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Discussão e Análise da Administração sobre as Demonstrações Financeiras

DISCUSSÃO E ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Aspectos Gerais

A Emissora é a maior operadora de sistemas de televisão paga no Brasil, com base no número de assinantes e domicílios cabeados. Sua rede atualmente opera em grandes cidades em todo o Brasil, incluindo as cinco maiores cidades do país. A construção da rede foi substancialmente concluída em 1998. Atualmente, os principais negócios da Emissora são a prestação de serviços de televisão por assinatura, incluindo a televisão a cabo por intermédio da marca “NET”, programas do tipo Pay per view e acesso à internet em alta velocidade, por meio da marca “Vírtua”.

Desde 2001, a situação financeira e resultados operacionais da Emissora foram afetados de maneira significativa e adversa por fatores econômicos nacionais e estrangeiros e pela depreciação do real frente ao Dólar. Como a receita da Emissora é totalmente denominada em reais, a depreciação do real ocorrida em 2001 e 2002 resultou em um montante inferior de recursos em Dólares disponíveis para sustentar as significativas obrigações denominadas em Dólar referentes ao serviço da dívida.

Com o intuito de reverter a situação a Emissora inicialmente procedeu a uma recapitalização de certas obrigações com seus acionistas majoritários por meio da subscrição de novas ações da Emissora em um valor total de aproximadamente R$1,2 bilhão. A recapitalização foi concluída no terceiro trimestre de 2002 e incluiu uma oferta de ações ordinárias e preferenciais no Brasil e uma colocação internacional de ações preferenciais. Foi emitido um total de 707.182.199 ações ordinárias e 1.040.584.048 ações preferenciais, a um preço de R$0,70 por ação, sendo os recursos então captados destinados para a redução do endividamento da Emissora.

Contudo, como resultado da contínua desvalorização do real frente ao Dólar e elevadas taxas de juros reais no segundo semestre de 2002, constatou-se que apesar da recapitalização a Emissora estaria impossibilitada de cumprir seus pagamentos programados do principal e dos juros a curto e médio prazo. Como resultado, a Emissora deixou de pagar juros e principal programados sobre sua dívida financeira em dezembro de 2002, e no início de 2003 foram iniciadas negociações com vários dos credores da Emissora com respeito à reestruturação dos instrumentos de dívida. Em 24 e 25 de junho de 2004, a Emissora assinou Cartas Compromisso com credores que totalizavam aproximadamente 70% do valor principal de sua dívida. A Emissora está em fase de negociação e finalização dos documentos definitivos para a reestruturação da dívida com esses credores.

O objetivo do plano de reestruturação é fortalecer a estrutura de capital da Emissora para que seja reduzido o seu risco de refinanciamento e permita o desenvolvimento de suas operações. A Emissora está buscando, dentre outras coisas, reduzir suas obrigações financeiras de curto prazo para níveis que possam ser cumpridos com seu fluxo de caixa, limitar o impacto da volatilidade da taxa de câmbio futura, através da redução de sua dívida denominada em Dólares, adequar determinados compromissos financeiros e de outras naturezas em seus instrumentos de dívida e estabelecer um plano de negócios totalmente auto-financiado para o médio prazo.

A Emissora tomou várias medidas adicionais em resposta aos desenvolvimentos econômicos adversos observados acima. Durante o ano de 2003, a fim de reduzir o impacto das variações cambiais sobre as taxas de programação durante 2003, foram iniciadas negociações com as programadoras através da Net Brasil, a fim de alterar os contratos de programação da Emissora, para prever que a cobrança pela programação em reais ao invés de Dólares, reduzindo, dessa forma, o impacto das flutuações cambiais sobre os custos de programação da Emissora. A Emissora já celebrou contratos definitivos com as programadoras representando aproximadamente 74% de seus custos totais de programação, e em 30 de setembro de 2004, as programadoras aceitavam pagamento como se os custos de programação fossem fixados contratualmente em reais em vez de Dólares. Isto exerceu um impacto positivo sobre desempenho financeiro da Emissora em 2003 e nos primeiros nove meses de 2004.

Em 2003, a Emissora reduziu seus investimentos em comparação com os níveis de 2002, devido a uma estratégia de investimento mais focada. Durante os nove meses encerrados em 30 de setembro de 2004, a Emissora realizou investimentos de aproximadamente R$ 78,2 milhões. No futuro, a Emissora espera elevar seus investimentos para acima do nível que foi comprometido em 2003, com o objetivo de investir em áreas que suportarão seu crescimento.

