SUJEITOS ENVOLVIDOS

Para eleger os sujeitos da pesquisa, a pesquisadora falou sobre seu projeto para dissertação nas quatro turmas de 2º ano do Ensino Médio da escola, e pediu a participação de voluntários das referidas turmas. Na ocasião, foi citado que não haveria nenhum ganho financeiro, de pontos ou pessoais para os participantes, e que seriam muito bem vindos os voluntários que realmente quisessem colaborar, levando em conta que para o participante os benefícios esperados seriam: a) uma melhor compreensão do conteúdo de Botânica, nas aulas de Biologia; b) aprender como utilizar uma nova metodologia e os repositórios abertos como ferramentas que

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auxiliem no processo de aprendizagem e c) a melhoria das notas e na participação nas aulas, inclusive de outras disciplinas.

A presente pesquisadora firmou o compromisso de que faria o possível para que suas ações não apresentem riscos, nem danos aos participantes. Mesmo diante do exposto, caso surgisse algum incômodo aos envolvidos, podendo estar relacionados ao fato de que a participação no estudo poderá ocasionar alguns constrangimentos pelo fato de relembrar histórias de vida que podem ser traumáticas para alguns participantes; ou ainda um possível incômodo, caso o participante seja tímido(a), por apresentar suas opiniões e atividades perante os colegas da turma. Caso os participantes apresentassem algum sinal de desconforto ou incômodo durante a pesquisa, estes seriam dispensados das atividades do dia, e teriam a opção de não continuar como participante voluntário da pesquisa.

Os participantes ficaram cientes que deveriam estar regularmente matriculados no 2º ano do Ensino Médio da referida escola; serem frequentes às aulas regulares; estarem dispostos a participar de todas as etapas da metodologia da pesquisa. Os critérios para exclusão seriam o não cumprimento dos prazos; a conclusão do aluno, no Ensino Médio, durante a aplicação do projeto; a transferência do aluno para outra escola ou a sua inassiduidade durante a aplicação da metodologia.

No dia marcado para apresentação dos voluntários, fez-se uma lista com 42 alunos, dispostos a participar da pesquisa. A estes foi aplicado um questionário, que

eles responderam on-line, mediante link do google form

(https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSfATR6awXbLKeh4qIpw_pzt47ST3- 5IvnbAObSsoDhmP74HIQ/viewform?usp=sf_link - Apêndice A) que buscava estabelecer o perfil inicial dos alunos, seu perfil acerca das TDIC e seu conhecimento prévio sobre Botânica. Os participantes assinaram o Termo de Assentimento Livre e Esclarecido – TALE e como eram menores de 18 anos, levaram o TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, para seus pais assinarem.

Depois de realizada a análise do questionário, verificou-se que 40 alunos responderam o formulário, e que dois se retiraram da pesquisa, e ainda que haveria

a participação de um número superior de mulheres - 32 - que de homens - 08 -, na pesquisa, com idade entre 15 e 17 anos (Figura 4).

Figura 4 - Participação dos voluntários por gênero e faixa etária.

Fonte: Autoria própria (2018).

Apesar deste estudo não apresentar um recorte de gênero, verifica-se que estas dinâmicas estão presentes nas escolas. O número de mulheres matriculadas nas turmas de 2º anos é bem maior que de homens, e, no geral, as mulheres mostram-se mais receptivas a participarem de atividades extraclasse, na escola (LIMA; GOMES, 2013).

Vê-se que os alunos estão dentro da faixa etária adequada para o segundo ano do Ensino Médio, conforme as bases legais que regem a idade mínima de seis anos para o ingresso na educação básica (BRASIL, 2006b). Apesar da localização rural da escola, e os alunos muitas das vezes trabalharem na agricultura, para auxiliar os pais, estes frequentam a escola regularmente, logo, não há distorções graves com relação a idade e a série em que se encontram.

Para verificar a familiaridade dos alunos com as TDIC e seu acesso/disponibilidade, foram realizadas perguntas referentes a essa condição. A primeira buscava saber se estes apresentavam familiaridade com computadores, colocando numa escala de 0 a 10 (Figura 5).

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15 anos 16 anos 17 anos

Menino Menina

Figura 5 - Familiaridade com computadores (Escala de 0 a 10).

Fonte: Autoria própria (2018).

Os números mencionados mostram que os alunos apresentam uma familiaridade considerável com computadores, e que se eles forem utilizados de forma didática podem contribuir para motivar os alunos, tornando o aprendizado mais interessante e significativo (CARVALHO, 2013). Verificou-se que os participantes tinham competência para lidar com as estações que necessitassem do uso do computador.

Quando questionados se possuíam acesso a computadores, tablets e/ou celulares, todos os 40 alunos informaram que sim, todos tinham celulares do tipo smartphone, como confirmado em Horn et al. (2016, p. 4) quando dizem que “a maioria dos estudantes agora tem um dispositivo com internet ao seu alcance, seja um laptop, seja um tablet, seja um telefone celular”. Quando se perguntou se eles apresentavam familiaridade com internet e se eles tinham acesso a esta, todos

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responderam que sim. A resposta positiva para ambas as questões facilitaria a busca de informações por eles, caso fosse necessário. Horn et al. (2016, p. 4) indicam que “um número cada vez maior de estudantes está experimentando a aprendizagem virtual, embora continue a frequentar suas escolas tradicionais físicas”.

Quando perguntado onde eles acessavam a internet, obtiveram-se as respostas distintas (Figura 6), considerando que os alunos podiam marcar mais de um local:

Figura 6 - Local que acessa a internet.

Fonte: Autoria própria (2018).

Verifica-se que inexistem empecilhos para se usar as TDIC em atividades que necessitem delas. Familiaridade e acesso são comuns aos estudantes.

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