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Sistema de Esgotamento Sanitário

5. demanda dos serviços

5.2. Estudo de Demandas

5.2.2. Sistema de Esgotamento Sanitário

As demandas do serviço de esgotamento sanitário são calculadas, tendo como objetivo principal coletar, afastar e tratar o esgoto sanitário gerado nos domicílios urbanos do município.

Em campo constatou-se a falta de cadastro satisfatório e de informações mais detalhadas do Sistema de Esgotamento Sanitário. Sendo assim os dados coletados in loco precisaram ser complementados com informações do SNIS e considerando a Lei Federal 6.766/1979 que define o parcelamento do solo através de loteamentos, que são obrigados a fornecer infraestrutura básica constituída por equipamentos urbanos do SES.

O Município de Paraíba do Sul não possui dados do volume de esgoto gerado, dessa forma, a demanda do Sistema de esgotamento Sanitário foi calculada a partir da adoção do coeficiente de retorno 0,8, ou seja, 80% da água consumida nos domicílios retornam ao sistema na forma de esgoto.

Como apresentado anteriormente, para o distrito sede de Paraíba do Sul, juntamente com o distrito de Salutaris, o volume de água consumido em 2013 foi da ordem de 5.981,6 m³, que resulta na geração de 4.837 m³ de esgoto. Não foi fornecido informação quanto ao índice de coleta de esgoto em campo, porém foi verificado que o Município não possui tratamento, evidenciando a necessidade de investimentos para universalização do serviço.

Segundo dados do Diagnóstico do SNIS (2012), o índice médio nacional de atendimento da população urbana com coleta de esgoto é de 56,1%, e, de tratamento de 38,6%.

Para a projeção das demandas no horizonte de planejamento, adotaram-se metas para o Sistema de Esgotamento Sanitário, apresentadas no Quadro 24, e, justificadas a seguir. As metas e os prazos aqui estabelecidos foram discutidos com o Município e também com a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro (SEA/RJ).

Quadro 24 –Metas do sistema de esgotamento sanitário do Município de Paraíba do Sul

Fonte: Vallenge, 2013

Nota: ND – Valores não disponíveis, adotados no ano de 2014 no quadro de demandas

A projeção da demanda de esgoto da sede de Paraíba do Sul foi realizada a partir de pesquisa de campo, dados do IBGE e SNIS. Com base nesses dados foi realizada uma projeção para prazos: imediato, curto, médio e longo contemplando o horizonte de plano. Com

Atual (%) Meta (%) Ano Atual (%) Meta (%) Ano

Paraíba do Sul + Salutaris ND 2017 0

Inconfidência ND 0

Werneck ND 100 2020 0 100 2025

Distritos

Índice de Coleta Índice de Tratamento

o aumento da população atendida nesse período, a vazão de tratamento apresenta seus maiores déficits em médio e longo prazo. As oscilações que acontecem no decorrer do plano, são em função do crescimento populacional e a redução da cota per capita de água consumida; em função de programas de educação ambiental e sanitária que visam reduzir o consumo de água por domicílio e habitante.

Foram identificados déficits para a universalização do Sistema de Esgotamento Sanitário em Paraíba do Sul, tanto na coleta quanto no tratamento. Prevalece o regime unitário, situação comum a vários outros municípios na Bacia, mas não há cadastro ou como avaliar qual porcentagem da rede existente é unitária ou separadora absoluta.

Os resultados do estudo de demandas para o sistema de esgotamento sanitário da sede e dos distritos de Paraíba do Sul são apresentados nos Quadros 25, 26 e 27.

Fonte: IBGE, SNIS, e levantamento de campo Nota: * Dados de entrada.

ND – Valores não disponíveis. Foi adotado o índice de coleta e esgoto para 2014 o valor referente ao índice médio total para prefeituras segundo informações do SNIS 2012.

