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Simulação de marcação de delitos na 1ª Etapa de montagem de cartõesprograma (2) Fase 2 – Identificação da Jornada do Crime

Verificar, nos arquivos do Dst PM ou Sdst PM, ou sistema próprio (SM20/REDS), os horários de ocorrência desses delitos. Deve-se identificar as duas zonas de maior incidência de delitos, em cada hora ou turno.

O Mapa 5 contém uma série temporal, por hora, de maiores incidências criminais. A situação estatística da maioria dos Municípios e Distritos sedes de Dst PM ou Sdst PM tende a revelar um quatro menos complexo, no qual onde nesse Mapa lê-se “horas”, pode-se ler “dias” ou até “semanas”.

No entanto, essa Fase 2 deve ser entendida como a etapa na qual o Comandante do Dst PM ou do Sdst PM relaciona crimes parecidos, dentro de um certo período, aos locais visualmente localizados no mapa do Município ou Distrito.

41 Fonte: 1ª RPM / Seção de Estatística e Geoprocessamento

MAPA 5 – Série temporal das maiores incidências criminais – 400ª Cia MEsp – 1º semestre de 2048 – 08:00h ÀS 13:00h

(3) Fase 3 – Plotagem dos horários

O próximo passo é juntar todos os horários, ou, na linguagem técnica, realizar a “plotagem” dos horários. Se o critério escolhido por dias, realiza-se a mesma operação.

Tanto no mapa gerado por meio do software como naquele preenchido manualmente, com uso de alfinetes coloridos, é possível realizar essa plotagem. O objetivo é ajudar a identificar os possíveis pontos de concentração de locais de delitos, ou seja, os “pontos quentes”, também conhecidos por “zonas quentes de criminalidade” (ZQC’s) ou hot spots. O Mapa 6 ajuda a ilustrar o resultado dessa plotagem. Comparado ao Mapa 5, nota-se que houve uma aglutinação de ZQC’s.

É possível que, em determinados Municípios ou Distritos, quando se tentar fazer uma plotagem dos delitos, não resulte um mapa com ZQC’s. Isso ocorre porque, segundo Oliveira (2005), cada cidade tem características próprias de criminalidade. Nesse caso, o Comandante do Dst PM ou Sdst PM que esteja construindo o cartão- programa, terá de usar os conhecimentos informais (“tácitos”, de acordo com Nonaka e Takeuchi, 1997, 2008) de sua tropa, para identificar os locais e horários mais recomendáveis de emprego do policiamento.

Ainda assim, é recomendável que o planejamento obedeça a alguns parâmetros.

Um deles pode ser aquele utilizado para a mensuração do Indicador de Incidência Criminal, que o Comando- Geral orienta todas as RPM’s seguirem. Essa metodologia divide em oito etapas o planejamento da redução ou estabilização de delitos.

Tais etapas são: 1 – Identificação dos delitos de maior incidência; 2 – Projeção da incidência criminal; 3 – Levantamento das metas; 4 – Estruturação das propostas; 5 – Acordo formal para cumprimento de metas; 6 – Levantamento de informações sobre os eventos, e 7 – Elaboração dos planos de ação; 8 – Gestão Estratégica do Desempenho Operacional. Maiores detalhes nesse sentido podem ser obtidos consultando-se o Caderno da Gestão para Resultados, nº 1 – “Operações”, que é um desdobramento das Diretrizes de Gestão para Resultados da PMMG.

42 Fonte: 1ª RPM/Seção de Estatística e Geoprocessamento

MAPA 6 – Plotagem dos delitos do Município/Distrito de “Paulolândia” – 1º semestre de 2048 – 08:00h às 13:00h

(4) Fase 4 – Seleção dos pontos-base

O próximo passo é fazer uma seleção de pontos-base. Nessa fase, é definida inclusive a seqüencia ideal de policiamento, podendo ser inclusive prevista a repetição de pontos no itinerário, conforme a necessidade. Na prática, significa que o Comandante da Fração PM que esteja montando os cartões-programa, vai começar a fazer um seqüenciamento das ZQC’s. Caso não haja estas, o planejador deve seguir uma ou mais etapas da metodologia de oito fases, referida anteriormente, usada para definir a incidência criminal.

