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SUBSECRETARIA DA 7A.TURMA ESPECIALIZADA TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 2a REGIÃO

Caderno Judicial TRF

SUBSECRETARIA DA 7A.TURMA ESPECIALIZADA TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 2a REGIÃO

SUBSECRETARIA DA 7a.TURMA ESPECIALIZADA Data do Expediente: 28/06/2013

ATO ORDINATÓRIO (ART. 542 CPC) Os presentes autos encontram-se nesta E. Subsecretaria da 7ª Turma Especializada, 6º andar, para Vista ao Recorrido para CONTRARRAZÕES ao(s) Recurso(s) Especial e/ou Extraordinário interposto(s), pelo prazo legal.(Res. TRF2-RSP-2013/00030 de 31/05/2013 - eDJF2R de 06/06/2013). PROC. : 2000.51.01.032953-3 AC CNJ : 0032953-48.2000.4.02.5101 ORIG : 200051010329533/RJ REG : 16.08.2010

APTE : DISA-DESTILARIA ITAUNAS S/A E OUTRO

ADV : HELIA MARCIA GOMES PINHEIRO E OUTROS

APTE : INDUSTRIAS REUNIDAS CANECO S/A - MASSA FALIDA

ADV : ARMANDO ROBERTO REVOREDO VICENTINO E OUTROS APDO : BANCO NACIONAL DE

DESENVOLVIMENTO

ECONOMICO E SOCIAL-BNDES ADV : MARCELO LIPCOVITCH QUADROS

DA SILVA E OUTROS RELATO

R : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : DISA

PROC. : 2002.51.01.014076-7 AC CNJ : 0014076-89.2002.4.02.5101 ORIG : 200251010140767/RJ REG : 18.09.2012

APTE : COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB ADV : MARCELO OLIVEIRA ROCHA ADV : NEI CALDERON

APDO : MANOEL JOSE FRANCA ALMEIDA ADV : JANE JACOB HORTA E OUTROS RELATO

R

: DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : COMPANHIA NACIONAL DE

ABASTECIMENTO PROC. : 2007.51.01.019272-8 AC CNJ : 0019272-64.2007.4.02.5101 ORIG : 200751010192728/RJ REG : 18.09.2012

APTE : CIA/ NACIONAL DE ABASTECIMENTO - CONAB

ADV : MARCELO OLIVEIRA ROCHA ADV : NEI CALDERON

Caderno Judicial TRF

APDO : MANOEL JOSE FRANCA ALMEIDA ADV : JANE JACOB HORTA E OUTROS RELATO

R

: DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : CIA/ NACIONAL DE ABASTECIMENTO PROC. : 2009.51.04.002364-4 AC

CNJ : 0002364-49.2009.4.02.5104 ORIG : 200951040023644/RJ REG : 05.11.2012

APTE : ISRAEL RUIZ DE OLIVEIRA JUNIOR ADV : BRUNO BOCK E OUTROS

APDO : CONSELHO REGIONAL DE EDUCACAO FISICA DA 1ª REGIAO - CREF1/RJ-ES ADV : BRUNO DE SOUZA GUERRA E

OUTROS

APDO : CENTRO UNIVERSITARIO DE BARRA MANSA - UBM

ADV : CELESTINO RAIMUNDO RESENDE E OUTROS

RELATO

R : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : ISRAEL RUIZ DE OLIVEIRA JUNIOR RE : ISRAEL RUIZ DE OLIVEIRA JUNIOR PROC. : 2011.50.01.012154-1 AC

CNJ : 0012154-07.2011.4.02.5001 ORIG : 201150010121541/ES REG : 20.09.2012

APTE : COMPANHIA DE MELHORAMENTOS E DESENVOLVIMENTO URBANO - COMDUSA

ADV : LUCIANA MARQUES DE ABREU JUDICE DESSAUNE APTE : UNIAO FEDERAL

APDO : OS MESMOS RELATO

R

: DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2011.50.01.014359-7 AC CNJ : 0014359-09.2011.4.02.5001 ORIG : 201150010143597/ES REG : 12.11.2012

APTE : UNIAO FEDERAL

LITPAS : BRUNO DE PINHO E SILVA E OUTRO ADV : BRUNO PEREIRA MARQUES E

OUTROS

APDO : CIA DE MELHORAMENTOS E DESENVOLVIMENTO URBANO-COMDUSA

ADV : GABRIEL FIRMINO RODRIGUES DO CARMO E OUTRO

RELATO

R : DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2012.51.01.002437-2 AC CNJ : 0002437-25.2012.4.02.5101 ORIG : 201251010024372/RJ REG : 16.11.2012

