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Sociedade da Informação: o que é de fato?

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CAPÍTULO 3: A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO

3.1 Sociedade da Informação: o que é de fato?

Esse fato se deu a partir da Revolução Industrial, impulsionados pelos países desenvolvidos, como EUA, Japão, China, Inglaterra, Alemanha e França, mais recente pelos países em desenvolvimento, como Índia e Brasil. No século XX e no início do XXI, com o advento da Internet, o desenvolvimento das TIC’s proporciona a aglutinação de culturas, costumes e informação.

Segundo Legey e Albagli (2000, apud ARAÚJO, 2011, p. 32),

[...] a expressão “sociedade da informação” refere-se a um modo de desenvolvimento social e econômico, no qual, aquisição, armazenamento, processamento, valorização, transmissão, distribuição e disseminação de informação desempenham um papel central na atividade econômica, na geração de novos conhecimentos, na criação de riqueza, na definição da qualidade de vida e na satisfação das necessidades dos cidadãos e das suas práticas culturais.

O desenvolvimento, na velocidade do processamento de informações, a disseminação rápida e a democratização da informação fazem com que o mundo entre em uma nova era. De acordo com Burch (2005), a noção do que seria a “sociedade da informação” surgiu em 1973, quando Daniel Bell lançou seu livro O advento da sociedade pós-industrial. Nesse livro, Bell destaca que o ponto principal da sociedade da informação é o “conhecimento teórico e adverte que os serviços baseados no conhecimento terão de se converter na estrutura central da nova economia e de uma sociedade sustentada na informação, onde as ideologias serão supérfluas” (BELL, 1973, apud BURCH, 2005, p. 2).

Ainda de acordo com o autor, a expressão “sociedade da informação” reaparece nos anos de 1990, no contexto do desenvolvimento da Internet e das TIC’s.

A partir de 1995, foi incluída na agenda das reuniões do G7 (depois, G8, onde se reúnem os chefes de Estado ou governos das nações mais poderosas do planeta). Foi abordada em fóruns da Comunidade Europeia e da OCDE (os trinta países mais desenvolvidos do mundo) e foi adotada pelo governo dos Estados Unidos, assim como por várias agências das Nações Unidas e pelo Banco Mundial. Tudo isso com uma grande repercussão mediática. A partir de 1998, foi escolhida, primeiro na União Internacional de Telecomunicações e, depois, na ONU para nome da Cúpula Mundial programada para 2003 e 2005 (BURCH, 2005, p. 2).

Pode-se concluir que surge a era da informação, a era do conhecimento, a era da tecnologia. Segundo Lemos (2000), três aspectos devem ser destacados no que se refere às tecnologias.

O primeiro aspecto são os avanços observados na microeletrônica, onde se destaca a revolução da informática e a popularização do microcomputador e dos softwares. O segundo aspecto são as telecomunicações, viabilizando e disponibilizando satélites e fibras óticas […] o terceiro aspecto é a convergência entre essas duas bases tecnológicas supracitadas, possibilitando o desenvolvimento dos sistemas e redes de comunicação eletrônica mundiais (LEMOS, 2000, p. 128).

Países desenvolveram programas e elaboraram políticas de desenvolvimento tecnológico e científico para o desenvolvimento dessa nova sociedade que surge. “A soberania e a autonomia do país passam a ser vistas como dependentes do conhecimento, da educação, do desenvolvimento científico e tecnológico” (TAKAHASHI, 2000, p. 6).

Para Castells (2000), as principais características da sociedade da informação são: a informação como matéria-prima, bens e serviços baseados em informação se tornam viáveis, rentáveis e aceitos pelos consumidores e a maioria dos produtos e serviços tradicionais passam a ser virtualizados. O autor complementa que as tecnologias passam a ter uma ampla capacidade de difusão e tornam-se obsoletas com grande velocidade. Ainda segundo Castells (2000), aparelhos eletrônicos, como o celular e o DVD, tornaram-se acessíveis a todas as classes sociais, em poucos anos.

Visando à inclusão de um maior número de pessoas na sociedade da informação, os governos vêm implantando programas de políticas públicas. No Brasil, publicou-se, em 2000, o Livro Verde, documento elaborado em parceria com representantes do Ministério da Ciência e Tecnologia, que coloca a informação como questão fundamental, contendo as metas da implementação do Programa Sociedade da Informação no país.

De acordo com Takahashi (2000), o objetivo do Programa Sociedade da Informação é integrar, coordenar e fomentar ações para a utilização de tecnologias de informação e comunicação, de forma a contribuir para a inclusão social de todos os brasileiros na nova sociedade e, ao mesmo tempo, contribuir para que a economia do país tenha condições de competir no mercado global.

Ainda conforme Takahashi (2000, p. 6), “o conhecimento tornou-se, hoje mais do que no passado, um dos principais fatores de superação de desigualdades, de agregação de valor, criação de emprego qualificado e propagação do bem-estar”.

Pode-se dizer que um novo modelo de sociedade surge atuando em um modelo de organização voltado para um modo de desenvolvimento social e econômico, no qual a informação, como uso, e ao mesmo tempo como meio de criação de novos conhecimentos, passa a desempenhar um papel transformador na produção de riquezas e na contribuição da qualidade de vida das pessoas. Uma das condições para a sociedade da informação é a possibilidade de todos terem acesso às tecnologias de informação, à educação, instrumentos, hoje, indispensáveis a uma sociedade em constante evolução.

Uma retrospectiva da evolução da sociedade nos mostra desde os tempos primórdios a análise de que a informação e a comunicação estão intimamente ligadas no processo histórico da Humanidade. Assim, evolui também a educação com um papel fundamental para o desenvolvimento de um país, nação e povos. Na Sociedade da Informação, o homem passa a dar valor à instrução e à necessidade de busca pela informação. O ser humano, nas variáveis áreas do conhecimento, sente a necessidade de acompanhar o progresso, a evolução, e passa a buscar a sua própria progressão, e assim, pode-se dizer que “caminha e avança a humanidade”.

Os avanços observados nas últimas décadas têm levado as pessoas a se organizarem, criando as associações, os sindicatos, os CAPs (Centro de Atenção Psicossocial), ou, ao mesmo tempo, fazendo parte desse meio, como conselheiros, diretores, gestores dessas organizações. As organizações (empresas) buscam novas formas de lidar com o ser humano, e novas formas de gestão têm sido evolucionadas. Aproveitando o saber dessas pessoas, empresas têm investindo nas pessoas, , ou seja, o capital intelectual da organização.

Mas para se chegar nesse patamar, pecorreu-se um longo caminho no sentido de mudar do modelo burocrático para um modelo de gestão gerencial e estratégico. “Assim por sua objetividade e por sua maior pertinência, destacam-se, por seu impacto elevado: a sociedade do conhecimento, a sociedade da informação e a hipercompetitividade” (TEIXEIRA et. al., 2005, p. 40). A FIG. 5 evidencia a relação entre sociedade da informação e a informação para a sociedade.

FIGURA 5 - Sociedade-informação-sociedade Fonte: elaboração da Autora.

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