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SIGILO DAS VOTAÇÕES

No documento Tribunal do Júri e Soberania Popular (páginas 106-115)

O Júri brasileiro tem como característica marcante o sigilo das votações, princípio previsto na Constituição Federal, art. 5°, inciso XXXVIII124. A finalidade do sigilo é impedir que a publicidade afete a isenção e independência dos jurados, que do contrário ficariam bastante expostos às influências exteriores ao processo, como, por exemplo, fatores econômicos, políticos e mídia, além de outros tantos elementos capazes de afetar esta isenção.

Ocorre, todavia, que a publicidade dos atos judiciais e administrativos é também princípio constitucional125, permitindo-se, excepcionalmente, a sua restrição quando

não é absoluta, uma vez que o Tribunal pode deixar de acolhê-la, quando verificar que a irregularidade não produziu qualquer prejuízo ao imputado (miscarriage of justice).” Idem, p. 207.

124XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:

a) omissis;

b) o sigilo das votações; c) ...

d) ...

125Art. 5°, LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o

a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. Não se pode conceber democrático um tribunal ou um julgamento que se faça às portas fechadas, de forma sigilosa, desprovido da publicidade exigida pela constituição brasileira, ressalvadas as restrições descritas no art. 5°, inc. LX e art. 93, inc. IX, ambos da Constituição Federal.

A nova redação do inc. IX, do art. 93, foi determinada pela Emenda Constitucional n. 45, que trouxe como inovação a consolidação do direito à informação, que agora não mais se restringia aos julgamentos de juízes e tribunais, mas também às decisões administrativas realizadas pelos tribunais, que deixaram de ser secretas, passando a ser realizadas em sessão pública. O limite ao direito de informação é a defesa da intimidade do interessado no sigilo, desde que este direito não prejudique o interesse público à informação. Em outras palavras, o acesso à informação é a regra e somente em casos excepcionais deverá ser restringido e desde que não seja prejudicial ao interesse público à informação.

O princípio da publicidade, portanto, é uma garantia constitucional, cujo fim é proteger o cidadão contra um processo penal autoritário, em que interesses escusos possam levá-lo a uma decisão injusta. A fiscalização das injustiças somente pode ser efetivada a partir da publicidade. Aliado a isso há o direito ao aceso à informação126, com previsão na Constituição brasileira, que acaba funcionando como um complemento à publicidade, já que reconhece o direito de todos a receber dos órgãos públicos informações que sejam de seu interesse, coletivo ou geral.

Art. 93, IX – “todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.”

Importante notar que o sigilo das votações é um instrumento de proteção direta aos jurados, uma vez que lhes assegura a tranqüilidade e segurança necessária para que possam exercer adequadamente a sua função, como também, consiste, indiretamente, numa garantia do devido processo legal, no momento em que garante isenção e independência aos jurados127.

A analise acima indica a necessidade de se manter os jurados afastados da platéia, imprensa e demais pessoas que não tenham relação direta com o processo, a fim de assegurar a tranqüilidade de que necessitam para com isenção proferirem sua decisão. Não é demais lembrar que o sigilo ocorre apenas no momento da votação dos quesitos, sendo públicos toda a instrução criminal e os debates desenvolvidos em plenário. Além disso, a instrução feita aos jurados pelo juiz togado, bem como a votação e sua contagem são presenciadas pelas partes, através dos advogados e do promotor de justiça.

Não obstante, alguns profissionais do direito não analisam a questão com a profundidade necessária, interpretando estritamente os princípios e regras constitucionais que a cercam. Um dos argumentos mais utilizados para refutar a constitucionalidade do sigilo das votações é a violação ao princípio da publicidade. Para estes autores, os jurados, juízes que são, deveriam julgar do mesmo modo que o fazem os juízes togados, publicamente e fundamentadamente, garantindo-se ao réu o devido processo legal, no momento em que

126Art. 5º, XXXIII – “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou

de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.”

127“O jurado precisa sentir-se seguro para meditar e votar, quando convocado a fazê-lo pelo juiz presidente, o

que jamais aconteceria se estivesse em público, mormente na frente do acusado. Não são raras as oportunidades em que um determinado julgamento atrai multidões ao plenário do júri, não somente de cidadãos comuns pretendendo acompanhar o regular desenvolvimento dos atos processuais, mas sobretudo de parentes e amigos do réu ou da vítima, cercados de curiosos de toda espécie. Forma-se, com isso, uma natural e inafastável torcida na platéia, que pode manifestar-se através de aplausos, risos, vaias, sussurros contínuos, expressões faciais e gestos, todos captados pelos jurados atentos e alertas.” NUCCI, Guilherme de Souza. Júri: princípios constitucionais. São Paulo: Juarez de Oliveira, 1999. p. 166.

tomaria conhecimento dos motivos utilizados para fundamentar a sua condenação. É fundamental analisar que os jurados não dispõem de todas as garantias da magistratura togada, sendo o sigilo instrumento indispensável para restabelecer o equilíbrio necessário entre juízes e jurados.