APTE : SINDICATO DOS REPRESENTANTES

COMERCIAIS E DAS EMPRESAS DE

REPRESENTACOES COMERCIAIS DE PORTO ALEGRE E DA REGIAO METROPOLITANA e outros

ADV : EDUARDO CALLEARI APDO : CONSELHO FEDERAL DOS

REPRESENTANTES COMERCIAIS - CONFERE

ADV : SOLANGE BARBOSA AZZI E OUTROS RELATO

R

: DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : SINDICATO DOS REPRESENTANTES

COMERCIAIS E DAS EMPRESAS DE REPRESENTACOE

PROC. : 2013.02.01.001948-2 AG CNJ : 0001948-28.2013.4.02.0000 ORIG : 200750010092239/ES REG : 18.02.2013

AGRTE : JOSIAS DE OLIVEIRA SALES ADV : MARCELLO GONCALVES FREIRE E

OUTROS

AGRDO : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT

ADV : ANDRE LUIS PEREIRA E OUTROS RELATO

R

: DES.FED. JOSÉ ANTONIO NEIVA - 7A.TURMA

ESPECIALIZADA RESP : Empresa Brasileira de Correios e Telegrafos - ECT

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL - 2a REGIÃO

SUBSECRETARIA DA 7a.TURMA ESPECIALIZADA Data do Expediente: 01/07/2013

TO ORDINATÓRIO (ART. 542 CPC) Os presentes autos encontram-se nesta E. Subsecretaria da 7ª Turma Especializada, 6º andar, para Vista ao Recorrido para CONTRARRAZÕES ao(s) Recurso(s) Especial e/ou Extraordinário interposto(s), pelo prazo legal.(Res. TRF2-RSP-2013/00030 de 31/05/2013 - eDJF2R de 06/06/2013). PROC. : 2000.51.01.009642-3 AC CNJ : 0009642-28.2000.4.02.5101 ORIG : 200051010096423/RJ REG : 07.03.2005

APTE : CYNTHIA ALTOE VARGAS BUGANE ADV : MARIA THEREZA MENGE E SILVA E

OUTROS

APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : ADRIANA MARIA DE ALMEIDA

MEIRELLES FAGUNDES E OUTROS

RELATO R

: DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA

RESP : CYNTHIA ALTOE VARGAS BUGANE RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF PROC. : 2006.50.01.009606-0 REOAC CNJ : 0009606-82.2006.4.02.5001 ORIG : 200650010096060/ES

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REG : 25.01.2012

PARTEA : NILZA GOMES DOS SANTOS E OUTRO

ADV : MARCIO GARCIA DOS SANTOS E OUTROS

PARTER : UNIAO FEDERAL

RMTE : JUIZO DA 5A VARA FEDERAL CIVEL DE VITORIA-ES

RELATO R

: DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA

RESP : UNIAO FEDERAL PROC. : 2009.51.01.019632-9 AC CNJ : 0019632-28.2009.4.02.5101 ORIG : 200951010196329/RJ REG : 15.01.2013

APTE : ROSANA MORAES DE ARAUJO ADV : AIRTON DE ALCANTARA MACIEL E

OUTROS

APDO : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : LEONARDO GONCALVES ALMEIDA E

OUTROS RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : ROSANA MORAES DE ARAUJO PROC. : 2009.51.01.020427-2 AC CNJ : 0020427-34.2009.4.02.5101 ORIG : 200951010204272/RJ REG : 24.04.2013

APTE : MANOEL PEREIRA DO NASCIMENTO ADV : RAFAEL AUGUSTO VALENTE

CARVALHO DE MENDONÇA APDO : UNIAO FEDERAL

APDO : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS - ECT

ADV : MOZART COSTA GUIMARAES E OUTROS

APDO : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL

INSS

PROC : PEDRO HENRIQUE PEIXOTO LEAL RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : MANOEL PEREIRA DO NASCIMENTO PROC. : 2010.51.01.010092-4 APELREE CNJ : 0010092-19.2010.4.02.5101 ORIG : 201051010100924/RJ REG : 05.02.2013

