-lhe que ele pode ir até onde quiser, mas que deve apanhar uma certa moeda, aquela que está marcada. Que chance teria de apanhar a moeda certa? Apenas a mesma chance que os profetas teriam tido de escrever essas oito profecias e vê-las cumpridas em algum homem qualquer, desde a época deles até o presente, contanto que tivessem escrito com base em sua própria sabedoria".

"Ou essas profecias foram recebidas por inspiração de Deus ou os profetas apenas as escreveram como acharam que deveria ser. Nesta hipótese os profetas tinham somente uma chance em IO17 de vê-las se cumprirem em algum homem, mas todas se cumpriram em Cristo".

"Isso significa que o cumprimento dessas oito profecias prova que Deus inspirou a escrita dessas profecias numa exatidão praticamente absoluta, numa exatidão de uma chance em 10 ". 27/100-107

Stoner analisa 48 profecias e diz: "...Calculamos que a chance de qualquer homem ter cumprido todas as 48 profecias é de 1 em 10 1S7 ".

"É um número realmente enorme e representa uma chance extremamente pequena. Tentemos visualizar esse número. O dólar de prata, que já usamos como ilustração, é grande demais. Devemos escolher um objeto menor. O elétron é quase o menor elemento que conhecemos. É tão pequeno que são necessários 10 deles (um quatrilhão), colocados lado a lado em fila única, para fazerem uma linha de um centímetro de comprimento. Se fôssemos contar os elétrons nessa linha de um centímetro de comprimento e caso contássemos 250 por minuto, dia e noite sem parar, gastaríamos 7.600.000 anos apenas para contar essa linha de um centímetro de elétrons. Se tivéssemos um centímetro cúbico desses elétrons e tentássemos contá-los à média de 250 por minuto, gastaríamos 7.600.000 vezes 7.600.000 anos, ou 4,4 vezes IO20 anos."

"Após esta introdução, retornemos â nossa chance de 1 em 10157. Suponhamos que do meio de todos esses elétrons apanhemos um, façamos uma marca nele e o devolvamos à massa de elétrons, misturando-os bem. Então coloquemos uma venda nos olhos de um homem e deixemos que ele procure o elétron marcado. Que chance ele teria de encontrar o elétron certo? Qual é o volume que esse número de elétrons faria? Bem, faria um volume imenso". 27/109,110

A chance de algum homem qualquer cumprir todas as 48 profecias é a mesma. 3B. A Época da Vinda do Messias

1C. A REMOÇÃO DO CETRO

"O cetro não se arredará de Judá, nem o bastão de entre seus pés, até que venha Síló; e a ele obedecerão os povos" (Gênesis 49:10).

A palavra que nesta passagem vem traduzida como "cetro" significa "bastão tribal". Cada uma das doze tribos de Israel tinha o seu "bastão" particular, com o seu nome inscrito. Portanto, o "bastão tribal", ou a "identidade tribal" de Judá, não deveria desaparecer antes que viesse Silo. Durante séculos e séculos os comentaristas tanto judeus como cristãos têm interpretado a palavra "Silo" como um nome do Messias.

Nós nos recordamos que Judá fora privada de sua soberania nacional durante o período de setenta anos do cativeiro babilônico. No entanto, durante esse período jamais perdeu seu "bastão tribal" ou sua "identidade nacional". Os judeus ainda possuíam seus próprios legisladores e juizes, mesmo durante o período do cativeiro (veja Esdras 1:5, 8).

Assim, de acordo com essa Escritura e com os judeus daquela época, dois sinais aconteceriam logo após a vinda do Messias:

1. A remoção do cetro, ou identidade, de Judá. 2. A supressão do poder judicial.

O primeiro sinal visível do início da remoção do cetro de Judá ocorreu quando Herodes o Grande, que não tinha sangue judeu nas veias, sucedeu aos príncipes macabeus, os quais pertenciam à tribo de Levi e

foram os últimos reis judeus a reinar em Jerusalém (Sanhedrin, folha 97, verso) (Segundo Livro de Macabeus).