Durante o ano de 2002, devido à fragilidade nos negócios e liquidez da Emissora, foi postergada para 2003 uma porção significativa dos pagamentos devidos a fornecedores de equipamentos e um valor significativo de pagamentos devidos às programadoras foi postergado para 2004 e 2005. A Emissora pagou todos os valores devidos aos fornecedores de equipamentos durante o ano de 2003. A Emissora iniciou os pagamentos postergados de programação em janeiro de 2004 e, em 30 de setembro de 2004, os pagamentos postergados totalizavam aproximadamente R$ 28,5 milhões. A Emissora planeja pagar o valor remanescente de custo de programação até final de 2005.

As demonstrações financeiras consolidadas da Emissora, incluídas neste Prospecto, foram preparadas pressupondo que a Emissora não será obrigada a interromper suas atividades. Devido ao fato de a Emissora não ter efetuado quaisquer pagamentos do principal ou dos juros sobre sua dívida desde de dezembro de 2002, e de que não há garantia de que os resultados das atuais negociações com seus credores com relação à Reestruturação de Capital serão bem sucedidos, existem dúvidas substanciais quanto à capacidade da Emissora de continuar a exercer normalmente suas atividades. A Emissora tem apresentado contínuos prejuízos operacionais, deficiência de capital de giro e encontra-se em situação de inadimplência em relação a parcelas de juros e principal de suas obrigações financeiras, além de apresentar descumprimentos de cláusulas restritivas de contratos de financiamentos. Esses fatores geram incertezas quanto à sua capacidade de continuar em operação.

Vale notar que, tratando-se a Emissora de uma sociedade holding, as informações contidas neste Prospecto, inclusive aquelas constantes da seção Informações Financeiras Selecionadas e Discussões da Administração acerca das Demonstrações Financeiras da Emissora, refletem as informações consolidadas das subsidiárias da Emissora, inclusive no que se refere aos seus negócios e condição patrimonial.

Análise e Perspectivas Financeiras e Operacionais Fontes de Receita

Quando o sistema de televisão a cabo da Emissora iniciou suas operações, as receitas de taxas de adesão representavam a parcela mais significativa das receitas líquidas da Emissora. Após o crescimento da base de assinantes da Emissora, as receitas com mensalidades aumentaram significativamente, enquanto as receitas com taxas de adesão diminuíram. Essa evolução mudou a composição das receitas da Emissora, de forma que o percentual de participação das mensalidades na receita líquida da Emissora passou a ser maior que as receitas geradas com tarifas de adesão. Seguem, abaixo, as principais fontes de receita da Emissora:

Mensalidades de TV por Assinatura: A Emissora cobra de seus assinantes de serviços de televisão a cabo uma taxa mensal pelos serviços de programação a cabo. As mensalidades são registradas no mês em que o serviço é prestado. As mensalidades cobradas pela Emissora são denominadas em reais e ajustadas anualmente de acordo com o IGP-M. Essa receita de mensalidades é praticamente toda a receita da Emissora. Em 30 de setembro de 2004, 47,6% dos assinantes da Emissora contrataram os serviços do pacote Advanced;

Mensalidades de Acesso à internet: A Emissora cobra uma mensalidade dos assinantes do Vírtua. Essas mensalidades cobradas pela Emissora com relação ao Vírtua são denominadas em reais e ajustadas anualmente de acordo com o IGP-M, sendo o registro contábil efetuado no mês em que o serviço é prestado. Em 30 de setembro de 2004 a Emissora tinha 156.893 assinantes do Vírtua;

Taxa de Adesão: A Emissora cobra de seus assinantes a instalação do equipamento e das conexões necessários ao recebimento da programação televisiva a cabo;

Transmissão de dados: Em 4 de novembro de 2003 a Emissora entrou em acordo com a Comsat International para a venda da Vicom, que foi concluída em 30 de agosto de 2004. O resultado da Vicom está demonstrado de forma consolidada na Emissora até 30 de agosto de 2004 . A receita da Vicom consistia na cobrança de tarifas em contrapartida ao fornecimento de serviços de transmissão de dados via satélite, redes virtuais privativas e linhas alugadas. As receitas também consistiam em tarifas cobradas para prestação de serviços de engenharia em telecomunicações, assistência técnica e serviços de consultoria à rede corporativa, bem como receitas com a venda de sistemas de comunicação de dados via satélite;

Pay per view e outros serviços: Além da mensalidade paga pela programação regular, conforme o respectivo pacote escolhido pelo assinante, a Emissora cobra tarifas específicas para programas Pay per view, tais como shows culturais e eventos esportivos. Outros serviços consistem principalmente da venda do guia de programação, upgrade de pacotes de programação, serviços de suporte técnico e de conexão e desconexão, entre outros.

