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Sistemas Produtores Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia

No documento PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ (páginas 131-165)

2. CARACTERÍSTICAS DA BACIA DO ALTO TIETÊ

2.3. Demandas, Disponibilidades Hídricas e Estudos Operacionais

2.3.4 Sistemas Produtores Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia

Este capítulo tem o objetivo de apresentar os estudos operacionais dos Sistemas Produtores Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia de forma a caracterizar sua capacidade de produção relacionada à ETA do Alto da Boa Vista, a ETA do Rio Grande e a ETA do Baixo Cotia, respectivamente.

Para atender este objetivo são apresentados os seguintes elementos:

• dados obtidos dos Sistemas Produtores Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia; • a modelagem matemático-computacional desenvolvida para a simulação da operação

dos Sistemas Produtores Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia considerando as

restrições das respectivas bacias como demandas, vazões mínimas e vazões ecológicas;

• a síntese dos resultados das simulações de diversas alternativas indicando as principais estatísticas e riscos associados para o suprimento da RMSP;

• conclusões.

Descrição dos Sistemas Produtores

O sistema Guarapiranga-Billings, Grande e Cotia caracteriza-se como de uso múltiplo, uma vez que serve para abastecimento urbano, geração de energia, controle de cheias,

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recreação e preservação ambiental. Este múltiplo compromisso e a interligação dos sub- sistemas requer uma modelagem e análise integrada.

O sistema Billings é composto, em linhas gerais, do canal do Pinheiros, da estação de bombeamento de Pedreira, do reservatório Billings e da UHE Henry Borden. No canal do Pinheiros estão implantadas as estruturas de Retiro, que tem a função de isolar o rio Pinheiros, e a estação elevatória de Traição, que permite reverter o escoamento natural das suas águas, bombeadas para o reservatório Billings através da Usina Elevatória de Pedreira.

Originalmente, o sistema Billings tinha o objetivo principal de geração hidrelétrica na UHE Henry Borden, aproveitando as afluências naturais e as vazões bombeadas, revertidas a partir do rio Tietê. No entanto, em 04 de outubro de 1992, a resolução Conjunta da Secretaria de Meio Ambiente e da Secretaria de Energia e Saneamento do Estado de São Paulo limitou as regras de bombeamento para o reservatório Billings, das quais destacam- se:

• uma operação visando, basicamente, o controle de cheias quando a vazão prevista na barragem de Edgard de Souza for de 160 m3/s, ou a sobrelevação do NA em Retiro ou Traição atingir 30 cm;

• poderá ser autorizado o bombeamento para o fornecimento de energia elétrica em situações emergenciais, formação de espumas, bloom de algas e intrusão da cunha salina no rio Cubatão.

Assim, via de regra, as águas do rio Pinheiros são bombeadas para o reservatório Billings apenas para controle de cheias. Esta restrição operacional reduziu significativamente a disponibilidade hídrica do reservatório Billings para fins de geração hidrelétrica. A proximidade da UHE Henry-Borden do centro de carga, resultou na sua priorização para fins de geração hidrelétrica no horário de ponta do sistema interligado nacional. Atualmente, a EMAE está procurando obter uma licença para testar o projeto piloto de flotação das águas do rio Pinheiros com o objetivo de retomar os bombeamentos para o reservatório Billings, garantindo a qualidade das águas aduzidas.

O trecho superior do rio Pinheiros recebe pela margem esquerda o rio Guarapiranga, onde foi implantado o reservatório homônimo. O reservatório do Guarapiranga, cuja barragem foi implantada pela LIGHT e hoje é operada pela EMAE, tinha originalmente o objetivo de regularizar as águas do rio Guarapiranga para posteriormente serem conduzidas para o reservatório Billings.