Magath, no livro Jesus Before the Sanhedrin (Jesus Perante o Siné-drio), dá o seguinte título ao capítulo dois: "O poder legal do Sinédrio restringido vinte e três anos antes do julgamento de Cristo". Essa restrição foi a perda do poder de sentenciar à morte.

A perda desse poder ocorreu após a deposição de Arquelau, que era filho e sucessor de Herodes, fato ocorrido em 11 A.D. (JOSEFO. Antigüidades. Livro 17, capítulo 13:1-5). Os procuradores, que administravam em nome de Augusto, retiraram o poder supremo do Sinédrio de modo que eles mesmos pudessem exercer o jus gladii (literalmente, "o direito da espada"), isto é, o direito supremo de pronunciar sentenças que implicariam a vida ou a morte das pessoas. Todas as nações que foram subjugadas pelo império romano perderam o direito de pronunciar sentenças de morte. Tácito diz: "... Os romanos reservaram para si o direito da espada, e não se importavam com os demais".

O Sinédrio, no entanto, reteve certos direitos: 1. Excomunhão (João 9:22).

2. Prisão (Atos 5:17, 18).

3. Punição corporal (Atos 16:22).

O próprio Talmude admite que "pouco mais de quarenta anos antes da destruição do Templo foi tirado dos judeus o direito de emitir sentença de morte" (Talmude de Jerusalém, Sanhedrin, folha 24, frente). No entanto, parece improvável que o jus gladii tenha permanecido em mãos judaicas até aquela época (isto é, ca. 30 A.D.). Provavelmente os judeus perderam esse direito à época de Copônio, em 7 A.D. (Essai sur 1 'histoire et Ia geographie de laPalestine, d'apres les Talmuds et les autres sources Rabbi-nique (Ensaio sobre a história e a geografia da Palestina, segundo os Talmudes e as outras fontes rabínicas. Paris, 1867. p. 90). O rabino Rachmon afirma: "Quando os membros do Sinédrio perceberam que tinham perdido o direito sobre a vida das pessoas, uma consternação geral tomou conta deles; eles cobriram as cabeças com cinza e os corpos com sacos, exclamando: 'Ai de nós, pois o cetro foi removido de Judá e o Messias não veio! '" 21/28-30

Josefo, que foi uma testemunha ocular desse processo de decadência, diz: "Depois da morte do procurador Festo, quando Albino estava em vias de sucedê-lo, o sumo sacerdote Anano julgou que a ocasião era propícia para reunir o Sinédrio. De modo que ele fez com que Tiago, o irmão de Jesus, chamado o Cristo, e vários outros se apresentassem perante esse concilio reunido às pressas, e pronunciou contra eles

sentença de morte por apedrejamento. Todos os sábios e zelosos cumpridores da lei que estavam em Jerusalém manifestaram sua desaprovação diante disso... Alguns chegaram a procurar o próprio Albino, que havia partido para Alexandria, para pô-lo a par dessa quebra da lei e para informá-lo de que Anano agira ilegalmente ao reunir o Sinédrio sem a autorização dos romanos" (JOSE-FO. Antigüidades. Livro 20, capítulo 9:1).

Os judeus, a fim de salvarem as aparências, idealizaram diversas justificativas para a eliminação da pena de morte. Por exemplo, no Talmude Babilônico (Aboda Zarah, ou Sobre a Idolatria, folha 8, frente) lemos: "Os membros do Sinédrio, notando que o número de assassinos havia aumentado a tal ponto em Israel que se tornou impossível condenar todos à morte, chegara à seguinte conclusão: 'Será mais vantajoso para nós trocar o costumeiro lugar de reunião por um outro, de modo que possamos evitar pronunciar sentenças de morte'. A isso Maimônides acrescenta que "quarenta anos antes da destruição do segundo Templo cessaram as sentenças de crimes em Israel, embora o templo ainda estivesse de pé. Isso se deve ao fato de que os membros do Sinédrio abandonaram o Pátio das Pedras Lavradas e não mais realizaram suas reuniões ali". 21/30-33

