Sistema de custo vigente na empresa

O sistema de custeio utilizado pela empresa é um sistema de custos por processos. O sistema contempla centros de custo determinados para a produção aquícola em tanques, piscinas e represas; centros para a produção industrial em processo, centros para a produção auxiliar em processo que incluem os gastos incorridos com a reparação das artes de pesca, a produção do gelo necessária para a conservação dos produtos pesqueiros, gastos associados a trabalhos de carpintaria, que são encaminhados a apoiar as atividades principais da entidade.

Além disso, os centros para a produção auxiliar em processo, consideram os gastos associados a trabalhos de manutenção e mecânica, assim como gastos referentes à execução do plano de investimentos com meios próprios, sendo que cada projeto se corresponde com um centro de custo específico. O sistema inclui centros de custo para os gastos indiretos de produção e centros para os restaurantes e cafeterias das unidades de negócio da empresa.

O método de custeio utilizado pela empresa para valoração dos produtos é o método absorção, fazendo uso da forma de custeio pré-determinada, se valendo do custo estimado. A entidade utiliza valores previstos, levando em consideração caraterísticas ou especificidades do produto, dos elementos do custo e dos volumes de produção. A realização da planificação financeira, dos custos e gastos é estabelecida levando em consideração valores de períodos anteriores e posteriormente são realizadas comparações e análises para avaliar o desempenho da entidade naquele período especifico com respeito ao desempenho anterior.

A planificação do custo é realizada na empresa começando com seis meses de antecedência como mínimo ao ano em que se planifica, e participam as direções funcionais e as unidades de negócio, que elaboram suas propostas em correspondência com os indicadores diretivos e limites estabelecidos pelo MEP e o MINAL. São considerados diferentes modelos básicos para a planificação na empresa, como os mais relevantes encontram-se: o plano anual financeiro; o modelo referente ao custo de produção e mercancias vendidas, que planifica o gasto por elementos da empresa tendo como base os resultados do segundo semestre do ano anterior, permitindo obter o custo de vendas, de não existirem variações no inventario final; e o modelo de emprego e salário.

Um aspecto detectado é que em nenhum dos modelos utilizados para a planificação são detalhados os custos em variáveis e fixos, o qual ocasiona uma informação que dificulta as análises e a tomada de decisões. A planilha de custo empregada pela empresa é uma planilha para a formação dos preços pelo método de gastos elaborada para cada um dos produtos. A planilha base, é a planilha real do período anterior e a mesma, é empregada para realizar comparações com a proposta na planificação do período seguinte.

Outro aspecto a ser colocado é a utilização na empresa de um sistema automatizado de contabilidade, que é o Sistema de Contabilidade para o Ministério da Pesca (SISCOMIP) versão 2.0, pertencente ao Ministério da Indústria Alimentar. Este é um sistema desenvolvido por produtores nacionais e é utilizado, como seu nome o indica, pelas empresas pertencentes ao Ministério da Pesca. O processo se inicia com a contabilização diária das informações referentes aos diferentes documentos primários como: vales de entradas e saídas, faturas, nóminas, registro de gastos monetários, depreciação, salários, informes de semeaduras que detalha a quantidade e origem de larvas e alevinos semeados, ou seja, todas as operações contábeis.

Nesse sentido, o movimento da biomassa também é registrado, informando a movimentação de larvas e alevinos, detalhando a quantidade, dias de cultivo e destino dos mesmos. Outro dos informes é o referente à colheita, que especifica o estanque ou a piscina coletada, assim como também as ordens de trabalho, onde o chefe da brigada reporta a quantidade de horas trabalhadas por cada trabalhador nas diferentes líneas de produção. Os vales de operações são introduzidos pelos especialistas de contabilidade de forma diária, acumulando assim as informações no sistema ao longo do mês.

O sistema processa de forma ágil a informação realizando-se os balancetes de comprobação por saldos em cada uma das unidades de negócio, os quais são enviados para a empresa central, onde é realizado o consolidado. A nível de empresa são obtidos os relatórios de contabilidade: Demonstração de Resultados, Estado de Custo de Produção e Mercancias

Vendidas (Anexo B), o Estado de Movimentação da Inversão Estatal, assim como o Estado de Origem e Aplicação de Fundos. Desta forma, se procede à obtenção dos Estados de Custos de cada uma das produções industriais.

Os resíduos e desperdícios na produção recebem um tratamento específico por parte da empresa que os utiliza como alimento fresco na produção aquícola. Os mesmos podem ser utilizados diretamente, sem necessidade de nenhum tratamento. O preço ao que se valora este resíduo, será inferior ao da matéria prima que lhe deu origem.

A análise do custo se baseia fundamentalmente, na avaliação do comportamento das despesas e seus desvios, levando em consideração onde se produzem e o conceito de cada gasto; com o objetivo de conhecer quais incidem nas variações na comparação com o custo predeterminado. O Conselho de Direção da empresa analisa uma série de fatores do custo, dentre os quais podemos encontrar:

 Análise do comportamento da captura;  Análise Energético;

 Análise dos Custos Industriais;

 Análise dos Custos de Produção – Atividade Industrial (Anexo A), Aquícola, Produções Auxiliares e Atividade Comercial;

 Estratégia a seguir pela empresa para o próximo período.

Estas analises são realizados comparando o real do ano anterior na data corrente, o plano para o ano corrente e, o que aconteceu de fato, o real do ano para o final do período. São determinadas as variações com respeito ao ano anterior e com respeito ao plano e são analisados os possíveis elementos ou aspectos que causaram ditas variações.