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Hanabusa et al. (2012) verificaram se um sistema adesivo de passo único pode ser aplicado por meio das seguintes técnicas: condicionamento total ou seletivo, modo de aplicação convencional ou autocondicionante. Vinte e cinco terceiros molares humanos não cariados foram utilizados neste experimento. A lama de esfregaço em esmalte e dentina média foi padronizada. A resistência de união (resistência de união) à microtração do adesivo G-Bond Plus foi testada em cinco grupos (n=5), em relação ao esmalte, tratado pelos modos de aplicação convencional ou autocondicionante, e à dentina, pelos modos de aplicação convencional, seca ou úmida e autocondicionante. A análise ultraestrutural das interfaces adesivas, formadas em esmalte e em dentina, foi realizada por meio de microscopia eletrônica de transmissão. O condicionamento prévio do esmalte, com ácido fosfórico, aumentou significativamente a eficácia da adesão e a área de retenção micromecânica. Na dentina, não foi observada diferença estatística significativa na eficácia da adesão em relação ao modo de aplicação. A utilização do adesivo no modo convencional com a dentina seca foi significativamente mais efetiva do que com a dentina úmida. No entanto, as imagens de microscopia eletrônica de transmissão revelaram uma camada híbrida de baixa qualidade em ambos os modos de aplicação, sob a forma de uma malha de colágeno porosa e mal infiltrada pela resina. Os autores concluíram que o condicionamento prévio do esmalte, com ácido fosfórico, melhorou definitivamente a resistência de união do adesivo, em relação ao modo de aplicação autocondicionante. Na dentina, porém, deve-se ter mais cuidado com este condicionamento, pois, embora a resistência de união não tenha sido afetada, a interface adesiva resultante aparenta ser ultraestruturalmente mais vulnerável à biodegradação.

Muñoz et al. (2013) avaliaram a resistência de união à microtração em dentina, a nanoinfiltração e o grau de conversão na camada híbrida nas abordagens

convencional e autocondicionante de sistemas adesivos universais. A superfície de dentina média de 40 terceiros molares humanos hígidos foi exposta e a lama dentinária foi padronizada pelo polimento com lixa de carbeto de silício #600. Os dentes foram divididos em oito grupos (n = 5), de acordo com o sistema adesivo e com a técnica de condicionamento utilizados: Clearfil SE Bond (CSE) e Adper Single Bond 2 (SB) como controles; Peak Universal, no modo autocondicionante (PkSe) e convencional (PkEr); Single Bond Universal, modo autocondicionante (ScSe) e convencional (ScEr); e All Bond Universal, modo autocondicionante (AlSe) e convencional (AlEr). Os sistemas adesivos foram aplicados, de acordo com as instruções dos fabricantes, e sobre a camada adesiva foi construído um bloco de resina composta (Opalis). Após o armazenado em água a 37° C, por 24 h, espécimes em formato de palitos (0,8 mm2) foram obtidos das amostras restauradas. Os palitos foram analisados sob força de tração a 0,5 mm/min. Alguns palitos de cada grupo foram utilizados para determinar o GC, por espectroscopia micro-Raman, enquanto outros serviram para identificar a nanoinfiltração. Os resultados demonstram que somente os grupos PkSe e PkEr não diferiram do grupo controle (p>0,05). AlSe apresentou a menor média de resistência de união (p<0,05). ScEr, ScSe, AlSe e AlEr mostraram a menor nanoinfiltração, semelhante a dos grupos de controle (p<0,05). Apenas ScSe apresentou grau de conversão menor que os outros materiais (p<0,05). Os autores concluíram que o desempenho dos sistemas adesivos universais mostrou ser dependente do material. Os resultados indicam que os adesivos universais, independente da estratégia de condicionamento da dentina, foram inferiores em relação a, pelo menos, uma das propriedades avaliadas (resistência de união, nanoinfiltração e grau de conversão) em comparação com os adesivos controles.

