Sinalização de Segurança

Quadro 30 - NR 18 - Sinalização de Segurança

Itens Referentes à Sinalização de Segurança Respostas

Sim Não Não Aplicável

18.37.1 -

Fonte: Das Autoras (2017).

A sinalização de segurança nos locais de trabalho é uma medida de prevenção dos riscos profissionais, uma vez que estimula e desenvolve a atenção do trabalhador para os riscos a que está exposto. É uma ação importante, permitindo que o trabalhador recorde as instruções e os procedimentos adequados em cada situação de risco.

3.3.4 NR 35 – Trabalho em Altura

Os resultados apresentados relacionados à NR 35 referem-se aos itens investigados conforme o checklist disponível no Apêndice D. De um total de 67 itens, 60 verificaram-se e sete não contêm verificação.

O item 35.3.2 da NR 35 não se verificou pois, de acordo com a Técnica de Segurança do Trabalho, a empresa que realiza o curso da NR 35 é uma empresa terceirizada, não havendo assim a garantia de todos os cumprimentos do treinamento estabelecido.

O treinamento deve incluir questões gerais de saúde e segurança específicas do trabalho, o uso de equipamentos de proteção individual, de ferramentas e outros equipamentos do trabalho e manuseio de materiais. O trabalhador recentemente treinado deve, a princípio, ficar sob supervisão direta do supervisor, ou de um trabalhador mais experiente, a critério de seu supervisor.

Gráfico 4 - NR 35 - Trabalho em Altura

Fonte: Das Autoras (2017).

Além das normas internas da empresa e as especificas e peculiares às suas atividades, devem ser explicadas ainda as Normas Regulamentadoras 1 e 6, e aquelas relacionadas ao tipo de serviço realizado.

De acordo com o Manual de Auxílio na Interpretação e Aplicação da Norma Regulamentadora 35 (2011): 60 7 0 0 10 20 30 40 50 60 70

SIM NÃO NÃO APLICAVEL

Qu an tidad e Resposta

NR 35

NR 35

A adoção de medidas de controle deve ser precedida da aplicação de técnicas de análise de risco. Análise de risco é um método sistemático de exame e avaliação de todas as etapas e elementos de um determinado trabalho para desenvolver e racionalizar toda a sequência de operações que o trabalhador executa; identificar os riscos potenciais de acidentes físicos e materiais; identificar e corrigir problemas operacionais e programar a maneira correta para execução de cada etapa do trabalho com segurança. É, portanto, uma ferramenta de exame crítico da atividade ou situação, com grande utilidade para a identificação e antecipação dos eventos indesejáveis e acidentes possíveis de ocorrência, possibilitando a adoção de medidas preventivas de segurança e de saúde do trabalhador, do usuário e de terceiros, do meio ambiente e até mesmo evitar danos aos equipamentos e interrupção dos processos produtivos. A análise de risco não pode prescindir de metodologia científica de avaliação e procedimentos conhecidos, divulgados e praticados na organização e, principalmente, aceitos pelo poder público, órgãos e entidades técnicas. As principais metodologias técnicas utilizadas no desenvolvimento de “análise de risco” são: Análise Preliminar de Risco – APR; análise de modos de falha e efeitos – FMEA (AMFE); Hazard and Operability Studies – HAZOP; Análise Risco de Tarefa – ART, Análise Preliminar de Perigo – APP, dentre outras.

Acidentes típicos em trabalhos em altura são os mais comuns, de forma geral, assim como os acidentes específicos relacionados ao ramo de atividade da empresa e ao tipo de atividade que o trabalhador exerce.

3.4 ANÁLISE GERAL

Observa-se, de maneira geral, que a fase de acabamento de uma obra demanda um planejamento que se relaciona, diretamente, com a execução de uma construção segura e com aplicações previstas nas Normas Regulamentadoras de Segurança do Trabalho.