Produzido Coletado Tratado Qm Qmd Qmh

Capaci-dade Déficit DBO DQO Existente

(km)

2014 33.948 67 0 6.156 6.156 4.837,2 3.240,9 0 56,0 67,2 84,0 0 67,2 1833 3395 0,03 93,8 33,0 46,20 0,00 1,88 0,00 6.156 33,0 2.031 1.218 62 0

2015 34.316 80 0 7.374 7.447 5.032,1 4.025,7 0 58,2 69,9 87,4 0 69,9 1853 3432 0,03 93,8 20,0 28,00 0,00 1,88 0,00 6.956 20,0 1.231 1.218 70 0

2016 34.688 90 25 8.385 8.469 5.061,7 4.555,6 1.138,9 58,6 70,3 87,9 0 70,3 1873 3469 0,03 93,8 10,0 14,00 0,00 1,88 0,00 7.572 10,0 616 1.012 76 0

2017 35.064 100 25 9.418 9.512 5.223,2 5.223,2 1.305,8 60,5 72,5 90,7 0 72,5 1893 3506 0,03 93,8 0,0 0,00 7,74 1,88 53,94 8.188 0,0 0 1.033 82 3.064

2018 35.444 100 50 9.520 9.615 5.245,7 5.245,7 2.622,8 60,7 72,9 91,1 0 72,9 1914 3544 0,03 93,8 0,0 0,00 1,15 1,88 1,15 8.188 0,0 0 102 82 102

2019 35.827 100 50 9.550 9.741 5.302,4 5.302,4 2.651,2 61,4 73,6 92,1 0 73,6 1935 3583 0,03 93,8 0,0 0,00 1,16 1,88 1,16 8.188 0,0 0 30 82 30

2020 36.215 100 80 9.653 9.846 5.214,9 5.214,9 4.171,9 60,4 72,4 90,5 0 72,4 1956 3621 0,03 93,8 0,0 0,00 1,17 1,88 1,17 8.188 0,0 0 103 82 103

2021 36.606 100 85 9.757 9.953 5.271,2 5.271,2 4.480,5 61,0 73,2 91,5 0 73,2 1977 3661 0,03 93,8 0,0 0,00 1,18 1,88 1,18 8.188 0,0 0 104 82 104

2022 37.001 100 90 9.863 10.060 5.120,9 5.120,9 4.608,8 59,3 71,1 88,9 0 71,1 1998 3700 0,03 93,8 0,0 0,00 1,20 1,88 1,20 8.188 0,0 0 105 82 105

2023 37.284 100 95 10.320 10.527 5.160,0 5.160,0 4.902,0 59,7 71,7 89,6 0 71,7 2013 3728 0,03 93,8 0,0 0,00 0,86 1,88 0,86 8.188 0,0 0 458 82 458

2024 37.568 100 98 10.399 10.607 5.109,3 5.109,3 5.007,1 59,1 71,0 88,7 0 71,0 2029 3757 0,03 93,8 0,0 0,00 0,86 1,88 0,86 8.188 0,0 0 79 82 79

2025 37.855 100 100 10.478 10.688 5.148,3 5.148,3 5.148,3 59,6 71,5 89,4 0 71,5 2044 3785 0,03 93,8 0,0 0,00 0,87 1,88 0,87 8.188 0,0 0 79 82 79

2026 38.144 100 100 10.558 10.770 5.157,0 5.157,0 5.157,0 59,7 71,6 89,5 0 71,6 2060 3814 0,03 93,8 0,0 0,00 0,87 1,88 0,87 8.188 0,0 0 80 82 80

2027 38.434 100 100 10.639 10.852 5.196,3 5.196,3 5.196,3 60,1 72,2 90,2 0 72,2 2075 3843 0,03 93,8 0,0 0,00 0,88 1,88 0,88 8.188 0,0 0 80 82 80

2028 38.727 100 100 10.720 10.934 5.112,0 5.112,0 5.112,0 59,2 71,0 88,7 0 71,0 2091 3873 0,03 93,8 0,0 0,00 0,89 1,88 0,89 8.188 0,0 0 81 82 81

2029 39.022 100 100 10.720 11.042 5.150,9 5.150,9 5.150,9 59,6 71,5 89,4 0 71,5 2107 3902 0,03 93,8 0,0 0,00 0,89 1,88 0,89 8.188 0,0 0 0 82 0

2030 39.318 100 100 10.802 11.126 5.127,1 5.127,1 5.127,1 59,3 71,2 89,0 0 71,2 2123 3932 0,03 93,8 0,0 0,00 0,90 1,88 0,90 8.188 0,0 0 82 82 82

2031 39.617 100 100 10.884 11.210 5.071,0 5.071,0 5.071,0 58,7 70,4 88,0 0 70,4 2139 3962 0,03 93,8 0,0 0,00 0,91 1,88 0,91 8.188 0,0 0 82 82 82

2032 39.918 100 100 10.966 11.295 5.109,5 5.109,5 5.109,5 59,1 71,0 88,7 0 71,0 2156 3992 0,03 93,8 0,0 0,00 0,91 1,88 0,91 8.188 0,0 0 83 82 83