Existe, nestes argumentos, um evidente equívoco, tendo em vista que não foi feita a necessária distinção entre o ato de julgar e a decisão produzida. O primeiro, atividade solitária do julgador e que, portanto, não ultrapassaria os limites dos seus próprios gabinetes. Já na segunda situação, a decisão, produto daquele ato solitário de julgar, esta sim deve ser pública, conferindo a todos o pleno conhecimento dos seus termos, salvo nas exceções constitucionais estabelecidas no Inc. IX, do art. 93. Em se tratando de Júri, o raciocínio deve ser o mesmo. A sala secreta é o local em que os jurados irão exercer o seu legítimo ato de julgar, daí ser desnecessária a publicidade. Após esta fase, agora em plenário, a decisão será lida e a publicidade efetivada.

Aprofundando ainda mais nesta temática, resta evidenciado que a publicidade é a regra e o sigilo a exceção, mas também não se pode esquecer que os jurados, diferentemente dos juízes, voltam a ser simples cidadãos após o julgamento, totalmente desvinculados do aparelho estatal. Isto acaba os tornando vulneráveis a ameaças e atentados, daí a necessidade de se criar uma regra que desse a estes jurados uma maior proteção, preservando-se o sigilo de seus votos e garantindo-se, desse modo, uma maior independência e isenção nos julgamentos pelo Tribunal do Júri.

Por outro lado, é importante salientar que a vedação da publicidade se restringe apenas ao conteúdo do voto de cada jurado, não ao processo de votação em si, já que este é

realizado na presença das partes. Além disso, para a própria isenção dos jurados, a platéia, familiares e amigos das partes são excluídos da participação dessa votação, tendo em vista os sérios riscos de que uma crítica, vaias ou até mesmo ameaças possam constrangê-los128.

Importa salientar que uma questão bastante interessante e que vem sendo atualmente discutida no Brasil está relacionada com a preservação do sigilo no caso de decisões unânimes, em que o voto dos jurados acaba sendo exposto ao público. A ordem constitucional vigente repreende intransigentemente a exposição pública dos votos, de maneira que nenhuma exceção, ainda que somente indiretamente dê a ele publicidade, é permitida129.

A solução para este problema seria bastante simples e sem maiores divagações doutrinárias, bastando que a contagem dos votos fosse interrompida quando já se tivesse a maioria de votos contra ou a favor da condenação. Este critério deveria ser estendido a todos os quesitos apresentados aos jurados e não apenas aos referentes à autoria e materialidade delitiva. Tal solução não seria uma inovação do modelo brasileiro, eis que na França tal prática já é utilizada há muito tempo, o que confirma Ricardo Vital de Almeida, ao dizer que

128Em pesquisa realizada pelo 3° Tribunal do Júri de São Paulo, constatou-se que 86,93% dos jurados ouvidos

disseram que o sistema de votação ocorrido na sala secreta é correto, sendo que 77,87% afirmaram que se sentiriam constrangidos para julgar o caso apresentado, se a votação fosse feita em público. Nessa mesma pesquisa, constatou-se que 41,37% dos jurados já tiveram receio de ser jurados, por julgarem réus perigosos. NUCCI, Guilherme de Souza. Júri: princípios constitucionais. p.172.

129É neste sentido lição de Ricardo Vital de Almeida, ao afirmar que: “vexatório, todavia, é o anunciar pelo juiz-

presidente do veredicto unânime dos jurados, momento em que é rasgada a determinação constitucional. O sete a zero não é, então, somente unanimidade representativa, mas um vilipêndio contra a Constituição Federal e uma concreta ameaça à segurança do jurado (e da instituição do Júri, por conseguinte), que deve estar em condições de segurança pessoal, familiar e nas suas atividades laborativas, a condenar tanto o criminoso pobre e desamparado, quanto o ditoso e politicamente forte; e de igual modo a absolvição em sentido adverso. A Justiça, discriminando é aquela dos que não têm consciência.” ALMEIDA, Ricardo Vital de. O Júri no Brasil: aspectos constitucionais – soberania e democracia social. Leme: EDJUR, 2005. pp. 186-187.

o “magistrado, a partir de semelhante modelo francês, divulga os votos até atingir o quinto, e somente então encerra a votação.”130

A jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, em decisão recente, não acatou argumento da defesa em recurso especial de que o encerramento da votação quando se alcançou a maioria de votos importaria em deficiência de resposta. No voto do Ministro Relator restou configurado a inexistência de nulidade no encerramento da votação, eis que não ocorreu em concreto deficiência de resposta, não subsistindo, portanto, nenhum prejuízo, tratando-se, apenas, de vício de forma, o que não leva à nulidade do julgamento no sistema de nulidades do processo penal brasileiro131.