Fonte: 1ª RPM / Seção de Estatística e Geoprocessamento

MAPA 7 – Seleção dos pontos-base – 1000ª RPM - 1º SEMESTRE 2048 – 08:00h às 22:00h (5) Fase 5 – Identificação dos logradouros para os pontos-base

A última etapa é identificar o nome dos logradouros correspondentes aos pontos base escolhidos. A quantidade de pontos-base pode variar, conforme a necessidade de cada local do itinerário previsto. O ideal é uma média de 20 (vinte) minutos em cada um desses pontos, com giroflex ligado e os militares desembarcados.

43 É também possível que em um ou mais locais dessa trajetória programada, sejam realizadas operações. Neste caso, deverá ser gerado o devido registro. Nem tudo pode ser considerado operação. O Comando-Geral disciplinou o assunto na Diretriz 3.02.01/2009-CG, de agosto de 2009 (MINAS GERAIS, 2009), disponível na Intranet PM.

Com base nas concentrações obtidas, foram estabelecidos, nesse exemplo hipotético, 8 (oito) pontos-base, bem como 8(oito) itinerários padronizados.

QUADRO 8 – Especificação de Pontos-Base

Fonte: Adaptado da Instrução 05/2005-1ª RPM (MINAS GERAIS, 2005)

Os itinerários padronizados podem ser variações do mesmo itinerário, ou itinerários alternativos capazes de permitir que os pontos-base sejam eficazmente percorridos.

QUADRO 9 – Variações de Itinerários em grupo de pontos-base

Fonte: Adaptado da Instrução 05/2005-1ª RPM (MINAS GERAIS, 2005)

Definidos os conhecimentos básicos que todo policial-militar de Dst PM ou Sdst PM deve possuir, é possível e necessário especificar as missões dos escalões superiores.

44 4 MISSÃO DOS ESCALÕES SUPERIORES AOS DST PM E SDST PM

Na introdução e nos dois capítulos anteriores, desta Instrução, foram especificados as particularidades e os dados que fazem dos Dst PM e Sdst PM espécies de Fração da PMMG, que contam com uma estrutura elementar de prestação de serviços de segurança pública. Tradicionalmente na Organização, nunca ficou muito claro o que devem os escalões superiores fazer em relação a essas Frações, de modo a promover o bem-estar dos seus policiais-militares. Por isto, este documento especifica missões de duas naturezas: a das Unidades de Direção Estratégica e das UDI’s (especialmente as administrativas), e o fluxo de informações sobre desempenho operacional, dessas Frações, perante aquelas que lhes são superiores, no âmbito das UEOp’s. 4.1 Missão das Unidades de Direção Estratégica e de Direção Intermediária

Diante do exposto, os níveis Estratégico e Tático/Intermediário da PMMG terão as seguintes responsabilidades perante os policiais-militares dos Dst PM e Sdst PM:

45 Fonte: PMMG. As orientações contidas neste Quadro 10 não excluem outras que, por iniciativa das UEOp, possam ser realizadas.

4.2 Gestão do desempenho dos Dst PM e Sdst PM, no Nível Operacional

A gestão do desempenho dos Dst PM e Sdst PM da PMMG será realizada a partir de um fluxograma de prestação de anúncios do Dst PM ou Sdst PM à Companhia. Por isso, fica instituído o seguinte fluxo de informações, sob a forma de Relatório Mensal de Atividades (RMA), inserto no anexo único, na relação entre os Dst PM e Sdst PM com os Pelotões PM e destes até o nível de UEOp:

46 Fonte: EMPM3 FIGURA 3 – Fluxograma do Relatório Mensal de Atividades

Recomenda-se ainda, reuniões periódicas entre os comandantes de frações PM destacadas e comandantes de UEOp, no máximo a cada três meses, para o alinhamento de procedimentos operacionais ao longo do ano. Ao longo desta Instrução, foram informados os contornos gerais que fazem dos DST PM e Sdst PM um tipo de Fração peculiar na PMMG; em seguida, definiram-se os objetivos; na seqüência, apontaram-se os conhecimentos básicos dos integrantes dessas Frações PM; por fim, no capítulo 4, foi definida a missão dos escalões superiores a essas “linhas de fronteira” e “pontas da linha” do arranjo operacional da Polícia Militar. A seguir, estão algumas recomendações, indispensáveis para a concretização desta Instrução.