2033 40.189 100 100 11.483 11.827 5.144,2 5.144,2 5.144,2 59,5 71,4 89,3 0 71,4 2170 4019 0,03 93,8 0,0 0,00 0,82 1,88 0,82 8.188 0,0 0 516 82 516

2034 40.460 100 100 11.560 11.907 5.178,9 5.178,9 5.178,9 59,9 71,9 89,9 0 71,9 2185 4046 0,03 93,8 0,0 0,00 0,82 1,88 0,82 8.188 0,0 0 77 82 77

TOTAL - 46,20 24,08 39,40 70,28 - - 2.031 6.622 1.681 5.206

Expansão Vazão Trat. (L/s) Carga Org. total (kg/dia)

Rede a implantar

(km) Rede geral de Esgoto

Fonte: IBGE, SNIS, e levantamento de campo Nota: * Dados de entrada.

ND – Valores não disponíveis. Foi adotado o índice de coleta e esgoto para 2014 o valor referente ao índice médio total para prefeituras segundo informações do SNIS 2012.

Produzido Coletado Tratado Qm Qmd Qmh

Capaci-dade Déficit DBO DQO Existente

(km)

Vazão Trat. (L/s) Rede geral de Esgoto

Expansão

Fonte: IBGE, SNIS, e levantamento de campo Nota: * Dados de entrada.

ND – Valores não disponíveis. Foi adotado o índice de coleta e esgoto para 2014 o valor referente ao índice médio total para prefeituras segundo informações do SNIS 2012.

Produzido Coletado Tratado Qm Qmd Qmh

Capaci-dade Déficit DBO DQO Existente

(km)

2028 3.798 100 100 1.361 1.461 577,3 577,3 577,3 6,7 8,0 10,0 0 8,0 205 380 0,03 8,2 0,0 0,00 0,11 0,16

2029 3.830 100 100 1.359 1.473 551,5 551,5 551,5 6,4 7,7 9,6 0 7,7 207 383 0,03 8,2 0,0 0,00 0,11 0,16

Vazão Trat. (L/s) Rede geral de Esgoto

Longo

5.2.3. Sistema de Drenagem Urbana

Neste item calculam-se as demandas do serviço de drenagem urbana, tendo como objetivo, combater inundações nas ruas e fundos de vale municipais.

Nos levantamentos de campo constatou-se que o Município não conta com cadastro das infraestruturas existentes de macrodrenagem e microdrenagem. Dessa forma, o cálculo de demanda da drenagem considerou dados da bibliografia técnica (TOMAZ, 2002) e, ainda, a experiência da contratada na elaboração de estudos e projetos na área.

As demandas de drenagem urbana são determinadas de forma diferente dos outros serviços de saneamento, pois não dependem diretamente da população, mas sim, da forma como esta ocupa o espaço urbano, das condições climáticas e características físicas das bacias hidrográficas, onde se situa a área ocupada do município. Assim, o escoamento superficial das águas pluviais depende de vários fatores naturais e antrópicos que interagem entre si. A demanda ou o estudo de vazões procuram considera-los todos para que sejam adequados. O cálculo da demanda para macrodrenagem e microdrenagem será apresentado a seguir.

Macrodrenagem

Observou-se que o Município de Paraíba do Sul possui quatro sub-bacias que influenciam diretamente a área urbana do próprio Município (Figura 43). O Quadro 28 sumariza as características gerais das bacias com incidência na área urbana do Município de Paraíba do Sul, o tempo de concentração, a intensidade de chuva, o uso e ocupação do solo, e, a vazão máxima, conforme o caso.

Quadro 28 – Informações gerais das sub-bacias do município de Paraíba do Sul

Codificação

Nota: 1 – A vazão máxima do rio Paraíba do Sul no ano de 2010 foi estimada pela ANA nas coordenadas geográficas: Latitude 22º09’46’’S e Longitude:43º17’11’’O.

Figura 43 – Articulação das sub-bacias da área urbana do município de Paraíba do Sul

Fonte: Vallenge, 2013

Microdrenagem

Foi estimado que o coeficiente de escoamento superficial para Paraíba do Sul seja da ordem de 50%, em função da análise do uso e ocupação do solo atual. Para o período de retorno de 10 anos, e duração de 10 minutos, e, utilizando valores usuais para o dimensionamento de microdrenagem urbana, a intensidade prevista é da ordem de 142,71 mm/hora.