Adicionalmente, em novembro de 2004 a Emissora iniciou a introdução de serviços de televisão a cabo digital, o qual proporciona aos assinantes serviços e produtos adicionais, como o Guia Eletrônico de Programação e Near Video on Demand. A Emissora não espera obter receitas relevantes com a televisão a cabo digital durante os anos de 2004 e 2005.

Despesas Operacionais

As despesas operacionais mais significativas da Emissora são:

Programação: Os custos de compra de programação consistem em (a) taxas de programação pagas por nossas subsidiárias operacionais por intermédio da Net Brasil, às programadoras brasileiras e internacionais, inclusive a Globosat, e (b) taxas de serviço adicional pagas à Net Brasil. Esses custos variam com o número total de assinantes e o número de assinantes dos diversos pacotes de programação. Em 27 de junho de 2004, a Emissora celebrou um aditivo ao contrato de programação com a Net Brasil no qual o papel da Net Brasil em adquirir programação para a Emissora foi redefinido. Este aditivo ao contrato de programação modifica a maneira como a Emissora obtém sua programação bem como as taxas que a mesma paga à Net Brasil na obtenção da referida programação. As taxas de programação que a Emissora precisa pagar são, em geral, mais altas para o pacote de programação “Advanced”. Os valores cobrados da Emissora segundo os contratos de programação eram denominados em Dólares . Esses valores eram então convertidos em reais na data da fatura. Durante 2003, a Emissora iniciou negociações com suas programadoras através da Net Brasil, para alterar seus contratos de programação para prever que esta fosse cobrada pela programação em reais ao invés de dólares norte-americanos, dessa forma, reduzindo o impacto das flutuações cambiais sobre seus custos de programação. Negociações com algumas das programadoras ainda estão em andamento. A Emissora já celebrou contratos definitivos com programadoras representando aproximadamente 74% de seus custos totais de programação e, em 30 de setembro de 2004, todas as programadoras estavam aceitando pagamento como se os custos de programação fossem fixados contratualmente em reais em vez de dólares norte-americanos. Isto exerceu um impacto positivo sobre o desempenho financeiro da Emissora em 2003 e nos primeiros nove meses de 2004. A Emissora está em processo de finalização dos contratos de programação, que em 30 de setembro de 2004 representavam aproximadamente 26% do custo total da programação da Emissora e enquanto esses contratos não forem devidamente assinados, a Emissora não pode garantir aos seus investidores que acordos serão alcançados com cada uma de suas programadoras de modo que a Emissora seja cobrada pela programação em reais ao invés de dólares norte-americanos;

Infra-estrutura: Os custos de infra-estrutura incluem despesas com aluguel de postes, eletricidade, manutenção e outros custos que aumentam em função do desenvolvimento da rede da Emissora. Os custos de

infra-estrutura também incluem custos dos serviços de atendimento ao cliente, administração, cobrança e sistemas de informática;

Depreciação: A Emissora deprecia seus ativos referentes à rede de cabos e aos cabos de fibra óptica utilizando o método de depreciação linear, durante a vida útil econômica estimada dos ativos. Em 1998 e 1999, a Emissora utilizou uma estimativa de vida útil econômica de cinco anos, tanto para a rede de cabos coaxiais quanto para a de cabos de fibra óptica, o que resultou em uma taxa de depreciação anual de 20% relativamente a esses ativos. Em 2000 e 2001, a estimativa de vida útil econômica foi revisada passando a oito anos para a rede de cabos e dez anos para seus cabos de fibra óptica, o que resultou em uma taxa de depreciação anual de 12,5% e 10%, respectivamente.