Marchesi et al. (2014) investigaram a estabilidade a longo prazo de um adesivo universal aplicado por meio de diferentes técnicas adesivas. Sessenta molares humanos foram seccionados para expor a dentina média e a lama dentinária foi padronizada pelo polimento com lixa de carbeto de silício #180. Os dentes foram atribuídos a um dos seguintes adesivos universais (n=15): Single Bond Universal, no modo autocondicionante; Single Bond Universal, no modo convencional e dentina úmida; Single Bond Universal, no modo convencional e dentina seca; e Prime & Bond NT, no modo convencional e dentina úmida (controle). Sobre a camada adesiva foi construído um bloco de resina composta (Filtek Z350) e

o conjunto dentina/resina composta foi seccionado em palitos para serem submetidos ao teste de resistência de união após 24h, seis meses ou um ano de armazenamento em saliva artificial. Espécimes adicionais foram preparados para identificação de nanoinfiltração e avaliação da expressão de metaloproteinases da matriz. Após 24 h de armazenamento, não foram observadas diferenças nos valores de resistência de união entre os grupos. Após seis meses de armazenamento, entretanto, verificou-se diminuição na resistência de união do adesivo universal em ambos os modos de aplicação, sendo o modo convencional ainda mais afetado após um ano de armazenamento. O Single Bond Universal aplicado no modo autocondicionante e Prime & Bond NT apresentaram os maiores valores de resistência de união na avaliação de um ano. Uma menor expressão de nanoinfiltração foi identificada para o Single Bond Universal aplicado no modo autocondicionante, tanto na avaliação inicial quanto após o armazenamento. A ativação de metaloproteinases da matriz foi observada na interface adesiva de ambos os sistemas adesivos testados, independente da técnica de aplicação. Os autores concluíram que o adesivo universal testado apresenta maior eficácia quando utilizado no modo autocondicionante, pois esta abordagem promoveu uma maior estabilidade da adesão a longo prazo.

Perdigão et al. (2014) avaliaram o desempenho clínico de 18 meses do adesivo universal Single Bond Universal em lesões cervicais não cariosas usando os critérios de avaliação da Federação Dentária Internacional (FDI) e do Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos (USPHS). Trinta e nove pacientes participaram deste estudo. Doze restaurações foram atribuídas a quatro grupos: modo convencional e dentina úmida (ERm); modo convencional e dentina seca (ERd); condicionamento seletivo do esmalte (Set); e autocondicionante (SE). A restauração das lesões foi realizada pela inserção da resina composta, Filtek Supreme Ultra, de forma incremental. As restaurações foram avaliadas inicialmente (após uma semana) e após 18 meses. Cinco restaurações (SE: 3; Set: 1 e ERm: 1) foram perdidas após 18 meses (p>0,05 para qualquer um dos critérios). A pigmentação marginal ocorreu em 4% e 10% das restaurações avaliadas (p>0,05), respectivamente, segundo os critérios do USPHS e da FDI. Nove restaurações foram consideradas parcialmente satisfatórias para adaptação marginal utilizando os critérios USPHS e 38%, 40%, 36% e 44% para os grupos ERm, ERd, Set e SE, respectivamente, quando os critérios da FDI foram aplicados (p>0,05). No entanto,

quando os escores semi-quantitativos para adaptação marginal foram utilizados, SE apresentou um número significativamente maior de restaurações, com mais de 30% do comprimento total da interface, mostrando discrepância marginal (28%) em comparação com os outros grupos (8%, 6% e 8%, respectivamente, para ERm, ERd e Set). A retenção clínica do adesivo universal aos 18 meses não depende da técnica de aplicação. A única diferença entre as estratégias foi observada no parâmetro de adaptação marginal, para o qual os critérios do FDI foram mais sensíveis do que os critérios da USPHS.

