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3.2 A EVOLUÇÃO DO PIB SETORES

3.2.3 Setor Terciário

Ao analisar esse setor também veremos que ele sofreu mínima alteração com a perda de território nos desmembramentos municipais. Aqui podemos visualmente identificar a importância do setor terciário no dimensionamento do PIB Total de Ijuí, quer pela grandeza relativa, quer pela similaridade das angulações da curva de desempenho ao longo do período destacado.

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Gráfico 12 – Evolução do PIB Serviços Ijuí, Território sem Ijuí e Território Original de Ijuí, no período de 1939-2010, em R$ de 2000

Fonte: IPEA – Instituto de Políticas Econômicas Aplicadas.

O PIB Serviços de Ijuí se apresenta como hegemônico ao longo do período destacado, apresentando a maior inclinação positiva da curva de evolução da produção. Parte de R$ 18.391.000,00 milhões em 1939 para cifras superiores a casa dos R$ 400.000.000,00 milhões a partir de 2002. Conforme já se afirmou, tem uma simetria com o crescimento do PIB Total, com seu pico em 1975, ratificando as observações já referidas anteriormente. O que talvez ainda mereça destaque é o comportamento da curva no período de 1985-1996 quando relativamente avança de forma considerável em termos absolutos, ao contrário do desempenho dos outros dois setores. A partir daí, recua em 1999 e 2000, para retornar a angulação anterior em 2001 até 2003, quando também reduz sua produção, embora ainda com valores absolutos em destaque, ai tem uma pequena queda até 2005 onde começa a ter um crescimento e acaba em 2010 com R$ 588.834.000,00 milhões a sua maior produção em todos os tempos no PIB Serviços.

Como visto o PIB Serviços tem a curva parecida com a do PIB Total, ou seja, mesmo acrescentando os municípios do Território sem Ijuí e formar o Território Original de Ijuí a curva não terá grande mudança, pois Ijuí domina o PIB Serviços com uma produção muito maior que os outros municípios, como Território Original de Ijuí em 2010 iríamos estar com R$ 729.363.000,00 milhões de PIB Serviços.

Como irá mostrar o gráfico 13 o setor terciário do município de Ijuí apresenta a maior participação relativa setorial ao longo do tempo. Os picos de 2,76% de 1959 e de 2,27% de 1975 parecem ratificar as leituras dos ciclos, demonstrando que os desmembramentos territoriais da década de 60 em todo o Estado fazendo crescer o número de municípios e a reestruturação produtiva da década de 70 atribuem ao setor terciário municipal um patamar de participação relativa nas próximas duas décadas. Tirando 2002, os anos 2000 parecem indicar um avanço para a casa dos 0,90%, o que indica crescimento acima da média gaúcha, fechando em 2009 em 0,95%.

Com isso podemos dizer que o Território Original de Ijuí seria o reflexo de Ijuí por dominar esse setor nessa região denominada, o Território sem Ijuí só representa em 2009 0,24% do PIB Serviços do Rio Grande do Sul, ou seja, todos esses municípios juntos tem uma participação quatro vezes menor no Estado no setor terciário, mostrando que a perda de municípios aqui na região não teve grande influência para Ijuí na participação do setor terciário no Estado, mas sim o aumento de municípios como um todo no Estado fazendo dividir ainda mais as participações munícipes no Rio Grande do Sul.

Gráfico 13 – Participação do PIB Serviços no Rio Grande do Sul – Ijuí, Território Original de Ijuí e Território sem Ijuí, no período de 1939-2010

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho não buscou chegar a uma conclusão do que o município de Ijuí poderia ser hoje, pois hoje o município tem um desenvolvimento e o foco deste trabalho não é mostrar que Ijuí poderia ser melhor ou pior se remontado no seu território original.

As divisões municipais quando aconteciam foram muito mal vistas por muitas pessoas quando ocorridas, em alguns momentos se teve uma forte maledicência com alguns governantes na época a respeito de ser tudo interesse político. E esse trabalho não teve o contexto de provar algo contra ou a favor e sim se ter uma ideia de como seria o comportamento do município atualmente se ainda tivéssemos o nosso território original.

Como visto no trabalho o Território Original de Ijuí hoje voltaria ser 2.561,70 km2 e iria ter 109.685 habitantes, o que representa 30.000 habitantes a mais que por sua vez também estariam localizados nos distritos e interior do município. Com esse grande aumento territorial teria logicamente uma diminuição na ocupação territorial do município, com uma queda de 72 hab./km2, o que significa 42,82 hab./km2 no

município de Ijuí recomposto. Mesmo assim, continuando a ter o número de habitantes do sexo feminino maior que do sexo masculino.

O PIB Agropecuário sofreu uma boa perda com os desmembramentos municipais, pois Ijuí hoje tem R$ 41.288.000,00 milhões de PIB Agropecuário e poderia chegar a R$ 132.694.000,00 milhões no setor primário, ou seja, teríamos um aumento de três vezes no PIB desse setor que tem muita importância e alternativas. Já o PIB Indústria e o PIB serviços tem pouquíssima queda com a perda territorial, pois esses setores tem uma concentração na área urbana de Ijuí e com isso se manteve em um padrão, o setor secundário claro que com um valor bem mais

inferior com o território reconstituído chegaria a R$ 118.143.000,00 tendo um aumento de 1,2 vezes o valor atual, enquanto o setor terciário chegaria a um valor de R$ 729.363.000,00 milhões, o que representa um pequeno aumento de 1,3 vezes no valor atual.

O PIB Total do Território Original de Ijuí teria uma boa mudança, ele chegaria a R$ 1.074.721.000,92 bilhão, o que mesmo assim representaria apenas 0,95% de participação no PIB Total do Estado do Rio Grande do Sul. Atualmente o PIB Total de Ijuí representa R$ 810.906.000,86 milhões.

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BIBLIOGRAFIA

BINDÉ, A. C.; FERRARI, L. História dos 121 anos de Ijuhy. Ijuí: ITS GRÁFICA E EDITORA, 2012.

http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=431020. http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=CD91.

http://www.fee.tche.br/sitefee/pt/content/estatisticas/pg_pib_municipal_sh_pib.php. http://www.ipeadata.gov.br/.

KOHLER, R. Caracterização socioeconômica do município de Ijuí. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2008.

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