Lightfoot, no livro Evangelium Mattheai, horoe hebraicoe (O Evangelho de Mateus — a hora dos hebreus), publicado em Cambridge, em 1658, pp. 275, 276, acrescenta que "os membros do Sinédrio... haviam tomado a resolução de não pronunciar sentenças de morte enquanto a terra de Israel permanecesse sob o governo romano e as vidas dos filhos de Israel fossem ameaçadas pelos invasores. Será que condenar à morte um filho de Abraão numa época em que a Judéia estava invadida por todos os lados, e tremia diante das legiões romanas em marchas, não seria um insulto contra o sangue dos patriarcas? Será que o menor dos israelitas, pelo simples fato de ser descendente de Abraão, não é alguém superior aos gentios? Portanto, vamos deixar o Pátio das Pedras Lavradas, fora do qual ninguém pode ser condenado à morte, e, com esse protesto, mostremos com um exílio voluntário e pelo silêncio da justiça, que Roma, embora governe o mundo não é a dona das vidas nem das leis da Judéia". 21/33, 34, 38

O Talmude Babilônico (Sanhedrin, capítulo 4, folha 519 verso) diz: "Uma vez que o Sinédrio já não tem jurisdição em questões de crimes de morte, não há utilidade prática, para sua autoridade, a qual poderá se tornar efetiva só nos dias do Messias". 25/346

Uma vez que se suprimiu o poder judicial, o Sinédrio deixou de existir. Sim, o cetro foi removido, e Judá perdeu o poder real ou legal. E os próprios judeus sabiam disso! "Ai de nós, pois o cetro foi removido de Judá, e o Messias não apareceu! " {TalmudeBabilônico, Sanhedrin, capítulo 4, folha 37; frente). Mal perceberam que o Messias era o jovem nazareno que vivia no meio deles.

2C. A DESTRUIÇÃO DO TEMPLO

"...de repente virá a seu templo o Senhor, a quem vós buscais..." (Malaquias 3:1).

Esse versículo, junto com outros quatro (Salmo 118:26; Daniel 9:26; Zacarias 11:13; Ageu 2:7-9), exigia que o Messias viesse'enquanto o templo de Jerusalém ainda estava de pé. Isso é de grande significado quando levamos em conta que o templo foi destruído em 70 A.D.; desde então, não foi reconstruído!

"Depois das sessenta e duas semanas será morto o Ungido, e já não estará; e o povo de um príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário..." (Daniel 9:26).

Essa é uma afirmação notável; cronologicamente: 1. O Messias vem (implícito no texto).

2. O Messias já não estará (morre).

3. A destruição da cidade (Jerusalém) e do santuário (templo). Tito e seu exército destruíram o templo e a cidade em 70 A.D.; de modo que ou o Messias já tinha vindo ou essa profecia era uma mentira. 4B. Profecia Cumprida

Em Daniel 9:24-27 temos uma profecia acerca do Messias, profecia esta que pode ser dividida em três partes. A primeira parte afirma que no final de 69 semanas, o Messias virá a Jerusalém. (As 7 e as 62 semanas são interpretadas como sendo 69 períodos de 7 anos.) O ponto de partida das 69 semanas é o decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém.

A segunda parte da profecia afirma que depois de o Messias vir, Ele já não estará (expressão idiomática que aponta para a Sua morte). Então o príncipe virá para destruir Jerusalém e o templo.