A partir de 1o de janeiro de 2002, diante das recentes atualizações feitas à base instalada de cabos, junto com o desenvolvimento de comunicação de duas vias, com o intuito de permitir a introdução de serviços de internet em banda larga, a Emissora realizou um estudo da vida útil estimada de itens específicos da rede de transmissão por cabo.

Com base nesse estudo externo independente que refletiu o impacto positivo de novos serviços que poderiam ser fornecidos por intermédio dessa rede de cabos, a Emissora revisou e estimativa de vida útil econômica de categorias específicas de ativos, a partir de 1º de janeiro de 2002. Desse modo, o prazo de vida útil do valor residual dos seguintes itens foi revista:

Descrição Anterior a 2002 Vida útil

revisada 2002 Rede de cabos 5 – 8 12 –15 Fibra óptica 10 15 Decodificadores 8 10 Modem a cabo 8 10 Impostos e Contribuições

• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS): A Lei Nº 8.977 classificou os serviços de assinatura de televisão a cabo como “serviços de telecomunicações” e, assim, tornou-os sujeitos ao imposto sobre circulação de mercadorias e serviços, ou ICMS, tributado pelos estados brasileiros. O ICMS é normalmente tributado à alíquota de 25% sobre as receitas de telecomunicações da operadora. Em 1995, a maior parte dos estados em que os sistemas de cabos da Emissora estavam localizados estabeleceu as bases e as alíquotas do ICMS, aplicáveis às operações de televisão a cabo. A alíquota era de 25%, a ser paga sobre 20% do agregado da receita com assinaturas e das taxas de adesão e de conexão. De um modo geral, essas bases e alíquotas de ICMS permaneceram em vigor até outubro de 1999. Em outubro de 1999, o Conselho Nacional de Política Fiscal emitiu o Convênio ICMS Nº 57/99, ao qual aderiram todos os estados em que operam as subsidiárias da Emissora, exceto o Rio Grande do Sul. O Convênio ICMS Nº 57/99 autorizou uma redução na base do ICMS aplicado a provedores de serviços de televisão por assinatura. Com base no Convênio ICMS Nº 57/99, a alíquota do ICMS sobre vendas e serviços para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2000 era de 7,5%, e, a partir de 1º de janeiro de 2001, passou a ser de 10%. O Estado do Rio Grande do Sul está cobrando da Emissora o ICMS à alíquota de 12%. A Emissora está contestando a legalidade dessa alíquota. Em razão dessa pendência judicial, provisionou e depositou integralmente em juízo o montante total de ICMS às alíquotas de 7,5% para o ano 2000 e de 10% para 2001.Desde fevereiro de 2001 a Emissora está recolhendo a alíquota de 10% e depositando em juízo os 2% restantes.

• ISS (Imposto sobre Serviços): imposto municipal incidente sobre alguns serviços como assistência técnica e outros serviços técnicos, cuja alíquota varia de município para município, sendo que a alíquota máxima é de 5%.

• PIS (Programa de Integração Social) e COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social): PIS e COFINS são contribuições sociais federais incidentes sobre o total da receita bruta da Emissora. Podem ser arrecadados de forma cumulativa e não cumulativa, de acordo com as atividades realizadas. A Emissora enquadra-se em exceção prevista na legislação para receitas de telecomunicação, e está sujeita à tributação do PIS e COFINS segundo o sistema cumulativo, para maior parte das receitas operacionais. O PIS é cobrado à alíquota de 0,65% e a COFINS à alíquota de 3%, e não é possível a apropriação de créditos.

• Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL): A Emissora está sujeita ao IRPJ e à CSLL, que, em conjunto, podem atingir alíquota de 34% sobre o lucro líquido. A composição destes tributos é: (i) IRPJ incidente com alíquota de 15%, (ii) adicional de imposto de renda, aplicável à parte do resultado que exceder R$ 240.000,00 por ano, incidente com alíquota de 10% e (iii) CSLL incidente à alíquota de 9%. A legislação tributária permite que a Emissora deduza juros sobre capital próprio no cálculo do lucro real. Os juros sobre capital próprio são os juros pagos aos acionistas, aplicando-se a TJLP, Taxa de Juros de Longo Prazo, sobre o patrimônio líquido, e estão sujeitos a limites previstos em lei. A legislação tributária também permite que a Companhia deduza da base de cálculo do IRPJ os prejuízos acumulados, até 30% do lucro líquido tributável. O restante dos prejuízos acumulados pode ser deduzido nos exercícios seguintes, também com o limite de 30%, sem limitação temporal. Em 30 de setembro de 2004, a Emissora tinha R$ 3.058,7 milhões em prejuízos fiscais e R$ 3.495,6 milhões em base negativa de contribuição social. A Companhia e suas subsidiárias também estão sujeitas a outros tributos incidentes sobre receita.

