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Abaixo será apresentado um quadro comparativo com as principais patologias encontradas nas três escolas, que foram objeto de estudo.

Tabela 1: Quadro comparativo

ESCOLAS

PRINCIPAIS PATOLOGIAS ENCONTRADAS

UMIDADE FISSURAS TRINCAS/FENDAS

E.E.E.F.Osvaldo Aranha X X

E.E.E.F. Rui Barbosa X X X

E.E.E.M. São Geraldo X

Fonte: Autoria própria (2019)

Dentro das condições de estudo e diante das observações feitas no decorrer deste trabalho, tem-se como resultado que:

A fissura é a manifestação patológica mais frequente, dentre as manifestações observadas, representando a maior das incidências encontradas nas três escolas estaduais. Já a umidade é a segunda manifestação mais frequente encontrada na escola Osvaldo Aranha e na escola Rui Barbosa. Já as trincas e fendas tiveram incidência somente na escola Rui Barbosa.

Fazendo uma sistematização do quadro comparativo, este, demonstra que a escola que apresentou mais manifestações patológicas, dentre as principais observadas na alvenaria, foi a Escola Estadual de Ensino Fundamental Rui Barbosa que apresenta casos mais complexos e mais urgentes a serem resolvidos o mais breve possível.

5 CONCLUSÃO

No Brasil o histórico de construção das escolas mostra uma constante preocupação em atender a crescente demanda por vagas, ou seja, nem sempre a prioridade é a qualidade desses edifícios e sim a quantidade de pessoas que irá ocupar essas edificações. Embora os conceitos de qualidade e quantidade não sejam excludentes, a história demonstra que nem sempre essa articulação ocorre. Essa questão é muito preocupante e agravam-se quando se trata de obras públicas, nas quais as resoluções desses dois aspectos dependem de fatores políticos, limitações referentes a prazos, recursos disponíveis e destinações impróprias (KOWALTOWSKI, 2011).

Portanto, sabe-se que as condições dos ambientes escolares são um desafio e que cada vez mais devem ser feitos estudos dessas edificações, no qual era o objetivo desse trabalho, analisar as principais patologias nesses ambientes.

Conforme visita nesses locais e um levantamento das principais patologias existentes nas três edificações escolares e também levando-se em conta que as edificações em estudo já possuem mais de cinquenta anos, foram identificadas algumas patologias, que consistem basicamente em: umidade, fissuras, trincas e fendas.

A etapa de identificação das manifestações patológicas evidenciou, em alguns casos, a negligência do poder público estadual quanto à realização de procedimentos de manutenção preventiva e conservação dessas escolas.

É importante lembrar que a realização de estudos que buscam avaliar, caracterizar e diagnosticar a ocorrência de danos em edificações são fundamentais para o processo de produção e uso das edificações. Estes nos permitem conhecer ações eficientes para atenuar a ocorrência de falhas e problemas, o que tende a melhorar a qualidade geral das edificações e aperfeiçoar a aplicações dos recursos, principalmente em obras públicas.

Por fim, cabe ressaltar, que mesmo ocorrendo melhorias das técnicas construtivas e o emprego de materiais de construção com maior controle de qualidade, ainda se observa um grande número de edificações apresentando patologias das mais variadas espécies. Porém, um

programa eficiente de inspeção e manutenção constante assegura a durabilidade das edificações, permitindo determinar prioridades para as ações necessárias ao cumprimento da vida útil prevista. A importância da realização dessas manutenções periódicas nas escolas após a realização dos reparos propostos também se mostra uma das principais ferramentas para colaboração com o ambiente escolar das pessoas que usam esses edifícios.

Como sugestão para um trabalho futuro, pode ser realizado um orçamento para os reparos propostos, realizando-se a análise dos custos dessas alternativas e até que ponto a sua realização vale a pena tendo em vista se tratar de escolas da administração pública estadual.

Também pode ser feito um levantamento das patologias nas fundações, na rede hidrossanitária e, até mesmo, fazer uma avaliação dessas escolas com equipamentos precisos como, por exemplo, fazer uma checagem com a utilização de ‘selos’ rígidos (gesso ou plaquetas de vidro coladas), que se rompem caso a fissura apresente variação de abertura, ou por meio da medição direta (fissurômetro) dessa variação.

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