APTE : SEBASTIAO LOPES DA COSTA ADV : JULIANO BIZZO NETTO E OUTROS APDO : UNIAO FEDERAL

RMTE : JUIZO DA 1A VARA FEDERAL DE RESENDE-RJ

RELATO R

: DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA

RESP : SEBASTIAO LOPES DA COSTA RESP : UNIAO FEDERAL

RE : SEBASTIAO LOPES DA COSTA RE : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2010.51.01.011067-0 APELREE

CNJ : 0011067-41.2010.4.02.5101 ORIG : 201051010110670/RJ REG : 25.05.2012

APTE : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL APDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO E

OUTRO

PROC : CARLOS DA COSTA E SILVA FILHO RMTE : JUIZO FEDERAL DA 24A VARA-RJ RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : MINISTERIO PUBLICO FEDERAL PROC. : 2010.51.01.016522-0 APELREE CNJ : 0016522-84.2010.4.02.5101 ORIG : 201051010165220/RJ REG : 25.09.2012

APTE : UNIAO FEDERAL

APDO : CLAUDIA GARCIA HORCHEL ADV : ALDO PEREIRA DE FARO JUNIOR E

OUTROS

RMTE : JUIZO FEDERAL DA 17A VARA-RJ RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2011.51.01.007017-1 AC CNJ : 0007017-35.2011.4.02.5101 ORIG : 201151010070171/RJ REG : 01.10.2012

APTE : MARCIA PEREIRA

ADV : MARCOS TULIO FERREIRA SANTOS VIEIRA

APDO : UNIAO FEDERAL RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RE : UNIAO FEDERAL

PROC. : 2011.51.01.015649-1 AC CNJ : 0015649-50.2011.4.02.5101 ORIG : 201151010156491/RJ REG : 17.08.2012

APTE : CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF ADV : ADRIANA RIBEIRO DOS SANTOS

LIMA E OUTROS APDO : DIGISERV SERVICOS DE

DIGITALIZACAO LTDA-ME ADV : RICARDO BRUNO DA SILVA DE

CARVALHO RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RESP : CAIXA ECONOMICA FEDERAL PROC. : 2011.51.01.019236-7 AC CNJ : 0019236-80.2011.4.02.5101 ORIG : 201151010192367/RJ REG : 30.11.2012

APTE : UNIAO FEDERAL

APDO : ALMICAR JOSE DA CRUZ

ADV : JULIANO BIZZO NETTO E OUTROS RELATO

R : DES.FED. REIS FRIEDE - 7A.TURMA ESPECIALIZADA RE : UNIAO FEDERAL

Caderno Judicial TRF

BOLETIM: 144703

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2013.02.01.008828-5 Nº CNJ :0008828-36.2013.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ ANTONIO NEIVA

AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF

ADVOGADO :DANIEL PAULO VICENTE DE MEDEIROS E OUTROS AGRAVADO :MARIA DA SILVA MARCELINO ADVOGADO :SEM ADVOGADO

ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201051010082648)

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF visando à reforma da decisão proferida pelo juízo da 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, nos autos do processo nº 2010.51.01.008264-8, que indeferiu o pedido de expedição de ofício para a Secretaria da Receita Federal visando à obtenção das cinco últimas declarações de imposto de renda da ré.

Sustenta, em síntese, que o artigo 399, inciso I, do Código de Processo Civil possibilita que o juiz requeira às repartições púbicas, em qualquer t2empo ou grau de jurisdição as certidões necessárias à prova das alegações das partes.

É o breve relatório. Decido.

Na situação em exame, a jurisprudência é firme no sentido de admitir tal expediente somente em caráter excepcional, quando esgotados todos os meios disponíveis no sentido de localizar bens do executado passíveis de penhora. Confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça, firmada no sentido de que "a expedição de ofício à Receita Federal, para

fornecimento de informações, é providência admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando demonstrado ter o credor esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens passíveis de penhora, o que não ocorre no caso dos autos" (AgRg no REsp nº 595.612/DF,

Relator o Ministro HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008).

2. Em relação ao pedido de informações para fins de localização do endereço do executado "o raciocínio a ser

utilizado nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao Judiciário substituir a parte autora nas diligências que lhe são cabíveis para demandar em juízo." (REsp nº 306.570/SP, Relatora a

Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental a que se nega provimento.”

(STJ, AgRg no Ag 1386116/MS, Min. Raul Araújo, 4a. Turma, unânime, DJE de 10-05-2011)

“AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. SIGILO FISCAL. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À

RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.

