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Sobre a definição do que significaria a expressão "si - tuação irregular", o próprio Código de Menores no seu art. 29 trata de forma exaustiva:

"A

n.t.

2

Q Vatia. o& z ^ z lt o i dzòtz Codigo, conòldz- fia-iz zm situação Á.h.nzguZan o mznoh.'.

I -

psiivado dz condLçozò zòizncÃ.aZ& à òua òaúdz z in& tn.uq.ao obh.igaton.Za, avinda, quz zvzntuaZm zntz, zm Jiazão dz:

a) faaZta, ação ou omiàòão doò paí& ou n.z6ponóã - vzZ;

b) m ani^zòta im p o ò iib iZ id a dz do-ò pa-i-i ou n.zópon-

òãvzZ pcuia psiovz-Zaò;

II -

vZtZma dz mau&-tn.atoò ou ca&tJigoi, Zmodzn.a.do6 Zmpo&toò pzZoò paiò ou h.zòponòcivzZ;

I II - zm pzn.igo monaZ, dzvido a:

a.) zncontna/i-AZ, dz modo kabituaZ, zm am bizntz con-

tn.an.io ao& bonó coòtumzò;

b)

zxpZoh.ação zm ativida.dz conth.0LH.ia. ao& b o m

c.04-

tu m zi

;

IV - phivado dz n.zpn.zAzntação ou a ò &iò tzn c ia Zz

-

gaZ, pzZa faaZta zvzntuaZ doò paiò ou AZòponòãvzZ;

V

-

com dzòvio dz conduta, zm vin.tudz dz gn.avz

inadaptação ^amiZian. ou comunitãn.ia;

VI - auton. dz in£h.ação p zn a Z

. ”

Preocupa-se o código em definir a palavra responsável qúé ê usado constantemente no artigo supra. De modo que o parágrafo único do art. 29 coloca como responsável aquele que mesmo não sendo pai ou mãe do menor, sobre ele exerce vigilância, educação

e proteção, ou voluntariamente o traz em sua companhia,mesmo que não exista um compromisso jurídico.

Alyrio Cavallieri salienta que o art. 29 abrange no item I o menor abandonado materialmente; no item II o menor vítima; no item III o menor em perigo moral; no item IV o menor e m abandono jurídico; no item V o menor com desvio de conduta

(25) ou inadaptado e no item VI o menor infrator.

A idade de 18 anos dos menores que se encontrem em si­ tuação irregular está vinculada como observa-se ao sistema a do­ tado pelo Código Penal no seu art. 27 (já c itado), que os exclui das sanções penais sujeitando-os ás normas estabelecidas por legislação especial.

Esta assertiva apoia-se no sistema biológico no qual fundamenta a presunção absoluta da inimputabilidade penal para os menores de 18 anos, considerando-os que até atingirem tal

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idade são portadores de desenvolvimento mental incompleto.

A designação "situação irregular" é adotada pelo Insti­ tuto Interamericano da Criança, órgão da O E A - Organização dos Estados Americanos, e refere-se a diversas qualificações cau

suísticas atribuídas à crianças: abandonada, exposta, carente , delinquente, com desvio de conduta, etc.

B - Menores e n t r e 18 e 21 anos

Quando o Código de Menores no art. 19, II, faz referên­ cia aos menores entre 18 e 21 anos, designa, especialmente, os chamados jovens- adultos, autores de delitos que implicam em me-

dida de internação, os quais, mesmo alcançada a maioridade, não podem ser lançados na sociedade por continuarem apresentando pe- riculosidade.

O Decreto-Lei n9 3.914, de 9 de dezembro de 1941 - Lei de Introdução ao Código Penal, disciplinou a situação desses menores, que sob o titulo "Internação de menor, em saçao espe - ciai de escola de reforma" estabelece:

"Art. Io. No cat>o do art. 77 do CÕd-igo do. Meno - ret> [Vec. n. 1 7. 943-A, de 72 de outubro de 1927),

o juÃ.z d e te rm Zn ar ã a Znternação do m e n o r em seção e &p ec Za l de e&cola de re&orma.