Todos os acontecimentos acima acontecem, segundo Daniel 9:24-26, após as 69 semanas de anos. Mas Daniel 9:24 menciona 70 semanas (7+ 62 + 1), e não apenas 69. A última semana é descrita em 9:27. Muitos estudiosos acreditam que 9:27 trata de uma pessoa e de uma época diferentes de 9:26. Muito embora o autor dessa passagem se refira ao príncipe, provavelmente tem-se a referência a um outro príncipe que deve vir mais tarde na história. (Referências duplas são um tanto quanto comuns na profecia. Por exemplo, um texto pode se referir ao rei Davi e mais tarde também a Cristo.) Esta interpretação encontra apoio em suas ações: em 9:27 o príncipe força a interrupção das práticas religiosas no templo judeu, mas o príncipe de 9:26 acabou de destruir o templo! De maneira que, provavelmente, surge mais tarde, depois da reconstrução do templo, a qual ainda está para acontecer. De qualquer forma, não importa qual seja a maneira como a pessoa interprete a septuagésima semana (os sete últimos anos da profecia), ainda assim as duas primeiras partes da profecia podem ser examinadas historicamente. Para um estudo mais aprofundado dessa profecia de Daniel, veja o livro Chronological Aspects of the Life of Christ (Aspectos Cronológicos da Vida de Cristo). 17

1C. O TEXTO

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniqüidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia, e para ungir o Santo dos Santos".

Sabe, e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas: as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até o fim haverá guerra; desolações estão determinadas.

Ele fará firme aliança com muitos por uma semana; na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador, até que a destruição, que está determinada, se derrame sobre ele. (Daniel 9:24-27).

2C. A INTERPRETAÇÃO DA PROFECIA 1D. Principais aspectos dessa profecia

(Baseado em anotações de aulas ministradas pelo Dr. James Rosscup, do Seminário Teológico Taibot, localizado na Califórnia, Estados Unidos.)

Preocupações com o povo de Daniel, Israel, e com a cidade de Daniel, Jerusalém (v. 24). Dois príncipes mencionados:

1. O Messias (v. 25).

2. O príncipe que há de vir (v. 26).

O período de tempo de 70 semanas (v. 24). 1. Visto como uma unidade (v. 24).

2. Vista como três períodos: 7 semanas, 62 semanas e 1 semana (v. 25, 27). O momento especificado do início das 70 semanas (v. 25)

O Messias aparece no final de 69 semanas (v. 25).

A destruição da cidade e do santuário pelo povo de um príncipe que há de vir (v. 26).

A aliança feita entre Israel e o príncipe que há de vir, por ocasião do início da última semana (v. 27); essa aliança é quebrada no meio da semana (v. 27).

No final das 70 semanas, Israel terá justiça eterna (v. 24). 2D. A quantidade de tempo indicada pelas 70 semanas

O conceito judeu de semana:

1. A palavra hebraica para "semana" é shabua e literalmente significa "sete". (Devemos desassociar qualquer idéia de semana, própria da língua portuguesa, da idéia que Gabriel quis transmitir.) De maneira que, em hebraico, a idéia de 70 semanas é de "setenta setes".

2. Os judeus estavam familiarizados com um "sete" tanto de dias como de anos. "Era, em certos aspectos, até mais importante." 22/13

3. Levítico 25:2-4 ilustra o fato acima. Levítico 25:8 mostra que havia um múltiplo de uma semana de anos.

Lembrando o que já se disse anteriormente, existem diversas razões para crer que as 70 semanas mencionadas em Daniel são 70 sete anos.

1. Daniel já havia pensado em termos de anos e múltiplos de anos anteriormente nesse capítulo (Daniel 9:1,2).

2. Daniel sabia que o cativeiro babilônico se devia à violação do ano sabático, e, visto que eles estavam cativos por setenta anos, evidentemente o ano sabático fora violado 490 anos (Levítico 26:32-35; 2 Crônicas 36: 21; Daniel 9:24).

3. O contexto faz sentido quando interpretamos as 70 semanas como sendo anos.

4. A palavra shabua também se encontra em Daniel 10:2, 3. O contexto requer que a palavra seja entendida como "semanas" de dias. Literalmente é "três sete de dias". Se Daniel tivesse querido dar a entender dias em 9:24-27, por que não encontramos a mesma forma de expressão que é usada no capítulo 10? Obviamente, no capítulo 9 o sentido de shabua é de anos.