Atualmente, o reservatório Guarapiranga constitui-se em um dos principais mananciais da RMSP. Suas águas são conduzidas para à ETA do Alto da Boa Vista (ABV), abastecendo as regiões Sul e Sudoeste da RMSP. Para reforçar este manancial, a SABESP utiliza um bombeamento do rio Capivari, cujas águas são aduzidas para o reservatório Guarapiranga. Em 1999, a SABESP implantou uma estação elevatória junto ao braço do rio Taquacetuba na Billings, que permite o bombeamento de até 2 m3/s. A SABESP implantou posteriormente

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Uma alternativa adicional para o reforço do Sistema Guarapiranga-Billings cotejada para fins deste plano é o recalque parcial das águas do rio Juquitiba, respeitado o limite de 4,7 m3/s,

de forma a não interferir na produção energética deste curso d´água. Além disso, vislumbra- se a implantação do sistema Capivari-Monos, respeitando-se as restrições a jusante, com destaque para a porção da Baixada Santista.

Na porção superior do rio Grande, formador do reservatório Billings, foi implantada uma barragem que separou o braço do rio Grande do corpo principal. Nas margens do denominado Compartimento do rio Grande, foi implantada uma elevatória de água bruta que alimenta a ETA do Rio Grande, que utiliza as águas deste manancial para abastecimento da região do município de Diadema, Santo André, São Bernardo do Campo e Riacho Grande. Para reforço deste manancial, a SABESP está estudando o barramento do rio Pequeno, afluente da margem esquerda do rio Grande, cujas águas seriam aduzidas para o reservatório do rio Grande através de túnel ou canal. Logicamente, esta alternativa diminuiria a disponibilidade hídrica do reservatório Billings.

Por sua vez, o Sistema Cotia utiliza as águas do rio Cotia. Na porção alta da bacia foram implantados os reservatórios de Pedro Beicht e Graças, cujas vazões regularizadas são aduzidas para a ETA Alto Cotia ou Morro Grande. Na porção média/baixa da bacia, foram implantadas duas barragens – Isolina Superior e Isolina Inferior, cujas águas abastecem a ETA do Baixo Cotia. O Sistema Cotia tem uma interligação com o Sistema Guarapiranga, através de um booster e uma linha de adução.

Portanto, os cenários de obras analisados para o Sistema Hidráulico do Guarapiranga- Billings foram:

• configuração atual;

• 2a. adição da reversão do reservatório Billings, com aumento da capacidade de bombeamento de 2,0 para 4,0 m3/s;

• reversão do rio Juquiá em Juquitiba, limitada à outorga de 4,7 m3/s;

• aumento da capacidade de reversão do sistema Capivari Monos, limitada à capacidade de 4,3 m3/s.

Para o Sistema do Rio Grande, foram analisadas duas alternativas, a saber: • configuração atual;

• fechamento do compartimento do rio Pequeno e interligação dos rios Pequeno e Grande. Uma vez que não estão previstas expansões no Sistema Hidráulico do Alto e Baixo Cotia, o estudo limitou-se a avaliar seu potencial de produção de água para a RMSP.

A Figura 2.3.36 apresenta uma representação esquemática do sistema Guarapiranga- Billings, Grande e Cotia.

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Disponibilidade de dados de outorgas

O DAEE-SP mantém um cadastro detalhado e abrangente das outorgas da bacia do rio Tietê. Este cadastro foi analisado no documento “Relatório de Análise das Outorgas de Águas Superficiais da Bacia do Alto Tietê”. A Tabela 2.3. 26 apresenta uma síntese dos dados de outorgas na região de influência dos Sistemas Produtores do Guarapiranga- Billings, Cotia e Grande. A Tabela 2.3. 26 apresenta as outorgas sub-divididas em regiões através das cores, conforme explicado a seguir:

• branco: sistema e bacia do rio Cotia;

• amarelo: sistema e bacia do rio Guarapiranga; • verde: sistema do rio Pinheiros;

• cinza: reservatório Billings;

• azul claro: sistema do rio Grande.

