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Simulador de Classe Econômica

(Descubra a % da população com renda abaixo da sua)

Renda Familiar Total (R$): 4.561,00 Número de Pessoas no Domicilio: 4

Estado: SP Região: Metropolitana

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Simulador de Classe Econômica

População abaixo de sua renda (%)

Cenário

Anterior Cenário Atual

Renda Familiar Total (R$): 1064 Renda Familiar Total (R$): 4561 Numero de Pessoas no Domicilio: 4 Numero de Pessoas no Domicilio: 4 Estado: SP Estado: SP Região: Metropolitana Região Metropolitana

Medindo a Nova Classe Média

Nova Classe Média Classe C - % da População - Brasil

30,9 8 37,0 1 37,3 9 37,6 4 39,85 47,0 6 41,9 6 38,6 9 32,5 2 36,7 4 36,5 2 38,1 1 36,3 7 45,0 8 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Esta nova pesquisa da FGV sobre a nova classe média mostra, a partir, dos microdados da PNAD recém-disponibilizados, que a emergência da mesma é um fenômeno nacional que já vem desde antes do lançamento do plano Real. A mesma atingia 30,9% da população brasileira em 1993, passa a 47,1% em 2007 com crescimento de 2,5% ao ano no período. Nos anos FHC, ela cresce no ritmo histórico 2,5% ao ano; já no período Lula, a mesma passa a crescer a 4% ao ano. No último ano, apesar do bolo dos brasileiros não ter crescido muito, há mais fermento na fatia da Nova Classe Média que sobe 4,4%.

VARIAÇÃO ACUMULADA DA NOVA CLASSE MÉDIA TOTAL 2007 2007/2006 4,4% Lula 2007/2002 21,6% Lula I 2006/2002 16,5% FHC 2002/1993 24,9% FHC II 2002/1998 3,5% FHC I 1998/1993 20,7% Equidade 2007/2001 23,5% Total 2007/1992 44,7%

VARIAÇÃO ANUAL DA NOVA CLASSE MÉDIA TOTAL 2007 2007/2006 4,4% Lula 2007/2002 4,0% Lula I 2006/2002 3,9% FHC 2002/1993 2,5% FHC II 2002/1998 0,9% FHC I 1998/1993 3,8% Equidade 2007/2001 3,6% Total 2007/1992 2,5%

Apresentamos aqui, alguns resultados gerados a partir deste panorama de forma simples e direta. Outras informações de renda e também acesso a itens de consumo podem ser acessadas no site.

Nova Classe Média (Classe C) População Total

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 32,52 30,98 36,52 36,74 37,01 37,39 36,37 38,11 38,69 37,64 39,85 41,96 45,08 47,06

Proporção de Empregados com Carteira de Trabalho População Total

Categoria 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total 10,59 10,41 10,61 10,54 10,61 10,63 10,34 11,31 11,47 11,77 12,44 12,96 13,45 14,17

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Existem, pelo menos, duas perspectivas adicionais para se conceituar Classe Média. Indicadores diversos indicam a ocorrência de um boom na classe C: casa, carro, computador, crédito e carteira de trabalho estão todos nos seus níveis recordes históricos. A primeira forma adicional de se definir as classes econômicas E, D, C, B e A é pelo potencial de consumo. O Critério Brasil usa acesso e número de bens duráveis (TV, rádio, lava-roupa, geladeira e freezer, vídeo-cassete ou DVD), banheiros, empregada doméstica, e nível de instrução do chefe de família. Este critério estima os pesos a partir de equação minceriana de renda. Além de estarmos medindo isso, propomos conceituação complementar para medir a evolução da nova classe média no Brasil também do ponto de vista do produtor. Ou seja, da capacidade de manter de fato este potencial de consumo ao longo do tempo. Este tipo de preocupação com educação e inserção ocupacional consta em critérios aplicados na Inglaterra, Portugal e Índia. O aspecto inovador da metodologia é a sua capacidade de olhar para aspectos simbólicos da classe média, tais como a carteira de trabalho, a entrada na universidade ou na era da informática, e a aliarmos ao aspecto de status social ligado à demanda privada por bens que eram monopólio do Estado como previdência, escola, saúde e crédito imobiliário. Desde o seminal trabalho de Robert Hall de 1977 sabemos que o consumo

produção a um mesmo nível de despesas das pessoas é útil. Nos termos da fábula de La Fontaine, há que se distinguirem as formigas das cigarras consumistas.