Wagner et al. (2014) compararam a resistência de união e a infiltração do adesivo em dentina de três adesivos universais aplicados nos modos convencional e autocondicionante. O efeito da termociclagem nos valores de resistência de união também foi avaliado. O terço oclusal de molares humanos hígidos foi removido e as superfícies expostas foram polidas com lixa de carbeto de silício #600 e tratadas com um dos três adesivos universais (n=12): Futurabond Universal, Single Bond Universal e All-Bond Universal, nos modos autocondicionante e convencional. Para efeito de comparação, dois adesivos autocondicionantes de passo único, Futurabond DC e Futurabond M, também foram testados (n=6). Um bloco de resina composta (Grandioso) foi construído sobre a camada adesiva e os dentes restaurados foram armazenados em água a 37°C, por 24 h, ou termociclados por 5 mil ciclos. Espécimes em formato de palitos (1 mm2) foram obtidos e submetidos ao teste de resistência de união. Em cada grupo, um dente adicional, foi preparado para avaliar a infiltração do adesivo em dentina por meio do corante fluorescente, Rhodamine B. Após a secção longitudinal, as interfaces geradas foram examinadas sob microscopia confocal de varredura a laser (MCVL). Os autores observaram que o passo adicional de condicionamento com ácido fosfórico não afetou significativamente a resistência de união de nenhum dos adesivos universais, quando comparado ao modo de aplicação autocondicionante. Todos os espécimes pré-condicionados mostraram infiltrados de adesivo consideravelmente mais longos, além de camadas híbridas mais espessas. A termociclagem não teve efeito significativo sobre a resistência de união dos adesivos universais. Os autores concluíram que a aplicação dos sistemas adesivos universais no modo convencional aumenta a infiltração do adesivo em dentina, porém não afeta sua resistência de união após 24 h ou após 5 mil ciclos de termociclagem.

Chen et al. (2015) analisaram o desempenho in vitro, a curto prazo, de cinco adesivos universais aderidos à dentina. Duzentos terceiros molares humanos hígidos foram preparados pela remoção do esmalte e exposição da dentina média, que foi polida com lixa de carbeto de silício #400 para padronização da lama dentinária. Os dentes foram distribuídos em um dos cinco grupos, de acordo com os adesivos universais utilizados: Prime & Bond Elect, Single Bond Universal, All-Bond Universal, Clearfil Universal Bond e Futurabond U. Em cada grupo, os sistemas adesivos foram aplicados nos modos convencional e autocondiconante e restaurados com resina composta (TPH Spectra). Os dentes restaurados foram armazenados em água por 24 h ou submetidos à termociclagem de 10 mil ciclos, antes de serem analisados (n = 10). Posteriormente, foram obtidos espécimes em formato de palitos (0,9 mm2), avaliados pelo teste de resistência de união. As interfaces adesivas não termocicladas foram observadas por microscopia eletrônica de transmissão e a nanoinfiltração foi identificada na camada híbrida dos espécimes termociclados, por meio de microscopia eletrônica de varredura. O tipo de adesivo e a condição de teste (com ou sem termociclagem) influenciaram significativamente os valores de resistência de união, enquanto o modo de aplicação, convencional ou autocondicionante, não influenciou. As espessuras das camadas híbridas formadas pelos adesivos universais no modo convencional e autocondicionante foram de 5 μm e ≤ 0,5 μm, respectivamente. A nanoinfiltração foi identificada na interface adesiva de todos os espécimes analisados. Os autores concluíram que o aumento da versatilidade dos adesivos universais não é acompanhado por avanços tecnológicos para superar os desafios das gerações de adesivos anteriores.