As outorgas referentes aos Sistemas Produtores do Guarapiranga-Billings, Cotia e Rio Grande estão associadas à sua capacidade de produção e, portanto, são o objetivo da análise que será apresentada neste capítulo. Portanto, neste momento, a análise dos dados fica concentrada nas demais outorgas. Os dados de outorga apresentados na Tabela 2.3.27 foram analisados e, em alguns casos, agregados de forma a identificar aqueles de maior relevância para serem considerados nos estudos operacionais.

Na bacia do rio Cotia, a jusante do sistema Alto Cotia e a montante do reservatório Isolina, os usos consumptivos perfazem apenas 0,01 m3/s e há um lançamento de 0,12 m3/s da

SABESP. Portanto, não há usos consumptivos outorgados a montante do sistema Alto Cotia e o balanço a montante do sistema Baixo Cotia ou reservatório Isolina indica uma descarga adicional de 0,11 m3/s que deverá ser acrescida às vazões incrementais do trecho.

Na bacia do rio Guarapiranga verifica-se que as captações e lançamentos outorgados das indústrias de papel no rio Embu-Mirim na cidade de Embú têm igual magnitude não havendo, portanto, uso consumptivo. Existem três “pesque e pague” na bacia que representam um uso consumptivo de 0,03 m3/s e uma captação da SABESP no córrego dos

Fornos de 0,04 m3/s para abastecimento público. Além disso, merece destaque as

captações outorgadas de 0,02 m3/s para uso de mineração atividade pouco freqüente na

bacia do Alto rio Tietê. Desta forma, as mencionadas outorgas resultam em um uso consumptivo na bacia do rio Guarapiranga a montante do reservatório de 0,09 m3/s.

Na bacia do rio Pinheiros destacam-se as captações e lançamentos outorgados da EMAE relacionados à usina termelétrica Piratininga que resultam em uma descarga adicional de 0,57 m3/s. Além disso, há alguns lançamentos industriais, perfazendo uma descarga

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Na bacia do reservatório Billings destacam-se os usos de “pesque e pague” para lazer, mas que não resultam em uso consumptivo uma vez que as captações e lançamentos têm a mesma magnitude.

Na bacia do rio Grande destacam-se os usos consumptivos correspondentes ao uso industrial que perfazem 0,05 m3/s. Além disso existe a captação da SABESP no ribeirão da

Estiva de 0,10 m3/s, além dos lançamentos de esgotos da SEMASA e DAE que perfazem

0,02 m3/s. Desta forma, resulta um uso consumptivo outorgado a montante do reservatório

do rio Grande de 0,13 m3/s.

A Tabela 2.3.26 apresenta a síntese desta análise.

Tabela 2.3. 26 - Síntese das Principais Outorgas dos Sistemas Produtores.

É interessante perceber que não há outorgas do sistema Baixo Cotia, do sistema Guarapiranga-Billings, da transposição das águas do córrego Taquacetuba no reservatório Billings para o reservatório Guarapiranga e do reservatório do rio Grande.

Desconsiderando o uso consumptivo do rio Pinheiros que não influencia os sistemas produtores os usos consumptivos outorgados correspondem a apenas 0,11 m3/s.

Nome da Empresa

Uso Consumptivo

Outorgado (m3/s)

montante do sistema Alto Cotia 0,00

montante do sistema Baixo Cotia ou reservatório Isolina -0,11

montante do sistema Guarapiranga 0,09

rio Pinheiros -0,59

montante do reservatório Billings 0,00

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Tabela 2.3. 27 - Outorgas na Região dos Sistemas Produtores.