Analisou-se uma obra que investe na segurança do trabalho e preocupa-se com a saúde de seus funcionários. Entretanto, apesar dessa preocupação e de ser considerada uma empresa de alto padrão, foram observados itens, considerados básicos pela norma, irregulares, fato que mostra que as atividades envolvem seres humanos e, por essa razão, estão suscetíveis a erros.

Na fase de acabamentos, além da qualidade existente, cobra-se a estética e aparência, o que requer um cuidado maior na realização das atividades. Por exemplo, a instalação de granito em uma sacada em que não há mais o guarda-corpo de madeira, pelo fato de já terem sido aplicados o piso e o gesso. O posicionamento e a atitude correta a ser tomada pela Técnica de Segurança do Trabalho, para não deixar o local sem um guarda- corpo, evita um possível acidente e garante a segurança do trabalhador.

Com o objetivo de apresentar, de maneira geral, a aplicação das normas na empresa pesquisada, elaborou-se o gráfico 5, que abrange as NRs 4, 6, 18 e 35.

Gráfico 5 - Normas Regulamentadoras de Segurança do Trabalho (NRs 4, 6, 18 e 35)

Fonte: Das Autoras (2017).

Observa-se, ao analisar-se o gráfico e a pesquisa realizada, que as normas atendem às questões de segurança do trabalho. Entretanto, em virtude do detalhamento e das inúmeras premissas exigidas, muitas vezes de entendimento não tão claro aos olhos de quem não tem formação adequada, nem sempre facilita a prática da sua aplicação.

Nota-se que, para se cumprir todas as recomendações, a energia necessária é elevada, convertendo-se em tempo, uso da mão de obra para questões que fogem do objetivo final da construção ou contratação de novos funcionários para suprir esta demanda. Tais recomendações acabam, muitas vezes, sendo negligenciadas ou deixadas de lado.

Dessa forma, observar os comportamentos de risco existentes na empresa, e reagir de modo a enfatizar os comportamentos seguros, proporciona melhorias na gestão da segurança e meio ambiente de trabalho.

20 0 13 19 1 0 193 67 146 60 7 0 0 50 100 150 200 250

SIM NÃO NÃO APLICÁVEL

Qu an tidad e Resposta NR 4 NR 6 NR 18 NR 35

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa apresentada teve como objetivo a investigação da aplicação adequada das Normas Regulamentadoras NR4, NR6, NR18 e NR35 em uma empresada construção civil de obras de alto padrão, na fase de acabamento, localizada em Florianópolis/SC. A partir do embasamento teórico, elaborou-se um checklist para aplicação na construtora selecionada, desenvolvendo-se uma análise e apresentando o diagnóstico final.

Considerando os objetivos específicos traçados, os aspectos levantados sobre a segurança do trabalho apresentados ao longo do trabalho foram alcançados, demonstrando-se caminhos na busca pela redução no número de acidentes. Após a realização da visita à edificação da empresa, pode-se verificar que ainda há um déficit em relação à aplicação das normas em canteiros de obras.

As análises e os resultados da pesquisa realizada demonstram que a falta de qualificação e capacitação profissional, do setor analisado, gera uma gama de profissionais menos conscientes dos perigos em seu entorno. Em geral, as empresas preferem arriscar-se a causar um acidente no canteiro e obras, economizando medidas e precauções necessárias, sofrendo assim seus prejuízos eminentes, do que pagar os custos da prevenção da segurança de trabalho.

Para melhorar as condições de segurança nos ambientes de trabalho, na construção civil, é necessário superar barreiras, consolidadas há muito tempo. A qualificação profissional, a partir de treinamentos adequados às funções, melhorias nas condições de trabalho e investimento em equipamentos de proteção individual são primordiais para regulamentação e bom desempenho nos canteiros de obras. Além disso, as áreas de convivência e descanso também precisam de atenção.

