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Sistemas de gestão de iluminação

Para garantir uma gestão eficiente da iluminação é necessário uma divisão dos circuitos de iluminação por diferentes áreas e a respetiva instalação de interruptores ou sensores, os quais garantam uma melhor gestão do espaço. Os interruptores manuais têm a desvantagem de neces- sitarem de colaboração do utilizador do espaço para que a sua função seja eficiente, o que num espaço público poderá não ser fácil de ser atingido. Deste modo, abordaremos diferentes formas de gerir a iluminação de forma que a colaboração do utilizador não seja tão necessária.

4.5.1 Gestão por Sistema Horário

A gestão horária pode ser aplicada através de:

Automático de escada, o qual é utilizado em zonas de circulação como corredores ou escadas, nas quais a presença contínua de pessoas é pouco frequente. Este sistema é ativado através de um botão de pressão e desliga automaticamente após um tempo previamente definido. Tem ainda um contacto de marcha forçada, o qual permite a ativação permanente do sistema em situações, em que seja necessário a interrupção do desligar automático da luz.

4.5 Sistemas de gestão de iluminação 27

Interruptor horário, o qual permite controlar a iluminação num horário pré-programado, sendo principalmente útil em locais que sejam utilizados em apenas certas horas do dia.

Interruptor astronómico, o qual é programado baseando-se na latitude ou longitude. 4.5.2 Gestão por Deteção Automática

Como exemplos deste tipo de sistemas temos:

Interruptor crepuscular, o qual controla a iluminação de acordo com o nível de luz no local, sendo por isso necessário uma célula fotoelétrica para medição da respetiva intensidade luminosa no local.

Interruptor variador, o qual permite variar a intensidade luminosa presente em determinado espaço.

Detetor de movimento/presença, os quais podem ter diferentes tecnologias:

Deteção por Infravermelhos, os quais detetam a diferença de temperatura emitida pelo corpo humano e a temperatura da área em redor;

Deteção através de Sensores Ultrassónicos, os quais utilizam ondas sonoras com frequência acima do intervalo audível pelo ser humano como forma de detetar movimento;

Detetores de dupla tecnologia, os quais utilizam a tecnologia de ultra-sons em conjunto com a tecnologia de infravermelhos passivos como forma de aumentar a eficiência do sistema.

Capítulo 5

AVAC

Os sistemas de AVAC, sistemas de Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado, são sistemas que asseguram a qualidade do ar em espaços interiores e fornecem a capacidade de regulação da temperatura, humidade e ventilação interior. A utilização de equipamentos AVAC é particular- mente importante em edifícios públicos, onde as condições de temperatura, humidade e renovação do ar são extremamente importantes por questões de saúde pública e bem estar do utilizador.[25]

5.1

Classificação de sistemas de AVAC

Os sistemas de AVAC podem ser classificados de acordo com a sua tipologia, existindo diver- sas classificações.

Os sistemas unitários são caraterizados por terem evaporador e o condensador montados numa base comum, formando um aparelho único de produção de calor ou frio. Estes sistemas, servem apenas um local e têm vindo a cair em desuso.[25] [26]

Por outro lado, os sistemas divididos são caraterizados por terem o compressor e evaporador em locais distintos. Estes sistemas são também chamados de sistemas split ou multi-split. Os multi- split são sistemas em que existe mais que um evaporador servido por um só condensador, enquanto que os split tem um evaporador e um condensador.[25] [26]

Os equipamentos de AVAC podem também ser classificados de acordo com o local da sua insta- lação e os locais aos quais é fornecida a climatização, sendo divididos em sistemas de zona ou modular, e em sistemas centralizados.

Os sistemas de zona são caraterizados como sendo sistemas onde a climatização é feita em ape- nas algumas zonas do edifício, sendo que a climatização geral do edifício será feita por outro sistema.[25] [26]

Os sistemas centralizados, diferencialmente dos primeiros, são capazes de climatizar toda a área que se pretende climatizar, sendo constituídos por uma unidade produtora de frio e/ou de calor. Estes sistemas podem ainda ser sub-divididos em:

Sistemas tudo-ar, os quais transmitem o calor e/ou frio pelo ar, até ao local que se pretende climatizar. Para o funcionamento deste tipo de sistema, é necessário uma área de passagem de condutas elevada. Estes sistemas apresentam ainda dificuldades de correta insuflação em diferen- tes condições de utilização, caso haja diferentes espaços distintos a climatizar.

Os sistemas tudo-ar podem ser divididos em sistemas VAC e VAV, os primeiros são sistemas de volume de ar constante em que o caudal insuflado é constante, variando a temperatura de insufla- ção do ar e os segundos são sistemas de volume de ar variável onde o caudal de ar insuflado varia e a temperatura do caudal insuflado é constante.[25]

Sistema tudo-água, os quais transmitem o calor e/ou frio através de um fluido térmico, até aos ventiloconvectores nos locais que se pretende climatizar. Estes sistemas tem a desvantagem de não permitirem o controlo da qualidade do ar nem o controlo da humidade do ar. Os sistemas tudo-água podem ser divididos em sistema tudo-água a 2 tubos e em sistema tudo-água a 4 tubos. No primeiro o sistema permite apenas o aquecimento ou o arrefecimento de todas as zonas sendo que não pode aquecer e arrefecer em simultâneo. No segundo sistema já existe a possibilidade de aquecimento e arrefecimento simultâneo de diferentes zonas. Os dois sistemas não permitem o controlo da qualidade do ar nem o total controlo da humidade do ar.[25]

Sistema ar-água, o calor e o frio são transportados por um fluido térmico até aos ventilocon- vectores nos locais que se pretende climatizar, e simultaneamente ocorre um tratamento e ainda possível aquecimento e arrefecimento do ar a insuflar. Este sistemas permitem o controlo da qua- lidade do ar e da humidade do ar.[25]

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