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6 Conclusões

6.3 Sugestões de trabalho futuro

Atendendo a todas as considerações tecidas anteriormente, considera-se que este trabalho pode assumir-se como um contributo válido no domínio científico aqui em estudo, podendo servir como ponto de partida para estudos futuros. Nesta medida, procura-se aqui introduzir um conjunto de propostas, princípios e sugestões que devem apoiar, fundamentar e guiar eventuais desenvolvimentos futuros. Salienta-se, no entanto, que estas sugestões dizem apenas respeito aos modelos em si e não ao suporte aplicacional no qual estes foram testados: o protótipo. Considera- se, desta forma, que eventuais alterações ao protótipo devem ter em conta todos os problemas e lacunas referidas anteriormente e que se prendem sobretudo com questões relacionadas com o desenho gráfico e usabilidade.

Assim, e no sentido de colmatar a principal limitação deste estudo, sublinha-se e realça-se a necessidade, importância e urgência de testar e validar as várias propostas dentro do contexto para o qual foram concetualizadas e projetadas, nomeadamente em RA. Apenas com as evidências derivadas desse estudo vai ser realmente possível determinar a validade dos modelos apresentados neste projeto.

Do ponto de vista geral dos modelos integrados no protótipo MarvIn, salienta-se a pertinência e importância de testar estas propostas em dispositivos tablets que tenham dimensões físicas, mas também de visualização, distintas do dispositivo de avaliação utilizado. Só através da condução de

138 | Mestrado em Comunicação Multimédia – DeCA/UA, 2013

um estudo desta natureza é possível alargar o espectro de suportes aplicacionais nos quais estes modelos podem ser inseridos e integrados. Ao mesmo nível, refere-se também a importância de testar e avaliar estas mesmas propostas à luz de outros contextos aplicacionais, indo assim para além dos cenários aqui testados: operação e manutenção de bastidores de redes de telecomunicações. Deve também ser considerada e avaliada, à luz destas propostas e sugestões, a validade e viabilidade da coexistência de ambos os modelos propostos em diferentes contextos e em diferentes dispositivos.

Já em relação ao modelo de interação proposto no MarvIn, sugere-se que, para além da sua aplicação num contexto real de RA, o desenho gráfico seja reformulado (à luz das limitações e sugestões introduzidas anteriormente), no sentido de verificar se o comportamento de interação através do meio de input proposto (polegares) se mantém consistente e coerente ao longo de todo o contexto aplicacional.

Sobre o ponto de vista do modelo de visualização sugere-se que seja conduzido um estudo ou análise que procure determinar um melhor ângulo de transição visual entre estes modelos de visualização, definido neste estudo em 45º. Esta sugestão deve-se ao facto, tal como já foi anteriormente referido, da alternância entre modelos ocorrer num ângulo muito próximo daquele em que os utilizadores suportam o dispositivo, especialmente nos utilizadores que utilizam o modelo de visualização com o dispositivo alinhado horizontalmente ao solo. Uma outra sugestão que deve ser equacionada para dirimir esta questão poderá passar pela colocação de um botão, ou um mecanismo, que acione determinado modelo consoante a pretensão do utilizador, passando assim a transição entre modelos a ser determinada pela vontade do próprio utilizador.

Por fim, para os modelos de visualização de dados avaliados neste projeto sugere-se a continuidade no seu estudo, desenvolvimento e análise, quer ao nível da sua aplicação e avaliação em contextos reais de RA mas também em outros cenários aplicacionais. Igualmente, refere-se a importância desta continuidade no sentido de procurar explorar novas representações que tenham como base os modelos propostos, especialmente o modelo de Formas numéricas dinâmicas que se revelou bastante versátil, preponderante e com potencial, no sentido em que podem ser criadas novas variações que respeitem e tirem partido dos seus princípios basilares. Para o desenvolvimento futuro de modelos desta natureza deve ser considerada e equacionada também novas formas de ilustrar e representar a componente de legendagem, referente às entidades e suas variáveis, especialmente no modelo de Formas numéricas dinâmicas. Esta sugestão é baseada e fundamentada no espaço que estes modelos atualmente ocupam dentro da área de visualização, onde foi constatado que a área de legendagem é relativamente superior à área ocupada pelos modelos de representação de dados. Neste sentido, esta otimização deve passar pela maior evidência (através de uma melhor gestão espaço) focada essencialmente nos modelos de representação de dados, mas sem nunca descurar a importância comunicativa e de informação inerente à própria natureza das legendas.

Em relação a sugestões mais específicas de cada proposta, destaca-se que para o modelo de dynamic shapes deve ser reforçada visualmente a comunicação que a área de legenda de cada indicador se refere ao seu nível ótimo de funcionamento. Este realce poderá ser efetuado através de uma maior visibilidade das barras mas também através de uma maior relação entre as barras e os seus indicadores, a partir de representações que estabeleçam âncoras visuais e sugestivas semelhantes a uma estrutura de colunas, procurando-se assim transmitir uma melhor noção do espaço que está alocado e destinado a cada indicador.

Por sua vez, para o modelo de Formas numéricas dinâmicas, com exceção da variante de quantificação numérica, sugere-se também a sua aplicação em contextos reais de RA mas também noutros cenários aplicacionais. Esta exceção é baseada nas limitações encontradas que não viabilizam a sua aplicação mas também desenvolvimento, pelo menos com os mesmos princípios pelos quais este modelo foi apresentado. Sugere-se para as restantes 2 variantes a sua aplicação e avaliação em cenários onde existam mais entidades mas também mais variáveis, determinando assim a sua validade em panoramas onde é necessário visualizar e apresentar mais informação. Uma última sugestão para a variante #3 deste modelo, baseado na distância aos vértices, indica- se que eventualmente a utilização da cor, através de gradientes que vão desde, por exemplo, o vermelho para ilustrar vértices ao centro e o verde para ilustrar vértices no limite da figura geométrica, poderá ser um elemento diferenciador que poderá resolver algumas das questões referidas anteriormente na seção de discussão de resultados obtidos.

Concluindo este capítulo final, sublinha-se novamente a pertinência e importância científica de testar e eventualmente validar todos os restantes modelos aqui apresentados e que, por força das circunstâncias já referidas, não foram avaliados. Considera-se que o potencial intrínseco a estas propostas deve ser explorado, estudado, analisado e testado, contribuindo-se desta forma para uma maior abertura e diversidade ao nível de propostas, abordagens e soluções desta importante e recente área de investigação.

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