Tendo em vista a carência de estudos aprofundados sobre segurança do trabalho na construção civil, em nível nacional, considera-se importante incentivar novas pesquisas na área. A falta de conhecimento sobre índices de acidentes, situação dos canteiros em relação à segurança, os custos de implantação da segurança, programas de gestão da segurança e a carência de normas, entre diversos outros temas, contribuem para melhorias na construção civil, minimizando os acidentes na indústria, a qual mantem-se sempre no topo da lista causadoras de acidentes no país.

Resultados significativos começam a acontecer quando há trabalho conjunto entre a empresa e o trabalhador. É de suma importância que todos os trabalhadores da empresa recebam treinamento eficaz e seguro. Quando os comportamentos são seguros, com

funcionários conscientes do cuidado que devem ter com eles e com seus colegas, melhores resultados são obtidos.

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APÊNDICE A – NR4

CHECKLIST NR 4

Empresa: Data da Inspeção: ____ /____ /____

Responsável pelo Local de Trabalho/ Setor: Local de Trabalho/ Setor: Descrição da Inspeção

SIM NÃO OBS

O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, baseia-se na gradação do risco da atividade e ao número total de empregados do estabelecimento, de acordo com os Quadros I e II - anexos, observadas

as exceções previstas na NR 4? (4.2)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT são integrados por profissionais como Médico do Trabalho, Engenheiro de Segurança do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho e Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, obedecendo requisitos estabelecidos no

Quadro II - anexo da NR 4? (4.4)

O profissional engenheiro ou arquiteto integrante da empresa, possui certificado de conclusão de curso de especialização em Engenharia de

Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação? (4.4.1) O profissional Médico do Trabalho possui certificado de conclusão de

curso de especialização em Medicina do Trabalho, em nível de pós- graduação, ou certificado de residência médica em área de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou

faculdade que mantenha curso de graduação em Medicina? (4.4.1) O profissional Enfermeiro do Trabalho possui certificado de conclusão

de curso de especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou faculdade que mantenha

curso de graduação em enfermagem? (4.4.1)

O profissional Auxiliar ou Técnico de Enfermagem do Trabalho possui certificado de conclusão de curso de qualificação de auxiliar de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada

reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação? (4.4.1) O profissional Técnico de Segurança do Trabalho é portador de

comprovação de Registro Profissional expedido pelo Ministério do

Trabalho? (4.4.1)

Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT são

empregados da empresa? (4.4.2)

Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho dedicam 8 horas por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II - anexo da NR 4?

(4.8)

O engenheiro de segurança do trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho dedicam, no mínimo, 3 horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia para as atividades dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, de acordo com o estabelecido no Quadro II - anexo da NR 4,

respeitada a legislação pertinente em vigor? (4.9) O profissional especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho

exerce outras atividades na empresa durante o horário de sua atuação nos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em

Medicina do Trabalho? (4.10)

Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT

responsabilizam-se pelos itens a seguir: (4.12)

a) aplica-se os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir

até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador? b) determina-se, quando esgotados todos os meios conhecidos para a

eliminação do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual - EPI, de acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade

ou característica do agente assim o exija?

c) colabora-se quando solicitado, nos projetos e na implantação de

novas instalações físicas e tecnológicas da empresa? d) responsabiliza-se tecnicamente, pela orientação quanto ao

cumprimento do disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas

pela empresa e/ou seus estabelecimentos?

e) mantem-se permanente o relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la,

conforme dispõe a NR 5?

f) promove-se a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de

programas de duração permanente?

g) esclarece-se e conscientiza-se os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando-os em favor da

h) analisa-se e registra-se em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as condições do(s)

indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s)? i) registra-se mensalmente os dados atualizados de acidentes do

trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI na NR 4? Tendo como dever encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro,

através do órgão regional do MTb.

j) O Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina

No documento Segurança do trabalho na construção civil: verificação das normas regulamentadoras em canteiro de obra (páginas 58-99)