Lawson et al. (2015) compararam o desempenho clínico do sistema adesivo Single Bond Universal, utilizado nos modos convencional e autocondicionante, com o sistema adesivo Scotchbond Multi-purpose, no modo convencional, em lesões cervicais não cariosas. Trinta e sete adultos foram recrutados com três ou seis lesões cervicais não cariosas (> 1,5 mm de profundidade). Os dentes foram isolados, e um chanfro cervical curto foi preparado. Os sistemas adesivos, Single Bond Universal nos modos convencional e autocondicionante e Scotchbond Multi-Purpose, foram aleatoriamente aplicados nas cavidades preparadas que, em seguida, foram restauradas com uma resina composta (Filtek Supreme Ultra). As restaurações foram avaliadas inicialmente (após uma semana) e após 6, 12 e 24 meses da restauração. Os seguintes fatores

foram avaliados pelos Critérios USPHS modificados: adaptação marginal, descoloração marginal, cárie secundária e sensibilidade ao frio. Desadaptação marginal e descoloração (p<0,0001) foram observadas em ambos os sistemas adesivos, indicando uma deterioração da restauração ao longo do tempo. Os sistemas adesivos, Single Bond Universal no modo autocondicionante e Scotchbond Multi-Purpose, foram três vezes mais propensos a apresentar descoloração marginal ao longo do tempo. As taxas de retenção das restaurações em 24 meses foram de 87,6% para Scotchbond Multi-purpose e 94,9% e 100% para Single Bond Universal, nos modos autocondicionante e convencional, respectivamente. Os autores concluíram que o Single Bond Universal, aplicado nos modos autocondicionate ou convencional, respectivamente, apresentou desempenho clínico semelhante ou superior ao Scotchbond Multi-purpose.

Loguercio et al. (2015) continuaram a avaliação do desempenho clínico do sistema adesivo Single Bond Universal em lesões cervicais não cariosas, previamente analisado por Perdigão et al. (2014), usando os mesmos critérios de avaliação, após 36 meses da realização da restauração. Trinta e quatro pacientes participaram deste estudo e duzentas restaurações foram avaliadas nos quatro grupos estudados. As restaurações foram avaliadas inicialmente (após 1 semana) e após 6, 18 e 36 meses da sua realização, utilizando os critérios FDI e USPHS. Oito restaurações (ERm: 1; ERd: 1; Set: 1 e SE: 5) foram perdidas após 36 meses, sendo a perda significativa apenas para SE comparada à avaliação inicial (p = 0,02). A pigmentação marginal ocorreu em 6,8% das restaurações dos grupos ERm, ERd e Set e 17,5% das restaurações do grupo SE. Segundo os critérios do FDI, uma diferença estatística significativa foi observada em todos os grupos quando a pigmentação, após 36 meses, foi comparada à avaliação inicial (p <0,04) e apenas para o grupo SE, quando os critérios USPHS (p <0,03) foram aplicados. Segundo os critérios USPHS e FDI, 28 e 49 restaurações foram avaliadas como parcialmente satisfatórias para adaptação marginal, respectivamente, com diferença significativa em cada grupo quando comparado à avaliação inicial (p<0,05). Os autores concluíram que, embora não tenha sido constatada diferença estatística entre as técnicas de aplicação do adesivo universal, sinais de degradação foram observados quando o adesivo foi aplicado no modo autocondicionante. Os critérios do FDI permanecem mais sensíveis do que os critérios da USPHS, especialmente para os fatores pigmentação e adaptação marginal.

