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3. Ensaios de solidez

3.2. Solidez dos tintos das malhas à luz

A solidez à luz determina o efeito da cor de todos os tipos de têxteis quando estes são expostos à luz artificial, sob condições controladas. É avaliada a mudança de cor da amostra teste com os materiais de referências usados.

79 Tabela 57. Realização dos ensaios de solidez dos tintos à luz.

De acordo com a tabela 57 é claramente vísvel a comparação da área mais à direita que não foi exposta à luz, com a área adjacente que correspondeu a uma exposição de cerca de 14 dias.

As várias áreas corresponderam a diferentes horas de exposição à luz, e daí a notória diferença de cor.

De um modo geral, com a exceção do bordeaux de o vermelho, podemos concluir que em termos de solidez à luz, ambas as gamas se encontram semelhantes e com bons níveis de solidez.

80 4. Outras tarefas desenvolvidas

Durante este percurso também foram desenvolvidos outros trabalhos, para uma melhor perceção do funcionamento e dinâmica da empresa.

A TCC tem um laboratório físico que apoia ao desenvolvimento de cores, processos de estamparia e controlo de qualidade dos artigos no que respeita aos mais diversos parâmetros solicitados pelo cliente.

A pedido do cliente, é rececionada a cor (amostra padrão) na qual são efectuados os seguintes passos:

a) Leitura no colorímetro: após a calibração do colorímetro, é feita a leitura da cor e este dá-nos a receita para o primeiro ensaio de cor.

b) Se necessário, o substrato que é fornecido pelo cliente, passa por uma preparação (lavagem) de modo a que este consiga absorver todo o corante. Normalmente este procedimento a ser realizado é indicado pelo cliente.

c) A amostra é tingida na máquina de tingimento, de acordo com a receita incial, é ensaboada e seca. De salientar que a cor só pode ser comparada com a amostra padrão quando estiver totalmente seca e fria.

d) Após este processo, compara-se a amostra padrão do cliente com a amostra tingida na caixa de luz. Dificilmente se consegue obter uma cor semelhante num primeiro ensaio. e) Após a comparação na caixa de luz, repete-se o mesmo procedimento, ajustando a cor

(percentagens de amarelo, azul e vermelho) com auxílio do colorímetro, e repete-se o mesmo procedimento.

Posto isto, após várias tentativas, a cor é obtida, efetuam-se os relatórios com as devidas receitas e no final a cor segue para o cliente após ser aprovada, onde será efetuado o tingimento em larga escala na produção.

Este processo permitiu-me desenvolver diversas cores para os clientes, obter conhecimentos, ultrapassar obstáculos, como também realizar visitas às produções das empresas de modo a conseguir superar dificuldades e tornar este estágio como uma aprendizagem geral do mundo do têxtil.

81 Em termos de substratos, foi realizada uma grande variedade de tingimentos utilizando diferentes gamas de corantes (cuba, diretos, dispersos, ácidos, etc) em diferentes substratos como, por exemplo, felpo 100% algodão, lá, poliéster e misturas de substratos.

Em termos de tipos de tingimento, também tive oportunidade de aprender novas técnicas como por exemplo o cold padbatch que é um método semicontínuo que permite tingir a frio e envolve um tempo adicional de maturação em fibra. Existem certas empresas clientes da TCC que apenas efetuam este método de tingimento.

Em termos de preparação da malha, sempre que necessária, envolvia uma lavagem de 45 min usando uma receita com sabão, peróxido de hidrogénio, soda caústica e estabilizador de peróxido.

Nos últimos três meses, foi-me proposto obter formação no que diz respeito aos processos de estamparia. Hoje tornei-me responsável pela parte de estampagem de artigos, todavia continuarei a obter a formação necessária.

83 1. Materiais e métodos

Neste sub-capítulo serão descritos todos os produtos auxiliares e corantes, com os respetivos fornecedores, usados na realização deste trabalho assim como todos os métodos e diagramas de temperaturas aplicados nos diferentes tingimentos.

Para que a análise do processo de tingimento pudesse ser levada a cabo, primeiro foi necessário determinar as curvas de calibração para cada corante.

Em todos os testes efetuados usou-se malha jersey (100% algodão), preparada com meia branqueação fornecida pela empresa.

Para os testes de controlo de qualidade, usaram-se testemunhos de multifibra de acordo com a norma BS EN ISO 105F10.

A avaliação dos desvios de cor entre todos os processos de acabamento em comparação com o lab-dip foi realizada através de métodos espetrofotométricos, utilizando o espetrofotómetro Datacolor 650 da marca Datacolor.

Durante os meses de fevereiro e março foram recolhidas amostras, desde o banho antes de tingir até aos processos finais de ensaboamento por espectroscopia de absorção no visível.

As informações que podem ser recolhidas por este tipo de sistemas de monitorização do banho de tingimento, com relevância do ponto de vista prático são:

 Concentração dos corantes que constituem a solução de tingimento esgotamento  Temperatura

 pH

 Condutividade

 Taxa de Strike (velocidade máxima de esgotamento)

 Temperatura de Strike (temperatura à qual se regista a velocidade de tingimento máxima).

Entre estes atributos, a concentração de corante, a temperatura, pH e condutividade são diretamente medidos pelo sistema, sendo as restantes informações deduzidas a partir dessas medições18.

84 Tabela 58. Corantes e respetivos grupos reativos usados nos tingimentos reativos a 60 °C.

Produtos Grupo Reativo Fornecedor

Bezaktiv Yellow S-3R 150 Bifuncional Tuebingen Chemical Company, S.A.

Bezaktiv Red S-3B 150 Bifuncional Tuebingen Chemical Company, S.A.

Bezaktiv Navy S-3G Bifuncional Tuebingen Chemical Company, S.A.

Bezaktiv Blue S-GLD 150 Bifuncional Tuebingen Chemical Company, S.A.

Gráfico 11. Gráfico de tingimento com corantes reativos Bezaktiv S a 60°C19.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 °C min. E

C (dos. 45 min.) 60 min.

D A B (dos. 20

85 Tabela 59. Corantes e respetivos grupos reativos usados nos tingimentos reativos a 40 °C.

Produtos Grupo Reativo Fornecedor

Bezaktiv Golden Yellow Go Bifuncional Tuebingen Chemical Company, S.A.

Bezaktiv Red Go Bifuncional Tuebingen Chemical Company,

S.A.

Bezaktiv Navy Go Bifuncional Tuebingen Chemical Company,

S.A.

Bezaktiv Blue Go Bifuncional Tuebingen Chemical Company,

S.A.

Gráfico 12. Gráfico de tingimento com corantes reativos Bezaktiv Go a 40°C20.

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 °C min. E C (dos. 45 min.) 60 min. D

86 Tabela 60. Auxiliares utilizados no processo de tingimento de corantes reativos.

Intervalos de

tempo (min) Quantidades Unidade Auxiliares do processo

A 1.0 g/l SARABID MIP x g/l Sal B x % BEZAKTIV C 5 g/l Carbonato de sódio x ml/l Soda cáustica 38°Bé D 0,5 ml/l Ácido acético 80% E 1.0 g/l COTOBLANC SEL

A tabela 60 indica as várias etapas do processo de tingimento, que estão de acordo com o gráfico 11 e 12.

As quantidades de sal e soda cáustica dependem da concentração de corante, e estas quantidades estão definidas numa tabela disponibilizada pelo fornecedor.

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