Referência Nome da Empresa Sigla da Empresa Atividade da Empresa Curso d´Água Uso Finalidade

Distância da Foz Km Coordenada UTM N Km Coordenada UTM L Km Demanda Média Anual (m3/s)

16CIA SANEAMENTO BASICO ESTADO SAO PAULO SABESP SANEAMENTO BÁSICO COTIA,R/COTIA DO PEIXE,R CA AB.PUBL 30,35 7.382,68 299,35 1,30

61CIA SANEAMENTO BASICO ESTADO SAO PAULO SABESP SANEAMENTO BÁSICO SNA1 COTIA,R/"PEDRAS,RIB DAS" LA SANITAR 0,06 7.391,07 307,11 -0,12

228ALBA QUIMICA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ALBA FABRIC.PRODS.QUIMICOS NAO CLASSIFICADOS COTIA,R/COTIA DO PEIXE,R CA SANITAR 15,30 7.389,15 308,31 0,01

294ALBA QUIMICA INDUSTRIA E COMERCIO LTDA ALBA FABRIC.PRODS.QUIMICOS NAO CLASSIFICADOS COTIA,R/COTIA DO PEIXE,R CA INDUSTR 15,00 7.388,85 308,47 0,01

296DESIM DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO S/C LTDA FAZENDA SANTA MARIA SNA1 COTIA,R LA SANITAR 1,12 7.393,28 307,50 -0,01

80REPASA S.A. CELULOSE E PAPEL PAPEIS E PAPELAO YASBEK FABRIC.DE PAPEL,PAPELAO,CARTOLINA E CARTAO EMBU MIRIM,R LA INDUSTR 21,90 7.382,82 310,95 -0,08

81REPASA S.A. CELULOSE E PAPEL PAPEIS E PAPELAO YASBEK FABRIC.DE PAPEL,PAPELAO,CARTOLINA E CARTAO EMBU MIRIM,R CA INDUSTR 22,10 7.382,60 310,85 0,08

91RIPASA S.A. CELULOSE E PAPEL RIPASA EMBU MIRIM,R CA INDUSTR 2,95 7.382,86 310,91 0,06

95RIPASA S.A. CELULOSE E PAPEL RIPASA EMBU MIRIM,R LA INDUSTR 3,00 7.382,93 310,95 -0,06

105CIA SANEAMENTO BASICO ESTADO SAO PAULO SABESP SANEAMENTO BÁSICO SNA1 FORNOS,COR DOS CA AB.PUBL 1,30 7.356,38 316,84 0,04

226PAULO MONMA SITIO MONMA(PESQUEIRO ITAPECERICA) CACA E PESCA SNA1 VALO VELHO,COR/... CA HIDROAG 0,52 7.379,47 315,25 0,01

234HIDEO HARA SITIO PRIMAVERA/HARAS FISH CACA E PESCA SNA2 CAULIM,R CA HIDROAG 0,25 7.366,00 322,00 0,01

270PAULO MONMA SITIO MONMA(PESQUEIRO ITAPECERICA) CACA E PESCA SNA2 VALO VELHO,COR/... CA HIDROAG 0,05 7.379,45 315,27 0,01

1EMAE - EMPR METROPOLITANA DE AGUAS E ENERGIA S.A. USINA TERMOELETRICA PIRATININGA GERACAO E FORNECIMENTO DE ENERGIA ELETRICA GRANDE OU JURUBATUBA,R LA INDUSTR 7,10 7.377,75 329,21 -17,00 2EMAE - EMPR METROPOLITANA DE AGUAS E ENERGIA S.A. USINA TERMOELETRICA PIRATININGA GERACAO E FORNECIMENTO DE ENERGIA ELETRICA GRANDE OU JURUBATUBA,R CA INDUSTR 7,10 7.377,80 328,92 17,00 24EMAE - EMPR METROPOLITANA DE AGUAS E ENERGIA S.A. USINA TERMOELETRICA PIRATININGA GERACAO E FORNECIMENTO DE ENERGIA ELETRICA GRANDE OU JURUBATUBA,R LA INDUSTR 7,40 7.377,76 329,21 -0,57