Uma última forma de se conceituar classe média é pela análise das atitudes e expectativas das pessoas. A sondagem do consumidor divulgada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas em bases mensais para o Brasil segue nesta direção. Este tipo de abordagem foi bastante desenvolvido nos anos 50 e 60 por George Katona, psicólogo behaviorista que tinha no economista James Tobin, um de seus grandes admiradores. Alguns autores definem classe média como aquela que tem um plano bem definido de ascensão social para o futuro. Esta fábrica de realização de sonhos individuais é o motor fundamental para conquista da riqueza das nações. O combustível é o anseio de subir na vida; já o lubrificante, seria o ambiente de trabalho e negócios. Complementarmente, propomos o Índice de Felicidade Futura (IFF) desenvolvido por nós em projeto para o Banco Inter- Americano de Desenvolvimento (BID) a partir de uma amostra de mais de 132 países cobertas pelos microdados do Gallup World Poll de 2006.

A Nova Classe Média é Metade Hoje

Incluindo este FGV apresentou dois estudos recentes que colocaram no mapa de pesquisas sociais brasileiras a Nova Classe Média - leia-se a família de Classe C que ganha entre R$ 1064 e R$ 4591 por mês a preços da Grande São Paulo. No primeiro lançado em agosto baseado a classe média atingia 51,89% da população nas seis principais regiões metropolitanas, tendo crescido respectivamente 6,18% no último ano e 22,% nos últimos 4 anos. No segundo estudo, o primeiro com os microdados da PNAD 2007 do IBGE, fora o IBGE lançado. A Nova Classe Média atingia 47,05% da população brasileira em outubro de 2007, data de levantamento em campo dos dados. No conjunto da metrópoles brasileiras a nova classe média era 50,35% em 2007. Segundo Marcelo Neri, coordenador da pesquisa: ao projetarmos o crescimento de 6,2% dos últimos 12 meses da primeira pesquisa com a abrangência nacional da segunda pesquisa exatamente 50% da população brasileira está agora na

Nova Classe Média, ou seja 93,8 milhões de brasileiros seriam Classe C no dia de hoje.

O que é Classe Média?

Para aqueles que acham os limites da Classe C enquanto a Nova Classe Media baixos,: ela está compreendida entre os imediatamente acima dos 50% mais pobres e os 10% mais ricos na virada do século. A nossa classe C aufere em média a renda média da sociedade, ou seja, é classe média no sentido estatístico. Na comparação com o resto do mundo: 80% das pessoas no mundo vivem em países com níveis de renda per capita menores que o brasileiro. Ou seja, dada ela não é baixa nem no Brasil nem no resto do mundoO estudo mais recente sobre classe média mundial da Goldman Sachs gere resultados próximos a nossa classe C, vulga média: R$ 859 a R$ 4296 deles contra R$ 1064 a R$ R$ 4591 nosso, ambos expressos em reais da Grande São Paulo de hoje. O mais importante é ter um critério consistente definido. Agora a parcela da Classe C nas metrópoles subiu 22,8% de 2004 a 2008, neste mesmo período a nossa Classe A & B subiu 33,6%. Portanto para quem acha classe média mais rica que a classe C da FGV, a conclusão que a classe média cresceu não é afetada, pelo contrário. Outros indicadores simbólicos indicam a ocorrência de um boom na classe média: casa, carro, computador, crédito e carteira de trabalho estão todos nos seus níveis recordes históricos. A questão agora é com a crise made in USA saber: até quando?