Infere-se da decisão acima que a interrupção da votação nessa hipótese não implica num vício capaz de invalidar o julgamento, uma vez que não é observado qualquer tipo de prejuízo às partes. Apesar disso, a questão não foi analisada sob a ótica constitucional, eis que não se trata do tribunal competente para isto. Deveria ser atacada na decisão a pertinência da interrupção como mecanismo de ratificação do princípio constitucional do sigilo das votações, ainda que apenas como norte teórico de sua fundamentação. Além disso, o próprio art. 488132, do Código de Processo Penal, estabelece que as decisões do Júri serão tomadas por maioria de votos.

130Idem, p. 187.

131“Equivoca-se, porém, o recorrente. A deficiência de resposta a que alude o referido dispositivo é aquela de

caráter intrínseco, relacionada com o quesito formulado, em ordem a ensejar dúvida sobre a manifestação da vontade dos jurados [...] cuida-se, in casu, de vício de forma, que somente conduziria à nulidade do julgamento se tivesse acarretado prejuízo, sendo os princípios que informam o sistema de nulidades do processo penal brasileiro, em que avulta o princípio pas de nullité sans grief.” Superior Tribunal de Justiça (STJ). REsp. 42/MS, de 24/10/1989. 6ª Turma. Rel. Min. Costa Leite.

O sigilo das votações do Júri deve ser estudado paralelamente à incomunicabilidade dos jurados133, que implica numa espécie de sigilo entre os próprios membros do conselho de sentença. Essa incomunicabilidade134 encontra-se estatuída no art. 458, § 1°, in verbis:

Art. 458. Antes do sorteio do conselho de sentença, o juiz advertirá os jurados dos impedimentos constantes do art. 462, bem como das incompatibilidades legais por suspeição, em razão de parentesco com o juiz, com o promotor, com o advogado, com o réu ou com a vítima, na forma do disposto neste Código sobre os impedimentos ou a suspeição dos juízes togados.

§ 1° Na mesma ocasião, o juiz advertirá os jurados de que, uma vez sorteados, não poderá comunicar-se com outrem, nem manifestar sua opinião sobre o processo, sob pena de exclusão do conselho e multa, de duzentos a quinhentos mil-réis.

A incomunicabilidade tem por fim garantir a independência dos jurados, mas não impede, contudo, a sua comunicação ao juiz que preside o Júri, seja para requerer perguntas às testemunhas, seja para solicitar o esclarecimento dos fatos. Esta interação dos jurados, ao contrário de significar um risco à isenção do julgamento, configura uma atitude positiva dirigida a melhor elucidar a causa sob julgamento. A propósito da comunicação entre os jurados e o juiz togado, a presença da autoridade judiciária na sala secreta somente ocorreu

133“Incomunicabilidade e sigilo são previstos como proteção à formação e manifestação, livres e seguras, do

convencimento pessoal dos jurados, pela incomunicabilidade protegidos de eventuais envolvimentos para arregimentação de opiniões favoráveis, ou desfavoráveis, ao réu, e pelo sigilo das votações tendo a garantia do resguardo da opinião pessoal e individual, que pode não ser a majoritária, que é a expressão das decisões do Júri (art. 488); tem, portanto, o cidadão sorteado para o exercício das relevantes funções de jurado, então na posição de integrante de um dos órgãos que exercem a Jurisdição Penal no País, garantias para a livre expressão de sua decisão.” PORTO, Hermínio Alberto Marques. Júri: procedimentos e aspectos do julgamento – questionários. São Paulo: Malheiros, 1993. p. 55.

134A incomunicabilidade, segundo o magistério de Magarino Torres, é instrumento de prevenção e garantia de

um julgamento justo e imparcial, ao enfatizar o autor que: “fácil é perceber a quanto se expõe a Justiça, mesmo exercida por Juízes togados, os mais veneráveis, quando além das razões e factos oficialmente sabidos, outros possam ser levados em segredo ao julgador, na intimidade, pelos amigos ou interessados no pleito. As prevenções, não raro, encontram remédio nos debates; mas não é tolerável que a intriga e a malícia falem por último. A incommunicabilidade do julgador, enquanto durem os debates e as provas, é condição de pureza e perfeição da justiça. No Brasil vigora como regra. TORRES, Magarino. Processo Penal do Jury no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Jacinto, 1939. p. 131.

no ano de 1924, o que acabou por relativizar o princípio constitucional da incomunicabilidade135.