229AEG-TELEFUNKEN DO BRASIL S A AEG FABRIC.APARELHOS ELETRICOS P/USO PESSOAL E DOMEST. JULIAO,COR LA SANITAR 1,20 7.379,86 327,70 -0,01

282PLASTICOS PLAVINIL S A PLAVINIL FABRIC.DE LAMINADOS PLASTICOS GRANDE OU JURUBATUBA,R LA SAN/IND 0,67 7.382,35 325,20 -0,01

302AVON INDUSTRIAL LTDA FABRIC.PRODS. DE PERFUMARIA GRANDE OU JURUBATUBA,R LA SAN/IND 3,20 7.379,50 327,08 -0,01

106PAULO YOSHINABU MATSUMURO CACA E PESCA SNA1 VARGINHA,RIB CA HIDROAG 0,12 7.364,08 329,62 0,04

107PAULO YOSHINABU MATSUMURO CACA E PESCA VARGINHA/BORORE,RIB LA HIDROAG 8,10 7.364,10 329,50 -0,04

152PAULO YOSHINABU MATSUMURO CACA E PESCA SNA1 VARGINHA,RIB CA HIDROAG 0,13 7.364,06 329,63 0,02

158PAULO YOSHINABU MATSUMURO CACA E PESCA VARGINHA/BORORE,RIB LA HIDROAG 8,12 7.364,70 329,52 -0,02

217MILTON KAWASAKI PESQUEIRO KAWASAKI CACA E PESCA SNA3 TAQUACETUBA,RIB LA HIDROAG 0,35 7.359,00 330,00 -0,01

218MILTON KAWASAKI PESQUEIRO KAWASAKI CACA E PESCA SNA3 TAQUACETUBA,RIB CA HIDROAG 0,35 7.359,00 330,00 0,01

221VITERBO MACHADO LUZ MINERACAO LTDA SNA1 ITAIM,RIB CA MINER 1,05 7.367,90 326,72 0,01

222VITERBO MACHADO LUZ MINERACAO LTDA SNA2 ITAIM,RIB CA MINER 0,25 7.367,61 327,14 0,01

251ALEXANDRE DE PAULA FIRAGI SITIO ANA PAULA CACA E PESCA SNA2 VERMELHO,RIB LA HIDROAG 0,30 7.360,80 330,40 -0,01

252ALEXANDRE DE PAULA FIRAGI SITIO ANA PAULA CACA E PESCA SNA2 VERMELHO,RIB CA HIDROAG 0,30 7.360,80 330,40 0,01

304ROBERTO SEIJI MATSUMURA SITIO VARGINHA CACA E PESCA SNA1 VARGINHA,RIB LA HIDROAG 0,25 7.363,50 329,30 -0,01

305ROBERTO SEIJI MATSUMURA SITIO VARGINHA CACA E PESCA SNA1 VARGINHA,RIB CA HIDROAG 0,25 7.363,50 329,30 0,01

55SOLVAY INDUPA DO BRASIL S.A. FABRIC.RESINA DE FIBRA,DE FIOS ARTIF,SINTET E BORR GRANDE OU JURUBATUBA,R CA INDUSTR 50,25 7.371,29 360,03 0,14

71CIA SANEAMENTO BASICO ESTADO SAO PAULO SABESP SANEAMENTO BÁSICO ESTIVA,RIB CA AB.PUBL 1,20 7.374,17 359,22 0,10

82SOLVAY INDUPA DO BRASIL S.A. FABRIC.RESINA DE FIBRA,DE FIOS ARTIF,SINTET E BORR GRANDE OU JURUBATUBA,R LA INDUSTR 50,00 7.371,37 359,77 -0,08

