• Nenhum resultado encontrado

2.3 DADOS ESPECÍFICOS PARA CRIAÇÃO DE FMEA

2.3.18 Severidade, ocorrência, detecção e NPR

O IQA (2008) relata que após a conclusão das ações preventivas/corretivas, é necessário determinar e registrar os resultados das classificações de severidade, ocorrência e detecção, e logo após calcular o resultado indicado a partir das ações tomadas no NPR. Todas as classificações atualizadas devem ser revisadas constantemente. As ações, somente, não garantem que o problema tenha sido resolvido.

Na Tabela 13 há um exemplo, com as ações executadas, e os valores de severidade, ocorrência e detecção alteradas, com isso um novo valor de NPR foi calculado:

Tabela 13 - Exemplo de números de prioridades de risco

Item Severidade Ocorrência Detecção NPR

A 9 2 5 90

B 6 4 4 96

Fonte: Manual FMEA (2008)

Com a redução do valor de 112 para 96, reduzindo a severidade de 7 para 6, houve uma redução no NPR, estabelecendo uma pontuação abaixo do solicitado pelo cliente, portanto a ação corretiva do risco foi atendida, mas conforme mencionado acima, não garante que o problema tenha sido resolvido, pois constantemente deve ser revisado.

2.4 MANTENDO FMEA

O FMEA deve ser mantido como um documento vivo que também deve ser revisado constantemente. Sempre que for realizada uma alteração no projeto do produto ou processo, deve ocorrer a atualização do FMEA (IQA, 2008).

2.5 ALAVANCANDO FMEA

“O uso de um FMEA fundamentalmente sólido é o ponto de partida que proporciona a maior oportunidade para alavancar o uso da experiência e do conhecimento prévio” (IQA, 2008).

Ainda segundo o Manual, se tiver um novo projeto a ser desenvolvido e se for similar ao funcionamento de um produto existente, o processo a ser utilizado será similar, podendo ser utilizado um FMEA único, cabendo à empresa conversar com o cliente e solicitar a sua autorização quanto ao mesmo. Se houver apenas algumas diferenças, a equipe deve focalizar nos efeitos das diferenças de projeto e processo.

2.6 PLANO DE CONTROLE

A partir do desenvolvimento da lista de ações recomendadas, deve haver o acompanhamento posterior dos resultados do PFMEA, com um plano de controle para melhor direcionamento das ações impostas. Algumas empresas definem em não utilizar o plano de controle para verificar as características do produto em processo no desenvolvimento do PFMEA, nesta situação, a parte de “característica de produto” do plano de controle, pode ser

derivada da parte de “requisitos”, da coluna “requisitos/função do processo”, e a parte de “característica de processo” pode ser derivada da coluna “causa(s) potencial(ais) de modo de falha” (IQA, 2008).

O plano de controle é elaborado para diminuir a dificuldade de planejamento da qualidade do produto para clientes e fornecedores, de igual forma, a ampliação do diálogo referente ao planejamento da qualidade do produto e serviços subcontratados, que é utilizado na forma de um formulário para evidenciar todos os pontos de controle de produtos e processos, conforme a IQA (1994) em três fases do planejamento:

“Protótipo: Uma descrição das medições dimensionais, testes de material e de desempenho que irão ocorrer durante a construção do protótipo.”

“Pré-lançamento: Uma descrição das medições dimensionais, testes de material e de desempenho que irão ocorrer após o protótipo e antes da produção em série.”

“Produção: Uma documentação completa e abrangente das características do processo ou produto, controles de processo, testes e sistemas de medição que irão ocorrer durante a produção em série.”

Para criação do plano de controle, é necessário evidenciar alguns pontos para determinar quais as informações devem estar contidas, e que são mais relevantes. Para desenvolver o plano de controle são consideradas informações de entrada:

 Fluxograma do processo;

 Análise de modo e efeito de falha de sistemas – FMEA;  Características especiais;

 Lições apreendidas de peças similares;

 Conhecimento da equipe em relação ao processo;  Análise crítica do projeto;

 Métodos de otimização.

O guia do planejamento avançado da qualidade do produto considera como vantagens a redução de desperdícios, melhoria na qualidade do produto durante o projeto e manufatura do produto.

Kaoru Ishikawa (1993) afirmou que para praticar um bom controle de qualidade é necessário desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que seja mais econômico, mais útil e que sempre satisfaça os consumidores.

