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SUJEITO, MATERIAL E MÉTODOS

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A amostra foi selecionada por conveniência, atingindo 228 alunos, sendo: 69 do primeiro, 44 do segundo e 52 do terceiro ano do ensino médio, do curso de Agroecologia e 16 do primeiro, 26 do segundo e 21 do terceiro ano do ensino médio, do curso de Meio Ambiente, do CTUR, no município de Seropédica, RJ. A proposta de pesquisa foi submetida à apreciação da direção do CTUR, que autorizou a mesma. A participação foi voluntária.

3.1 Procedimentos

Inicialmente, pesquisou-se na literatura diversos autores sobre os temas relevantes à pesquisa e sobre a elaboração e aplicação de questionários para coleta de dados. Para a coleta dos dados, os instrumentos foram aplicados em nove turmas do ensino médio dos Cursos Técnicos em Agroecologia e Meio Ambiente do CTUR. A direção foi comunicada, no sentido de consentir a pesquisa e a aplicação dos mesmos. Após o contato com os quatro professores de matemática e a direção, no momento da aplicação do questionário e da escala, foi informado aos alunos que a participação seria opcional e, na evidência de sua confirmação, procedeu-se a aplicação do questionário e da escala. No que tange ao desempenho dos alunos, como vários não se lembravam da referida nota, foi solicitado oficialmente à direção, através de um documento, o quadro das avaliações dos alunos.

Levando em conta conteúdos da disciplina ministrados durante o período da pesquisa, foi possível aplicar uma oficina na turma do 3º ano de Meio Ambiente.

3.2 Modelo de estudo, instrumento e análise dos dados

3.3.1 Descrição e análise das atitudes dos alunos em relação à matemática, quando comparados o sexo, série, idade e desempenho

A pesquisa baseou-se num estudo que assume, essencialmente um caráter descritivo e correlacional. Segundol Flegner e Dias (1995), os estudos descritivos servem a obtenção de informações sobre variáveis ou contextos determinados e correlacional, pois correlacionam as atitudes com a idade, série, sexo e desempenho.

Como instrumento utilizou-se da escala de atitudes em relação à Matemática (Anexo 1) que foi traduzida, adaptada e validada por Brito (1996, 1998) e possui 20 questões. Esta escala constitui-se numa escala tipo Likert, em que o aluno teve que emitir uma resposta a cada um dos itens que compõe a escala. A escala varia de uma plena concordância até uma total discordância. Cada item desse tipo de escala está associado a valores numéricos que variam de um a quatro. A avaliação emitida pelo sujeito, em relação a certo objeto atitudinal é calculada pela soma de suas respostas a todos os itens.

Cada proposição positiva recebe uma pontuação, distribuída da seguinte forma: concordo totalmente = 4 pontos, concordo = 3 pontos, discordo = 2 pontos e discordo totalmente = 1 ponto; as negativas são pontuadas como: concordo totalmente = 1 ponto, concordo = 2 pontos, discordo = 3 pontos e discordo totalmente = 4 pontos. Com isso, a pontuação da escala de atitudes varia de um mínimo de 20 a um máximo de 80 pontos, indicando, respectivamente, atitudes mais negativas e mais positivas.

Esta escala está respaldada por Brito (1996, 1998), que demonstrou um alfa de Cronbach igual 0,95 apresentando alta consistência interna dos itens da escala. Hair, Anderson, Tatham e Black (2005) apontam que este indice deve ser igual ou superior a 0.70.

46 O trabalho de validação original foi feito com 2007 alunos de terceira a oitava séries do primeiro grau e das três séries do segundo grau (ensino médio), no entanto não houve seleção aleatória dos alunos e amostra se caracterizou como uma amostra de conveniência. Para análise final foram excluídos alunos com menos de 9 anos de idade e alunos com mais de 21 anos de idade, totalizando uma amostra final de 1942 sujeitos. O instrumento originalmente foi composto de 20 itens (10 positivos e 10 negativos) cuja finalidade era medir a atitude com relação à matemática. A autora fez uma adaptação da escala original de Aiken (1961).

Para a análise dos dados, foi utilizada a estatística descritiva e inferencial. Através da estatística descritiva (média, desvio padrão, mínimo e máximo) caracterizaram-se as atitudes dos alunos em relação à matemática. A estatística inferencial (test t de Student para comparação de médias), para comparação dos sexos na pontuação da escala de atitudes, e correlacional (cálculo de coeficiente de correlação linear de Pearson (r)) permite obter respostas sobre correlações do desempenho, idade, série, sexo e atitudes em relação à matemática. O tratamento de dados foi realizado com o recurso ao programa SPSS, versão 20.0 da IBM.

3.3.2 Descrição e análise dos fatores que influenciam as atitudes dos alunos em relação à matemática

Para avaliação dos possíveis fatores que influenciam as atitudes dos alunos em relação à matemática foi aplicado um questionário (Anexo 2), baseado no questionário aplicado por Brito(1996), com questões abertas e fechadas, direcionado aos alunos contendo 28 questões.

Para análise dos dados das questões fechadas foi utilizada a estatística descritiva e inferencial, através da estatística descritiva (média, desvio padrão, mínimo e máximo). O tratamento de dados foi realizado com o recurso ao programa SPSS, versão 20.0 da IBM.

Para análise dos dados das questões abertas, foi utilizada a técnica apresentada por Bardin em sua obra original intitulada "Análise de Conteúdo" publicada em 1977. Bardin (2009) se refere à Análise de Conteúdo como um conjunto de instrumentos metodológicos que se aperfeiçoa constantemente e que se aplica a discursos diversificados. Baseando-se em técnicas analítico-descritivas para trabalhar entrevistas e questionários usados em coletas de dados em pesquisas qualitativas. Esta metodologia consiste em tratar a informação a partir de um roteiro específico, iniciando com (a) pré-análise, na qual se escolhe os documentos, se formula hipóteses e objetivos para a pesquisa, (b) na exploração do material, na qual se aplicam as técnicas específicas segundo os objetivos e (c) no tratamento dos resultados e interpretações. Cada fase do roteiro segue regras bastante específicas, podendo ser utilizado tanto em pesquisas quantitativas quanto em pesquisas qualitativas.

Apropriando-se da metodologia supracitada, pretendeu-se evidenciar e agrupar os principais blocos de assuntos contidos nas respostas às questões discursivas. De modo que é possível formar uma estatística do que está mais presente nas respostas dos sujeitos.

3.3.3 Verificação se existe um maior interesse dos alunos pelas aulas que utilizam metodologias diferenciadas no processo de aprendizagem da matemática

Na verificação se existe um maior interesse dos alunos por aulas, que utilizam propostas metodológicas diferenciadas, foi aplicada uma oficina na turma do 3º ano do Meio Ambiente contemplando os materiais manipuláveis. No final da oficina foi realizada uma sondagem sobre a opinião dos alunos sobre a oficina proposta, para a análise dos dados foi utilizada a técnica apresentada por Bardin em sua obra original intitulada "Análise de Conteúdo" publicada em 1977, descrita no item 3.3.2.

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