159DIANDA E CIA LTDA DIANDA FABRIC.DE PAPEL,PAPELAO,CARTOLINA E CARTAO PIRES,RIB LA SAN/IND 6,00 7.377,28 356,85 -0,02

161DIANDA E CIA LTDA DIANDA FABRIC.DE PAPEL,PAPELAO,CARTOLINA E CARTAO PIRES,RIB CA INDUSTR 6,09 7.377,50 357,07 0,02

181BRASIVIL RESINAS VINILICAS SA BRASIVIL FABRIC.MATERS. PETROQUIMICOS BASICOS,PRIM.E INTERM TEIXEIRA,R(SNA1 GRANDE,R) LA SAN/IND 0,30 7.371,04 360,50 -0,01

206SERV MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL SEMASA SANEAMENTO BÁSICO BICHOS,COR DOS LA SANITAR 1,70 7.370,56 350,84 -0,01

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Dados dos Sistemas Guarapiranga-Billings, Cotia e Rio Grande

Para desenvolver os estudos operacionais dos Sistemas Produtores do Guarapiranga- Billings, Cotia e Rio Grande serão utilizadas as características dos componentes destes sistemas e a disponibilidade hídrica obtida nos estudos hidrológicos. A Figura 2.3.36 apresentou um esquema dos Sistemas Produtores do Guarapiranga-Billings, Cotia e Rio Grande indicando a rede hídrica e os principais componentes.

As características dos componentes dos Sistemas Produtores do Guarapiranga-Billings, Cotia e Rio Grande são apresentadas no Anexo IV deste Relatório (Volume 4/4), incluindo:

 relações cota x volume;

 NA operacionais, incluindo o NA mínimo e máximo normal;

 Volumes Operacionais, incluindo os volumes mínimo e máximo correspondentes aos

NA mínimo e máximo operacionais.

A disponibilidade hídrica é caracterizada pelas séries de vazões naturais médias mensais dos cursos d´água que formam a rede hídrica dos Sistemas Produtores do Guarapiranga- Billings, Cotia e Rio Grande. As séries de vazões naturais médias mensais dos cursos d´água nos aproveitamentos e nas seções de interesse foram obtidas da seguinte forma: • rio Cotia em Pedro Beicht e Graça foram obtidos do Projeto de Reabilitação da Barragem

de Cachoeira da Graça desenvolvido pela THEMAG Engenharia para a SABESP em 2002;

• rio Cotia em Isolina foi obtida a partir da série de vazões do rio Guarapiranga na

barragem da Guarapiranga utilizando a relação definida no Plano da Bacia do Alto Tietê – FUSP, 2002 obtida por correlação;

• rio Guarapiranga na barragem da Guarapiranga, rio Grande na barragem de

Pedreira/Billings e rio das Pedras na barragem das Pedras foram obtidos dos “Estudos hidrológicos de consistência e reconstituição das séries de vazões naturais médias diárias e mensais do rio Tietê nas usinas hidrelétricas interligadas ao Sistema Interligado Nacional” desenvolvidos pelo consórcio ENERCONSULT-HIDROSISTEM-INTERNAVE para o Operador Nacional do Sistema (ONS) em 2002 com o acompanhamento técnico da ANEEL, ANA e MME;

• rio Grande no compartimento do rio Grande e rio Pequeno na barragem prevista para o rio Pequeno foram obtidas do “Estudo de Ampliação, Relatório Ambiental Preliminar, Projetos Básicos e Projetos Executivos do Sistema Produtor Rio Grande” desenvolvidos pela Noronha Engenharia para a SABESP em 2002;

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• rio Capivari no Alto Capivari, no Capivari Vermelho e no Ribeirão dos Campos foram obtidos do Plano Integrado de Aproveitamento e Controle de Recursos Hídricos das Bacias Alto-Tietê, Piracicaba e Baixada Santista desenvolvido pelo consórcio

HIDROPLAN para o DAEE em 1995. A série de vazões do rio Capivari em Ribeirão dos Campos foram complementadas para o período de 1994 a 2001 através de correlação múltipla com as séries de vazões do rio Grande na Billings e do rio Pedras em Pedras. A partir desta série foram complementadas as séries de vazões do rio Capivari no Alto Capivari e no Capivari Vermelho.