A incomunicabilidade, portanto, não se refere apenas à sala secreta ou às pessoas estranhas ao Júri, mas também aos jurados entre si, a fim de se assegurar com isso uma maior isenção e independência dos jurados. Esta incomunicabilidade não representa uma característica uniforme nos diversos países que adotam o Tribunal do Júri. Os Estados Unidos, por exemplo, utilizam um modelo em que se prestigia ao máximo a comunicação entre os jurados, favorecendo a plena discussão da causa, o que para eles consiste na melhor forma de se chegar a uma decisão justa e acertada.

Ana Paula Zomer ratifica o seu posicionamento contrário à

incomunicabilidade, porém não entende adequado seguir-se o modelo americano em que é escolhido o jurado-líder, por entender que a existência de hierarquia entre os jurados pode significar redução da independência dos jurados e modificação dos rumos do julgamento136.

A sala secreta é outro aspecto bastante polêmico e que envolve o principio do sigilo das votações. Parte da doutrina argumenta que a exigência do recolhimento dos jurados

135“Com a admissão do juiz na sala secreta, - innovação de 1924, no Distrito Federal, e que o Supremo Tribunal

Federal, considerou legítima e não compromettedora da instituição do Jury, outro conceito se impõe, mais largo e intelligente, do principio da incommunicabilidade, - que não é condição material e absoluta, - mas relativa e dependente de apreciação do presidente do Tribunal quanto ao effeito, que possa ter, sobre a liberdade de julgamento do jurado.” TORRES, Magarino. Processo Penal do Jury no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Jacinto, 1939. p. 133.

136“Como a possibilidade de deliberação é prática comum nos sistemas que prevêem a participação popular na

justiça, causa perplexidade o fato de que os jurados brasileiros não possam comunicar-se entre si. Confesso que, em uma primeira análise, a interação do Conselho de Sentença que delibera parece solução a ser adotada. Entretanto, a eventual existência de um jurado líder, quero crer, ameaça as primeiras certezas. Com efeito, imaginar uma hierarquia entre os juízes de fato, na medida em que tal escalonamento lhes possa tolher a independência e o poder de decidirem de acordo com suas consciências, preocupa.Um país como o Japão, que tenta reintroduzir o Júri, suspenso por ocasião da segunda grande guerra, vê com bons olhos a incomunicabilidade, posto que, constituindo hierarquia e harmonia pilares daquela sociedade, a mera existência de um jurado ancião no Conselho de Sentença poderia mudar os originários rumos do julgamento.” ZOMER,

à sala secreta137 imposta pelo Código de Processo Penal seria uma violação ao princípio da

publicidade e que tal exigência legal não teria nenhuma repercussão na valorização do sigilo das votações. Por outro lado, há uma outra corrente doutrinária que enxerga na sala secreta uma oportunidade de se garantir a independência dos jurados, uma vez que o afastamento do réu, seus familiares e do público em geral, seria importante para evitar interferências externas.

James Tubenchlak138 defende que não há que se confundir voto secreto com sala secreta. Para ele, o expediente da sala secreta não se ajusta às exceções ao princípio da publicidade estipulados no art. 5°, Inc. LX, da Constituição Federal139, já que não se observa nessa exigência nenhuma relação com a defesa da intimidade e com o interesse social ou público exigidos pela norma constitucional.

A análise da exigência da sala secreta por Magarino Torres remonta à sua desnecessidade como instrumento de preservação do sigilo das votações, já que a realização da votação em sala pública, desde que sem interferência de pessoas estranhas ao julgamento, nenhuma repercussão terá na decisão dos jurados140.

Ana Paula. Tribunal do Júri e Direito Comparado: sugestões para um modelo brasileiro. Boletim IBCCrim. São Paulo, v. 8, n.95 esp., out., 2000, pp. 10-11.

137Art. 476. Aos jurados, quando se recolherem à sala secreta, serão entregues os autos do processo, bem como,

se o pedirem, os instrumentos do crime, devendo o juiz estar presente para evitar a influência de uns sobre os outros.

138TUBENCHLAK, James. Tribunal do Júri: contradições e soluções. 5. ed. São Paulo: Ed. Saraiva, 1997. pp.

128-129.

139 LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o

interesse social o exigirem.

140“Por um lado, este princípio pode ser violado por meio de escriptos, gestos ou signaes; mas por outro lado, a

mera approximação de pessoas do local do Conselho não pode ser tida como transgressora do princípio legal, desde que nenhuma allusão se verifique ao caso em julgamento, não ocorrendo, pois, nenhuma comunicação, daquellas que se devem considerar prohibidas ou illegítimas, tendo em vista o objectivo collimado pela lei.” TORRES, Magarino. Processo Penal do Jury no Brasil. Rio de Janeiro: Livraria Jacinto, 1939. p. 133.

No documento Tribunal do Júri e Soberania Popular (páginas 106-115)