§1Ç A Z ntern aç ão durarã, no m Z n Z m o , 3 [tre&] a- n o ò .

§2Ç S e o m e n o r completar 27 [vZnte e um) ano&, òem que t e nh a i>Zdo revog ad a a m e d i d a de Z n t e r - nação, ò e r ã tran&lerZdo pana c o lônZa a g r Z c o l a ou para Z n &t Ztuto de trabalho, de r e e d uc a çã o ou de enòi-no pro &Z&&Zonal, ou òeção e&pec Z al de outro e & t a b e l e c Z m e n t o , ã dZópoàZção do juZz cA.ZmZ.na-i. §3Ç kplZcar-òe-a, quanto ã r e vo ga çã o da medZda, o dZòpo&to no CÕdZgo Venal òobre a r e v o g a ç ã o 'de m e d Z d a de s e g u r a n ç a " .

O Código de 19 79, em harmonia com este dispositivo le­ gal, estabeleceu que o menor autor de infração penal, no perío­ do de vigência da medida de segurança detentiva, estará vincula­ do ao juiz de menores até que seja alcançada a idade de' 21

(27) anos.

Observa-se ainda que as determinações do Dec.-Lei n? 3.914/41 continuam em vigor, porque a Lei n9 7.209, de 11 de

julho de 1984, provocou alterações somente no corpo do Código Penal, não atingindo portanto, a sua Lei de Introdução.

Não se aplicam, no caso, os preceitos da Lei n9 7.209/ 84, que pôs fim a figura da periculosidade real que o Código Penal, anterior a sua reforma, previa no art. 77, que determi - nava as medidas de segurança somente para os inimputãveis e p a ­ ra os fronteiriços, ou seja, os portadores de graves anomalias mentais - arts. 97 e 98.

O menor com medida de internação que tenha alcançado 18 anos, poderá ser mantido internado em regime de segurança caso não tenh.a cessado sua personalidade perigosa, comprovada por intermédio de perícia técnica, demonstrando que ainda mantém sua periculosidade real ou aquela oriunda de doença mental.

Desse modo, o simples fato de completar 18 anos não im­ porta numa mera desinternação ou desviculação da jurisdição do juiz de menores. Este, conforme o caso, poderá designar-lhe me­ dida de segurança detentiva, estabelecendo sua internação em estabelecimento adequado para este fim.

Quando o menor completar 21 anos, sem que tenha sido re­ vogada a medida de internação(art. 79, §29 do Dec.-Lei n9 3.914/ 41), ficará à disposição do juiz criminal, ou seja, juiz das execuções penais, passando assim o menor, já maior, para a ju - risdição da justiça comum.

C - M edidas de c a r á t e r p r e v e n t iv o

As medidas de caráter preventivo a que se refere o Códi­ go de Menores no Parágrafo único do art. 19, dizem respeito à vigilância, previstas no Capitulo IV do Titulo V.

As medidas de vigilância têm função preventiva e se apli­ cam a todos os menores de 18 anos de idade, até mesmo àqueles sob o pátrio poder.

Estas medidas visam, por exemplo, proibir o ingresso de menores de 10 anos em espetáculos teatrais, cinematográficos , clrsences, radiofônicos, de televisão e congêneres sem o acom panhamento dos pais (art. 50), a não ser que haja prévia autori­

zação judicial (art. 51); ou da proibição para ingresso em casa de jogos, bailes públicos e em hotéis, a menores de 18 anos que não estiverem acompanhados dos pais ou responsáveis (art. 55 e 56), podendo a autoridade judiciária ou administrativa autori­ zar a hospedagem e m circunstâncias especiais (art. 55, § ú n i c o ) . Refere-se ainda a restrições para entrada de menores de 18 anos em locais de jogos e de recreação. Trata também, sobre a autori­ zação judiciária no caso de viagens dos menores de 18 anos para outros Estados da Federação sem a presença dos pais ou responsá­ veis (art. 62) .

As medidas de vigilância, pelo que foi descrito, têm caráter preventivo, destinando-se a todos os menores, mesmos os que não se encontrem em situação irregular.