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Texto 2 [SOBRE A COMPREENSÃO]

Mikhail Bakhtin (2004, p. 132) Atividade 3

Prática de Texto

[Proposta de produção escrita de quatro gêneros diferentes] Quadro 12: Seções e subseções dos capítulos 2 e 3 (20ª edição).

O capítulo 2 objetiva apresentar ao aluno as noções básicas de gêneros do discurso, ao que o autor nomeia “gêneros da linguagem”, “gêneros da língua”, “gêneros da linguagem escrita”, “gêneros da escrita”, em diferentes momentos do texto. As Atividades 1, 2 e 3 do capítulo tratam da estratificação da escrita em gêneros.

Em seguida, o autor introduz o conceito de estrangeirismos e discute o assunto opondo-se àqueles que consideram uma invasão de palavras estrangeiras na língua portuguesa. Nesse sentido, defende que a língua é viva e em constante movimento, pois da mesma maneira que palavras entram na língua, costumam desaparecer ou ser adaptadas. Destaca, assim, que os chamados empréstimos são fatores de enriquecimento da língua e não o oposto. Ressalta que não pode haver um instrumento de controle sobre a linguagem e, se houvesse, estaria desconsiderando a riqueza da mistura vocabular que a língua herdou de outros povos durante sua história.

Após discutir os aspectos sociais dos estrangeirismos, o autor chama a atenção do aluno quanto ao seu uso em produção textual. Sugere que devem ser evitados, caso haja uma palavra equivalente na língua, e, caso o termo seja utilizado, que venha destacado entre aspas. O capítulo finaliza com a leitura de um texto de José Castello (Meditação sobre o calor das palavras) em que é discutida a influência da linguagem sobre a vida, até psíquica dos falantes. O texto pertence ao gênero crônica e narra um fato curioso de um jornalista que resolveu pesquisar em um dicionário palavras cujos significados fossem instigantes.

Relembramos que os capítulos um, dois e três da vigésima edição foram desmembrados do capítulo 1 da primeira, que abordou os mesmos assuntos, porém de forma reduzida e com algumas alterações.

Um exemplo dessa mudança aparece no esquema que o livro apresenta para o aluno reconhecer os gêneros de dezessete textos. Em Aspecto gráfico (2011, p. 24), há a seguinte orientação:

g) Aspecto gráfico: Observe a divisão em parágrafos, a disposição das linhas, o emprego de palavras em itálico, em negrito, em caixa alta, sublinhada, com iniciais maiúsculas. O aspecto gráfico tem alguma função? (Observe que estamos analisando exclusivamente textos –

obviamente a imagem integrada ao texto, num conjunto dominante na nossa vida pelos outdoors, televisão, jornais, revista etc., potencializa,

interfere, interpreta, modifica e multiplica ainda mais todos os significados implícitos no texto em si (2011, p. 24, grifos nossos).

Esse direcionamento aparece reduzido no roteiro do exercício na primeira edição: “e) Observe o aspecto gráfico dos textos: divisão em parágrafos, disposição das linhas... O aspecto gráfico tem alguma função?” (1992, p. 19, grifos do autor). A redução da primeira edição em relação à vigésima justifica-se pela disseminação do uso do computador que acontece anos depois. Mais adiante neste texto, o autor mantém o uso do gravador para exemplificar uma atitude pesquisadora do aluno na rua. Em 2011, o gravador não é mais aquele aparelho individual que muitas vezes se parecia com um rádio, mas um dispositivo ou mesmo aplicativo inserido em aparelhos celulares.

Nesse capítulo, mais uma vez, o destinatário “cientista da língua” é convocado a “pôr a mão na massa”. O Exercício 1 solicita que o aluno “[...] munido de um bloco de papel e caneta, faça uma coleta de dados linguísticos, anotando cinco ocorrências reais da linguagem oral que demonstrem a diversidade da língua”(2011, p. 22). Na primeira edição, esse destinatário-cientista aparece no 1º capítulo e apenas como uma hipótese: “São alguns poucos exemplos; na verdade, se saíssemos pela rua com um gravador na mão, recolhendo ‘amostras’ do que as pessoas de fato falam no dia a dia, passaríamos o resto da vida coletando material sem jamais esgotar a variedade!” (1992, p.10). Na vigésima edição, o autor não só realmente propõe a atividade como seleciona o número de “amostras”, que chama de “ocorrências reais da linguagem oral”.