O plano de controle descreve as características do processo, fontes de variações, possibilitando assim uma melhor alocação de recursos e viabilizando uma ferramenta de comunicação para alterações nas características do produto ou processo, contingências e de como os controles e medições serão feitos durante a fabricação para a redução de desperdícios, projetando assim uma produção mais econômica (KAORU ISHIKAWA, 1993).

O IQA (2008) relata que ao ser desenvolvido o plano de controle, é necessário que a equipe multidisciplinar garanta que os controles gerados pelo PFMEA possam ser aptos a serem utilizados, conforme o método de controle específico do plano de controle. Figura 7 mostra o modelo de formulário para plano de controle.

Figura 7 - Exemplo de formulário de plano de controle

Processo ou Desc. da Operação Máquina, Dispos. Padrão, Ferramenta p/ Prod. Características Tp. Caract. Car. Especi al Especif. Tol. Mínima Tol. Máxima Téc. de Avaliação /Medição

Freq. Plano de Reação Aprovação do Cliente

Engenharia: Data: Qualidade: Data:

Nome da Equipe: Tipo de Material:

Qualidade Assegurada: Emissão:

Observações: Categoria do Plano:

PLANO DE CONTROLE DE PROCESSO

Código Material: Descrição Material: Nome do Responsável: Data Elaboração: Revisado Por: Data Revisão:

3 METODOLOGIA

A elaboração do trabalho foi realizada com base em pesquisas em livros, artigos, científicos, trabalhos de conclusão de curso, entre outros. A partir desse estudo foi realizada a aplicação do método de FMEA ao suporte de polia para colheitadeira, assim realizando-se a análise das possíveis falhas que podem ocorrer na fabricação do conjunto final soldado.

3.1 TÉCNICAS DE PESQUISA

Para o Trabalho de Conclusão de Curso, foi utilizada uma técnica de pesquisa através da revisão bibliográfica e busca de conceitos do método de FMEA, este método é aplicado juntamente com o desenvolvimento do processo de fabricação, onde foi implementado ao conjunto soldado suporte de polia.

A realização do trabalho está aplicada ao método de PFMEA (FMEA de processo), relacionado à análise de todas as possíveis falhas pertinentes a fabricação do conjunto final soldado. Apresentado a partir do fluxograma de processo, a coleta de dados e informações relevantes ao desenvolvimento da análise, levantando ponto a ponto onde será a fabricação de cada item, e o processo com seus pontos de controle críticos exigidos, para o prosseguimento do item com qualidade dimensional, e um bom acabamento na superfície final da peça.

A análise de PFMEA (FMEA de Processo) foi realizado dentro da engenharia de processo, com os recursos necessários para realização de todo o processo.

Para aplicação do PFMEA, foi utilizado um formulário em planilha de Excel, para a realização da descrição de todas as informações necessárias para a correta análise pertinente ao processo do conjunto.

3.2 APLICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

A aplicação e o desenvolvimento do trabalho estão vinculados ao suporte de polia, ligado ao funcionamento do picador de palha fixado na estrutura da colheitadeira, tendo como principal função suportar polias que giram através de correias há altas velocidades, para realizar o movimento do picador de palha, que efetua o processo de corte da palha na colheitadeira de grãos. As correias devem estar bem alinhadas, se estiverem desalinhadas podem gerar desgaste, folga ou soltura da correia diante da polia, ocasionando acumulo de palha no interior da máquina, por conta do não funcionamento do picador de palha.

Por se tratar de alta criticidade em sua montagem e utilização, foi necessário realizar um processo de levantamento dos principais modos de falha, evidenciando as possíveis falhas que podem ocorrer se a peça estiver fora do dimensional especificado, evitando que o mesmo ocasione problema em todo o fluxo da máquina.

A Figura 08 mostra o conjunto soldado suporte da polia para colheitadeira, com a lista de peças que compõem o conjunto. A Figura 09 indica a forma de montagem do conjunto suporte de polias na máquina colheitadeira.

Figura 8 - Vista Detalhada Suporte de Polia para Colheitadeira

Fonte: Bruning (2018)

Figura 9 - Vista de montagem do componente soldado

Fonte: CNH industrial (2018) 8 SUPORTE 7 CHAPA 6 SUPORTE 5 CHAPA 4 REFORÇO 3 EIXO 2 EIXO 1 TUBO RETANGULAR Item Descrição

Documentos relacionados