Desta forma foi possível definir as séries de vazões naturais médias mensais em todos os aproveitamentos existentes e planejados que compõem os Sistemas Produtores do Guarapiranga-Billings, Cotia e Rio Grande para o período de janeiro de 1930 a dezembro de 2001.

Disponibilidade Hídrica dos Sistemas Produtores

Para a análise das séries de vazões naturais médias mensais dos rios Guarapiranga, Grande e Cotia nos respectivos aproveitamentos dos Sistemas Produtores Guarapiranga- Billings, Cotia e Rio Grande foram determinados os principais parâmetros hidrológico- estatísticos. A Tabela 2.3.27 apresenta, para cada aproveitamento dos Sistemas Produtores, a área de drenagem, a vazão específica da bacia hidrográfica e os parâmetros estatísticos básicos.

Primeiramente verifica-se que as vazões específicas destes aproveitamentos têm grande magnitude pela proximidade com a Serra do Mar ou por estarem na vertente marítima. Destaca-se o aproveitamento Pedras que está situado na Serra do Mar com totais precipitados anuais que superam 4.000 mm resultando em uma vazão específica de 117 l/s.km2. Da mesma forma, a bacia do rio Pequeno, onde as precipitações anuais médias

atingem 2.610 mm, a vazão específica atinge 58 l/s.km2.

O distanciamento da Serra do Mar resulta em diminuição significativa dos totais precipitados anuais e, consequentemente, das vazões específicas. É o que se observa na bacia do rio Grande no compartimento do rio Grande e na barragem de Pedreira onde as vazões específicas são, respectivamente, de 24 e 29 l/s.km2. É importante registrar que o fato da

vazão específica em Pedreira superar aquela do compartimento do rio Grande é devido às altas precipitações que atingem os braços do reservatório Billings.

Na bacia do rio Guarapiranga na barragem do Guarapiranga e na bacia do Alto rio Cotia as vazões específicas são de 20 e 17 l/s. km2, respectivamente, mostrando o decréscimo

significativo em relação ao rio Grande devido ao afastamento da Serra do Mar.

Por sua vez os aproveitamentos do rio Capivari apresentam vazões específica entre 45 e 48 l/s.km2, características das bacias da vertente marítima resultado do constante

suprimento de umidade do mar e das altas declividades que minoram a capacidade de infiltração do solo.

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A Tabela 2.3.28 permite, ainda, uma análise do limite de produção natural dos sistemas produtores em estudo através da média de longo termo. Os sistemas produtores do Guarapiranga-Billings, Cotia e do rio Grande controlam uma área de drenagem de 1.047 km2

com uma vazão média de longo termo de 20,0 m3/s, resultando em uma vazão específica de

19 l/s.km2. A vazão mínima média mensal é de 5,1 m3/s enquanto a vazão média mensal

associada a uma garantida de 95 % é de 8,5 m3/s. Portanto, desconsiderando as

transposições, o limite máximo de produção dos Sistemas Produtores do Guarapiranga- Billings, Cotia e do rio Grande é de 20,0 m3/s.

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Tabela 2.3. 28 - Resumo Hidrológico-Estatístico das Séries de Vazões Naturais nos Aproveitamentos dos Sistemas Produtores.

Pedro

Beicht Graça Isolina Guarapiranga Billings Grande Pequeno Pedras

Alto Capivari Capivari Vermelho Ribeirão dos Campos

Rio Cotia Cotia Cotia Guarapiranga Grande Grande Pequeno Pedras Capivari Capivari Capivari