Esse papel de cientista, apreciação do autor com relação ao seu leitor, está implícito aqui, mas já o encontramos materializado no capítulo 1. Outro papel que vem literal, nesse capítulo 2, é o de “detetive”, quando o autor propõe que o aluno trabalhe em equipe para identificar os gêneros dos dezessete textos apresentados: “Lembre-se: o bom leitor é um detetive!” (2011, p.23). A primeira edição apenas faz algo semelhante quando nomeia os falantes como “verdadeiros processadores de significado” (1992, p.

19), para introduzir o tópico “[...] como se produz o significado” que vai aparecer na vigésima edição somente no capítulo 3 e que utiliza a mesma expressão. A expressão denota uma apreciação valorativa relacionada ao leitor em que o sentido de um texto é construído na interação que se mantém com ele, ou seja, o texto não tem um sentido pronto ou único. Expressão que se assemelha à de detetive ou cientista, onde há que se investigar o texto em busca do seu sentido.

Além de “processadores de significado”, o capítulo 3 da vigésima edição destina-se ao falante da língua, nenhuma referência é feita, explicitamente, a um aluno universitário. Ambas as edições convocam um aluno de um curso de língua, não necessariamente universitário: “[...] você está lendo os textos em sala de aula, num curso de Língua Portuguesa, diante de um professor, que você ainda não conhece bem” (1992, p. 19; 2011, p. 24).

O autor aborda a escrita como uma modalidade dependente de controle social, cujo maior representante é a escola que se encarrega de perpetuar o caráter convencional dos gêneros.

Assim, a diversidade da escrita em geral se realiza sob estrita vigilância: do professor, do editor do jornal, do próprio jornalista, do próprio escritor, do publicitário, enfim, de todos que escrevem ou controlam a escrita. Trata-se de uma vigilância objetiva, consciente e

sistemática [...] (2011, p. 22, grifos do autor).

Os dois capítulos enfatizam que escrevemos dentro de uma grande variedade de linguagens, em gêneros e cada tipo de escrita tem um destinatário que “dá direção e significado a nossos sinais” (2011, p. 43). A “presença” do destinatário já pode ser observada no momento da escrita em que o autor escolhe palavras e estratégias de forma a atingir esse leitor presumido.

Continuamos com as comparações entre o capítulo 2 da primeira edição e o capítulo 4 da vigésima que retomam os mesmos objetivos, discutir a língua padrão. O quadro seguinte mostra as seções e subseções:

EDIÇÃO PRIMEIRA VIGÉSIMA

Capítulo 2 QUATRO

Seções Subseções

[texto introdutório à discussão sobre gramática]

Atividade 1 - Língua padrão e gramática

[texto introdutório à discussão sobre gramática] [Em comum: introdução sobre o que significa gramática; mesmo texto]

ATIVIDADE I [equivale à atividade 3 do capítulo 1 da vigésima edição que discute a variedade linguística e sua relação com a gramática]

Exercício 1 [exercício de levantamento de dados de cinco

ocorrências escritas de variedades que não a padrão]

ATIVIDADE II [exercício de

levantamento de dados de cinco ocorrências escritas de variedades que não a padrão]

Atividade 2 Leitura

[direciona a atenção do leitor para o texto 1 sobre o lugar da língua padrão]

Texto 1 GRAMÁTICA E

POLÍTICA, Sírio Possenti ATIVIDADE III

Texto 1 GRAMÁTICA E

POLÍTICA, Sírio Possenti

ATIVIDADE IV [questões sobre o texto anterior]

Exercício 2 [questões sobre o texto anterior]

ATIVIDADE V [não há o subtítulo]

- Mas, afinal o que é língua padrão?

- Como surgiu o padrão?

- Língua padrão: um peixe-ensaboado? a) A língua padrão não é uniforme

- Variação geográfica - Níveis de formalidade - Diferenças estilísticas - Língua oral e língua escrita

Atividade 3 Tentando definir língua padrão - subtítulo igual -idem -idem A) A LÍNGUA PADRÃO NÃO É UNIFORME -idem

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