Alex (2015) revisou a literatura sobre os sistemas adesivos universais. Segundo o autor, quando um material, técnica ou avanço tecnológico é lançado, uma mudança de paradigma na forma como a odontologia é praticada ocorre. O desenvolvimento e evolução de agentes adesivos para esmalte e dentina é um desses exemplos. A capacidade de unir vários materiais de forma razoavelmente previsível tanto ao esmalte quanto à dentina permitem que os cirurgiões-dentistas rotineiramente confeccionem restaurações de laminados cerâmicos, resina composta direta e indireta e uma infinidade de outros materiais restauradores e estéticos. A longevidade e a previsibilidade das restaurações são relacionados à capacidade do cirugião-dentista unir vários tipos de materiais restauradores aos tecidos dentários. Os adesivos odontológicos mais recentes no mercado são os chamados "adesivos universais". Em teoria, esses sistemas têm o potencial de simplificar e acelerar significativamente os protocolos adesivos e, de fato, podem representar a próxima evolução na odontologia adesiva. O gerenciamento adequado da interface adesiva é crucial para a colocação previsível de muitas restaurações dentárias. Isso requer uma compreensão dos materiais que estão sendo utilizados, do substrato em contato e do protocolo clínico correto e preciso. Compete a cada dentista saber sobre o sistema adesivo específico, suas características, pontos fortes e fracos, e como maximizar seu desempenho.

Tian et al. (2016) determinaram a extensão da nanocamada de sais de MDP-Ca nas interfaces adesivas, após a aplicação de sistemas adesivos autocondicionantes e universais, que têm o 10-MDP em sua composição. Foram examinados sete sistemas adesivos comerciais: Adhese Universal, All-Bond Universal, Clearfil SE Bond 2, Clearfil S3 Bond Plus, Clearfil Universal Bond, G- Premio Bond e Single Bond Universal; e três primers experimentais contendo: 5%, 10% e 15% em peso de 10-MDP (DM Healthcare Products, Inc.) dissolvido em um solvente misto (proporção em peso de etanol e água 9:8, com fotoiniciadores). Cento e dois terceiros molares humanos hígidos foram utilizados. Os adesivos foram aplicados, no modo autocondicionante, sobre a dentina coronária média, cuja lama dentinária foi padronizada com lixa de carbeto de silício #600. Os espécimes (n = 6) foram restaurados com uma camada de resina composta fluida (DE Bond Resin), processados para microscopia eletrônica de transmissão e examinados em 30 locais aleatórios, sem pigmentação. Uma análise por meio de difração de raios-X foi realizada para detectar os picos característicos exibidos pela nanocamada (n = 4).

Os primers experimentais foram aplicados na dentina por 20 s, cobertos com camada de resina composta hidrófoba e examinados da mesma forma com que os sistemas adesivos comerciais. Uma nanocamada profusa (3,7 nm de largura), com periodicidade altamente ordenada, foi observada adjacente aos cristais de apatita parcialmente desmineralizados, em dentina tratada com o primer de 15% de 10- MDP. Além disso, três picos de difração de raios X, característicos para a identificação da nanocamada, foram observados. Uma menor extensão da nanocamada foi observada na interface dos primers experimentais de 10% e 5% de 10-MDP, com picos difração de raios X de menor intensidade. Nanocamadas e picos de difração de raios X característicos de sua presença foram raramente observados em espécimes preparados a partir dos adesivos comerciais Clearfil SE Bond 2 e Clearfil S3 Bond Plus e não foram encontrados nos demais adesivos. A formação de nanocamadas dispersas nas interfaces adesivas de adesivos universais comerciais é considerada um desafio para sua eficácia clínica, pois a qualidade da nanocamada está relacionada a maior longevidade da adesão dentinária.

Makishi et al. (2016) investigaram a resistência de união e a nanoinfiltração dos adesivos universais aderidos à dentina e ao esmalte condicionado. Oitenta e quatro terceiros molares humanos foram seccionados e polidos com lixa de carbeto de silício #600 para obtenção de superfícies planas de dentina média (n = 36) e esmalte (n = 48). Sobre as superfícies de dentina e esmalte condicionado foram aplicados: um dos dois adesivos universais, All-Bond Universal ou Single Bond Universal; ou um adesivo autocondicionante de dois passos, Clearfil SE Bond (CSEB). O sistema adesivo convencional Scotchbond Multi-Purpose Bond (ASMP Bond) foi aplicado apenas em esmalte. Após cada procedimento de ligação, blocos de resina composta (Filtek Z350) foram construídos de forma incremental. Os espécimes foram seccionados em formato de palitos (0,9 mm2) e submetidos ao ensaio resistência de união à microtração após 24 h ou um ano de armazenamento de água, ou ainda imersos em solução de nitrato de prata amoniacal, após termociclagem de 10 mil ciclos para serem observados em microscopia eletrônica de varredura. A porcentagem de partículas de prata na interface adesiva foi calculada usando um software de análise de imagem digital. A resistência de união (CSEB = SBU> ABU, para a dentina e CSEB> ABU = SBU = ASMP Bond, para o esmalte condicionado) diferiu significativamente entre os adesivos após 24 h. Após um ano, os valores de resistência de união foram significativamente reduzidos para o mesmo

