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6 EVOLUÇÃO DE AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM

6.5 Aspectos de alguns ambientes virtuais de ensino e

6.5.1 Sistema On-line de Aprendizado (Solar)

O Sistema On-line de Aprendizado ou Ambiente On-line de Aprendizado (Solar, www.vdl.ufc.br/Solar) consiste em AVA sob a responsabilidade da UFC, como antes dito, mais especificamente pelo Instituto UFC Virtual, o qual possibilita a publicação de cursos on-line e a interação com a comunidade dos aprendizes cadastrados. De acordo com as especificações de seu manual informativo, o Solar busca potencializar o aprendizado, a partir da relação com a própria interface gráfica do ambiente, de fácil navegabilidade e compatível com vários navegadores. Apóia-se numa filosofia de interação orientada para professores e alunos e não de controle.

A diferenciação de sua abordagem está no fato de se fundamentar no ritmo, no tempo, no lugar e na compreensão de cada ator envolvido no ensino-aprendizagem. E, sem dúvida, configura-se como abordagem importante para o uso adequado de ambientes e de software na linha de plataformas virtuais de aprendizagem, qual seja, a da perspectiva de interfaces adaptativas.

Assim, no momento em que o Solar adota interfaces adaptativas na EaD, possibilita a construção, de forma diferenciada, da aprendizagem do aluno, por meio de tratamento individualizado e personalizado. Isto nos permite inferir, ainda, que recursos adaptativos aplicados à interface são úteis no âmbito da educação. Para compreender melhor a perspectiva da construção de interfaces adaptativas, Pequeno et al. (2004) traçam a Figura 32 para demonstrar a necessidade e a complexidade da geração de interfaceamento adaptativo.

Figura 32 – Modelo de interface adaptativa. (PEQUENO, M. et AL, 2004. p. 152).

Partindo do pressuposto navegação, existe um primeiro nível de adaptabilidade que requer a consideração de três variáveis:

1. Nível de conhecimento. 2. Capacidades cognitivas.

3. Necessidades individuais de aprendizagem.

Tais variáveis estão intimamente vinculadas à progressão das construções lógicas e, por isso, da aprendizagem:

1. O nível de conhecimento dos interagentes deve ser levado em conta para que se possa ter a possibilidade de trabalhar dentro da perspectiva de time free,

pace free e place free (livre no tempo, no ritmo e no espaço), elementos

imprescindíveis para se concretizar a educação via web. Web em sua acepção da principal porta para internet, tomando como ponto de partida valores diferentes da educação presencial.

2. As capacidades cognitivas caracterizam a necessidade de espaço de avaliação e auto-avaliação do próprio interagente sobre sua capacidade de construção conceitual.

3. As demandas individuais de aprendizagem são extremamente variáveis entre um interagente e outro. No entanto, a maioria dos softwares para aprendizagem não leva isto em consideração. O ritmo de trabalho de cada um dos interagentes deve ser respeitado e estimulado para favorecer um primeiro nível de flexibilização da interface.

No segundo nível, devemos considerar esses elementos:

1. O estímulo e o interesse precisam ser cultivados. Constituem condição sine

qua non para a aprendizagem, em qualquer instância, face a face ou não.

Hoje, sabemos que os elementos multimídia, expressos em veículos distintos, incluindo a TV, detêm grande poder de absorção, existindo, sempre, a chance de serem bem direcionados para a aprendizagem.

2. A orientação espacial se traduz, numa de suas facetas, como a oportunidade de o sujeito se localizar, ser estimulado a determinados espaços virtuais e, enfim, ser conduzido sem a sensação de estar perdido no ambiente ou amarrado a caminhos que não são de sua escolha.

3. Os objetivos educacionais podem resultar de construção do professor com os interagentes e tal ação também pode ser integrada aos elementos adaptativos.

4. A correlação cognitiva e afetiva possui os elementos que resguardam o portfólio da construção dos novos conhecimentos gerados por cada aluno, em meio à coletividade em que está inserido.

Por fim, no terceiro nível, estão os elementos de estruturação semântica do espaço virtual, entendidos, aqui, como o estabelecimento de linguagem compreensiva e adaptável ao interagente. As seqüências multimídia disponíveis e plenamente

elegíveis por qualquer um dos participantes, além da clareza da teoria cognitiva que assegura ao sistema coesão no sentido de seu planejamento estrutural, são os elementos que fecham este modelo conceitual. Apesar de a ferramenta básica se apresentar com reduzida quantidade de funções, permite ao usuário a incorporação de novas funcionalidades, face às facilidades de mudanças de seu código fonte (aberto) e ao modelo de sua arquitetura, favorável às adaptações.

Ademais, o ambiente Solar leva em conta quatro diferentes tipos de partícipes do processo de ensino-aprendizagem: facilitador, aluno, editor e administrador. O facilitador tem acesso aos cursos e, em sua função de professor, também, às ferramentas disponíveis para aulas e cursos. A ele é facultado corrigir trabalhos e interagir com o alunado. O segundo elemento, o aluno, possui capacidades similares às do facilitador, com a distinção de que não é permitido corrigir tarefas. Ao editor compete cadastrar e gerenciar os cursos dentro do ambiente Solar, enquanto o administrador tem sob seu encargo as matrículas, a seleção do facilitador e do editor, mediante perfis que se adaptem aos usuários.

As funcionalidades atribuídas a cada um dos usuários estão distribuídas num módulo administrativo e em três diferentes módulos funcionais,destinados a cada uma das categorias de usuários antes descritos.

A Figura 33 expõe a tela inicial do Solar, contendo o campo de login e o campo da senha como pré-requisito para entrar no ambiente, com o lembrete de que existe processo próprio para se cadastrar no sistema. Sobre isto, acrescemos que, no login, no texto “esqueci minha senha”, quando o sujeito passa o mouse, as palavras quase desaparecem. Isto porque, ficam em cor cinza, quando o ideal é o uso de cores contrastantes, como o preto, a fim de melhorar a visibilidade.

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