Área de Drenagem (km2) 62,9 107 234 631 560 182 42 30 35 95 136 vazão específica (l/s/km2) 17,7 17,0 13,3 19,7 28,6 24,4 57,6 116,8 47,4 47,6 45,1 média (m3/s) 1,11 1,83 3,11 12,44 16,01 4,45 2,43 3,51 1,67 4,52 6,14 máximo (m3/s) 4,44 7,29 13,31 53,16 61,88 19,45 10,70 14,36 8,88 24,10 30,90 mínimo (m3/s) 0,28 0,46 0,68 2,71 1,51 0,77 0,66 0,04 0,15 0,40 0,60 desvio-padrão (m3/s) 0,59 0,96 1,71 6,82 9,16 2,25 1,33 2,17 0,92 2,51 3,46 coef. de variação (%) 53 53 55 55 57 51 55 62 55 55 56 Permanência (%) 1 3,00 4,92 9,24 36,90 44,14 11,95 7,10 10,17 4,86 13,21 19,61 2 2,58 4,23 7,13 28,46 39,74 10,68 6,12 9,19 4,16 11,30 15,95 3 2,48 4,07 6,79 27,14 36,55 9,27 5,61 8,37 3,72 10,10 14,10 5 2,29 3,76 6,36 25,41 33,20 8,63 4,79 7,62 3,35 9,10 12,19 10 1,95 3,20 5,58 22,28 28,47 7,33 4,14 6,45 2,76 7,50 10,39 15 1,71 2,81 4,91 19,63 25,27 6,57 3,67 5,72 2,49 6,76 9,31 20 1,49 2,45 4,31 17,23 23,18 6,04 3,34 5,24 2,28 6,20 8,40 25 1,34 2,21 3,83 15,29 21,01 5,44 3,10 4,71 2,03 5,50 7,50 30 1,25 2,05 3,46 13,83 19,42 5,10 2,83 4,30 1,88 5,10 6,90 35 1,16 1,91 3,26 13,01 17,85 4,81 2,67 3,97 1,73 4,70 6,40 40 1,07 1,76 3,03 12,10 16,17 4,45 2,50 3,65 1,66 4,50 5,94 45 1,00 1,64 2,83 11,30 15,08 4,16 2,34 3,34 1,55 4,19 5,60 50 0,95 1,56 2,65 10,56 13,96 4,00 2,14 3,04 1,44 3,90 5,30 55 0,90 1,48 2,51 10,00 12,77 3,69 1,99 2,78 1,36 3,70 5,00 60 0,85 1,40 2,33 9,32 11,92 3,47 1,80 2,49 1,29 3,50 4,68 65 0,80 1,31 2,19 8,73 11,04 3,29 1,65 2,31 1,18 3,20 4,20 70 0,75 1,23 2,03 8,12 10,07 3,06 1,54 2,09 1,11 3,00 4,10 75 0,70 1,15 1,90 7,60 9,30 2,84 1,43 1,90 1,03 2,80 3,80 80 0,66 1,08 1,75 7,00 8,33 2,63 1,31 1,65 0,96 2,60 3,40 85 0,61 1,00 1,62 6,48 7,21 2,41 1,19 1,44 0,88 2,40 3,20 90 0,55 0,90 1,47 5,88 6,35 2,19 1,07 1,14 0,77 2,10 2,90 95 0,45 0,74 1,24 4,95 4,81 1,92 0,94 0,82 0,70 1,90 2,60 98 0,40 0,66 1,08 4,32 3,69 1,76 0,83 0,57 0,56 1,53 2,20 100 0,28 0,46 0,68 2,71 1,51 0,77 0,66 0,04 0,15 0,40 0,60 Parâmetros

Análise Estatística das Séries de Vazões Naturais Médias Mensais nos Reservatórios dos Sistemas Produtores

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A Tabela 2.3.29 apresenta a vazão média de longo termo em cada aproveitamento, as transposições praticadas atualmente, a disponibilidade hídrica total e a produção atual. Verifica-se que, com exceção do Alto Cotia, os demais sistemas produtores estão próximos ou superam a disponibilidade hídrica limite. Portanto, verifica-se que a expansão destes

No documento PLANO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO ALTO TIETÊ (páginas 131-165)

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