adesivo em ambos os substratos e não houve diferença entre os adesivos aderidos ao esmalte condicionado. A nanoinfiltração foi observada na interface adesiva de todos os sistemas adesivos. Os autores concluíram que, a curto prazo, os valores de resistência de união foram dependentes do material e do substrato dentário. Após o envelhecimento, a diminuição da eficácia adesiva foi observada em todos os sistemas adesivos, com presença de nanoinfiltração na interface adesiva. A adesão de sistemas adesivos universais foi igual ou inferior a dos sistemas adesivos convencionais, quando aplicados em qualquer um dos substratos e após qualquer período de armazenamento.

Sezinando et al. (2016) avaliaram a interação química entre a hidroxiapatita sintética e o copolímero de ácido polialcenóico presente nos adesivos. Seis adesivos dentinários foram utilizados: Adper Single Bond Plus; formulação do Adper Single Bond Plus sem o copolímero; Adper Easy Bond; formulação do Adper Easy Bond sem o copolímero; Single Bond Universal; formulação Single Bond Universal sem o copolímero. Cada adesivo foi misturado com a hidroxiapatita, polimerizado e analisado utilizando a espectroscopia de infravermelho com transformada de Fourier e a espectroscopia de ressonância nuclear magnética. O espectro de infravermelho com transformada de Fourier do adesivo Adper Single Bond Plus indicou que o grupo carbonila alterou a absorção do número de ondas quando comparado à formulação do mesmo adesivo com o copolímero do ácido polialcenóico. A análise da espectroscopia de ressonância nuclear magnética 13C mostrou que a presença de ésteres fosfóricos metacrilatos nas formulações do Adper Easy Bond e do Single Bond Universal, resultou em ressonância carbonilada semelhante com ou sem o copolímero polialcenóico. A espectroscopia de ressonância nuclear magnética 31P revelou uma mudança de ressonância a 0,5 ppm nos espectros dos adesivos Adper Single Bond Plus, Adper Easy Bond e Single Bond Universal sem o copolímero. As formulações dos adesivos Adper Easy Bond e Single Bond Universal apresentaram ligeiro desbotamento da mesma rotação de ressonância quando comparados com as formulações sem o copolímero do ácido polialcenóico, apesar de não desaparecer completamente, o que significa que o coplímero pode induzir uma modificação da porção do fósforo além de uma interação iônica entre grupos éster fosfato com a hidroxiapatita. Os autores concluíram que os resultados sugerem uma interação química entre os adesivos contendo o copolímero do ácido polialcenóico e a hidroxiapatita sintética.

Takamizawa et al. (2016) determinaram a capacidade de adesão dentinária de três adesivos universais aplicados sob diferentes modos de condicionamento. Os adesivos universais Prime & Bond Elect (PE), Single Bond Universal (SU) e All Bond Universal (AU) e o adesivo autocondicionante de passo único Clearfil Bond SE ONE (CS) foram utilizados. A resistência de união ao microcisalhamento (SBS) e à fadiga de cisalhamento (SFS) foram obtidas a partir da aplicação dos sistemas adesivos nos modos convencional e autocondicionante em dentina média de molares humanos hígidos. Blocos de resina composta (Z100)

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