Assim, cada hectare contribui para uma vazão de escoamento superficial direto igual a 340 L/s, de modo que, com a declividade dos terrenos de Paraíba do Sul, é possível que seja necessário implantar ao menos 2 bocas-de-lobo e respectiva galeria a cada quadra; ou adotar técnicas compensatórias que reduzam a necessidade de estruturas hidráulicas convencionais. Para obter esses valores, foram consideradas as normas técnicas da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU/SP, 2008), e mesmo cálculos da capacidade média de caixas de descarga.

A microdrenagem vem funcionando bem, porque há alta capacidade de infiltração na área urbana, o que diminui o escoamento superficial.

Como mencionado, o Município não possui cadastro das estruturas de microdrenagem, porém, foi verificado durante o trabalho de campo que o município conta com estruturas como

bocas de lobo e poços de visita. De acordo com a Lei Federal 6.766/1979 que define o parcelamento do solo através de loteamentos, fica definido que estes são obrigados a fornecer infraestrutura básica constituída por equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais.

Dessa forma, estimou-se que o Município disponha de 40% das unidades necessárias, operando de acordo com os critérios técnicos.

Deve-se notar que, nos parcelamentos do solo através de loteamentos, conforme determina a Lei Federal 6.766/1979, o loteador é responsável por fornecer a infraestrutura básica mínima, na qual está inclusa o sistema de escoamento das águas pluviais, reduzindo os custos de implantação por parte do serviço público.

A demanda pelas unidades como bocas-de-lobo, galerias e poços de visita foi determinada por unidade de área. Propôs-se a implantação da infraestrutura em toda a área urbana onde a ocupação se mostra consolidada.

A quantidade de unidades de microdrenagem depende diretamente do relevo, daí os valores adotados. Para o relevo plano, mais bocas-de-lobo são necessárias por unidade de área, já que a velocidade de escoamento é muito baixa, tendendo ao empoçamento de água.

O cálculo da demanda para o sistema de microdrenagem da sede e dos distritos de Paraíba do Sul são apresentados nos Quadros 29, 30 e 31.

Fonte: Vallenge, 2013

-* 2013 33.583 553,82 443 1108 665 12,17 30,46 18,29 121 305 184

2014 33.948 559,83 448 1120 672 12,32 30,79 18,47 123 308 185

2015 34.316 565,91 453 1132 679 12,45 31,13 18,68 125 311 187

2016 34.688 572,05 458 1144 686 12,59 31,46 18,88 126 315 189

2017 35.064 578,25 463 1156 694 12,72 31,80 19,08 127 318 191

2018 35.444 584,51 468 1169 701 12,86 32,15 19,29 129 321 193

2019 35.827 584,86 468 1170 702 12,87 32,17 19,30 129 322 193

2020 36.215 591,18 473 1182 709 13,01 32,52 19,51 130 325 195

2021 36.606 597,57 478 1195 717 13,15 32,87 19,72 131 329 197

2022 37.001 604,02 483 1208 725 13,29 33,22 19,93 133 332 199

2023 37.284 608,63 487 1217 730 13,39 33,47 20,08 134 335 201

2024 37.568 613,28 491 1227 736 13,49 33,73 20,24 135 337 202

2025 37.855 617,96 494 1236 742 13,60 33,99 20,39 136 340 204

2026 38.144 622,68 498 1245 747 13,70 34,25 20,55 137 342 205

2027 38.434 627,42 502 1255 753 13,80 34,51 20,70 138 345 207

2028 38.727 632,20 506 1264 759 13,91 34,77 20,86 139 348 209

2029 39.022 632,46 506 1265 759 13,91 34,79 20,87 139 348 209

2030 39.318 637,27 510 1275 765 14,02 35,05 21,03 140 350 210

2031 39.617 642,11 514 1284 771 14,13 35,32 21,19 141 353 212

2032 39.918 646,99 518 1294 776 14,23 35,58 21,35 142 356 214

2033 40.189 651,38 521 1303 782 14,33 35,83 21,50 143 358 215

2034 40.460 655,78 525 1312 787 14,43 36,07 21,64 144 361 216

Longo

Bocas de lobo (und) Galeria de águas pluviais (km) Poços de visita (und)

Fonte: Vallenge, 2013

Bocas de lobo (und) Galeria de águas pluviais (km) Poços de visita (und)

Longo Médio

Fonte: Vallenge, 2013

Bocas de lobo (und) Poços de visita (und)