1. O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou bancário do executado para que o exeqüente obtenha informações sobre a existência de bens do devedor inadimplente é admitida somente após terem sido esgotadas as tentativas de obtenção dos dados na via extrajudicial.

2. Agravo regimental provido. ”

(STJ, AgRg no REsp 1135568/PE, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 3a Turma, unânime, DJE de 28-05-2010)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR. ÔNUS DO CREDOR. DILIGÊNCIAS INSUFICIENTES. PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE OFICIOS À RECEITA FEDERAL E AO DETRAN. INDEFERIMENTO. ENTENDIMENTO DO STJ E DESTA CORTE. 1. Não merece acolhida a irresignação da Agravante. 2. É que, a decisão agravada afina-se com o entendimento jurisprudência, de que, em sede judicial, o deferimento de pedido de expedição de ofício a instituições públicas ou privadas detentoras de informações sigilosas ou não sobre pessoas físicas e/ou jurídicas, com o fito de obtê-las (a) para identificar o paradeiro e a situação jurídica destas, (b) para localizar bens passíveis de constrição judicial executória, ou, ainda, (c) para fins de instrução de processo judicial apenas é viável em hipóteses excepcionais e após a comprovação de que diligenciou o requerente, de modo exaustivo, por seus meios próprios e disponíveis, no sentido de obter ditas informações (TRF- 2ª REG., Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 200502010072232/RJ, Sétima Turma Esp, Relator Juiz Sergio Schwaitzer, DJU de 10/10/2007; TRF- 2a Região, AGT nº 155.041-ES, 5ª Turma, rel. Des. Fed. Antonio Cruz Netto, j. 11/12/2007; STJ, RESP 400598 /RS, Relator(a) Aldir Passarinho Junior, DJ de 01/07/2002; STJ, RESP nº 364.424-RJ, 3ª Turma, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 04/04/2002). 3. Assim, a meu juízo, inexistindo demonstrativo do esgotamento mínimo de diligências, pela Agravante, não há como se dar trânsito à irresignação. 4. Agravo de Instrumento

conhecido e desprovido.”

(TRF2, AG 201002010144962, Desembargador Federal Poul Erik Dyrlund, Oitava Turma Especializada, E-DJF2R - Data::02/03/2011 - Página::313/314.)

Na hipótese dos autos, trata-se de ação monitória ajuizada pela Caixa Econômica Federal para o pagamento de débito no valor de R$ 17.573,98 (dezessete mil quinhentos e setenta e três reais e noventa e oito centavos) referente ao contrato de mútuo firmado.

Citado, o réu permaneceu inerte, convertendo-se, portanto, o mandado inicial em mandado executivo, com a constituição do título executivo judicial, nos termos do art. 1.102-C do Código de Processo Civil. Ante a ausência de advogado constituído nos autos, o réu foi intimado pessoalmente a pagar o débito no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 475-J do CPC, que, no entanto, transcorreu in albis.

Expedido o mandado de penhora e avaliação, a diligência restou frustrada, tendo em vista que não foram encontrados imóveis em nome do réu (fls. 28/29) nem qualquer numerário, capaz de sanar a dívida, em sua conta bancária (fl. 83). Por fim, a consulta ao sistema RENAJUD também restou infrutífera (fl. 97). Demonstrado o esgotamento de diligências, justifica-se a expedição de ofícios à Receita Federal. Nesse sentido, vale conferir os seguintes arestos:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. QUEBRA SIGILO FISCAL. EXCEPCIONALIDADE. EXAURIMENTO DAS DILIGÊNCIAS. POSSIBILIDADE. 1. Somente em casos excepcionais é cabível a intervenção judicial através de

Caderno Judicial TRF

expedição de ofícios a órgãos públicos para requisitar a apresentação de documentos necessários à comprovação de fatos alegados, a teor do art. 399 do CPC. 2. O E. Superior Tribunal de Justiça já expressou entendimento que é possível a expedição de ofício à Receita Federal para localização de bens dos devedores, quando restarem exauridos outros meios aptos a encontrar patrimônio suficiente para a satisfação do crédito. 3. Comprovado que a parte efetivamente se empenhou para obter o endereço do devedor e encontrar bens passíveis de constrição, restando infrutíferas todas as tentativas, deve-se acolher a pretensão para autorizar a busca pleiteada, principalmente quando esta se revela como o único meio ainda possível de resguardar o crédito da Fazenda. Precedente do E. STJ. 4. Agravo de Instrumento a que se dá parcial provimento, para autorizar sejam fornecidas pela Receita Federal as informações referentes as cinco últimas declarações do imposto de renda da parte agravada, diretamente ao Juízo originário, mediante ofício expedido pela própria União Federal." (TRF2, AG 201002010173561, Juiz Federal Convocado RICARDO PERLINGEIRO, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, DJe 12/12/2011.)

"PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. LOCALIZAÇÃO DE BENS DO DEVEDOR. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À RECEITA FEDERAL. PROVIDO O RECURSO. · Insurge-se a Agravante contra a decisão interlocutória proferida pelo MM. Juízo a quo, que, nos autos da ação de execução, indeferiu o pedido formulado pela Agravante, no sentido de ser expedido ofício à Delegacia da Receita Federal para que sejam remetidas as últimas declarações de imposto de renda da pessoa jurídica e de seus sócios co-responsáveis pelo débito, a fim de viabilizar a localização da executada ou de possíveis bens e suspendeu a execução, conforme disposto no artigo 791, III, do CPC. · Reconhecido que, uma vez frustrados os esforços do Exeqüente para a localização dos bens do devedor, a requisição de informações à Receita Federal configura um procedimento necessário ao interesse da Justiça, a justificar o pedido garantidor de pagamento, uma vez que permitirá a satisfação do direito do Exeqüente. · Precedente jurisprudencial do E. STJ sobre a possibilidade de serem requisitadas informações à Receita Federal, após esgotados os esforços do credor em obter tais elementos diretamente. · Provido o recurso para determinar o prosseguimento da ação de execução, com a expedição de ofício à Receita Federal, conforme requerido pela União Federal."

(TRF2, AG 200602010139630, Desembargador Federal PAULO ESPIRITO SANTO, QUINTA TURMA ESPECIALIZADA, DJU 23/06/2008.)

Por derradeiro, cumpre salientar que, apesar de citado, o executado não pagou o débito, tampouco ofereceu embargos à execução. Diante de sua contumácia, descabe sua intimação para responder o presente agravo de instrumento.

Isto posto,

Conheço e dou provimento ao agravo de instrumento, nos termos do art. 557, § 1º-A, do CPC, para, a teor da fundamentação, determinar a expedição de ofício à Secretaria da Receita Federal solicitando as 5 (cinco) últimas declarações de imposto de renda da ré, conforme requerido à fl. 101.

Feitas as anotações de estilo, baixem os autos à Vara de origem para arquivamento.

P.I.

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2013. JOSÉ ANTONIO LISBÔA NEIVA Desembargador Federal

Relator

III - AGRAVO DE INSTRUMENTO 2013.02.01.008829-7 Nº CNJ :0008829-21.2013.4.02.0000

RELATOR :DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ ANTONIO NEIVA

AGRAVANTE :CAIXA ECONOMICA FEDERAL – CEF

ADVOGADO :DANIEL PAULO VICENTE DE MEDEIROS E OUTROS AGRAVADO :DILENE DE OLIVEIRA ADVOGADO :SEM ADVOGADO

ORIGEM :TRIGÉSIMA SEGUNDA VARA FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (201051010160805)

DECISÃO

Trata-se de agravo de instrumento interposto pela CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF visando à reforma da decisão proferida pelo juízo da 32ª Vara Federal do Rio de Janeiro, nos autos do processo nº 2010.51.01.016080-5, que indeferiu o pedido de expedição de ofício para a Secretaria da Receita Federal visando à obtenção das cinco últimas declarações de imposto de renda da ré.

Sustenta, em síntese, que o artigo 399, inciso I, do Código de Processo Civil possibilita que o juiz requeira às repartições púbicas, em qualquer tempo ou grau de jurisdição as certidões necessárias à prova das alegações das partes.

É o breve relatório. Decido.

Na situação em exame, a jurisprudência é firme no sentido de admitir tal expediente somente em caráter excepcional, quando esgotados todos os meios disponíveis no sentido de localizar bens do executado passíveis de penhora. Confira-se:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÇÃO. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE.

1. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça, firmada no sentido de que "a expedição de ofício à Receita Federal, para

fornecimento de informações, é providência admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando demonstrado ter o credor esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens passíveis de penhora, o que não ocorre no caso dos autos" (AgRg no REsp nº 595.612/DF,

Relator o Ministro HÉLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008).