• Imposto Sombra: vários municípios brasileiros instituíram a cobrança de tributo pelo uso de vias públicas, incluindo a instalação e a passagem de cabos, aplicáveis às empresas que prestam serviços de televisão a cabo e de telecomunicações, também conhecido como Imposto Sombra. Esse tributo é calculado pela quantidade, em metros, de cabos instalados e sua alíquota é diferenciada em cada município. Entre essas cidades incluem-se São Paulo, Rio de Janeiro, Caxias do Sul, Anápolis, Campinas, Florianópolis, Criciúma, São Carlos, Indaiatuba, Brasília, Curitiba, Porto Alegre e Campo Grande. A Emissora e suas subsidiárias ajuizaram ações cabíveis para questionar a constitucionalidade e a legalidade da cobrança desses tributos. Para maiores detalhes ver "Contingências Judiciais e Administrativas - Processos Judiciais Fiscais - Imposto Sombra".

A partir de 2001, foram criadas duas novas contribuições sobre a receita bruta de serviços de telecomunicações, o FUST (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações) e FUNTTEL (Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações), à alíquota de 1,0% e 0,5%, respectivamente.

Período de 9 meses encerrado em 30 de setembro de 2004, comparado com o período de 9 meses encerrado em 30 de setembro de 2003

A receita bruta da Emissora elevou-se em 15,0%, passando de R$1.120,92 milhão no período encerrado em 30 de setembro de 2003 para R$1.288,80 milhões no período encerrado em 30 de setembro de 2004. Este crescimento deveu-se basicamente à combinação dos seguintes itens de receita:

Receita Operacional Bruta

• Receitas de mensalidade de TV por Assinatura: apresentaram crescimento de 11,3%, passando de R$ 970,53 milhões nos nove meses de 2003 para R$1.080,53 milhões nos primeiros nove meses de 2004. Essa elevação se deve principalmente ao reajuste de mensalidades ocorrido durante o ano, pelo IGP-M e pela elevação da base de assinantes que subiu de 1,33 milhão de assinantes nos nove primeiros meses de 2003 para mais de 1,39 milhões de assinantes nos nove primeiros meses de 2004.

• Receitas de Banda Larga: elevou 87,4%, passando de R$37,93 milhões para R$71,08 milhões, principalmente em decorrência do aumento da base de clientes que subiu de 74.831assinantes em 30 de setembro de 2003 para 156,893 assinantes em 30 de setembro de 2004. As adições brutas, que representam novos assinantes mais assinantes que foram anteriormente desconectados e reconectados posteriormente, tive elevação de 228,1% nos primeiros nove meses de 2004, se comparado com o mesmo período do ano anterior, devido principalmente ao maior esforço de vendas.

• Receitas de taxas de adesão: registrou R$11,08 milhões, uma queda de 20,5% em comparação ao exercício de 2003, em função de maiores vendas do pacote “Fidelidade”, que pode isentar do pagamento da taxa de adesão, o assinante que se comprometer a permanecer na base por ao menos 12 meses.

• Receitas de redes corporativas: foram de R$36,56 milhões, apresentando uma queda de 9,1% em comparação a R$40,53 milhões no ano anterior. Essa queda ocorreu em virtude da contabilização das receitas de redes corporativas por apenas 8 meses, uma vez que a Vicom empresa foi vendida em agosto, conforme mencionado em “Transmissão de Dados”.

Receitas de Pay per view e outros serviços: apresentou uma elevação de 54,3%, totalizando R$89,51 milhões em relação a R$57,99 milhões do ano anterior. Esse aumento é principalmente decorrente de maiores vendas de PPV de pacotes Campeonato Brasileiro de Futebol no ano de 2004 em comparação ao ocorrido no mesmo período do ano de 2003 e ao acréscimo da receita de venda de estoques da subsidiária Reyc e da receita proveniente do aluguel de espaço faturada por algumas

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