3D. A duração do ano profético

Deve-se determinar a duração do ano utilizado nas Escrituras de acordo com as próprias Escrituras. 1. Historicamente - Compare Gênesis 7:11 com Gênesis 8:4, e essas duas passagens com Gênesis 7:24 e Gênesis 8:3.

2. Profeticamente - Muitas passagens bíblicas empregam expressões variadas para se referir à grande tribulação, mas todas têm um denominador comum, que é um ano de 360 dias.

Daniel 9:27 — "Metade" da septuagésima semana (obviamente três anos e meio);

Daniel 7:24. 25 - "um tempo, dois tempos e metade dum tempo" (literalmente três tempos e meio); Apocalipse 13:4-7 - "quarenta e dois meses" (três anos e meio);

Apocalipse 12:13, 14 - "um tempo, tempos, e metade de um tempo";

Apocalipse 12:6 - "mil duzentos e sessenta dias" (que eqüivalem a três anos e meio). 4D. O início das 70 semanas

Existem, na história de Israel, vários decretos ou determinações que têm sido sugeridos como o terminus a quo (princípio) das 70 semanas. São eles:

1. O decreto de Ciro, 539 a.C. (Esdras 1.1-4). 2. O decreto de Dario, 519 a.C. (Esdras 5:3-7).

3. O decreto de Artaxerxes a Esdras, 457 a.C. (Esdras 7:11-16). 4. O decreto de Artexerxes a Neemias, 444 a.C. (Neemias 2:1-8). 17/131*

Contudo, o único decreto que parece estar, com precisão, em harmonia com os existentes é o último, o decreto de Artaxerxes a Neemias.

J. D. Wilson comenta a respeito do ponto de partida da profecia: "O... decreto é mencionado em Neemias 2. Foi no vigésimo ano de Artaxerxes. O texto não reproduz as palavras do decreto, mas facilmente se pode descobrir de que tratava. Neemias soube da condição desoladora de Jerusalém, e ficou profundamente abatido. O rei lhe perguntou o motivo da tristeza, ao que Neemias respondeu: 'A cidade, onde estão os sepulcros de meus pais, está assolada e tem as portas consumidas pelo fogo'. O rei pediu-lhe então que fizesse um pedido, ao que prontamente respondeu: 'Peço-te que me envies a Judá, à cidade dos sepulcros de meus pais, para que eu a reedifique'. E, conforme lemos em seguida, ele foi enviado e reconstruiu Jerusalém".

"Esse decreto é, então, a 'ordem para restaurar e reedificar Jerusalém'. Não há qualquer outro decreto autorizando a restauração da cidade. Esse decreto autoriza a restauração, e o livro de Neemias conta como o trabalho se desenvolveu. As exigências de suas várias outras teorias têm feito com que muitos homens tomem algum outro decreto como ponto de partida para seus cálculos, mas é fácil ver que é impossível fazer esses cálculos com esses outros pontos de partida sem que haja sombra de dúvida. Esse decreto de Neemias 2 é a ordem para restaurar e reconstruir Jerusalém; nenhum outro decreto dá alguma permissão para restaurar a cidade. Todos os demais decretos se referem exclusivamente à construção do templo." 29/141,142

Baseado no seguinte pode-se dizer que esse decreto foi dado em 444 a.C: 1. "No mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes" (Neemias 2:1). 2. A acessão de Artaxerxes ocorreu em 465 a.C.

3. Não há qualquer data especificada, de modo que, de acordo com o costume judaico, interpreta-se a data como sendo o primeiro dia do mês, que seria o primeiro de nisã de 444 a.C.

4. 5 de março de 444 a.C. é a data correspondente em nosso calendário. 5D. Entendendo as primeiras sete semanas

No documento Evidências históricas da fé Cristã (páginas 152-162)

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