2. Em relação ao pedido de informações para fins de localização do endereço do executado "o raciocínio a ser

utilizado nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao Judiciário substituir a parte autora nas diligências que lhe são cabíveis para demandar em juízo." (REsp nº 306.570/SP, Relatora a

Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental a que se nega provimento.”

(STJ, AgRg no Ag 1386116/MS, Min. RAÚL ARAÚJO, QUARTA TURMA, DJE de 10/05/2011.)

“AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO DE EXECUÇÃO. SIGILO FISCAL. EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À

Caderno Judicial TRF

RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.

1. O STJ firmou entendimento de que a quebra de sigilo fiscal ou bancário do executado para que o exeqüente obtenha informações sobre a existência de bens do devedor inadimplente é admitida somente após terem sido esgotadas as tentativas de obtenção dos dados na via extrajudicial.

2. Agravo regimental provido. ”

(STJ, AgRg no REsp 1135568/PE, Rel. Min. JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, TERCEIRA TURMA, DJE 28/05/2010)

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. LOCALIZAÇÃO DO DEVEDOR. ÔNUS DO CREDOR. DILIGÊNCIAS INSUFICIENTES. PEDIDO DE EXPEDIÇÃO DE OFICIOS À RECEITA FEDERAL E AO DETRAN. INDEFERIMENTO. ENTENDIMENTO DO STJ E DESTA CORTE. 1. Não merece acolhida a irresignação da Agravante. 2. É que, a decisão agravada afina-se com o entendimento jurisprudência, de que, em sede judicial, o deferimento de pedido de expedição de ofício a instituições públicas ou privadas detentoras de informações sigilosas ou não sobre pessoas físicas e/ou jurídicas, com o fito de obtê-las (a) para identificar o paradeiro e a situação jurídica destas, (b) para localizar bens passíveis de constrição judicial executória, ou, ainda, (c) para fins de instrução de processo judicial apenas é viável em hipóteses excepcionais e após a comprovação de que diligenciou o requerente, de modo exaustivo, por seus meios próprios e disponíveis, no sentido de obter ditas informações (TRF- 2ª REG., Agravo Interno no Agravo de Instrumento nº 200502010072232/RJ, Sétima Turma Esp, Relator Juiz Sergio Schwaitzer, DJU de 10/10/2007; TRF- 2a Região, AGT nº 155.041-ES, 5ª Turma, rel. Des. Fed. Antonio Cruz Netto, j. 11/12/2007; STJ, RESP 400598 /RS, Relator(a) Aldir Passarinho Junior, DJ de 01/07/2002; STJ, RESP nº 364.424-RJ, 3ª Turma, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 04/04/2002). 3. Assim, a meu juízo, inexistindo demonstrativo do esgotamento mínimo de diligências, pela Agravante, não há como se dar trânsito à irresignação. 4. Agravo de Instrumento

conhecido e desprovido.”

(TRF2, AG 201002010144962, Desembargador Federal POUL ERIK DYRLUND, OITAVA TURMA ESPECIALIZADA, E-DJF2R 02/03/2011.)

Na hipótese dos autos, trata-se de ação monitória ajuizada pela Caixa Econômica Federal para o pagamento de débito no valor de R$ 33.640,91 (trinta e três mil, seiscentos e quarenta reais e noventa e um centavos) referente ao contrato de mútuo firmado. Citado, o réu permaneceu inerte, convertendo-se, portanto, o mandado inicial em mandado executivo, com a constituição do título executivo judicial, nos termos do art. 1.102-C do Código de Processo Civil. Ante a ausência de advogado constituído nos autos, o réu foi intimado pessoalmente a pagar o débito no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 475-J do CPC, que, no entanto, transcorreu in albis.

Expedido o mandado de penhora e avaliação, a diligência restou frustrada, tendo em vista que não foram localizados bens penhoráveis (fl. 43). Além disso, não foram encontrados imóveis em nome do réu (fls. 26/27) nem qualquer numerário, capaz de sanar a dívida, em sua conta bancária (fl. 66). Por fim, a consulta ao sistema RENAJUD também restou infrutífera (fl. 100). Demonstrado o esgotamento de diligências, justifica-se a expedição de ofícios à Receita Federal. Nesse sentido, vale conferir os seguintes arestos:

"AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO. QUEBRA SIGILO