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SUBVENÇÃO SOCIAL - São transferências correntes destinadas a cobrir despesas de CUSTEIO (Manutenção) das entidades beneficiadas e visam à Prestação de Serviços Essenciais de ASSISTÊNCIA SOCIAL, MÉDICA E EDUCACIONAL. Ex.: Material de Consumo ou Serviços.

AUXÍLIOS - São transferências de capital e derivam da lei Orçamentária. Ex.: Material Permanente.

Base Legal:

Lei n° 5.867 de 27/04/81.

Alterada pelas leis n° 5.952 de 14/10/81 e n° 11.180 de 21/09/99.

Dispõe sobre a concessão, pelo Estado, de Subvenções Sociais às Instituições de caráter privado e dá outras providências.

Das entidades que podem ser beneficiadas:

Art. 3° - A concessão de subvenções sociais, pelo Estado, estender-se-á, exclusivamente, às entidades que realizem quaisquer dos serviços ou atividades que visem o desenvolvimento cultural.

Base Legal:

- Lei Federal n° 4.320, de 17 de Março de 1964 (Art. 12 e Art. 16); - Lei Estadual n° 5.867, de 27 de Abril de 1981 e alterações; - Ordem de Serviço n° 139/83, de Outubro de 1983, da SEF;

- Ordem de Serviço Conjunta DIOR, DAFI, DCOG e DIAG/SEF n° 001/98 e; - Resolução n° TC-16/94, de 21 de Dezembro de 1994;

- É Vedada a Concessão de Subvenção Social ou Auxílio: - Para Entidades que visem obtenção de lucros;

- Para Entidades que não apresentem a prestação de contas ou não tiverem, por qualquer motivo, a sua aprovação pelo órgão concedente dos recursos; - Para atender Despesas já Realizadas;

- Para fundação, organização ou instalação de Entidades.

Do ponto de vista normativo (Resolução 750/93) as receitas são consideradas realizadas:

I - Nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados:

II - Quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior;

III - Pela geração natural de novos ativos, independentemente da intervenção de terceiros;

IV - No recebimento efetivo de doações e subvenções.

No enunciado do CFC, há um destaque para as receitas de “doações e subvenções”. Nesse particular, do ponto de vista normativo, a entidade só pode reconhecer essas receitas quando do efetivo recebimento, ou seja, o regime adotado aqui é o de caixa. O CFC, entretanto, ao interpretar os Princípios Fundamentais de Contabilidade destaca que o Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período1 .

No caso em estudo, o reconhecimento e recebimento para o CFC devem ser coincidentes. É até compreensível e aceitável essa posição normativa, se consideradas as definições de “doações e subvenções”, isso por não haver, na maioria dos casos, formalidades contratuais (em termos jurídicos) entre a entidade e os subventores e doadores. O legislador levou em consideração outro princípio contábil, o da Prudência.

O excesso de formalismo nesses casos é evidente. A Contabilidade tradicional calcada em conceitos e princípios conservadores - necessários para fins legais, é verdade - acaba, algumas vezes, comprometendo a qualidade das informações e ofusca , consequentemente, a efetiva contribuição da entidade para o cumprimento da sua missão. No estudo do IPECAFI, fica evidente esta situação: A tentação de reconhecer receita, valorando os estoques de produtos ou serviços a

      

valores de mercado, antes da transferência ao cliente, é muito grande e parece, até, que os que assim, afoitamente, agem estão na vanguarda do pensamento contábil.

Nas organizações sem fins lucrativos, existem algumas peculiaridades que não podem ser omitidas, tanto para fins de definição da receita e do “momento” do seu reconhecimento, quanto para fins de sua mensuração. As doações e subvenções recebidas (ou prometidas), o voluntariado, as imunidades e isenções fiscais e tributárias, etc. são os exemplos mais comuns.

Pela Lei 11.638/07 houve a extinção das seguintes reservas de capital aplicável às empresas de um modo geral, por exemplo, as doações e as subvenções vão para resultado e são classificadas como receitas. HENDRICKSEN & VAN BREDA (1999, p.226) preferem vincular a doação à intenção do doador. Para esses autores, “as doações à empresa constituem uma exceção. Podem ser classificadas como capital ou lucro (Demonstração de Resultado), dependendo da intenção do doador, das circunstâncias da doação e da definição de lucro que se adote.”

Nesse particular, a NBC T3, em análise, é taxativa:

10.19.2.3 - As doações, subvenções e contribuições para custeio são contabilizadas em contas de receita. As doações, subvenções e contribuições patrimoniais, inclusive as arrecadadas na constituição da entidade, são contabilizadas no patrimônio social.

10.19.2.4 - As receitas de doações, subvenções e contribuições para custeio ou investimento devem ser registradas mediante documento hábil.

Para o CFC (Resolução Nº 774), “no caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio. Como a doação resulta em inegável aumento do Patrimônio Líquido, cabe o seu registro pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.”

Quanto ao serviço voluntário2, a Contabilidade, via de regra, quer por falta de objetividade ou por excesso de conservadorismo, não o reconhece, comprometendo o desempenho da instituição.

      

2 No Brasil, o serviço voluntário é regulamentado pela Lei nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998. Por

essa Lei, considera-se serviço voluntário “a atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que tenha

4.2. Contratos, Convênios e Termos de Parceria  

Segundo o CADERNO DE PROCEDIMENTOS APLICÁVEIS À PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS ENTIDADES DO TERCEIRO SETOR (FUNDAÇÕES) da FBC, Convênios são representados por instrumentos jurídicos em que cada parte tem obrigações na execução do seu objeto. Quando celebrado com a Administração Pública, o convênio não permite remuneração à entidade executora. Quando o convênio exigir contrapartida por parte da entidade executora, esta poderá ter caráter financeiro ou não. Tendo caráter financeiro, o aporte de recursos deverá ser feito pela entidade executora na conta do convênio para completar a totalidade dos recursos quantificados no plano de trabalho. Se não tiver caráter financeiro, o instrumento de convênio deverá estabelecer de que forma a contrapartida poderá ser efetuada (pessoal, material, serviço de terceiros, outros).

Na ausência de norma específica, pode-se utilizar o que estabelece o CPC 07, item 14, que assim se expressa: 14. Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento no resultado, a contrapartida da subvenção governamental registrada no ativo deve ser em conta específica do passivo.

Dessa forma, a entidade executora deverá manter em sua contabilidade contas específicas com esquemas contábeis distintos para cada convênio que executar.

Os registros dos recursos do convênio, a título de exemplo, estão demonstrados abaixo.

       objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive,

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