Em tempo

O site da pesquisa tem um simulador baseado na última PNAD que permite você ao preencher com dados de sua renda familiar entre outros dados e ver quantos brasileiros estão abaixo de você: http://www.fgv.br/cps/desigualdade/. Bem vindos a BelÍndia!

O Sonho Brasileiro

Antes mesmo da discussão de quem é a nova classe média no Brasil surgir, o estudo da FGV dizia que ia lançar uma medida subjetiva de classe média. Classe média seria um estado de espírito de que a vida vai melhorar no futuro. Mostramos na pesquisa “Jovens, Educação, Trabalho e o Índice de Felicidade Futura” que entre 132 países, o brasileiro é aquele que apresenta maior expectativa de felicidade daqui a 5 anos. Numa escala de 0 a 10 reportada diretamente pelos entrevistados a nota media para a satisfação com a vida em 2011 era 8,78 no Brasil superando inclusive aos Estados Unidos (9º do ranking) e Dinamarca, líder mundial de felicidade presente, mas 3º do ranking de felicidade futura. O lanterninha é Zimbaue na África.

Futuro brazil 8,78 venezuela 8,52 denmark 8,51 ireland 8,32 jamaica 8,25 canada 8,14

Felicidade Futura (em cinco anos) População Total

Fonte: CPS/FGV Processando os Microdados do Gallup World Poll 2006 – Projeto BID pela FGV Mais zimbabwe 4,04 cambodia 4,86 paraguay 5,04 haiti 5,10 bulgaria 5,13 ethiopia 5,22 uganda 5,31 Futuro

Felicidade Futura (em cinco anos) População Total

Fonte: CPS/FGV Processando os Microdados do Gallup World Poll 2006 – Projeto BID pela FGV Menos N o t a M é d i a d e F e l i c i d a d e F u t u r a d o s j o v e n s (d e 0 a 1 0 , d a q u i a 5 a n o s) 4 . 5 - 6 , 5 6 . 5 - 7 . 5 7 . 5 - 8 . 5 8 . 5 - 9 9 - 1 0 N o D a t a FELICIDADE FUTURA JOVENS 15 A 29 ANOS

Fontes de Renda

Desenvolvemos aqui, uma nova metodologia que decompõe o crescimento da renda domiciliar per capita em diferentes fontes. Partimos da relação entre a evolução anual per capita de cada tipo de renda, e ponderamos pelo seu peso relativo de cada uma na composição de renda total. Repartimos a renda dos indivíduos em cinco pedaços, conforme tabela abaixo.

Previdencia Renda todas as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM

Panorama das Mudanças de Renda

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/RETCM_rendaPNAD/index.htm. O sítio

da presente pesquisa disponibiliza um banco de dados interativo que permite a cada um decompor e analisar os níveis e as mudanças de renda desde uma perspectiva própria. Traçamos aqui um breve retrato de 2007 e de algumas das mudanças observadas frente o ano anterior. É possível analisar o crescimento da renda para diferentes anos e características sócio-econômicas, basta acessar o site da pesquisa.

PNAD 1992 a 2007

Apresentamos abaixo, a aplicação desta decomposição no âmbito nacional. Começamos a análise pelo período coberto pela nova PNAD de 1992 a 2007. Houve um aumento da renda média auferida individualmente por cada pessoa que passa de R$ 344,93 para R$ 526,27, um aumento de 2,86% ao ano (a.a.) por pessoa, ou 52,65% no acumulado deste período. Agora o que explica esta variação de renda. Em primeiro lugar e mais importante os fatores trabalhistas com 71,16% de contribuição relativa no crescimento da renda. Com 18,85%, a previdência (pó-piso), ou seja, renda previdenciária acima de 1 Salário Mínimo. O segundo tipo de renda da previdência (aquelas até 1 Salário Mínimo) vem em seguida com 6,73%. Outras fontes como renda de bolsas e outras rendas privadas contribuem relativamente com 0,93% e 2,34%, respectivamente.

Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 1992 344,93 282,17 6,06 7,6 10,24 38,86 Taxa Crescimento Anual (%) 2,86% 2,42% 3,71% 1,17% 6,32% 4,66% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 71,16% 2,34% 0,93% 6,73% 18,85%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

PNAD 2006 a 2007

A análise da última PNAD apresenta resultados ainda mais expressivos com relação à variação da renda por vias trabalhistas. Rendas provenientes do trabalho e da previdência foram as que impulsionaram o crescimento da renda total que alcançou 2,26% na média, compensando as quedas apresentadas pelas rendas de bolsas e outras transferências privadas. Em termos de contribuição relativa, ou seja, levando em conta a participação de cada renda no total, o trabalho alcançou o maior índice com patamar de 120,24%, enquanto que outras rendas privadas contribuíram de forma negativa com o crescimento da renda total (-18,61%).

Previdencia Ano Renda todas as fontes Renda todos os trabalhos

Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2006 514,62 390,11 12,63 11,12 23,83 76,92 Taxa Crescimento Anual (%) 2,26% 3,59% -17,18% -18,62% 7,72% 0,05% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 120,24% -18,61% -17,75% 15,78% 0,34%

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

A seguir apresentamos os resultados de 2007 comparados com diferentes anos desde 2001. Essas informações podem ser processadas através do Panorama de Decomposição da Renda, para diferentes grupos da população, assim como outras combinações de período. Observamos aumentos cada vez maiores de contribuição da renda do trabalho no total (captada pela última linha das tabelas a seguir).

2001 a 2007

Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2001 453,78 353,04 11,96 4,23 16,38 68,16 Taxa Crescimento Anual (%) 2,50% 2,28% -2,21% 13,51% 7,78% 2,04% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 73% -2,40% 5,19% 11,56% 12,65% 2002 a 2007 Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2002 455,12 351,58 12,2 5,88 17,97 67,49 Taxa Crescimento Anual (%) 2,95% 2,83% -3,03% 9,01% 7,39% 2,66% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 75,15% -2,80% 4,01% 10,05% 13,59%

2003 a 2007

Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2003 428,67 328,02 10,57 4,59 18,96 66,54 Taxa Crescimento Anual (%) 5,26% 5,36% -0,26% 18,50% 7,87% 3,70% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 78,62% -0,12% 3,80% 6,68% 11,03% 2004 a 2007 Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2004 442,12 336,93 10,96 7,04 18,62 68,56 Taxa Crescimento Anual (%) 5,98% 6,25% -1,54% 8,73% 11,30% 3,93% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 80,07% -0,64% 2,34% 8% 10,24% 2005 a 2007 Previdencia Ano Renda todas

as fontes Renda todos os trabalhos Outras rendas privadas Transferências Pública - BF Piso Previdencia - SM Pós-piso > SM 2007 526,27 404,13 10,46 9,05 25,67 76,96 2005 471,44 357,62 11,94 8,33 21,2 72,34 Taxa Crescimento Anual (%) 5,66% 6,30% -6,40% 4,23% 10,04% 3,14% Contribuição Relativa Crescimento Renda (%) 100% 84,96% -2,88% 1,33% 8,02% 8,57%

Dança Distributiva

Variação Anual da Renda Per Capita dos Brasileiros

Total 50% mais pobres 40% Médios 10% mais ricos 2007 2,26 4,23 3,98 -0,13 2006 9,16 11,99 9,66 7,85 2005 6,63 8,56 5,74 6,89 2004 3,14 8,34 4,13 0,68 2003 -5,81 -4,15 -4,67 -7,32 2002 0,30 3,65 0,34 -0,68

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

* incluindo as rendas zero

Part(%) - INFORMAÇÕES Total 50- 40 10+ 1993 100,0% 13,0% 41,5% 45,6% 1995 100,0% 12,3% 40,1% 47,5% 1999 100,0% 12,6% 40,3% 47,1% 2001 100,0% 12,5% 40,2% 47,2% 2002 100,0% 13,0% 40,2% 46,8% 2003 100,0% 13,2% 40,7% 46,1% 2004 100,0% 13,9% 41,1% 45,0% 2005 100,0% 14,1% 40,8% 45,1% 2006 100,0% 14,5% 41,0% 44,5% 2007 100,0% 14,8% 41,7% 43,6%

