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4. CONCLUSÕES

3.1. Caracterização dos sistemas de criação de suínos

3.2.4. Setor Maternidade

A instalação da maternidade existente na UEP do IF Goiano-Campus Ceres tinha sua orientação no sentido Leste-Oeste, composta por duas salas, e cada uma delas com seis celas parideiras enfileiradas (Figura 8). Cada sala tinha 11,0 m de largura por 4,8 m de comprimento, perfazendo uma área de 52,8 m² e pé-direito de 2,2 m. O piso das salas era de concreto, com corredor de 0,7 m de largura na parte frontal e de 1 m na parte posterior das gaiolas.

Figura 8. Detalhe da cela parideira no interior da instalação do prédio da maternidade utilizada na unidade de ensino e produção de suinocultura do IF Goiano-Campus Ceres (Ceres – GO).

As paredes dos oitões eram fechadas até o teto e nas laterais havia mureta de 0,95 m de altura com cortinas para melhor controlar a temperatura. A estrutura da cobertura era de madeira com telhas cerâmicas.

As celas parideiras eram do tipo padrão, elevadas a 0,2 m do piso da instalação, sendo que o local destinado a matriz era em piso compacto, e o local destinado aos leitões era em ripado de plástico. Essas celas contavam ainda com abrigos escamoteadores, equipados com lâmpadas incandescentes para manutenção da temperatura adequada para os leitões (Figura 8).

Os comedouros e bebedouros, confeccionados de concreto, situavam-se na parte frontal das celas, junto ao escamoteador, com divisórias para evitar que a ração caísse no bebedouro o que poderia provocar o entupimento do ralo (Figura 8). Os leitões eram desmamados com aproximadamente 28 dias de idade.

A instalação da maternidade existente na UEP do IFB-Campus Planaltina era dividida em dois módulos um destinado a maternidade inicial e outro a maternidade coletiva (Figura 9).

Figura 9. Instalação do prédio da maternidade utilizada na unidade de ensino e produção de suinocultura do IFB-Campus Planaltina (Brasília – DF), onde: A: Disposição da matriz de maneira que o comedouro está livre, ao fundo da baia; B: Disposição da matriz de maneira que a entrada para o escamoteador encontrava-se livre.

O prédio da maternidade inicial tinha sua orientação no sentido Leste- Oeste, com 5 m de largura por 16 m de comprimento totalizando uma área de 80 m² e pé-direito de 2 m. Ao redor desse prédio tinha uma calçada com 1,1 m de largura. A estrutura do telhado era de madeira, em uma água, beiral na

141 fachada frontal de 0,9 m e na fachada posterior de 0,7 m, e coberto por telhas de fibrocimento.

Essa maternidade era formada por um conjunto de sete baias, as quais mediam 1,9 m de comprimento por 4,5 m de largura totalizando uma área de 8,55 m². O piso das mesmas era totalmente compacto, com declividade de 2% em direção à parte frontal das instalações, onde havia uma abertura de 0,3 m de largura por 0,2 m de altura, para coleta dos dejetos. As paredes divisórias entre as baias mediam 0,9 m de altura. Essas baias também tinham barras de proteção para os leitões nas laterais (Figura 9), porém, as laterais do prédio não tinham cortinas, impossibilitando o controle da temperatura interna da instalação. Os comedouros eram de concreto, com 1 m de comprimento por 0,4 m de largura e 0,3 m de profundidade, situado na parte posterior das baias (Figura 9 A) e havia um bebedouro, do tipo chupeta, por baia. As baias eram providas de porteiras na parte frontal e escamoteadores na parte posterior, equipados com lâmpadas incandescentes para manutenção da temperatura dos leitões (Figura 9 B).

Com aproximadamente 21 dias de idade os leitões e as matrizes eram transferidos para a maternidade coletiva (Figura10), onde ficavam alojados até aproximadamente 35 dias de idade, período esse em que ocorria o desmame.

O prédio da maternidade coletiva tinha sua orientação no sentido Leste- Oeste, com 12,8 m comprimento por 6,6 m de largura totalizando uma área de 84,5 m² com pé-direito de 2 m e era dividido em duas baias com acesso aos piquetes gramados (Figura 10). Em cada baia acomodava até duas matrizes e suas respectivas leitegadas (Figura 10 A). Ao redor do prédio tinha uma calçada com 1,1 m de largura. A estrutura do telhado era de madeira em uma água, beiral na fachada frontal de 0,9 m e na fachada posterior de 0.7 m e coberto por telhas de fibrocimento.

As baias tinham área útil de 39,6 m². O piso das mesmas era totalmente compacto, com declividade de 2% em direção a uma das laterais das instalações, onde havia uma abertura de 0,3 m de largura por 0,2 m de altura, a qual se comunicava com uma canaleta externa, onde os dejetos eram coletados. As paredes divisórias entre baias mediam 0,9 m de altura.

A

B

C

Figura 10. Instalação do prédio da maternidade coletiva utilizada na unidade de ensino e produção de suinocultura do IFB-Campus Planaltina (Brasília – DF), onde: A: Matriz e leitões acomodados na baia da maternidade coletiva com portão de acesso ao piquete aberto; B: Baia com comedouro em concreto ao longo do comprimento do galpão C: Matriz e leitão fazendo uso do piquete existente na instalação.

Os comedouros eram de concreto, situados ao longo de todo comprimento do galpão, com 0,4 m de largura e 0,3 m de profundidade e havia um bebedouro, do tipo chupeta, por baia (Figura 10 B).

As baias eram providas de portões na parte lateral e na parte frontal os quais davam acesso aos piquetes. A área aproximada dos piquetes era de 825 m², cobertura vegetal predominante o capim tifton (Cynodon sp.) (Figura 10 C).

Ao analisar os modelos de instalações do setor de maternidade existente, nas duas UEPs avaliadas, constatou-se diferenças dimensionais e estruturais, as quais podem acarretar em diferentes níveis de bem-estar animal. Assim sendo, considerando a tipologia existente nas UEPs avaliadas, pode-se inferir que a instalação presente na UEP do IFB-Campus Planaltina

143 promove melhor situação de bem-estar animal, quando comparada aquela existente no IF Goiano-Campus Ceres.

Resultados semelhantes também foram encontrados por Sousa (2009) ao estudar o comportamento de matrizes lactantes durante 28 dias alojadas em três tipos de maternidade: a) cela parideira com abrigo escamoteador; b) cela parideira com abrigo escamoteador e aquecimento do piso na parte dos leitões; c) maternidade alternativa em baia sem cela parideira, onde foi verificado que maternidades alternativas com acesso a piquetes proporcionaram melhores condições de bem-estar, tanto para matriz como para os leitões.