* incluindo as rendas zero

Fonte: CPS/FGV a partir dos microdados da PNAD/IBGE

Retrato Distributivo 2007

Participação na Renda Total 2007 - Brasil

Nível por Grupos de Renda 2007 - Brasil

Fonte: CPS/FGV processando os microdados da PNAD/IBGE

526,3 540,7 155,3 2.178,9 Total 50- 40 10+ 14,8% 41,7% 43,6% 50- 40 10+

Conclusões

A presente pesquisa realizada tradicionalmente logo após a disponibilização dos microdados da PNAD-IBGE, tem objetivo é informar a sociedade sobre o seu desempenho recente em algumas dimensões econômicas, basicamente indicadores sociais baseados em renda (pobreza, desigualdade, bem estar e agora a nova Classe Média (Classe C)). A pesquisa foi lançada 24 horas depois da liberação dos microdados, com texto, vídeo e banco de dados interativo.

Faço o convite a explorar o conteúdo da pesquisa nosso através do endereço:

http://www.fgv.br/cps/desigualdade , que conta com um amplo banco de dados

interativo e amigável onde os caçadores de pérolas estatísticas podem mergulhar em aguas razoavelmente límpidas e descobrir as suas.

Entre as estatísticas divulgadas são destacadas a redução da desigualdade de renda iniciada na virada deste século. A queda acumulada desde 2001 é comparável, em magnitude, ao famoso aumento da desigualdade dos anos 60 que colocou o Brasil no imaginário internacional como o pais da alta desigualdade de renda. O ano 2007 pode ser encarado como uma síntese dos resultados sociais alcançados nesta década. Tanto o crescimento da renda (2,3%) quando as reduções de miséria (-5,6%) e desigualdade (- 0,0074 pontos no Índice de Gini) alcançaram patamares próximos ao ritmo médio desde a virada do século.

Dando seqüência ao estudo anterior que colocou no mapa de pesquisas sociais brasileiras "A Nova Classe Média", a presente pesquisa mostra como se deu a evolução deste grupo desde o início dos anos 90. A Nova Classe Média atingia 47,05% da população brasileira em outubro de 2007, data de levantamento em campo dos últimos dados da PNAD. A classe C é medida, estatisticamente, como aquela entre os imediatamente acima dos 50% mais pobres e os 10% mais ricos na virada do século. Ao projetarmos o crescimento de 6,2% dos últimos 12 meses da primeira pesquisa com a abrangência nacional da segunda pesquisa exatamente 50% da população brasileira está agora na Nova Classe Média, ou seja 93,8 milhões de brasileiros seriam

Classe C no dia de hoje. Mantemos a metodologia intacta e conseguimos fazer a estimativa da PME cravar a da PNAD para regioes e periodos equivalentes". Disponibilizamos também no site da pesquisa um simulador de renda para e você saber qual a sua posição na pirâmide brasileira, acesse

http://www.fgv.br/ibrecps/RETCM/Lorenz/index.htm

Informações regionais indicam que se o Brasil fosse só o Sudeste teria sua renda média diminuída em -0,11%, se fosse só Nordeste crescido 3,09% e se fosse só Centro-Oeste 9,67% (efeito - boom de commodities agrícolas). Se o Brasil fosse só metrópoles teria crescido 1,31% (1,68% aa) e só área rural 7,39% (7% aa). E o Mato Grosso do Sul com 15,3% foi o destaque positivo das UFs no ano passado e o Rio de Janeiro o negativo com -5,8.

De maneira geral, 2007 se apresenta como o ano mais proximos da média da década cuja principal característica é na nossa opinião a redução da desigualdade de resultados (renda).

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